Questões de Concurso Sobre flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) em português

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Q1174296 Português

INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao TEXTO. Leia-o atentamente antes de respondê-la.

TEXTO




“Normalmente não dispensamos a esses fiéis escudeiros a atenção que merecem.” (linhas 1 e 2). Assinale o tempo e o modo verbal nos quais se encontra o verbo destacado:
Alternativas
Q1171867 Português
Assinale a alternativa CORRETA para a conjugação verbal.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SABESP Prova: FCC - 2018 - SABESP - Estagiário - Nível Médio |
Q1166326 Português
Ambos os verbos sublinhados estão empregados nos mesmos tempo e modo em:
Alternativas
Q1165968 Português

Recursos hídricos


      Apesar de ocupar quase metade da área da América do Sul e de ter em torno de 60% da Bacia Amazônica, que escoa um quinto do volume de água doce do mundo, há áreas críticas, onde a escassez deixou de ser apenas uma ameaça. Com três bacias hidrográficas que contêm o maior volume de água doce do mundo – Amazonas, São Francisco e Paraná –, o Brasil busca servir de exemplo na eficácia da gestão de seus recursos hídricos.

      Nas duas últimas décadas, foram desenvolvidos mecanismos e ações voltados para tornar a água de boa qualidade disponível para as gerações atuais e futuras, diminuir os conflitos do uso da água e ampliar a percepção da conservação da água como um valor social e ambiental de alta relevância. A partir dos anos 1980, a gestão dos recursos hídricos no Brasil passou a abordar três fatores: a sustentabilidade ambiental, social e econômica; a busca de leis mais adequadas e de espaços institucionais compatíveis; a formulação de políticas públicas que integrassem toda a sociedade.

      Em 1997, foi sancionada a Lei das Águas, que tem como fundamentos a compreensão de que a água é um bem público (não pode ser privatizada), sendo sua gestão baseada em usos múltiplos (abastecimento, energia, irrigação, indústria etc.) e descentralizada, com intensa participação de usuários, da sociedade civil e do governo. Pela lei, o consumo humano e de animais é prioritário em situações de escassez.

(Disponível em: www.brasil.gov.br

Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase:
Alternativas
Q1165956 Português

Escrevo estas linhas


      Escrevo estas linhas em agosto de 1943, depois da batalha de Stalingrado e da queda de Mussolini. É um livro de prosa, assinado por quem preferiu quase sempre exprimir-se em poesia. Esse suposto poeta não desdenha a prosa, antes a respeita a ponto de furtar-se a cultivá-la. Seria inútil repisar o confronto das duas formas de expressão, para atribuir superioridade a uma delas. Mas a verdade é que se a poesia é a linguagem de certos instantes, e sem dúvida os mais densos e importantes da existência, a prosa é a linguagem de todos os instantes, e há uma necessidade humana de que não somente se faça boa prosa como também que nela se incorpore o tempo, e com isto se salve esse último.

      Não há muitos prosadores entre nós que tenham consciência do tempo e saibam transformá-lo em matéria literária. Frequentemente a literatura se faz à margem do tempo ou contra ele – seja por incapacidade de apreensão, covardia ou cálculo. Daí o vazio e o desconforto do texto literário, como a insatisfação que ele desperta em cada vez mais descrentes leitores.

      Este livro começa em 1932, quando Hitler era candidato (derrotado) a presidente da República e termina em 1943, com o mundo submetido a um processo de transformação pelo fogo. Os que viveram em tal período terão de confessar-se transformados, mais sérios e esclarecidos, mais determinados quanto aos problemas fundamentais do indivíduo e da coletividade. Não lhes bastará fazer uso contínuo da palavra cultura ou da palavra justiça, mas antes devem contribuir com tudo o que tenham de bom para que essas palavras assumam seu conteúdo verdadeiro ou, então, sejam varridas do dicionário. E digo aos rapazes: Rapazes, se querem que a literatura tenha algum préstimo no mundo de amanhã, reformem o conceito de literatura. Reformem a própria capacidade de admirar e de imitar, inventem olhos novos ou novas maneiras de olhar, para merecerem o espetáculo novo de que estão participando.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 11-13)

Atente para os dois últimos períodos do texto, de Rapazes, se querem... até estão participando. Flexionando-se as formas verbais na 2ª pessoa do plural, mantidos os tempos e modos em que se apresentam, resultará esta sequência:
Alternativas
Q1165949 Português

Questão de ponto de vista


      Aprendia-se na escola que o rio Amazonas, para orgulho nacional, era o maior rio do mundo. Depois foi preciso reformular a informação: na verdade, o maior rio do mundo, em extensão, seria o Nilo. Mas o Amazonas continuava a ser o maior rio do mundo – em volume d’água. Hoje, voltou-se à convicção inicial. Tudo está, se a questão é competir, em escolher bem os critérios.

      Também se aprendia que nosso planeta Terra deveria chamar-se Água, para fazer jus ao elemento que nele predomina. Mas é bom saber que, outra vez, os critérios fazem toda a diferença. De fato, se levarmos em conta a superfície terrestre, o nome de Água ficaria bem: este elemento recobre 70% do extrato superficial do planeta. Mas se levarmos em conta o volume total da Terra, mais correto seria chamá-lo planeta Fogo: as camadas internas e profundíssimas da nossa casa planetária atingem até 6000 graus centígrados... E se considerarmos como critério a composição química do planeta, o nome Oxigênio ficaria melhor, por ser o mais abundante. Poderia haver ainda quem defendesse o nome de Ferro, por ser esse o elemento que compõe a maior parte da estrutura do planeta.

      Se o que importa é de fato competir, em qualquer nível e a propósito do que for, é bom distinguir bem e considerar os critérios. Respeitando-se a diferença entre estes, aprende-se a relativizar os resultados. A relativização é quase sempre uma operação necessária, sofreia os ânimos mais absolutistas, competitivos e exaltados, fazendo ver que, “dependendo do ponto de vista”, toda avaliação pode ser alterada. O que importa, afinal, se tal ou tal rio é o maior do mundo, ou se tal ou tal grão de café é o mais saboroso, ou se o vinho desta região é melhor que o daquela? É preciso reconhecer ao máximo possível o valor próprio de cada coisa, para que das comparações apressadas não se tirem conclusões absolutas. Por difícil que seja, relativizar um julgamento aceitando-se a diversidade de critérios é um caminho mais justo para se seguir.

(Antenor Caio de Souza, inédito

É adequada a nova correlação entre os tempos e os modos verbais, na reconstrução de uma frase do texto, em:
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Q1165761 Português

A voz das celebridades


      A propósito dos modismos jornalísticos: na ânsia de surpreender o leitor, houve a voga de colher opiniões de figuras públicas sobre assuntos que fugiam às suas especialidades. Botar o cirurgião célebre, por exemplo, para falar de arte cinematográfica, ou o jogador de futebol para comentar uma portaria do Banco Central. Quem vamos ouvir sobre este assunto? − perguntava-se nas redações, em sôfrega procura pelo enfoque “original”. Logo se destacaram, no picadeiro midiático, umas tantas figuras sempre prontas a deitar falação sobre o que quer que fosse. A tal ponto que um dia, na revista em que trabalhava, resolveu-se juntar os falastrões numa só matéria, onde se expusessem ao ridículo. O que se viu foi um economista palpitando sobre balé e um bailarino a discursar sobre finanças. Deu a maior confusão, naturalmente. Mas a matéria deixou exposto um modismo jornalístico inaceitável.

(Adaptado de: WERNECK, Humberto. Esse inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago Editorial, 2011, p. 102-103) 

Há correta articulação entre os tempos e modos verbais e pleno atendimento às normas de concordância na frase:
Alternativas
Q1165268 Português

Por que a educação moderna criou adultos

que se comportam como bebês 


      Os alunos do 3º ano de uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos, a Wellesley High School, em Massachusetts, estavam reunidos, numa tarde ensolarada no mês passado, para o momento mais especial de sua vida escolar, a formatura. Com seus chapéus e becas coloridos e pais orgulhosos na plateia, todos se preparavam para ouvir o discurso do professor de inglês David McCullough Jr. Esperavam, como sempre nessas ocasiões, uma ode a seus feitos acadêmicos, esportivos e sociais. O que ouviram do professor, porém, pode ser resumido em quatro palavras: vocês não são especiais. (...) “Ao contrário do que seus troféus de futebol e seus boletins sugerem, vocês não são especiais”, disse McCullough logo no começo. “Adultos ocupados mimam vocês, os beijam, os confortam, os ensinam, os treinam, os ouvem, os aconselham, os encorajam, os consolam e os encorajam de novo. (...) Mas não tenham a ideia errada de que vocês são especiais. Porque vocês não são.”

      O que aconteceu nos dias seguintes deixou McCullough atônito. Ao chegar para trabalhar na segunda-feira, notou que havia o dobro da quantidade de e-mails que costumava receber em sua caixa postal. Paravam na rua para cumprimentálo. Seu telefone não parava de tocar. Dezenas de repórteres de jornais, revistas, TV e rádio queriam entrevistá-lo. Todos queriam saber mais sobre o professor que teve a coragem de esclarecer que seus alunos não eram o centro do universo. Sem querer, ele tocara num tema que a sociedade estava louca para discutir – mas não tinha coragem. Menos de uma semana depois, McCullough fez a primeira aparição na TV. Teve de explicar que não menosprezava seus jovens alunos, mas julgava necessário alertá-los. “Em 26 anos ensinando adolescentes, pude ver como eles crescem cercados por adultos que os tratam como preciosidades”, disse ele a ÉPOCA. “Mas, para se dar bem daqui para a frente, eles precisam saber que agora estão todos na mesma linha, que nenhum é mais importante que o outro.”

      A reação ao discurso do professor McCullough pode parecer apenas mais um desses fenômenos de histeria americanos. Mas a verdade é que ele tocou numa questão que incomoda pais, educadores e empresas no mundo inteiro – a existência de adolescentes e jovens adultos que têm uma percepção totalmente irrealista de si mesmos e de seus talentos. Esses jovens cresceram ouvindo de seus pais e professores que tudo o que faziam era especial e desenvolveram uma autoestima tão exagerada que não conseguem lidar com as frustrações do mundo real. (...)

      Em português, inglês ou chinês, esses filhos incensados desde o berço formam a turma do “eu me acho”. Porque se acham mesmo. Eles se acham os melhores alunos (se tiram uma nota ruim, é o professor que não os entende). Eles se acham os mais competentes no trabalho (se recebem críticas, é porque o chefe tem inveja do frescor de seu talento). (...)

      Você conhece alguém assim em seu trabalho ou em sua turma de amigos? Boa parte deles, no Brasil e no resto do mundo, foi bem-educada, teve acesso aos melhores colégios, fala outras línguas e, claro, é ligada em tecnologia e competente em seu uso. São bons, é fato. Mas se acham mais do que ótimos.

Camila Guimarães e Luiza Karam in Revista Época 13/07/2012

Que forma verbal composta corresponde à simples, destacada em: “Sem querer, ele TOCARA num tema que a sociedade...”?
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Q1163269 Português

Michael em fúria


      Michael, um furacão de força 4, chegou em fúria à costa da Flórida, nos Estados Unidos, com ventos de mais de 200 km/h. Foi o segundo da temporada; em setembro, o ciclone Florence já havia inundado cidades na Carolina do Norte e estados vizinhos.

      Na mesma semana, veio a luz um novo e sombrio relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês). O estudo, elaborado por dezenas de cientistas de vários países, foi apresentado na Coreia do Sul.

      Trata-se de um relatório especial, diferente das abrangentes publicações sobre trajetórias da mudança do clima que o IPCC compila a intervalos de cinco ou seis anos. No caso, o objetivo era avaliar as diferenças entre um aquecimento na atmosfera de 1,5 ºC e outro de 2 ºC.

      Os dois limiares figuram no Acordo de Paris (2015), que lista o segundo como meta a não ser ultrapassada, pois os climatologistas predizem que os impactos seriam excessivos e talvez incontroláveis.

      A barreira de 1,5 ºC, por sua vez, aparece no tratado como algo preferível do ponto de vista dos riscos e custos a serem enfrentados por sociedades e governos.

      O novo documento indica que esse limiar de prudência está para ser ultrapassado logo, possivelmente ainda em 2030, e com certeza até os anos 2050.

      Restariam, assim, poucas décadas para zerar as emissões de gases do efeito estufa no planeta, o que exigiria uma revolução nos setores de energia e transportes. Mais provável, a julgar pela persistente trajetória atual, é transpor-se a marca dos 2 ºC.

(Folha de S.Paulo. 16.10.2018. Adaptado)

Na passagem – Restariam, assim, poucas décadas para zerar as emissões de gases do efeito estufa no planeta, o que exigiria uma revolução nos setores de energia e transportes. (último parágrafo) –, os verbos destacados apresentam as informações como
Alternativas
Q1161987 Português

Disponível em:<http://dialogoeducacional.blogspot.com.br/2011/11/prova-de-portugues-8-ano-interpretacao.html> . Acesso em: 27 mar. 2018.

Os tempos verbais indicam o momento em que ocorre a ação. No primeiro parágrafo do texto 4, o tempo verbal mais presente é
Alternativas
Q1161981 Português
No trecho “Nunca existiram tantas possibilidades de acabar com a acne como hoje.”, a alternativa que apresenta a forma verbal correta que substitui o verbo existir por haver, mantendo-se o mesmo tempo verbal, é
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-PR Prova: Quadrix - 2018 - CRESS-PR - Agente Fiscal |
Q1161634 Português

No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item a seguir. 


Na linha 16, a forma verbal “carregassem” poderia ser correta e coerentemente substituída por carregavam, dado o emprego do modo indicativo na oração “que restringia”.
Alternativas
Q1161342 Português

Leia a tira, para responder à questão.


                                 (Orlandeli, Grump. Diário da Região, 22.04.2018)

Assinale a alternativa que emprega corretamente as formas verbais presentes no texto, preenchendo as lacunas do seguinte enunciado.

Para que _______ Killer Joe com chance de sucesso, seria necessário que o pequeno Grump também ________ o grandalhão. Mas o público considera pouco provável que ele o _________ ou _________ .
Alternativas
Q1161336 Português

Leia o texto, para responder à questão.


Dar à luz


        Todos sabem que a luz é um dos componentes indispensáveis para que haja vida. Além de ser um fenômeno físico, a luz e sua importância são elementos simbólicos utilizados, há séculos, por religiões, por estudiosos e pela cultura popular, como forma de ilustrar momentos de transição importantes vivenciados pela humanidade. 

      Culturalmente, a luz assume uma representação tão marcante quanto para a ciência e a tecnologia. Isso porque, em muitas nações, ela simboliza a própria vida. Não é por acaso que a expressão “dar à luz” representa um momento de celebração, de extrema felicidade, traduzindo o momento em que é dada ao homem a oportunidade de deixar o escuro do útero e passar a experimentar a luz do mundo, a luz que passará a ser a chama de sua própria existência.

     “Trazer à luz” ou “lançar luz” acerca de um determinado assunto são expressões há muito utilizadas por estudiosos. Essas expressões significam a possibilidade de, por meio do conhecimento, da razão, compreender melhor e encontrar respostas para questões que, até então, o homem sem conhecimento não conseguiria enxergar, uma vez que estaria mergulhado nas trevas da ignorância. Por volta do ano 400 a.C., Platão relacionaria a luz ao conhecimento. Para o filósofo, a percepção do mundo exterior, à luz do sol, correspondia ao conhecimento produzido pelo intelecto, à luz da razão.

    Por outro lado, é comum encontrar textos que se referem a parte da Idade Média como a idade das trevas, um período em que se utilizava da fé como mecanismo de controle, de imposição. E, ao fazer isso, os homens, não Deus, impediam o desenvolvimento cultural e a liberdade intelectual. Desde a Idade Média, governantes utilizam-se da conhecida estratégia de mergulhar a sociedade na ignorância para poder doutriná-la mais facilmente.

      O acesso à liberdade intelectual passaria a ser conquistado graças a um movimento filosófico que surgiu na Europa, no século XVIII, movimento esse que ficou conhecido como Iluminismo. Novamente, o homem escolheria a luz para representar a única forma de trazer novas alternativas para que a humanidade pudesse sair das trevas.

    Infelizmente, nem o Iluminismo nem qualquer outra tentativa de conter os períodos de obscuridade impediram que esta continuasse, de forma voraz e persistente, a assombrar os homens. As trevas ressurgem a cada dia nas guerras, na fome, na intolerância, no ódio, no preconceito, na corrupção e em outras formas que, talvez, a humanidade ainda desconheça.               

    Portanto, para os que não desejam viver na escuridão, a única opção é manter a chama do conhecimento acesa.

(Ademar Pereira dos Reis Filho. Diário da Região, 22.04.2018. Adaptado)




Para responder à questão, considere a seguinte passagem do texto:

   

    Essas expressões significam a possibilidade de, por meio do conhecimento, da razão, compreender melhor e encontrar respostas para questões que, até então, o homem sem conhecimento não conseguiria enxergar, uma vez que estaria mergulhado nas trevas da ignorância.


É correto afirmar que, no contexto dessa passagem, as formas verbais conseguiria e estaria, no futuro do pretérito do indicativo, expressam fatos

Alternativas
Q1161064 Português

Nossa bactéria interior

Hélio Schwartsman


      Se a consciência já parece bastante misteriosa quando tentamos circunscrevêla a um cérebro humano, ela fica ainda mais impenetrável quando se considera que a própria noção de corpo humano pode ser inadequada.

      Com efeito, já há alguns anos vem ganhando espaço na biologia e na medicina a ideia de que precisamos pensar o corpo humano não como uma entidade à parte, mas no conjunto de suas relações com o meio ambiente, em especial em relação a sua interação com espécies microscópicas com as quais vivemos em promiscuidade há dezenas de milhares de anos. Aqui, nós perdemos um pouco de nós para nos tornarmos um superorganismo, no qual outros seres vivos, notadamente aqueles que habitam nosso corpo, ganham importância.

      Inicialmente, esses modelos foram utilizados para explicar com certo sucesso a obesidade (as floras intestinais de gordos e magros têm composições diferentes), doenças do intestino e moléstias cardíacas. Mas os pesquisadores foram ficando ambiciosos e agora falam no eixo cérebro-intestino, que parece desempenhar um papel em várias doenças mentais, incluindo transtornos de ansiedade, do afeto, autismo e até mesmo surtos psicóticos e Alzheimer. Não é que bactérias causem essas moléstias, mas modulam a manifestação e a severidade dos sintomas.

      Particularmente interessante nesses modelos é que a flora intestinal é, em princípio, algo fácil de alterar com o uso de antibióticos, pro e prebióticos e de transplantes fecais. Já há quem fale em psicobióticos. É preciso dar um desconto ao entusiasmo dos pesquisadores, mas não há dúvidas de que é um campo promissor.

      Vale destacar quanto de complexidade esse modelo acrescenta a nós mesmos. Deixamos de ser um corpo composto por 10 trilhões de células comandadas por 23 mil genes para nos tornarmos um bioma ao qual se somam 100 trilhões de bactérias e 3 milhões de genes não humanos.

Adaptado de: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwarts-man/2017/12/ 1940148-nossa-bacteria-interior.shtml> . Acesso em: 11 dez. 2017.

Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1161060 Português

Nossa bactéria interior

Hélio Schwartsman


      Se a consciência já parece bastante misteriosa quando tentamos circunscrevêla a um cérebro humano, ela fica ainda mais impenetrável quando se considera que a própria noção de corpo humano pode ser inadequada.

      Com efeito, já há alguns anos vem ganhando espaço na biologia e na medicina a ideia de que precisamos pensar o corpo humano não como uma entidade à parte, mas no conjunto de suas relações com o meio ambiente, em especial em relação a sua interação com espécies microscópicas com as quais vivemos em promiscuidade há dezenas de milhares de anos. Aqui, nós perdemos um pouco de nós para nos tornarmos um superorganismo, no qual outros seres vivos, notadamente aqueles que habitam nosso corpo, ganham importância.

      Inicialmente, esses modelos foram utilizados para explicar com certo sucesso a obesidade (as floras intestinais de gordos e magros têm composições diferentes), doenças do intestino e moléstias cardíacas. Mas os pesquisadores foram ficando ambiciosos e agora falam no eixo cérebro-intestino, que parece desempenhar um papel em várias doenças mentais, incluindo transtornos de ansiedade, do afeto, autismo e até mesmo surtos psicóticos e Alzheimer. Não é que bactérias causem essas moléstias, mas modulam a manifestação e a severidade dos sintomas.

      Particularmente interessante nesses modelos é que a flora intestinal é, em princípio, algo fácil de alterar com o uso de antibióticos, pro e prebióticos e de transplantes fecais. Já há quem fale em psicobióticos. É preciso dar um desconto ao entusiasmo dos pesquisadores, mas não há dúvidas de que é um campo promissor.

      Vale destacar quanto de complexidade esse modelo acrescenta a nós mesmos. Deixamos de ser um corpo composto por 10 trilhões de células comandadas por 23 mil genes para nos tornarmos um bioma ao qual se somam 100 trilhões de bactérias e 3 milhões de genes não humanos.

Adaptado de: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwarts-man/2017/12/ 1940148-nossa-bacteria-interior.shtml> . Acesso em: 11 dez. 2017.

Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1161004 Português

Leia o texto para responder à questão.


Cotas têm prós e contras.


    Levantamento feito pela Folha de São Paulo ao final de 2017 mostrou que, em boa parte dos cursos universitários, alunos que ingressam por meio de cotas se formam com notas próximas dos demais. O estudo usou os resultados de mais de 250 mil estudantes nas três últimas edições do Enade e constatou que alunos cotistas chegam a ter notas melhores que os outros, por exemplo, em odontologia.

    É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. É inegável que ações afirmativas, como as cotas, são importantes mecanismos de justiça social em um país tão profundamente injusto como o nosso. E as conclusões do levantamento indicam que tais ferramentas são válidas também no plano acadêmico: não se confirmam os prognósticos de que o ingresso de alunos cotistas resultaria em degradação da qualidade dos cursos.

    O perigo é alguém acreditar que cotas resolvem alguma coisa no médio prazo. Nosso sistema educacional está doente, e cotas são como um antitérmico, que reduz o desconforto do paciente, mas não ataca as causas da febre. O que precisamos é que a escola pública, democrática e gratuita, ofereça formação de qualidade, para que as cotas se tornem desnecessárias. Não é uma utopia: acontece em muitos outros países, inclusive mais pobres que o Brasil.

    Ações afirmativas não podem servir de álibi para continuarmos oferecendo formação inferior aos filhos das classes mais desfavorecidas. Até porque propiciar acesso à universidade a alguns desses jovens deixa muita coisa por resolver. O mesmo levantamento mostra que as notas de cotistas são sim inferiores à média nos cursos de exatas, possivelmente os mais críticos para o desenvolvimento do país.

    Não é difícil aventar uma explicação. Em matemática, cada etapa prepara a seguinte, não é possível pular. Quem não aprendeu multiplicação, não vai nunca entender frações. Se a matemática não é ensinada na escola, na faculdade é simplesmente tarde demais. E aí os benefícios da ação afirmativa foram desperdiçados.

    Na virada do ano, outra notícia alvissareira: a Unicamp, talvez a mais inovadora de nossas universidades, aprovou a criação de até 10% de vagas extras em seus cursos para candidatos premiados em competições escolares, como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Física. Uma espécie de “cotas por mérito”.

    Como todas as ideias inteligentes e com potencial para fazer diferença, essa também desperta oposição. Inclusive de setores que advogam as cotas sociais, o que talvez não seja surpreendente, mas é certamente lamentável. Tomara que a inteligência prevaleça.

(Marcelo Viana. Folha de S.Paulo, 21.01.2018. Adaptado)

Alterando-se a frase – É refrescante dispormos de dados objetivos sobre um assunto tantas vezes poluído por ideologias. –, ela permanece correta quanto ao emprego dos verbos, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, em:
Alternativas
Q1160594 Português

Leia o texto.


Termino o livro e fecho o computador, sabendo que por mais que os escritores escrevam, os músicos componham e cantem, os pintores e escultores joguem com formas, cores e luzes –, por mais que o contexto paralelo da arte expresse o profundo contraditório sentimento humano, embora dance à nossa frente e nos convoque até o último fio de lucidez, o essencial não tem nome nem forma: é descoberta e assombro, glória ou danação de cada um.

Lya Luft (disponível em: https://www.pensador.com/textos)

Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1160123 Português

BEM PERTO DE LEO

                                                                                Christophe Honoré

Capítulo I


    Marcelinho. Era assim que eles me chamavam.

    Pra mim, se eles me chamassem de Marcelo também tava bom, só que eles têm essa mania, já estou com mais de dez anos mas não adianta. Se acostumaram. Querem ser bonzinhos comigo. Ou rir da minha cara. Sei lá, uma mistura danada de boas intenções que deve me deixar incrivelmente legal aos olhos deles.

    Marcelinho. Até que eu gosto. Fico mais diferenciado dos meus três irmãos. Dá pra perceber muito bem que eu sou o irmão mais moço, o caçulinha, o “queridinho da vovó”, como diz a vovó.

    Três irmãos.

    Grandes, mas grandes pra valer. Tipo caras que saíram do colégio há décadas. Só que os três continuam morando lá em casa.

    Tristão: 21.

    Leo: 19.

    Pedrinho: 17. Não teve erro. Tipo relógio. Um filho de dois em dois anos, sempre em fevereiro. Pinta fevereiro, paf, filho! 

    Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com:

(17 - 2)

   - 10   

     5

    cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo. Em geral ela faz uma festinha na minha bochecha com uma das mãos e me dá um tapinha na testa com a outra e ao mesmo tempo fala baixinho: “Não se preocupe, meu coração, vai passar”.

    Eu não me preocupo, mas sei lá, quando me dizem esse tipo de coisa fico todo arrepiado, a impressão que eu tenho é de que estão me escondendo um segredo de Estado.

    É por isso que em geral não tenho coragem de insistir. Fico pensando que se eles, os meus pais, resolveram esperar cinco anos, a explicação só pode ser uma coisa bem ruim. Mas deixa pra lá, o que importa é que afinal eles se decidiram. Se não tivessem se decidido eu ia continuar sei lá onde, esperando que alguém se lembrasse de mim pra poder sair. [....]

Adaptado de: HONORÉ, Chistophe. Bem perto de Leo. Tradução de Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 7-8.

Sobre os verbos em destaque em “Quando pergunto a minha mãe por que razão exatamente eu cheguei com cinco anos de atraso, ela olha pra mim como se eu estivesse querendo que ela me explicasse a existência do mundo.”, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1158260 Português

SALES, Herberto. O automóvel. In: Os melhores contos de Herberto Sales.

Seleção de Judith Grossmann. 2. ed. São Paulo: Global, 1999. p. 23.

Do último período do texto, é correto afirmar:
Alternativas
Respostas
2241: A
2242: A
2243: C
2244: C
2245: A
2246: C
2247: E
2248: B
2249: A
2250: E
2251: B
2252: E
2253: B
2254: D
2255: E
2256: E
2257: A
2258: E
2259: D
2260: A