Questões de Concurso Para letras

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Q3068714 Português
As drogas que pilotos tomam para ficarem acordados — e os dilemas que isso traz

As curiosas pastilhas estavam no bolso de um piloto nazista.

Ele foi abatido nos céus do Reino Unido durante um bombardeio na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com ele, estava o seu estoque de metanfetamina.

Na época, esta substância era a preferida da Luftwaffe (a força aérea da Alemanha nazista) para combater a fadiga dos aviadores. Era chamada de "sal dos pilotos", porque seu consumo era liberado.

Os Aliados suspeitavam do seu uso, mas não tinham certeza − até então.

Aqueles souvenirs farmacológicos foram rapidamente enviados para testes e, logo depois, os britânicos já desenvolviam sua própria versão. O resultado foi um estimulante amplamente distribuído, que possibilitou centenas de missões noturnas em toda a Europa.

Mas era apenas o começo.

Durante a Guerra do Golfo (1990-1991), uma droga relacionada, a dextroanfetamina, voltou a ganhar popularidade. Ela foi consumida pela maioria dos pilotos combatentes que conduziram os bombardeios iniciais sobre as forças iraquianas no Kuwait.

Atualmente, os oficiais da aeronáutica americana ainda consomem a pílula para resolver o mesmo problema: a fadiga dos pilotos, que pode afetar os aviadores em missões longas e comprometer sua segurança.

Mas existe um porém. As anfetaminas podem ser altamente viciantes − e houve grandes abusos já nos anos 1940. Por isso, nos últimos anos, as organizações militares vêm procurando opções para substituí-las.

Uma delas é o modafinil, um estimulante desenvolvido originalmente para o tratamento de narcolepsia e excesso de sonolência diurna nos anos 1970.

Não levou muito tempo para as pessoas descobrirem que, além de ajudar a evitar que as pessoas adormeçam, a droga pode ter outros efeitos poderosos.

Demonstrou-se que a medicação melhora a orientação espacial, o reconhecimento de padrões e a memória de trabalho, além de aumentar o desempenho cognitivo geral, o estado de alerta e a vigilância em situações de fadiga extrema.

O modafinil também tem suas desvantagens. Seus efeitos colaterais podem incluir suor, dores de cabeça latejantes e até alucinações. Mesmo com esses riscos, em certas circunstâncias, a droga pode ser um auxiliar formidável para quem precisa ficar acordado.

Em um estudo inicial, o modafinil manteve pessoas acordadas por até 64 horas de atividade. Seus efeitos foram comparáveis a 20 xícaras de café.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxezzn82d4vo
Em: O resultado foi um estimulante amplamente distribuído, que possibilitou centenas de missões noturnas em toda a Europa.
Ao passarmos os verbos do enunciado acima para o pretérito mais que perfeito do modo indicativo teremos:
Alternativas
Q3068637 Literatura
Leia:

Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos, e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando."

(https://www.todamateria.com.b)

"As escolas literárias (também chamadas de "estilos de época") são movimentos literários cujas obras apresentam características em comum. Tais características estão associadas a determinado período histórico. Desse modo, os costumes e a visão de mundo que sobressaem em uma época acabam influenciando a forma como autoras e autores criam suas obras.

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/escolasliterarias.htm)
No soneto acima, temos como autor e característica:
Alternativas
Q3068557 Português
O domínio da norma culta reflete-se, principalmente, na modalidade escrita da língua, revelando um elevado grau de rigor e correção gramatical, como o devido uso da pontuação, da acentuação , da colocação pronominal, da concordância e da regência , entre outros.
(https://www.normaculta.com.br/norma-culta/)
Usando esse domínio, identifique a alternativa que preenche os espaços pontilhados do texto abaixo de forma correta, respectivamente:
Acredita .... que .... apenas 10 partículas de norovírus para que a infecção .... estabeleça. Em termos comparativos, estima... . que a chamada dose infecciosa de covid-19 seja de cerca de 100 a 400 unidades do vírus SARS-CoV-2. Mas, nas últimas décadas, os virologistas ..... descobrir que alguns de nós ........ fatores biológicos naturais que ... protegem contra... doença.
(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr7zp7gg adaptado). 
Alternativas
Q3068554 Português
As drogas que pilotos tomam para ficarem acordados — e os dilemas que isso traz

As curiosas pastilhas estavam no bolso de um piloto nazista.

Ele foi abatido nos céus do Reino Unido durante um bombardeio na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com ele, estava o seu estoque de metanfetamina.

Na época, esta substância era a preferida da Luftwaffe (a força aérea da Alemanha nazista) para combater a fadiga dos aviadores. Era chamada de "sal dos pilotos", porque seu consumo era liberado.

Os Aliados suspeitavam do seu uso, mas não tinham certeza − até então.

Aqueles souvenirs farmacológicos foram rapidamente enviados para testes e, logo depois, os britânicos já desenvolviam sua própria versão. O resultado foi um estimulante amplamente distribuído, que possibilitou centenas de missões noturnas em toda a Europa.

Mas era apenas o começo.

Durante a Guerra do Golfo (1990-1991), uma droga relacionada, a dextroanfetamina, voltou a ganhar popularidade. Ela foi consumida pela maioria dos pilotos combatentes que conduziram os bombardeios iniciais sobre as forças iraquianas no Kuwait.

Atualmente, os oficiais da aeronáutica americana ainda consomem a pílula para resolver o mesmo problema: a fadiga dos pilotos, que pode afetar os aviadores em missões longas e comprometer sua segurança.

Mas existe um porém. As anfetaminas podem ser altamente viciantes − e houve grandes abusos já nos anos 1940. Por isso, nos últimos anos, as organizações militares vêm procurando opções para substituí-las.

Uma delas é o modafinil, um estimulante desenvolvido originalmente para o tratamento de narcolepsia e excesso de sonolência diurna nos anos 1970.

Não levou muito tempo para as pessoas descobrirem que, além de ajudar a evitar que as pessoas adormeçam, a droga pode ter outros efeitos poderosos.

Demonstrou-se que a medicação melhora a orientação espacial, o reconhecimento de padrões e a memória de trabalho, além de aumentar o desempenho cognitivo geral, o estado de alerta e a vigilância em situações de fadiga extrema.

O modafinil também tem suas desvantagens. Seus efeitos colaterais podem incluir suor, dores de cabeça latejantes e até alucinações. Mesmo com esses riscos, em certas circunstâncias, a droga pode ser um auxiliar formidável para quem precisa ficar acordado.

Em um estudo inicial, o modafinil manteve pessoas acordadas por até 64 horas de atividade. Seus efeitos foram comparáveis a 20 xícaras de café.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxezzn82d4vo
Em relação ao texto, marque a alternativa incorreta:
Alternativas
Q3068471 Português
A vírgula é usada para indicar pequenas pausas e por separar e conectar alguns termos no enunciado. Nos trechos abaixo, ela foi usada para separar um predicativo em:
Alternativas
Q3068470 Português
Leia:

Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos, e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido 
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando."

(https://www.todamateria.com.b)
No soneto acima, temos como autor e característica:
Alternativas
Q3068392 Literatura
Sobre o Modernismo na literatura brasileira, especialmente no que diz respeito aos principais escritores do movimento, assinale a afirmativa que descreve de maneira precisa a contribuição e o papel desses autores no período.
Alternativas
Q3068391 Literatura
Sobre o Barroco na literatura brasileira, a seguir, uma característica ou aspecto correto e bem contextualizado desse período literário.
Alternativas
Q3068389 Português
Roman Jakobson é uma presença constante nas ementas dos cursos de comunicação em todo o mundo. Seu modelo de comunicação foi amplamente difundido e até os dias de hoje é considerado por alguns como a reprodução fiel do processo de comunicação. Compreender as escolas que influenciaram seu trabalho e a biografia desse autor é de grande importância para que se tenha em mente o contexto histórico-acadêmico que gerou uma das correntes teóricas mais populares de nosso tempo.

(SANTEE; Temer, 2011, p. 73.)
Com base na teoria das funções da linguagem proposta por Roman Jakobson, qual das seguintes alternativas exemplifica corretamente a função referencial da linguagem, considerando seu papel em um texto?
Alternativas
Q3068388 Português
O trecho a seguir contextualiza à questão.

Há uma tendência recente no que tange à ciência linguística, envolvendo a criação de gramáticas por linguistas. Contudo, a Linguística, ao se estabelecer como uma disciplina científica no final do século XIX, não pretendia originalmente vincular sua pesquisa com o ensino de línguas (MARCUSCHI, 2016). É importante destacar, no entanto, que o desenvolvimento da gramática não se relaciona inerentemente com o ensino de línguas. Assim, certas gramáticas modernas elaboradas por linguistas foram projetadas especificamente com esse objetivo em mente: servir como recursos pedagógicos para a sala de aula.

(MARCUSCHI, L. A. O papel da linguística no ensino de línguas. Revista Diadorim, v. 18, n. 2. Em: dezembro de 2016)
Assinale a afirmativa que apresenta a análise correta sobre a coerência textual do trecho, considerando a relação entre a linguística, o desenvolvimento da gramática e o ensino de línguas.
Alternativas
Q3068387 Linguística
O trecho a seguir contextualiza à questão.

Há uma tendência recente no que tange à ciência linguística, envolvendo a criação de gramáticas por linguistas. Contudo, a Linguística, ao se estabelecer como uma disciplina científica no final do século XIX, não pretendia originalmente vincular sua pesquisa com o ensino de línguas (MARCUSCHI, 2016). É importante destacar, no entanto, que o desenvolvimento da gramática não se relaciona inerentemente com o ensino de línguas. Assim, certas gramáticas modernas elaboradas por linguistas foram projetadas especificamente com esse objetivo em mente: servir como recursos pedagógicos para a sala de aula.

(MARCUSCHI, L. A. O papel da linguística no ensino de línguas. Revista Diadorim, v. 18, n. 2. Em: dezembro de 2016)
No contexto do ensino de Língua Portuguesa, os tipos de gramática desempenham papéis distintos na abordagem da língua. Sobre os tipos de gramática e seu impacto no ensino, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q3068385 Português
Texto para respondeu à questão.

Viagem no tempo

        Tinha um dom único: viajar no tempo. Sem máquina, maquinaria, apetrechos ou afins. Um deslocar-se assustadoramente unidirecional: voltava no tempo. Jamais podia avançar no futuro. Descobriu o dom assim, do nada. Na juventude, 12 ou 13 anos, perdido entre lâminas afiadas do arrependimento, desejou voltar atrás e refazer tudo. Fechou os olhos, e de repente… estava lá. O mesmo corpo. A mesma cena. Um minuto antes. Tempo suficiente para desfazer a bobagem. Ou melhor ainda, nem sequer cometê-la.
            Atordoado, passou dias dominado pelo terror. Demorou anos para reunir coragem e realizar o feito, novamente. Foi aos 18 anos. Quando disse para a mulher que amava que ela era a pior coisa que lhe tinha acontecido. O momento de irreflexão. A raiva aflorando na pele ressequida, descontentamento. O desejo de fazer outrem se sentir tão pesaroso quanto si próprio. A palavra desferida. Os olhos dela marejando lágrimas. O arrependimento lhe rasgando artéria pulmonar e aorta. Ventrículo despedaçado. Arrependeu-se. Então, fechou os olhos e conseguiu: 20 segundos antes. Já estava com a boca aberta para desferir irreflexão mordaz, quando a fechou, respirou fundo, repensou palavras e sentimentos, e arrematou:
                – Odeio quando brigamos. Eu preciso do seu sorriso. Me deixe lutar por ele.
         Namoro rompido salvo pela viagem no tempo. Um corpo que sangra, agora, estancado. Idílio no lugar do choro arrependido.
            Achou que deveria explorar o dom. O medo circulava em suas veias entupidas. Sangue coagulado. Mas precisava enfrentá-lo. Começou aos poucos. Voltou dois minutos em um dia. Cinco, em outro. Dez, no seguinte. Aos poucos, conquistou coragem. Sua confiança rompendo vasos. O sangue ganhando espaço. 200 km por hora. Que tal um salto maior? Cansou-se dos minutos. Desta vez, voltaria um ano. Fechou os olhos, e conseguiu.
            Aos 27 anos, descontente com os rumos que sua vida tomara, suspirou. Vida amorosa, profissão, vida social. Refaria tudo se pudesse. Refaria. Se pudesse. Mas podia. E faria.
            Sentiu falta dos tempos de infância. Sabia que era uma loucura. A viagem era unilateral. Se voltasse para sua infância, precisaria reviver tudo novamente, alterando o que quisesse, refazendo o que lhe conviesse. Cansado da morbidez do agora, decidiu enfrentar a viagem. Fechou os olhos, e quando os abriu, estava num corpo franzino, pés descalços, canela perebenta. No meio da casa. A casa de sua infância. Ofegante. O corpo ardendo. Gosto de sangue. Um corpo que arde. Viu-se com o rosto banhado em lágrimas. Tudo doía. Tudo. O pai, monstruoso e bêbado, de pé em sua frente, cinta em mãos. Ergueu o braço para golpeá-lo novamente. Péssima época ele escolheu para retornar. Não tinha um registro de tudo o que lhe acontecera. Se tivesse, evitaria voltar em épocas traumatizantes como esta. Antes que o violento golpe do pai lhe fosse desferido outra vez, quis fugir de tudo aquilo. Fechou os olhos e desejou voltar muito, muito, muito tempo antes disso.
               Tempo demais.
          Acabou voltando para quando ainda nem tinha nascido. Fechou os olhos. E não mais os abriu. Inconsistente. Inconsciente. Jazendo na infinita escuridão.
          Ainda levaria 50 anos para que seu pequenino corpo voltasse a deixar o ventre de sua mãe para ser finalmente reapresentado à luz.

(Disponível em: https://corrosiva.com.br/cronicas-pequenas/viagem-tempo. Acesso em: setembro de 2024.)
No trecho “Fechou os olhos, e quando os abriu, estava num corpo franzino, [...]” (7º§), a função gramatical da expressão “e quando os abriu” (7º§) é:
Alternativas
Q3068384 Português
Texto para respondeu à questão.

Viagem no tempo

        Tinha um dom único: viajar no tempo. Sem máquina, maquinaria, apetrechos ou afins. Um deslocar-se assustadoramente unidirecional: voltava no tempo. Jamais podia avançar no futuro. Descobriu o dom assim, do nada. Na juventude, 12 ou 13 anos, perdido entre lâminas afiadas do arrependimento, desejou voltar atrás e refazer tudo. Fechou os olhos, e de repente… estava lá. O mesmo corpo. A mesma cena. Um minuto antes. Tempo suficiente para desfazer a bobagem. Ou melhor ainda, nem sequer cometê-la.
            Atordoado, passou dias dominado pelo terror. Demorou anos para reunir coragem e realizar o feito, novamente. Foi aos 18 anos. Quando disse para a mulher que amava que ela era a pior coisa que lhe tinha acontecido. O momento de irreflexão. A raiva aflorando na pele ressequida, descontentamento. O desejo de fazer outrem se sentir tão pesaroso quanto si próprio. A palavra desferida. Os olhos dela marejando lágrimas. O arrependimento lhe rasgando artéria pulmonar e aorta. Ventrículo despedaçado. Arrependeu-se. Então, fechou os olhos e conseguiu: 20 segundos antes. Já estava com a boca aberta para desferir irreflexão mordaz, quando a fechou, respirou fundo, repensou palavras e sentimentos, e arrematou:
                – Odeio quando brigamos. Eu preciso do seu sorriso. Me deixe lutar por ele.
         Namoro rompido salvo pela viagem no tempo. Um corpo que sangra, agora, estancado. Idílio no lugar do choro arrependido.
            Achou que deveria explorar o dom. O medo circulava em suas veias entupidas. Sangue coagulado. Mas precisava enfrentá-lo. Começou aos poucos. Voltou dois minutos em um dia. Cinco, em outro. Dez, no seguinte. Aos poucos, conquistou coragem. Sua confiança rompendo vasos. O sangue ganhando espaço. 200 km por hora. Que tal um salto maior? Cansou-se dos minutos. Desta vez, voltaria um ano. Fechou os olhos, e conseguiu.
            Aos 27 anos, descontente com os rumos que sua vida tomara, suspirou. Vida amorosa, profissão, vida social. Refaria tudo se pudesse. Refaria. Se pudesse. Mas podia. E faria.
            Sentiu falta dos tempos de infância. Sabia que era uma loucura. A viagem era unilateral. Se voltasse para sua infância, precisaria reviver tudo novamente, alterando o que quisesse, refazendo o que lhe conviesse. Cansado da morbidez do agora, decidiu enfrentar a viagem. Fechou os olhos, e quando os abriu, estava num corpo franzino, pés descalços, canela perebenta. No meio da casa. A casa de sua infância. Ofegante. O corpo ardendo. Gosto de sangue. Um corpo que arde. Viu-se com o rosto banhado em lágrimas. Tudo doía. Tudo. O pai, monstruoso e bêbado, de pé em sua frente, cinta em mãos. Ergueu o braço para golpeá-lo novamente. Péssima época ele escolheu para retornar. Não tinha um registro de tudo o que lhe acontecera. Se tivesse, evitaria voltar em épocas traumatizantes como esta. Antes que o violento golpe do pai lhe fosse desferido outra vez, quis fugir de tudo aquilo. Fechou os olhos e desejou voltar muito, muito, muito tempo antes disso.
               Tempo demais.
          Acabou voltando para quando ainda nem tinha nascido. Fechou os olhos. E não mais os abriu. Inconsistente. Inconsciente. Jazendo na infinita escuridão.
          Ainda levaria 50 anos para que seu pequenino corpo voltasse a deixar o ventre de sua mãe para ser finalmente reapresentado à luz.

(Disponível em: https://corrosiva.com.br/cronicas-pequenas/viagem-tempo. Acesso em: setembro de 2024.)
No contexto do texto, a expressão “Fechou os olhos e de repente… estava lá.” (1º§) é um exemplo de informalidade na língua porque:
Alternativas
Q3068383 Português
Texto para respondeu à questão.

Viagem no tempo

        Tinha um dom único: viajar no tempo. Sem máquina, maquinaria, apetrechos ou afins. Um deslocar-se assustadoramente unidirecional: voltava no tempo. Jamais podia avançar no futuro. Descobriu o dom assim, do nada. Na juventude, 12 ou 13 anos, perdido entre lâminas afiadas do arrependimento, desejou voltar atrás e refazer tudo. Fechou os olhos, e de repente… estava lá. O mesmo corpo. A mesma cena. Um minuto antes. Tempo suficiente para desfazer a bobagem. Ou melhor ainda, nem sequer cometê-la.
            Atordoado, passou dias dominado pelo terror. Demorou anos para reunir coragem e realizar o feito, novamente. Foi aos 18 anos. Quando disse para a mulher que amava que ela era a pior coisa que lhe tinha acontecido. O momento de irreflexão. A raiva aflorando na pele ressequida, descontentamento. O desejo de fazer outrem se sentir tão pesaroso quanto si próprio. A palavra desferida. Os olhos dela marejando lágrimas. O arrependimento lhe rasgando artéria pulmonar e aorta. Ventrículo despedaçado. Arrependeu-se. Então, fechou os olhos e conseguiu: 20 segundos antes. Já estava com a boca aberta para desferir irreflexão mordaz, quando a fechou, respirou fundo, repensou palavras e sentimentos, e arrematou:
                – Odeio quando brigamos. Eu preciso do seu sorriso. Me deixe lutar por ele.
         Namoro rompido salvo pela viagem no tempo. Um corpo que sangra, agora, estancado. Idílio no lugar do choro arrependido.
            Achou que deveria explorar o dom. O medo circulava em suas veias entupidas. Sangue coagulado. Mas precisava enfrentá-lo. Começou aos poucos. Voltou dois minutos em um dia. Cinco, em outro. Dez, no seguinte. Aos poucos, conquistou coragem. Sua confiança rompendo vasos. O sangue ganhando espaço. 200 km por hora. Que tal um salto maior? Cansou-se dos minutos. Desta vez, voltaria um ano. Fechou os olhos, e conseguiu.
            Aos 27 anos, descontente com os rumos que sua vida tomara, suspirou. Vida amorosa, profissão, vida social. Refaria tudo se pudesse. Refaria. Se pudesse. Mas podia. E faria.
            Sentiu falta dos tempos de infância. Sabia que era uma loucura. A viagem era unilateral. Se voltasse para sua infância, precisaria reviver tudo novamente, alterando o que quisesse, refazendo o que lhe conviesse. Cansado da morbidez do agora, decidiu enfrentar a viagem. Fechou os olhos, e quando os abriu, estava num corpo franzino, pés descalços, canela perebenta. No meio da casa. A casa de sua infância. Ofegante. O corpo ardendo. Gosto de sangue. Um corpo que arde. Viu-se com o rosto banhado em lágrimas. Tudo doía. Tudo. O pai, monstruoso e bêbado, de pé em sua frente, cinta em mãos. Ergueu o braço para golpeá-lo novamente. Péssima época ele escolheu para retornar. Não tinha um registro de tudo o que lhe acontecera. Se tivesse, evitaria voltar em épocas traumatizantes como esta. Antes que o violento golpe do pai lhe fosse desferido outra vez, quis fugir de tudo aquilo. Fechou os olhos e desejou voltar muito, muito, muito tempo antes disso.
               Tempo demais.
          Acabou voltando para quando ainda nem tinha nascido. Fechou os olhos. E não mais os abriu. Inconsistente. Inconsciente. Jazendo na infinita escuridão.
          Ainda levaria 50 anos para que seu pequenino corpo voltasse a deixar o ventre de sua mãe para ser finalmente reapresentado à luz.

(Disponível em: https://corrosiva.com.br/cronicas-pequenas/viagem-tempo. Acesso em: setembro de 2024.)
Qual foi o principal motivo que levou o protagonista a usar seu dom de viajar no tempo na sua juventude? 
Alternativas
Q3068362 Português
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

        O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
         O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
        Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
        O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
        Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
        Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
        Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
Dentre os recursos expressivos observados no texto verifica-se o emprego de uma figura de linguagem que indica uma relação de contiguidade assim como em “O Brasil é o maior exportador de café”. Tal recurso só NÃO está indicado em: 
Alternativas
Q3068361 Português
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

        O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
         O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
        Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
        O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
        Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
        Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
        Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que a primeira oração apresenta uma ideia de concessão. 
Alternativas
Q3068360 Português
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

        O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
         O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
        Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
        O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
        Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
        Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
        Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
Assinale, a seguir, a afirmativa em que o emprego da pontuação na organização e construção semântica do texto pode ser observado na enumeração de elementos do enunciado.
Alternativas
Q3068359 Português
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

        O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
         O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
        Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
        O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
        Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
        Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
        Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
Assinale a única forma adequada de acordo com a norma padrão da língua para o livre comentário, relacionado ao texto, a seguir. 
Alternativas
Q3068358 Português
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

        O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
         O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
        Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
        O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
        Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
        Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
        Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
Acerca das escolhas linguísticas para construção da estrutura do trecho “O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012.” (2º§) pode-se afirmar que:
Alternativas
Q3068357 Português
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

        O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
         O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
        Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
        O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
        Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
        Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
        Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
Dentre os trechos destacados a seguir, o termo sublinhado caracteriza retomada como recurso de coesão apenas em:
Alternativas
Respostas
741: B
742: B
743: A
744: E
745: C
746: E
747: A
748: D
749: D
750: A
751: D
752: C
753: D
754: B
755: A
756: A
757: B
758: A
759: A
760: B