Questões de Concurso
Para relações internacionais
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O G-20 é a instância oficialmente designada pelo Fórum Econômico Mundial para elaborar e submeter proposições relativas (i) ao financiamento do desenvolvimento, (ii) às vulnerabilidades associadas ao endividamento externo, (iii) ao monitoramento dos fluxos internacionais de capitais e (iv) à reforma dos bancos de desenvolvimento.
Na órbita do Sistema Banco Mundial, as reformas em consideração envolvem, como aspectos de fundo, a revisão e ampliação de sua visão e missão (a promoção conjunta da prosperidade e o combate à pobreza extrema), vinculando-as ao desenvolvimento sustentável, resiliente e inclusivo, implicando, em decorrência, mudanças, ora em discussão, de seu modelo operacional e financeiro.
As propostas de reforma do Fundo Monetário Internacional envolvem, entre outros aspectos, atualizar e ajustar o sistema de quotas e os direitos especiais de saque às realidades da economia global contemporânea; realizar a reforma dos direitos de voto e das regras de tomada de decisão e facilitar e ampliar o acesso dos países a recursos do Fundo, desvinculando tal acesso do sistema de quotas.
A cooperação entre o Brasil e os países africanos não se limita ao intercâmbio comercial. Vários acordos de cooperação estão vigentes, sobretudo com países de língua portuguesa, e no seio da CPLP, criada oficialmente no governo de Fernando Henrique Cardoso, em áreas de intercâmbio universitário, cooperação educacional, científica e tecnológica, programas de capacitação profissional, entre outros.
A construção do corredor logístico de Nacala, em Moçambique, com a finalidade de facilitar as exportações de produtos agrícolas desse país, contou com a participação majoritária de empresas públicas brasileiras. Trata-se de um exemplo de cooperação triangular, que envolve dois governos (do Brasil e de Moçambique) e uma organização internacional governamental, a União Africana (UA).
As relações diplomáticas entre o Brasil e alguns países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), tais como Angola e Moçambique, passaram por um período de ressentimentos por parte dos países africanos em razão do reconhecimento bastante tardio das respectivas independências, ocorridas em meados da década de 1970. Tal comportamento do governo brasileiro explica-se em função de pressões norte-americanas, no contexto da Guerra Fria, tendo em vista que esses processos foram liderados por governos socialistas.
As relações comerciais entre o Brasil e vários países africanos teve um aumento vertiginoso no início deste século (o comércio cresceu mais de quatro vezes entre 2000 e 2013). Atualmente, entre os produtos mais exportados pelo Brasil para a África, encontram-se açúcar, melaço, soja, milho, carne de aves e máquinas agrícolas. No fluxo inverso, entre os produtos de exportações africanas para o Brasil, predominam fertilizantes, petróleo e óleos brutos.
O exercício da Presidência pro tempore do MERCOSUL alternadamente pelos países-membros, por período de seis meses, lhes faculta aproximar as respectivas agendas e prioridades domésticas à agenda de bloco. No exercício da Presidência pro tempore do bloco em 2023, o governo brasileiro elegeu, entre suas prioridades, o apoio ao financiamento de infraestrutura física e digital, o revigoramento das instituições do bloco, como Parlamento, o Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos e o Instituto Social.
As negociações do Acordo de Associação MERCOSUL – União Europeia, a despeito de seu escopo comercial, têm sido marcadas por dificuldades políticas resultantes de diferentes abordagens e impasses entre as partes acerca de questões extrapauta como defesa, cibersegurança, combate ao terrorismo, proteção dos direitos humanos e desenvolvimento sustentável.
Acompanhando a agenda econômica e comercial do MERCOSUL, houve avanços na agenda não econômica, entre outros, nos campos educacional, da seguridade social e da livre circulação de pessoas no interior do bloco.
A incorporação do Paraguai e do Uruguai ao MERCOSUL levou à reformulação do objetivo originalmente pactuado bilateralmente pelo Brasil e pela Argentina de estabelecer um mercado comum em favor da instauração de uma área de livre comércio sob a égide de uma união aduaneira como forma de acomodar as discrepâncias econômicas entre os quatro países.
A atuação da chamada diplomacia pública está relacionada à coordenação semiótica e normativa dos ativos disponíveis na esfera digital. Em vista disso, a diplomacia passa a extrapolar a ação dos agentes estatais e engaja, de modo colaborativo, uma série de posições nacionais e internacionais, distanciando-se de suas atribuições formais.
Nas redes sociais, a separação entre perfis oficiais e perfis pessoais é uma ferramenta que possibilita anular o amálgama entre identidades públicas e privadas, preservando o espaço da comunicação diplomática apesar das tentativas de associar posições pessoais encontradas nas mídias sociais a políticas públicas endossadas institucionalmente.
A diplomacia digital ensejou a criação de uma esfera pública diplomática, na qual é cada vez mais difícil reconhecer produtores e consumidores de informação. A profusão de atores é um fator que torna as identidades políticas menos claras, exigindo da diplomacia um esforço orientado para as táticas de framing, que articulam e dão sentido a informações de outro modo dispersas.
O século 21 assiste à formação de uma nova ecologia das mídias sociais, que reorganiza as relações diplomáticas em âmbito ontológico e epistemológico. Nesse sentido, houve uma transformação da própria natureza da atividade diplomática, que passou a ter de lidar, entre outros elementos, com públicos difusos, organizados ao redor das denominadas networks of selective exposure, e múltiplos canais de comunicação.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. 1a edição. 5a reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 239, com adaptações.
Em relação à guerra da Cisplatina e à política externa do Primeiro Reinado (1822 – 1831), julgue (C ou E) o item a seguir.
O território da então província Cisplatina era estratégico para os interesses do Brasil desde o período da colonização, tanto pelo importante comércio de gado desenvolvido na região quanto pela importância do rio da Prata para a manutenção de comunicações entre o Rio de Janeiro e as províncias do interior da colônia.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
A política externa independente revelou pragmatismo
inédito nas relações internacionais do Brasil, que
permitiu adotar, para cada problema ou questão concreta,
uma linha de conduta mais próxima dos objetivos
traçados, sem ligação prévia com blocos de nações ou
ideologias. Foi além da definição do interesse nacional
em vista da modificação do processo de desenvolvimento
interno, fundado na maior participação do País no
mercado internacional.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
Criada em um mundo dividido em dois blocos, a política
externa independente buscou obter vantagens para o País
como resultado dessa divisão. Ao sublinhar seu empenho
na autodeterminação dos povos, reivindicou maior
liberdade para o Brasil no mundo, levando em
consideração seus interesses econômicos. Procurou
diversificar as relações diplomáticas do Brasil,
principalmente no campo econômico e comercial,
incorporando a Europa Oriental ao universo das relações
do Brasil. Também inclinou-se a assumir uma nova
liderança entre os países em desenvolvimento, mirando-se no exemplo de líderes como Nasser, Tito e Nehru, os
quais pretendiam consolidar e ampliar a independência
política do Terceiro Mundo.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
Na visão americanista, embora a rigidez da Guerra Fria
nos anos de 1950 tivesse diminuído, o conflito
leste-oeste deveria ser o tema central da política externa
brasileira. O Ocidente representava os ideais de
liberdade, igualdade, fraternidade, humanismo,
racionalismo, ciência e democracia.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
No começo da década de 1960, as questões de política
externa e interna estiveram particularmente relacionadas.
Intensificou-se o debate de política externa em torno das
duas tendências que haviam surgido a partir do final da
Segunda Guerra Mundial: a americanista, que defendia o
desenvolvimento associado aos países industrializados e
colocava ênfase especial na amizade com os Estados
Unidos da América (EUA), e a nacional-desenvolvimentista ou independente, que pregava a
mobilização nacional no desenvolvimento, a
independência com relação aos EUA e a colaboração
com os demais países em desenvolvimento.