Questões de Concurso Sobre flexão verbal de número (singular, plural) em português

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Q2100082 Português

A época em que ser alegre era malvisto


Até o início do século XVIII, em lugares como Reino Unido e nas suas colônias na América do Norte, os historiadores perceberam que as pessoas tinham orgulho de serem um pouco melancólicas.

Isso tinha a ver, em parte, com a lógica cristã, de ter consciência dos seus pecados e de se manter humilde perante os olhos de Deus.

Peter Stearns, autor do livro 'História da Felicidade', cita, nas suas pesquisas, o diário escrito por um chefe de família da época, que defendia que Deus, entre aspas, "não permitia alegria nem prazer, mas sim, uma espécie de conduta melancólica e austera".

"Isso não quer dizer que as pessoas fossem infelizes - simplesmente, não temos como julgar isso de modo imparcial, a partir dos padrões atuais. Até porque a felicidade, obviamente, é algo bastante subjetivo".

O que significa que havia, entre as pessoas da época, a percepção de que era necessário se desculpar por momentos de felicidade, por considerá-los uma afronta a Deus, segundo Stearns.

Mas isso mudou radicalmente no século XVIII, a ponto de, na redação da Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 1776, a busca pela felicidade ter sido considerada um direito humano. A Constituição da França de 1793 também explicitou a ideia de que o objetivo da sociedade é a felicidade comum.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/ck5y8nyw1jyo. Adaptado.

Não 'temos' como julgar isso de modo imparcial.

Conjugando o verbo em destaque no pretérito imperfeito do indicativo, tem-se: 

Alternativas
Q2098888 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

[Cidades devastadas]

     Em vinte anos eliminaram a minha cidade e edificaram uma cidade estranha. Para quem continuou morando lá, a amputação pode ter sido lenta, quase indolor; para mim, foi uma cirurgia de urgência, sem a inconsciência do anestésico.
     Enterraram a minha cidade e muito de mim com ela. Por cima de nós construíram casas modernas, arranha-céus, agências bancárias; pintaram tudo, deceparam árvores, demoliram, mudaram fachadas. Como se tivessem o propósito de desorientar-me, de destruir tudo o que me estendia uma ponte entre o que sou e o que fui. Enterraram-me vivo na cidade morta.
      Mas, feliz ou infelizmente, ainda não conseguiram soterrar de todo a minha cidade. Vou andando pela paisagem nova, desconhecida, pela paisagem que não me quer e eu não entendo, quando de repente, entre dois prédios hostis, esquecida por enquanto dos zangões imobiliários, surge, intacta e doce, a casa de Maria. Dói também a casa de Maria, mas é uma dor que conheço, íntima e amiga.
      Não digo nada a ninguém, disfarço o espanto dessa descoberta para não chamar o empreiteiro das demolições. Ah, se eles, os empreiteiros, soubessem que aqui e ali repontam restos emocionantes da minha cidade em ruínas! Se eles soubessem que aqui e ali vou encontrando passadiços que me permitem cruzar o abismo!

(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. Os sabiás da crônica. Antologia. Belo Horizonte: Autêntica, 2021, p. 209-210)
Está correto o emprego de todas as formas verbais na frase:
Alternativas
Q2096412 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. 


O que leio nas redes

Por Lau Siqueira




(Disponível em: https://cronicascariocas.com/colunas/o-que-leio-nas-redes/ – texto adaptado especialmente para esta prova). 
Na frase “Nunca sabemos de fato como e quando vamos ferir alguém”, tem-se o emprego de uma locução verbal. Assinale a alternativa que indica a correta forma simples dessa forma verbal, mantendo-se o mesmo tempo, modo e voz verbais, bem como a pessoa e o número. 
Alternativas
Q2094733 Português
Analise os itens a seguir sobre concordância verbal e preencha os parênteses com o verbo flexionado de acordo com a sintaxe de concordância adequada à norma-padrão.
I. A flexibilidade e a versatilidade das línguas humanas ( ) de várias propriedades. (resultar)
II. Boa parte das pesquisas desenvolvidas recentemente ( ) que bebês com quatro dias podem distinguir sua língua materna de uma língua estrangeira. (mostrar)
III. Nas últimas décadas, ( ) diferentes hipóteses sobre como as crianças adquirem a linguagem. (aparecer)
IV. A convivência de duas ou mais línguas no mesmo território ( ) sempre objeto de muitas controvérsias na história da humanidade. (ser)
V. ( ) de nota os diferentes registros de provérbios populares feitos na Inglaterra do século 18. (ser digno)
A sequência correta dos verbos flexionados de I a V é: 
Alternativas
Q2085165 Português

Texto para responder à questão.

Os jovens que ainda usam máscara por vergonha de mostrar o rosto: “sou feio, mãe” 

    Laura tinha 10 anos quando começou a usar máscara pelos mesmos motivos que todos nós: se proteger da Covid-19 e impedir a disseminação do vírus. Agora, depois de quase 3 anos e do início de sua puberdade, a máscara ocupou um outro lugar na vida dela: o de um objeto que esconde seu rosto e a ajuda a lidar com inseguranças sociais. Sua irmã conta que, mesmo em um passeio à praia, Laura permaneceu de máscara ̶ inclusive para entrar no mar. Em ocasiões como essa, o sol marca o contorno da máscara no seu rosto, tornando ainda mais difícil que ela deixe de usar o acessório em público. A história da jovem ressoa nos relatos de centenas de jovens nas redes sociais, em especial adolescentes, que dizem ter dificuldade de ficar sem máscara fora de casa por vergonha de mostrar o próprio rosto. Em muitos casos, eles são alguns dos únicos alunos da classe que continuam a utilizar o acessório rigorosamente, e sofrem bullying de colegas que questionam o uso e até tentam retirá- -lo à força. Outros dizem que a máscara os ajuda a passar despercebidos e diminuir as interações sociais, inclusive chamando menos atenção dos professores.

     A situação ganha complexidade num momento de reincidência dos casos de coronavírus, em que a máscara é recomendada para frear o contágio da doença. Em que momento, então, o uso rigoroso do acessório por adolescentes se torna preocupante? E como pais e professores podem lidar com essa situação?

    O costume de usar acessórios que desviam o próprio corpo da atenção alheia não é algo novo entre os adolescentes. Moletons largos, bonés e cabelo longo sobre o rosto são alguns dos “mecanismos” aos quais os jovens recorrem para lidar com inseguranças relacionadas à autoimagem corporal, explica o psicólogo e doutor em educação Alessandro Marimpietri. A cantora Billie Eilish é um exemplo desse comportamento: quando tinha 17 anos, declarou que preferia vestir roupas largas para que os fãs e a imprensa não a sexualizassem por conta de seus seios grandes. Marimpietri explica que a pandemia e a reclusão forçada do contato social foram agravantes dessa questão.

     “Um adolescente que entrou na pandemia com 13 anos e agora tem 15, por exemplo, se modificou do ponto de vista físico de maneira muito substancial. Muitos já estavam inseguros sobre como iriam se apresentar para o outro do ponto de vista imagético e comportamental ̶ e a máscara figura como um anteparo simbólico de proteção, como se a autoimagem estivesse resguardada por uma fronteira que me protege do olhar do outro.” Ele acrescenta que os problemas com a imagem corporal foram inflados na pandemia, quando nosso recurso de interação social era, muitas vezes, digital. “Se ver o tempo todo nas telas e nos ângulos das câmeras digitais modificou a autopercepção de todos os sujeitos: crianças, adultos, idosos. No caso dos adolescentes, isso ocorreu de maneira destacada, já que se somam outras questões próprias dessa fase”, diz. 

   Marimpietri explica que as expressões faciais são “pistas não-verbais importantes para o desenvolvimento da vida do sujeitodo ponto de vista psíquico, da interação social, e até da cognição”. Ao esconder parte do rosto com a máscara por tempo indefinido, os adolescentes escondem, também, essas pistas fundamentais para a convivência e interação socioafetiva. Esse prejuízo é percebido por Simone Machado, professora de Língua Portuguesa da rede pública de São Paulo.

    “Os professores leem os alunos a todo momento, mesmo quando não dizem nada. São expressões de dúvida, por exemplo, que nos fazem repetir uma explicação. As máscaras atrapalham essa troca”, conta. A professora relata que seus alunos que seguiram usando máscara mesmo quando houve uma flexibilização da medida são estudantes que já tinham um comportamento introspectivo e dificuldades de socialização. Um deles, conta Machado, ficou ainda mais tímido depois da pandemia. “É como se a máscara fosse mais um muro na socialização dele com o mundo. Até seu olhar ficou menos expressivo e, quando lhe faço perguntas, ele responde apenas balançando a cabeça, nem consigo lembrar como é sua voz.”

     Na escola, a professora de geografia Luciana Cardoso ressalta a importância das conversas entre os professores. “Foi no conselho de classe que descobri, por um outro professor, que uma aluna minha usa sempre a máscara por vergonha de um dente faltando.” Se um professor de Educação Física, por exemplo, fala que o aluno pratica esportes vestindo moletom e máscara, isso acende um alerta diferente para os professores que só os veem dentro de sala, reflete Cardoso. Para a professora Simone Machado, uma estratégia interessante é não falar diretamente sobre o uso insistente da máscara, mas tentar incentivar a socialização desses alunos por outras vias, passando trabalhos em grupo dentro e fora da sala de aula, por exemplo. A médica pediatra Evelyn Eisenstein lembra que, entre os jovens, é mais comum que haja um comportamento negligente quanto às medidas sanitárias de combate à Covid. “Estamos num momento de cautela, em que a máscara deve ser usada em aglomerações como transportes públicos, centros comerciais e também nas escolas”, alerta.

(ALVES, Ian. Os jovens que ainda usam máscara por vergonha de mostrar o rosto: ‘sou feio, mãe’. BBC News Brasil, 2022. Disponível em: https://www. uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2022/12/07/os-jovens-que-ainda-usammascara-por-vergonha-de-mostrar-o-rosto-sou-feio-mae.htm. Acesso em: 06/01/2023. Adaptado.)

Analise as afirmativas a seguir.
I. Para atender à correção gramatical do período “Se ver o tempo todo nas telas [...]” (4º§), o pronome “se” deveria estar em posição enclítica.
II. No trecho “Outros dizem que a máscara os ajuda a passar despercebidos [...]” (1º§), a forma verbal “ajuda” deveria ter sido flexionada no plural para concordar adequadamente com o termo “outros”.
III. Na passagem “A história da jovem ressoa nos relatos de centenas de jovens (...) que dizem ter dificuldade de ficar sem máscara fora de casa por vergonha de mostrar o próprio rosto.” (1º§), a flexão do infinitivo “mostrar” é facultativa. Portanto, “mostrar” pode ser flexionado no plural ou no singular.
IV. Em “A professora relata que seus alunos que seguiram usando máscara mesmo quando houve uma flexibilização da medida [...]” (6º§), se fosse inserida uma vírgula após a palavra “alunos” e outra vírgula após a palavra “máscara”, a oração “que seguiram usando máscara” se transformaria em uma oração subordinada adjetiva explicativa e, com isso, o sentido seria alterado.
V. Em “Estamos num momento de cautela, em que a máscara deve ser usada [...]” (7º§), o termo “em que” pode ser substituído pelo pronome relativo “onde”, de acordo com a norma culta escrita.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2084689 Português
Quem está “on”?



Martha Medeiros. In: NSC Total. Acesso em:https://www.nsctotal.com.br/colunistas/martha-medeiros/quem-esta-on , 14 out., 2022.
. Houve um tempo em que as pessoas liam livros, muitos deles extensos, divididos em dois ou três volumes (linhas 7 e 8). A oração
Alternativas
Q2075395 Português

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Adaptado de: VERISSIMO, L. F. Comédias da vida privada.

101 crônicas escolhidas. Porto Alegre: L&PM, 1996. 


Se as duas ocorrências da palavra jeito (l. 34) estivessem no plural, quantas outras palavras na frase deveriam sofrer ajustes para fins de correção gramatical?
Alternativas
Q2069927 Português


                                   

Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item. 


A forma verbal “tem” (linha 17) está flexionada na terceira pessoa do singular, em concordância com o núcleo do sujeito da oração; estivesse o sujeito no plural, a forma verbal deveria ser grafada da seguinte forma: têm

Alternativas
Q2061127 Português

Texto para o item.



Internet: <cienciahoje.org.br>. 

No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.


A forma verbal “vêm”, na oração “Os serviços ecossistêmicos vêm sendo utilizados” (linha 4), consiste no verbo ver, conjugado na terceira pessoa do plural.

Alternativas
Q2026259 Português
               Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado Com olhos que contêm o olhar antigo Sempre comigo um pouco atribulado E como sempre singular comigo.
MORAES, Vinicius de. Soneto do amigo. Disponível em: https://www.pensador.com/soneto_do_amigo/. Acesso em: 15 ago. 2022.
O que justifica a forma de registro do termo grifado é a
Alternativas
Q2400105 Português

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 10, leia a crônica abaixo.


1. Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, senão a todos, pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina, hoje, não interessa a ninguém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de coluna. Trata-se de um gato.

2. Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, contei de Inácio e de sua convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo no encanto imemorial dos gatos. Mas Inácio desapareceu − e sua falta é mais importante para mim do que as reformas do ministério.

3. Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra.

4. O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa. Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido.

5. Eram duas da madrugada quando o pintor Reis Júnior, que passeia a essa hora com o seu cachimbo e o seu cão, me bateu à porta, noticioso. Em suas andanças, vira um gato cor de ouro como Inácio − cor incomum em gatos comuns − e se dispunha a ajudarme na captura. Lá fomos sob o vento da praia, em seu encalço. E no lugar indicado, pequeno jardim fronteiro a um edifício, estava o gato. A luz não dava para identificá-lo, e ele se recusou à intimidade. Chamados afetuosos não o comoveram; tentativas de aproximação se frustraram. Ele fugia sempre, para voltar se nos via distantes. Amava.

6. Seria iníquo apartá-lo do alvo de sua obstinada contemplação, a poucos metros. Desistimos. Se for Inácio, pensei, dentro de um ou dois dias estará de volta. Não voltou.

7. Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis, sim, beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.

8. Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta-lhes a nota grave e macia de Inácio. É extraordinário como o gato “funciona” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e cheio de personalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a presença de Inácio a meu lado, sua crítica muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores.

9. Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver vivo e não sequestrado, voltará sem explicações. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção e leveza; tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas patas; com a altivez, a serenidade e a elegância dos gatos.


(ANDRADE, Carlos Drummond. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)

O verbo em negrito deve sua flexão ao termo sublinhado em:

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Q2372601 Português
No primeiro quadrinho do texto “B”, na passagem “Tem gente que não consegue ler mais de um livro ao mesmo tempo”, é correto afirmar que o termo “gente”, do ponto de vista morfológico,
Alternativas
Q2372517 Português
          Meu caro,

        Não pense que me esqueci das minhas obrigações, muito me aflige estar em dívida com você. Fiquei de lhe entregar os originais até o fim de 2015, e lá se vão três anos. Como deve ser do seu conhecimento, passei ultimamente por diversas atribulações: separação, mudança, seguro-fiança para o novo apartamento, despesas com advogados, prostatite aguda, o diabo. Não bastassem os perrengues pessoais, ficou difícil me dedicar a devaneios literários sem ser afetado pelos acontecimentos recentes no nosso país. Já gastei o adiantado que você generosamente me concedeu, e ainda me falta paz de espírito para alinhavar os escritos em que tenho trabalhado sem trégua. Sei que é impróprio incomodá-lo num momento em que a crise econômica parece não ter arrefecido conforme se esperava. Estou ciente das severas condições do mercado editorial, mas se o amigo puder me adiantar mais uma parcela dos meus royalties, tratarei de me isolar por uns meses nas montanhas, a fim de o regalar com um romance que haverá de lhe dar grandes alegrias.

     Um forte abraço.



(Adaptado de: BUARQUE, Chico. Essa gente. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, edição digital)
A respeito da forma verbal empregada, o texto legitima o seguinte comentário:
Alternativas
Q2212652 Português
Leia o texto para responder à questão.

        Em 1944, o poeta recifense Solano Trindade publicava “Poemas d’uma vida simples”, seu segundo livro, impregnado pela crítica social característica de sua obra. A publicação teve boa repercussão, mas não agradou todo mundo: Trindade foi perseguido e preso pela ditadura do Estado Novo e o livro, apreendido.

         A prisão teria sido motivada por “Tem Gente com Fome”, que se tornou um de seus poemas mais conhecidos. O texto poderia ser de 2022, ano em que 33 milhões passam fome e 125 milhões convivem com algum grau de insegurança alimentar no Brasil.

(Juliana Domingos de Lima. www.uol.com.br/ecoa, 23.07.2022. Adaptado) 
No segundo parágrafo do texto, a locução “teria sido motivada” está conjugada no
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Q2199330 Português
Para que servem as unhas?


                A fábrica da unha fica embaixo da pele – onde ela é viva. Já o pedaço que vemos são células mortas, por isso não dói para cortar. As células vivas empurram as mortas e a unha cresce sempre. Um dos ingredientes é a proteína queratina, que também forma cabelo e pele. Pele, unha e cabelo não param de ser produzidos, porque sofrem desgaste e precisam ser renovados.

                A cutícula é um sistema de _________: protege a fábrica da unha de invasores, como bactérias e fungos. Por isso, não é legal retirá-la. Além de preservarem a ponta dos dedos, as unhas nos auxiliam a pegar os objetos e podem ser usadas como pinça para coisas bem pequenas.

            Todo mundo tem uma mão chamada de dominante – a direita nos destros e a esquerda nos canhotos. As unhas crescem mais rápido nessa mão: por ser mais ativa, a circulação sanguínea nela é maior, favorecendo o crescimento.

            Aquelas ____________ brancas que aparecem nas unhas é um tipo de machucado na região logo abaixo da unha. Isso pode acontecer por roer, morder ou bater essa região. As unhas das mãos crescem mais ou menos 3 milímetros por mês e as dos pés vão mais devagar, de 1 a 1,5 milímetro por mês.

        Quando uma pessoa morre, as unhas continuam crescendo por alguns dias. Isso acontece porque a produção das células das unhas usa pouquíssima energia. Aí, a energia acumulada em vida garante mais um tempo de crescimento.

(Fonte: Superinteressante - adaptado.)
Em relação à flexão de número dos substantivos, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(_) O plural de “balão” é “balões”.
(_) O plural de “anel” é “anéis”.
Alternativas
Q2187790 Português
TEXTO I

“Menos de 6 horas de sono por noite é uma privação aguda”, diz especialista

Por Portal Raízes

        Menos de 6 horas de sono em uma única noite é uma privação aguda”, diz Robyn Stremler, enfermeira e professora associada da Faculdade de Enfermagem Lawrence S. Bloomberg da Universidade de Toronto, cuja pesquisa se concentra no sono e na paternidade. “Sabemos que os adultos humanos funcionam melhor se dormirem de sete a oito horas por noite. E quando você cai para menos de seis horas, mesmo por uma noite, começamos a ver um declínio no desempenho integral da pessoa”.

        Não existe isso de recuperar o sono perdido. Infelizmente, um sono ocasional de 12 horas não vai resolver o problema. Mesmo dormindo muito tempo num dia, na tentativa de recompensar noites mal dormidas, você não se sentirá descansado. A privação crônica ocorre quando a falta de sono é prolongada ou persiste por muitas noites, levando a um comprometimento contínuo ou agravado com o passar do tempo, provocando sintomas físicos, cognitivos, comportamentais e mentais.

Sintomas físicos

        Todas as pessoas que dormem pouco já ouviram alguém dizer: “Uau, você está parecendo um zumbi” e quando elas olham no espelho, sabem do que eles estão falando. De acordo com Lisa Kellett, dermatologista de Toronto, há evidências de que a privação do sono e os padrões de sono alterados (como trabalhar no turno da noite) acabam resultando na diminuição da produção de colágeno e na quebra das elastinas da pele.

        Mas seu corpo também está reagindo à falta de sono de muitas outras maneiras não tão visíveis. Por exemplo, as pessoas que relatam dormir cronicamente muito pouco tendem a ter pressão arterial mais alta, diz Stremler.

        “Também pode afetar as respostas de fome do corpo, então você faz escolhas alimentares ruins com mais frequência. Seu corpo acha que quer alimentos mais ricos em nutrientes, então você buscará opções com maior teor de gordura e açúcar”. Isso significa que há uma relação entre falta de sono, metabolismo mais lento e ganho de peso, bem como flutuações nos níveis de açúcar no sangue.

        Outros sintomas fisiológicos incluem visão turva, tontura, espasmos nos olhos e aumento de dores crônicas, como fibromialgia e nas articulações. Você também tem três vezes mais chances de pegar um resfriado quando privado de sono, porque a falta de sono suprime seu sistema imunológico.

        Um estudo de 2011 publicado na revista médica Behavioral Sleep Medicine até descobriu que a falta de sono pode levar ao que alguns chamam de “efeito zumbi”, que é uma capacidade prejudicada de demonstrar alegria em suas expressões faciais. Um estudo semelhante, publicado em 2013 na revista Sleep, descobriu que a privação do sono pode fazer você parecer mais triste ou mais melancólico para os outros, com olhos inchados e mais vermelhos, pálpebras caídas, olheiras mais escuras, pele pálida, mais rugas nos olhos e os cantos da boca caídos.

        Você provavelmente também não tem energia ou tempo para se exercitar, o que aumenta a lentidão que sentimos por dormir mal e fazer escolhas alimentares pouco saudáveis. Não precisamos de um estudo científico para nos dizer que nossa vida sexual também sofre como efeito colateral da privação do sono: muitos sentem que precisam escolher entre alguns minutos extras de descanso e dedicar atenção ao seu relacionamento há muito negligenciado com seu cônjuge.

Efeitos cognitivos

        Quando Conor Wild, um pesquisador associado do Brain and Mind Institute da Western University, em Londres, descobriu que ele e sua esposa estavam esperando gêmeos, ele começou a considerar o que dois novos pacotes de alegria fariam com todas rotinas de suas vidas, incluindo o sono. Essa análise pessoal estimulou sua pesquisa recente, que incluiu uma pesquisa controlada com mais de 10.000 entrevistados que relataram sua qualidade e duração do sono antes de completar uma série de testes cognitivos.

        Wild e sua equipe descobriram que dormir pouco regularmente – menos de sete ou oito horas por noite durante um mês, estava associado a um declínio na acuidade mental. Mesmo uma única noite de sono ruim pode causar deficiências, incluindo declínios no raciocínio e na resolução de problemas e nas habilidades verbais, como entender alguém em uma conversa ou compreender artigos escritos. (Curiosamente, Wild e sua equipe descobriram que a memória de curto prazo não era prejudicada pela falta de sono).

Disponível em https://www.portalraizes.com/menos-de-6-horas-de-sono-por-noite-e-uma-privacao-aguda-diz-especialista/ (com adaptações). 
Nas orações compostas, os verbos devem se relacionar de forma correta para que a mensagem seja compreendida adequadamente. No período Sabemos que os adultos humanos funcionam melhor se dormirem de sete a oito horas por noite…”, os verbos destacados estão corretamente relacionados. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta um período composto por verbos conjugados e relacionados de forma correta.  
Alternativas
Q2178150 Português
TEXTO

Quem tem medo da liberdade de expressão?

Alexandre Cruz

    Com o advento das redes sociais, debates sobre os limites da liberdade de expressão têm ganhado força na sociedade brasileira e, com a proximidade das eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entrou no baile. Sob argumento de que notícias e opiniões falsas ou desinformativas podem causar danos a grupos sociais ou até mesmo interferir no resultado final de uma eleição, aumenta-se perigosamente o apoio à formulação de uma espécie de "index prohibitorum" digital, contendo palavras e opiniões que devem ser previamente censuradas sob o risco potencial de causar danos sociais ou eleitorais.
    O Youtube, por exemplo, já filtra palavras que não podem ser ditas, podendo gerar a desmonetização de um vídeo ou, no limite, a sua exclusão da plataforma. O resultado, no final, é o surgimento de uma variedade de neologismos cifrados utilizados por youtubers para substituir as palavras indesejadas.
    A perspectiva na qual palavras, ideias e opiniões devem ser censuradas pelo seu dano presumido não é nova. Além de ser utilizada levianamente por grupos para cercear opiniões divergentes sem ter o trabalho de argumentar, tende a focar mais nos possíveis prejuízos do que nos benefícios de uma amplíssima liberdade de expressão para a sociedade em geral.
    Entre a independência dos Estados Unidos e o fim da 1ª Guerra Mundial, por exemplo, diversos casos contestando os limites da liberdade de expressão e de imprensa tiveram curso em tribunais estaduais e na Suprema Corte daquele país. Neste período, como aponta o historiador Michael Curtis, prevaleceu no judiciário norte-americano a chamada "Doutrina da Tendência Ruim", onde opiniões consideradas com potencial para causar eventuais danos sociais deveriam ser suprimidas.
    Na esteira dessa doutrina, obras que criticavam a escravidão, por exemplo, foram censuradas em diversas cortes de estados escravagistas sob o argumento de causar danos ao direito de propriedade. Coube a jornalistas, advogados, intelectuais e ativistas contestar essa doutrina e muitas vezes promover a circulação de obras abolicionistas ilegalmente. Ou seja, enquanto setores do judiciário norte-americano impunham uma visão restritiva e racista da liberdade de expressão, coube à sociedade civil ampliar os seus limites na prática.
    Ecos de uma concepção de liberdade de expressão mais ampla, de raiz popular, chegariam à Suprema Corte dos Estados Unidos apenas na década de 1920. Anos antes, Benjamin Gitlow, membro do Partido Socialista, foi processado pelo estado de Nova Iorque pelo crime de anarquia após ter publicado no periódico "The Revolutionary Age" o texto "The Left Wing Manifesto". Embora sua defesa tenha alegado que o artigo se tratava de uma análise histórica, não de uma incitação revolucionária, Gitlow foi considerado culpado pela corte estadual, tendo sua condenação confirmada pela maioria da Suprema Corte em 1925.
    Porém, durante o julgamento, foi possível vislumbrar a penetração de uma concepção mais ampla da liberdade de expressão entre juízes da corte. Em um histórico voto dissidente, o juiz Oliver Wendell Holmes Jr. registraria que: "toda ideia é um incitamento. Ela se oferece para a crença e, se acreditada, é praticada a menos que outra crença a supere, ou a falta de empenho sufoque o movimento em seu nascimento. A única diferença entre a expressão de uma opinião e uma incitação, no sentido mais restrito, é o entusiasmo do orador pelo resultado".
    No Brasil, também a liberdade de expressão e de imprensa foram uma conquista da sociedade civil após décadas de censura ao longo do século 20, não uma concessão da burocracia estatal. Historicamente, a ampla liberdade de expressão sempre foi um instrumento popular para fustigar o poder estabelecido em prol de mudanças sociais. Não podemos deixar que contextos políticos nublados nos façam esquecer disso. Os benefícios de uma ampla liberdade de expressão e de imprensa são maiores do que os malefícios de sua utilização para o cometimento de crimes (que devem ser punidos através do devido processo legal).
    Aceitar a premissa de que uma ideia ou opinião deva ser censurada, talvez até por algoritmos, antes de alcançar o espaço público devido ao seu possível dano social ou eleitoral, sem crime determinado e comprovado, é lançar um bumerangue autoritário que mais cedo ou mais tarde voltará.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 14 set. 2022.
Considere o trecho a seguir.
    Com o advento das redes sociais, debates sobre os limites da liberdade de expressão têm ganhado força na sociedade brasileira [...]

A forma verbal em destaque é assim grafada porque está 
Alternativas
Q2170494 Português
"O convívio do motorista com ciclista, motoqueiro, skatista e pedestre na rua, cada vez mais estrangulada pelo trânsito nas médias e grandes cidades do país, se tornou insano. Quando a bebida entra nessa relação tensa, o efeito é ainda mais catastrófico." (Jairo Bouer)
Marque a alternativa em que a passagem para o plural e as alterações estruturais do segmento acima tenham obedecido à norma culta:
Alternativas
Q2168759 Português
Texto I

Dostoiévski 200 anos: mergulhado na essência desvalida da alma humana

Por Portal Raízes -11 de novembro de 2021

        “Chamam-me de psicólogo: não é verdade. Sou apenas realista no sentido mais elevado. Ou seja, retrato todas as profundezas da alma humana”. O pensamento do escritor russo Fiódor Dostoiévski (nascido em 11 de novembro de 1821), encontrado em seu caderno de notas de 1880, traduz as buscas desse que é considerado um dos principais autores e pensadores do século 19. Ele morreu em 1881.Pesquisadores consideram que o autor continua atual em 2021 ao tratar de temas como compaixão, ética e empatia. Tratou dos pobres, humilhados e desvalidos.

        Entre as obras mais conhecidas de Dostoiévski, há clássicos da literatura mundial, como Crime e Castigo, O Idiota, Os Demônios e Os Irmãos Karamázov. “Ele é um intérprete da alma humana. Ele percebia as contradições do mundo, o individualismo e perguntava se existia um princípio moral que, de alguma forma, possa se estruturar a vida”, explica o professor Leonardo Guelman, do Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF).

        O pesquisador explica que o autor russo pode ser considerado atemporal por tratar dos principais sentimentos humanos, confrontando o leitor. “Qualquer um de nós que for lê-lo daqui a 50 anos ou que leu no século passado vai se deparar com essa experiência do confronto sobre o que nós somos. Também daquilo que nós não efetivamos e talvez pudéssemos ser”. Guelman esclarece que existe uma teatralidade muito forte na obra de Dostoiévski que trata de questões e dilemas éticos. “Duzentos anos após o nascimento dele, vivemos hoje um momento muito conturbado no mundo. Ele é absolutamente atual porque trata desse teatro humano”.

        O romance Crime e Castigo, de 1866, é o livro mais emblemático de Dostoiévski, considerado pelos críticos como a sua obra-prima. Neste romance o autor desperta a expectativa de seus leitores fascinados com o destino de Raskólnikov, estudante e homicida perseguido pela memória de seu crime. As dúvidas o atormentam e as conversas com o comissário de polícia são infernais e, por fim, ele confessa o crime a uma prostituta que lhe mostra o caminho do arrependimento por intermédio da fé cristã. O autor consegue delimitar os intrincados problemas de liberdade da ação humana. E sugere a possibilidade de redenção pelo crime. Neste livro, Dostoiévski, com base em dados reais, constrói uma inquietante parábola de culpa e punição. Separamos algumas frases comentadas desse fenomenal romance.

        Na obra Crime e Castigo, algumas frases se tornaram célebres como “o erro é uma coisa positiva porque, por intermédio dele, é que se descobre como ajustar as coisas”.

        Desde cedo somos programados para achar que o erro é ruim. Toda criança descobre que admitir o erro significa pagar por ele. É por isso que poucas culturas aceitam o erro como benefício para aprender com ele e revelar a verdade. Mas, o que é a verdade? O conceito de verdade como revelação pode ser encontrado entre os empiristas e teólogos. Os empiristas defendem que a verdade representa aquilo que, imediatamente, se revela ao homem. Os teólogos, que a verdade é a evidência manifestada nas coisas e que o princípio de todas as coisas é Deus.

        A Filosofia procura, desde suas origens, a verdade diante do erro. Um exemplo de que o erro não é, necessariamente, negativo é contado pela insistência de Thomas Edison, o inventor da lâmpada. Sua principal descoberta lhe deu muito trabalho e de erro em erro descobriu, finalmente, o fio de algodão carbonizado que sublimou os erros cometidos antes com a ideia luminosa, acesa em 21 de outubro de 1879, há 136 anos.

        Outra frase conhecida é “aquilo que mais tememos é o que nos faz sair dos nossos hábitos”.

        Ninguém nasce com um manual de instruções para a vida. Apesar de todos os conselhos úteis dos pais, professores e pessoas mais velhas e mais experientes, cada um de nós deve fazer o seu próprio caminho no mundo, fazendo o melhor que pode e muitas vezes fazer algumas coisas erradas. Bagunçar algumas vezes não é pecado. Mas, se você ficar com receio de mudar hábitos com comportamentos tipo “deixa ver se consigo”, você vai perder muitas oportunidades pelo receio de sair dos hábitos convencionais. Você ficou aborrecido e frustrado porque as suas escolhas causaram tristezas? Vá em frente, porque aquilo que tememos pode mudar o rumo da estrada que você está habituado. E sair da estrada habitual pode ser o caminho de luz que necessita para ser feliz. (...)  
“Entre as obras mais conhecidas de Dostoiévski, clássicos da literatura mundial, como Crime e Castigo, O Idiota, Os Demônios e Os Irmãos Karamázov”. Se trocarmos o verbo haver pelo verbo existir na oração em destaque, teríamos, fazendo a devida correlação, a seguinte conjugação verbal:  
Alternativas
Q2134876 Português
Considerando a palavra "continua", empregada duas vezes no período "...mesmo que morra em conseqüência da brutal operação, continua a ser um elefante; continua, pois um elefante morto é, em principio, tão elefante como qualquer outro." (l. 7- 8),é correto afirmar que:
Alternativas
Respostas
281: E
282: C
283: A
284: C
285: A
286: C
287: C
288: C
289: E
290: D
291: C
292: A
293: B
294: D
295: A
296: A
297: C
298: E
299: E
300: D