Questões de Concurso
Para investigador de polícia civil
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O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude
ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as pessoas.
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz a coisa certa.
- O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva,
- o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos,
- o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia,
- a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro,
Sobre os tipos de orações presentes nos 4 (quatro) períodos destacados, é INCORRETO afirmar:
O varredor de rua que se preocupa em limpar o canal de escoamento de água da chuva, o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado para colocar caixas de alimentos, o médico cirurgião que confere as suturas nos tecidos internos antes de completar a cirurgia, a atendente do asilo que se preocupa com a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro, o contador que impede uma fraude
ou desfalque, ou que não maquia o balanço de uma empresa, o engenheiro que utiliza o material mais indicado para a construção de uma ponte, todos estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões, ao fazerem o que não é visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as pessoas.
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz a coisa certa.
A relação entre as orações do período acima é de
Instituto de Criminalística promove série de palestras na capital
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Instituto de Criminalística (IC), promoveu uma série de palestras, nos meses de abril e maio, referentes ao isolamento e à preservação do local de crime, com a participação de policiais militares e outros profissionais das Forças de Segurança de Minas Gerais e de outros estados.
O trabalho irá percorrer as diferentes regionais de Belo Horizonte e faz parte do “Projeto Conhecer é Integrar”, que visa levar conhecimento aos profissionais de Segurança Pública, evidenciando, ao mesmo tempo, a importância do desempenho legal e funcional de cada agente e do trabalho em equipe.
A ação objetivou possibilitar a adoção de procedimentos padronizados na cena de crimes, como o respeito às regras de isolamento dos locais para garantir a preservação de pistas e evidências, bem como fortalecer a integração entre os profissionais das diferentes áreas.
O projeto do Instituto de Criminalística irá percorrer todas as regionais de Belo Horizonte, focando a difusão do conhecimento sobre perícia e destacando sua importância na investigação criminal. “A ideia é dialogar com todos que atuam diretamente com o fato que entra na esfera policial. Quando cada profissional entende o seu compromisso legal, compreende a importância da interação de esforços, que culminará na pronta resposta do Estado à sociedade”, diz Marco Paiva, Diretor do Instituto de Criminalística.
Disponível em: https://www.policiacivil.mg.gov.br/noticia/exibir/geral/175569
No parágrafo acima, a justifcativa INCORRETA para o uso das vírgulas é para separar
Instituto de Criminalística promove série de palestras na capital
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Instituto de Criminalística (IC), promoveu uma série de palestras, nos meses de abril e maio, referentes ao isolamento e à preservação do local de crime, com a participação de policiais militares e outros profissionais das Forças de Segurança de Minas Gerais e de outros estados.
O trabalho irá percorrer as diferentes regionais de Belo Horizonte e faz parte do “Projeto Conhecer é Integrar”, que visa levar conhecimento aos profissionais de Segurança Pública, evidenciando, ao mesmo tempo, a importância do desempenho legal e funcional de cada agente e do trabalho em equipe.
A ação objetivou possibilitar a adoção de procedimentos padronizados na cena de crimes, como o respeito às regras de isolamento dos locais para garantir a preservação de pistas e evidências, bem como fortalecer a integração entre os profissionais das diferentes áreas.
O projeto do Instituto de Criminalística irá percorrer todas as regionais de Belo Horizonte, focando a difusão do conhecimento sobre perícia e destacando sua importância na investigação criminal. “A ideia é dialogar com todos que atuam diretamente com o fato que entra na esfera policial. Quando cada profissional entende o seu compromisso legal, compreende a importância da interação de esforços, que culminará na pronta resposta do Estado à sociedade”, diz Marco Paiva, Diretor do Instituto de Criminalística.
Disponível em: https://www.policiacivil.mg.gov.br/noticia/exibir/geral/175569
O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.
Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.
Sobre a Concordância Verbal do período acima, é CORRETO afirmar:
O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.
Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.
O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.
Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.
A articulação das orações do período expressa uma ideia de
O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.
Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.
O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.
Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.
O ato de ler e sua importância: vivências e exigências
Anderson Fávero
Referindo-nos tão somente ao texto verbal, o ato de ler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodifcador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam, cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.
Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornam-se, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.
Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do ato da leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias
interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia.
A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. [...]
A formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de
si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.
Disponível em: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/453769/o-ato-de-ler-e-sua-importancia-vivencias-e-exigencias Acesso em: dez./2013.