O desenvolvimento humano e as preocupações com o futuro
do planeta
Tratar de perspectivas do futuro é assunto recorrente, já que
a sobrevivência humana está atrelada também a procedimentos
de melhoramento da vida e à existência de recursos naturais no
planeta. Assim, falar em proteção de gerações futuras implica
também tratar de responsabilidades quanto à manutenção de
vidas que estão por vir.
Segundo Pfeiffer, Murguía e Gandhi, a modernidade separou
a ordem ‘natural’ da ‘humana’ como se o homem não
pertencesse ao natural, criando o pensamento utópico de que a
natureza é um instrumento para suprir as necessidades humanas
e que, portanto, deveria ser submetida às leis da razão. Durante
os séculos XVIII e XIX, não havia dúvida de que os seres
humanos – por meio do domínio da ciência, técnica, arte e
filosofia – poderiam controlar os fenômenos naturais que
pudessem significar um entrave para alcançar o progresso. A
ciência, a técnica, o progresso e a racionalidade eram os
componentes que garantiriam um futuro mais livre e mais
humano, razão pela qual o avanço nos conhecimentos práticos e
teóricos eram essenciais para que o ser humano não fosse
submetido às leis naturais, devendo a natureza ser meio para
alcançar a felicidade humana.
No entanto, a promessa da ciência moderna acabou se
convertendo em ameaça contra a natureza e contra o próprio ser
humano que pretendeu exercer seu domínio. A permanente
busca por novidades e o uso desenfreado dos recursos naturais
geraram um alerta quanto à diminuição e limitação dos recursos
naturais do planeta. [...]
Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/qwqC4w64RTNh7PJDQHgqdNF/?lang=pt.
Acesso em: 8 jun. 2023.