Questões de Concurso Sobre colocação pronominal em português

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Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: CREMEGO Prova: Quadrix - 2022 - CREMEGO - Médico Fiscal |
Q1958294 Português
Texto para o item. 



Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).
Considerando a correção gramatical e a coerência das ideias do texto, julgue o item, que consistem em propostas de substituição para vocábulos e trechos destacados do texto. 

“se espera” (linha 31) por espera-se
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2022 - PC-SP - Médico Legista |
Q1955363 Português

      Um homem sem perna, agarrando-se numa muleta, parou diante dela e disse:

      – Moça, me dá um dinheiro para eu comer?

      “Socorro!!!” gritou para si mesma ao ver a enorme ferida na perna do homem. “Socorre-me, Deus”, disse baixinho. 

      Estava exposta àquele homem. Estava completamente exposta. Se tivesse marcado com “seu” José na saída da Avenida Atlântica, o hotel onde ficava o cabeleireiro não permitiria que “essa gente” se aproximasse. Mas na Avenida Copacabana tudo era possível: pessoas de toda a espécie. Pelo menos de espécie diferente da dela. “Da dela?” “Que espécie de ela era para ser ‘da dela’?”

      Pensamento do mendigo: “essa dona de cara pintada com estrelinhas douradas na testa, ou não me dá ou me dá muito pouco”. Ocorreu-lhe então, um pouco cansado: “ou dará quase nada”.

      Ela estava espantada: como praticamente não andava na rua – era de carro de porta a porta – chegou a pensar: ele vai me matar? Estava atarantada e perguntou:

      – Quanto é que se costuma dar?

      – O que a pessoa pode dar e quer dar – respondeu o mendigo espantadíssimo.

      Ela, que não pagava salão de beleza, o gerente deste mandava cada mês sua conta para a secretária de seu marido. “Marido”. Ela pensou: o marido o que faria com o mendigo? Sabia que: nada. Eles não fazem nada. E ela – ela era “eles” também.

      Perguntou:

      – Quinhentos cruzeiros basta? É só o que eu tenho.

      O mendigo olhou-a espantado.

      – Está rindo de mim, moça?

      – Eu?? Não estou não, eu tenho mesmo os quinhentos na bolsa... 

      Abriu-a, tirou a nota e estendeu-a humildemente ao homem, quase lhe pedindo desculpas.

      O homem perplexo.

      E depois rindo, mostrando as gengivas quase vazias:

      – Olhe – disse ele –, ou a senhora é muito boa ou não está bem da cabeça... Mas, aceito, não vá dizer depois que a roubei, ninguém vai me acreditar.

      – Eu não tenho trocado, só tenho essa nota de quinhentos.



(Clarice Lispector, “A Bela e a Fera ou a Ferida Grande Demais”. O primeiro beijo e outros contos. Fragmento)


Assinale a alternativa em que o enunciado está em conformidade com a norma-padrão de colocação pronominal.
Alternativas
Q1952490 Português

Dadas as sentenças:



1-Atualmente se fala muito em bullying nas escolas.

2-Atualmente, se fala muito em bullying nas escolas.

3-Então fica certo; te ligo assim que chegar em casa.

4-Jamais me passou pela cabeça que ele iria tomar essa atitude. 



A colocação pronominal está correta:

Alternativas
Q1951931 Português



Carolina Fioratti. Cientistas desenvolvem algoritmo capaz de encontrar padrões ocultos em sonhos. In: Superinteressante,
27 ago. 2020. Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
Acerca dos aspectos gramaticais e dos sentidos do texto apresentado, julgue o item.

Sem alteração dos sentidos do texto e das relações sintáticas originalmente estabelecidas, a forma pronominal se poderia ser acrescentada à forma no gerúndio “Pensando” (linha 11) — Pensando-se.
Alternativas
Q1947068 Português

Leia o texto a seguir para responder à questão.


Bilionários

Fernando Schüler

No auge da brabeza global pela compra do Twitter, por Erlon Musk, li um curioso argumento, dito por um ativista de redes sociais. Segundo ele, toda vez que Musk fica mais rico, a humanidade ficaria mais pobre. Na sua cabeça, a riqueza global deve ser como uma espécie de bolo gigante, de modo que, se algum guloso pega um naco muito grande para si, sobra menos para os demais. Uma deputada resolveu ser mais direta: bilionários “nem deveriam existir”, disse ela. Me caiu os butiá dos bolso*, como se diz lá no Sul. O que o sujeito faria, exatamente, se abrisse uma empresa e ela começasse a crescer? Se, vendendo sua participação, outros ficassem bilionários? Por que ele continuaria investindo e fazendo negócios? Por esporte? Desconfio que não ia funcionar.

Há uma enorme confusão aí sobre como se gera valor e como alguém se torna um bilionário, em uma economia de mercado. O bilionário que eu mais ajudo a ser um bilionário é Jeff Bezos. Não compro ações, mas livros, em sua loja virtual. Eu poderia comprar ali na livraria do bairro, que segura as pontas como pode, mas acabo não me dando ao trabalho. Às vezes penso que estou sendo egoísta fazendo isso. Em todo caso, ao menos no que me diz respeito, a teoria daquele ativista não funciona. A cada vez que eu compro um livro lá, Bezos fica mais rico e eu de bem com a vida.

Há quem ache que exista uma “aristocracia global”, transmitindo sua fortuna de geração em geração. De fato, há muita gente que herda sua fortuna. Não vejo problema nisso. Há os que investem ainda mais, geram ainda mais riqueza, e outros torram tudo. Me lembro das histórias de pessoa gastando até o último centavo e batendo as botas sem um vintém, num hotel de luxo. Há os que ganham pelo casamento, como a ex-mulher do Bezos, Mackenzie Scott, que se tornou uma das mais ativas filantropas do planeta. Semanas atrás, doou 27 milhões de reais à ONG brasileira Gerando Falcões, focada em criar oportunidades para jovens de menor renda.

A primeira coisa interessante a discutir sobre os bilionários é sobre como foi obtido o dinheiro. Se o sujeito cria uma empresa inovadora, oferecendo algo que melhore a vida das pessoas, temos mais é que contar a sua história em nossas escolas e inspirar mais jovens nessa direção. Foi o que fez Pedro Franceschi, guri carioca de 25 anos que criou uma fintech** inovadora, de cartões de crédito. E este ano consta lá da lista dos mais ricos, da Forbes, com 1,5 bilhão. Vai fazer o que com Pedro? Pedir a ele que devolva meio bilhão? Pedir para ele se aposentar? De minha parte, acho o oposto. É bom que ele exista, e que o seu sucesso sirva de exemplo. Ideias inovadoras fazem o mundo andar para a frente. 

O que realmente deveríamos combater é a riqueza obtida da fraude, dos privilégios criados para alguns.

O que realmente deveríamos fazer é mudar o disco. Em vez do ranço contra quem inova e gera valor, perder o sono com o que se passa na base da pirâmide. Perguntar como é possível, em pleno 2022, que um quarto da população viva em situação de pobreza ou extrema pobreza e que ensinemos menos de 5% do que nossos alunos deveriam saber de matemática, nas redes públicas, no fim do ensino médio, depois imaginando que eles terão boas chances no mercado de trabalho.

É preciso olhar para a frente, em vez de tomar, todo santo dia, o veneno das velhas ideias.

(Revista Veja, 11 de maio de 2022. Adaptado)

* Me caiu os butiá dos bolso = expressão regionalista típica do Rio Grande do Sul. Usa-se para dizer que a pessoa está impressionada, assustada.
** fintech = termo que surgiu da união das palavras “financial” e “technology” = tecnologia e inovação aplicadas na solução de serviços financeiros.

Assinale a alternativa que descreve corretamente o fato linguístico.
Alternativas
Respostas
806: E
807: A
808: E
809: E
810: A