Questões de Concurso
Para história
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Observe as imagens a seguir.
A imagem I é uma charge que retrata o rei Luís XIV da França no centro, flanqueado por dois personagens vestidos com trajes nobres. Na imagem II mostra D. Pedro II aos 12 anos, trajando uma vestimenta de gala, com uma aparência que sugere maior idade.
As opções a seguir descrevem corretamente a análise das duas imagens, de acordo com a representação dos monarcas, à exceção de uma. Assinale-a.
1 Tratado de Tordesilhas
2 Tratado de Madri
3 Tratado de Santo Ildefonso
( ) Garantiu o controle de Portugal sobre a maior parte da Bacia Amazônica; uma consequência desse tratado foi o surgimento das Guerras Guaraníticas.
( ) Definiu os territórios que poderiam ser explorados por castelhanos e portugueses nas regiões descobertas na América durante o período das grandes navegações.
( ) Estabeleceu, de forma definitiva, que a Colônia de Sacramento passasse a pertencer à Espanha, além de determinar a retomada, por Portugal, da Ilha de Santa Catarina.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Para evitar equívocos chamamos de monarquia pluricontinental algo distinto de monarquia compósita. Para John Elliott, esta última monarquia era algo constituído por vários reinos, com estatutos próprios que preexistiam à formação de tal monarquia. Os vários reinos eram, desse modo, preservados, nos termos de suas formações originais, com seus corpos de leis, normas e direitos locais. Cada uma dessas unidades mantinha sua capacidade de autogoverno no interior de um complexo monárquico mais amplo. Nesse formato, o rei – o monarca – operava como a cabeça do corpo social, constituído pelos vários reinos que se mantinham regidos por suas regras coadunadas com as leis maiores editadas pela Coroa. A monarquia pluricontinental é entendida de modo bastante diverso. Nela há um só reino – o de Portugal –, uma só nobreza de solar, mas também diversas conquistas extra europeias. Nela há um grande conjunto de leis, regras e corporações – concelhos, corpos de ordenanças, irmandades, posturas, dentre vários outros elementos constitutivos – que engendram aderência e significado às diversas áreas vinculadas entre si e ao reino no interior dessa monarquia. Tratavam-se, na verdade, na América lusa, por exemplo, de poderes locais – no limite, se organizaram enquanto capitanias – que tomavam instituições sócio-organizacionais reinóis como referência para a formalização de sua organização social.
Adaptado de: FRAGOSO, João; Gouvêa, Maria de Fátima. Monarquia pluricontinental e repúblicas: algumas reflexões sobre a América lusa nos séculos XVI-XVIII. Tempo, n. 27, p. 55.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que a monarquia
Observe a imagem e leia o texto a seguir.
Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Escuela_cuzque%C3%B1a_de_pintura#cite_ ref-5
A Escola Cusquenha de artes foi um movimento artístico desenvolvido no Peru durante o período colonial, com influências da cultura do Renascimento e do Barroco. Esse estilo foi introduzido pelos jesuítas como uma ferramenta didática para evangelizar os indígenas, especialmente os indígenas nobres, ensinando-os a pintar elementos religiosos. As pinturas decoravam catedrais e capelas de conventos na América hispânica, como exemplificado na imagem reproduzida, que representa Nossa Senhora de Belém. O formato triangular da imagem faz alusão à Pachamama, divindade andina considerada a mãe da terra.
Com base na observação da imagem e na leitura do trecho, é correto afirmar que o movimento artístico
Os envolvidos também desempenhavam diferentes formas de trabalho simbólico ao cocriar a crença coletiva de que todos os vassalos tinham acesso ao ouvido do governante. A ficção do diálogo entre governados e governante era um pilar da confiança dos vassalos na monarquia. Foi desse diálogo epistolar e da construção de confiança que surgiu a comunicação em todo o mundo. De fato, esse intercâmbio não apenas deu origem a muitas de suas leis, mas também moldou profundamente a sociedade nas Índias e constituiu, em si, um elemento fundamental de um projeto coletivo. Sob essa perspectiva, os Estados e sua formação não são simplesmente produtos de aparatos coercitivos que se impõem sobre comunidades passivas, mas o resultado de processos comunicativos que tornaram ambas as partes mais poderosas.
Adaptado de: MASTERS, Adrian. We, the King: Creating Royal Legislation in the Sixteenth-Century Spanish New World. Cambrigde: Cambridge University Press, 2023, pp. 7-8.
Com base na leitura do trecho, assinale a opção que apresenta corretamente a interpretação do autor sobre o projeto da monarquia hispânica sobre seus domínios na época moderna.
Testemunhas da execução de Carlos I afirmaram que, após a cabeça do rei ser cortada, a multidão que assistia emitiu um longo e profundo gemido coletivo. Nesse momento sem palavras, podemos começar a imaginar as consequências culturais do regicídio. Quase todos os escritores sobre casamento e família do século anterior haviam traçado a equação habitual entre o domínio do pai sobre sua família e o domínio do rei sobre seus súditos. Cada um refletia o outro, e cada um funcionava para sustentar a autoridade do outro. Para nós, a metáfora é apenas uma comparação, mas no período moderno inicial, as semelhanças ainda falavam de alguma identidade comum ou compartilhada. Dizer que a família era como o Estado e vice-versa implicava um tipo de conexão entre os dois que não conseguimos mais imaginar plenamente. Executar o rei implicava um desafio à autoridade dos pais em todo o país.
Adaptado de: FISSELL, Mary. Vernacular Bodies: The politics of reproduction in early modern England. Oxford: Oxford University Press, 2004, p. 164.
Com base na leitura do trecho, assinale a opção que apresenta corretamente a interpretação da autora sobre o regicídio ocorrido na Guerra Civil da Inglaterra e seus impactos culturais.
Antes da era da expansão europeia além-mar e da circunavegação portuguesa pela África, a Itália renascentista tornou-se um destino comum para numerosos monges e dignitários etíopes. Esses viajantes se apresentaram no cenário europeu como agentes ativos da descoberta transcontinental: interessados em aprender mais sobre uma região que viam como o centro definitivo do cristianismo organizado, tornaram-se os protagonistas de uma era etíope de exploração. Longe de serem vistos como 'outros' inferiores, os etíopes eram, de fato, considerados fornecedores de conhecimento em um mundo europeu cuja autoidentificação estava fundamentada na identidade cristã e onde um paradigma religioso de semelhança e alteridade prevalecia sobre a raça e a cor no discurso sobre a diferença. Eles devem ser vistos como contribuintes chave para a criação do que foi apropriadamente chamado de 'consciência planetária', o processo pelo qual os europeus adquiriram autoconsciência sobre os territórios alémmar.
Adaptado de: SALVADORE, Matteo. The Ethiopian Age of Exploration: Prester John’s Discovery of Europe, 1306-1458. Journal of World History, Vol. 21, No. 4, 2011, pp. 593-594.
Com base na leitura do trecho, assinale a opção que apresenta corretamente a interpretação do autor sobre a presença de indivíduos etíopes na Itália durante o Renascimento.
A necessidade das autoridades eclesiásticas por provas físicas dos fenômenos sagrados faz parte de um fenômeno mais amplo já observado pelos historiadores da espiritualidade feminina da Idade Média tardia: a predominância das mulheres entre as santas visionárias e a persistente tendência dos hagiógrafos masculinos de traduzir as experiências místicas internas de suas sujeitas femininas em sinais corporais perceptíveis, como estigmas, feridas sangrentas, lactação e outros fenômenos místicos. Isto conferiu uma importância especial aos corpos das mulheres santas, que eram vistas como recipientes de seus poderes sobrenaturais, e pode ser a razão pela qual os contemporâneos parecem ter embalsamado os corpos das futuras santas mais frequentemente do que os dos santos homens — um fato que ajuda a explicar a restrição das anatomias sagradas, nesse período, a corpos femininos. Por outro lado, esse foco nos corpos mortos das mulheres santas parece também ter refletido uma necessidade especial de prova por parte dos clérigos homens quando a santidade feminina estava em questão.
Adaptado de PARK, Katharine. The secrets of Women: Gender, Generation, and the Origins of Human Dissection. New York: Zone Books, 2006, pp. 58- 59.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que um dos elementos que explica a relação entre os corpos femininos e o contexto da Idade Média tardia foi
Um grande manto de florestas e charnecas cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade – algo diferente do Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é rara e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e missionários abatem impiedosamente. Aqui, o progresso liga-se ao arroteamento, à luta e vitória sobre a mata cerrada, sobre os arbustos ou, quando necessário e o equipamento técnico e a coragem o permitem, sobre os bosques, sobre a floresta virgem. Mas a realidade palpitante é marcada por um conjunto de clareiras mais ou menos vastas, que correspondem a células econômicas, sociais e culturais. Por muito tempo o Ocidente medieval foi um aglomerado, uma justaposição de domínios, de castelos e de cidades surgidos no meio de extensões incultas e desertas. O deserto, aliás, era então a floresta. La se refugiavam os adeptos voluntários ou involuntários da fuga mundi. Eremitas, amantes, cavaleiros errantes, malfeitores, foras da lei.
Adaptado de LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente Medieval. Caxias do Sul: Edusc, 2005 pp. 123-124.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que o imaginário medieval ocidental entendia as florestas como espaços de
( ) Durante esse período, houve a isenção de tributos e a diminuição do controle militar romano nas províncias locais, o que favoreceu a harmonia social.
( ) Durante esse período, houve uma estagnação da expansão territorial e populacional, uma decisão deliberada com o objetivo de priorizar a prosperidade econômica das possessões já conquistadas.
( ) Durante esse período, houve consideráveis avanços na arquitetura, incluindo o desenvolvimento de estradas que facilitaram a conexão entre diversas localidades do Império.
As afirmativas são, respectivamente,
O governo de Getúlio Vargas (1930-1945) foi um dos mais marcantes da história brasileira. Sobre esse período, analise as afirmativas:
I. Durante o Estado Novo, Vargas centralizou o poder, fechou o Congresso e implementou uma Constituição autoritária.
II. A criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943, foi uma das principais medidas voltadas para a classe trabalhadora.
III. A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados ocorreu no início do Estado Novo, em 1937.
Das afirmativas, pode-se afirmar que:
O período da redemocratização no Brasil trouxe profundas mudanças políticas, econômicas e sociais. Sobre as políticas neoliberais implementadas a partir da década de 1990, analise:
A globalização teve um impacto significativo na economia brasileira durante os governos pós-redemocratização. As políticas neoliberais adotadas pelo Brasil incluíram privatizações de empresas estatais, como a Vale do Rio Doce e a Telebrás, além de maior abertura econômica ao capital estrangeiro. Entretanto, essas medidas também geraram críticas, especialmente devido ao aumento da desigualdade social e à precarização do trabalho.
Com base nesse contexto, qual alternativa reflete corretamente os efeitos das políticas neoliberais no Brasil?
O sistema colonial implantado nas Américas pelos europeus moldou o espaço e a economia das colônias. Analise as afirmativas sobre o sistema colonial:
I. A colonização portuguesa no Brasil foi inicialmente marcada pela extração do pau-brasil, realizada com o auxílio de mão de obra indígena.
II. A adoção do sistema de plantation, baseado em grandes propriedades, monocultura e trabalho escravizado, foi essencial para a produção de açúcar no Brasil.
III. As colônias inglesas na América do Norte adotaram o mesmo sistema econômico das colônias espanholas, priorizando a exploração de ouro e prata.
Das afirmativas, pode-se afirmar que: