Questões de Concurso Sobre pontuação em português

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Q1063752 Português
Texto 5

“No Paquistão, quando sou proibida de ir à escola, compreendo o quão importante é a educação. A educação é o poder das mulheres. (....) Nós percebemos a importância de nossa voz quando somos silenciados”. É assim que a pequena notável enxerga o horizonte e – por meio das novas tecnologias – pôde fazer ecoar sua voz.
Educação é um ato político, e se é na sociedade (seja física ou digital) o nascedouro de faíscas de perspectivas para um mundo mais igualitário, a escola deve ser o seu maior berçário.

Empoderamento educacional, Ivan Aguirra 
O sinal gráfico do texto 5 que mostra seu sentido de forma correta é:
Alternativas
Q1061844 Português

Texto para a questão.




Em relação à pontuação no texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1061558 Português
“Mãe, você traz a toalha pra mim!”, o uso da vírgula se justifica pois:
Alternativas
Q1061517 Português
Nós, os mais velhos, temos o hábito de nos irritar facilmente com os mais novos.”, pode-se afirmar que as vírgulas empregadas no trecho acima têm a função de:
Alternativas
Q1059885 Português
MALALA VAI PATROCINAR TRÊS BRASILEIRAS QUE LUTAM PELA EDUCAÇÃO DE MENINAS

    A paquistanesa Malala Yousafzai anunciou, nesta terça-feira (10), que três brasileiras passarão a integrar a Rede Gulmakai, uma iniciativa do Fundo Malala que patrocina homens e mulheres que incentivam ou promovem a educação de meninas em vários países. O Fundo Malala já chegou a investir recursos em projetos de ativistas indígenas do México, mas o anúncio feito nesta terça marca a expansão da Rede Gulmakai para a América Latina, começando pelo Brasil. O projeto já contempla outros seis países: Afeganistão, Líbano, Índia, Nigéria, Paquistão e Turquia.
    Em 2012, Malala foi vítima de um atentado do Talebã por insistir em ir à escola – uma atividade proibida para meninas. Desde então, ela criou uma organização para incentivar a educação de meninas em todo o mundo, e em 2014 se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz.
    Em um comunicado divulgado nesta terça, Farah Mohamed, CEO do Fundo Malala, afirmou que "o Brasil está fazendo progressos para as meninas, mas apenas para algumas meninas".
    "Garantir acesso igualitário à educação requer liderança ousada e ágil. É por isso que temos orgulho de investir nessas três ativistas, cujo trabalho para desafiar os líderes e mudar as normas já está ajudando a criar um futuro melhor para todas as meninas brasileiras", disse Farah.
    Agora, as três brasileiras integrarão a Rede Gulmakai, batizada por uma inspiração antiga: Gulmakai era o pseudônimo que Malala usava quando tinha apenas 11 anos e escrevia um blog em Urdu para a BBC sobre os desafios que as garotas enfrentavam para conseguir estudar no Vale do Swat, sua terra natal no Paquistão, que caiu sob o domínio do Talebã.
    Atualmente, a rede financia o trabalho de 22 ativistas em prol da educação de meninas no Afeganistão, Índia, Líbano, Nigéria, Paquistão e Turquia.
(https://g1.globo.com/educacao/noticia/malala-vai-patrocinar-tres-brasileiras-que-lutam-pela-educacao-de-meninas.ghtml)
“[Malala] escrevia um blog em Urdu para a BBC sobre os desafios que as garotas enfrentavam para conseguir estudar no Vale do Swat, SUA TERRA NATAL NO PAQUISTÃO, que caiu sob o domínio do Talebã.”
Segundo as regras de pontuação prescritas na gramática normativa, no termo em destaque há:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: IF-RO Prova: IBADE - 2019 - IF-RO - Engenheiro Civil |
Q1059840 Português
    “Viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A Lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua coma de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.
    Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, tirilando.”
O cortiço, Aluísio de Azevedo.
Observe o trecho abaixo.
“Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo.”
Observa-se que esse primeiro período, pertencente ao segundo parágrafo do fragmento exposto, é bastante extenso. Qual é o efeito de sentido obtido pelo uso majoritário de vírgulas e pontos-e-vírgula?
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Q1057802 Português
Leia o texto para responder à questão.

    Houve um tempo em que o jornalismo investigativo vivia de entrevistas confidenciais que pessoas bem informadas sobre algum assunto de interesse davam a repórteres em que confiavam, em troca de não terem sua identidade revelada.
    Eram tempos em que uma caneta, um bloquinho e uma agenda de telefones privilegiada constituíam todo o básico de investigação de qualquer jornalista. Um profissional sério desprezava até os gravadores de fita cassete, que, em geral, intimidavam os entrevistados. A palavra gravada precisava ser cuidadosamente medida e calculada. Em off, a conversa corria mais solta. Assim nasciam os grandes furos.
    Por óbvio, naquele tempo já havia pequenos aparelhos desenvolvidos pelas agências de espionagem internacionais que permitiam instalar dispositivos de gravação e filmagem disfarçados de abajures, canetas, óculos e até botões de roupa. Nada disso, porém, era de fácil acesso às pessoas comuns – o que só mudaria com o advento dos smartphones, a partir do final da década de 1990.
    A cumplicidade entre internet e dispositivos móveis de captação de som, imagem e informação, com a possibilidade de retransmissão instantânea do material captado, alterou de vez a relação entre o homem moderno e seu ambiente social. Começava, nesse momento, a grande derrocada da privacidade como a conhecemos um dia.
    A primeira rede social via internet nos moldes atuais, a Classmates, surgiu em 1995, nos Estados Unidos e Canadá. Era voltada para a troca de informações entre estudantes universitários. Desde então, as redes se multiplicaram e acabaram por se transformar nos principais polos de disseminação de informação do planeta. A maior rede disponível hoje, o Facebook, foi criada em 2004 por estudantes de Harvard e reúne mais de 2,2 bilhões de usuários, entre pessoas reais, perfis falsos e robôs.
    Por meio das redes, a indústria e o comércio sabem o que mais consumimos, presidentes são eleitos e derrubados, e os pecados que gostaríamos de ver escondidos são tornados públicos.
    O onipresente olho nos acompanha a cada passo que damos, reconhecendo-nos quando circulamos, pretensamente anônimos, em meio às multidões dos blocos carnavalescos.
(Luiza Pastor. Redes sociais destruíram ideia de privacidade, diz pesquisadora. www1.folha.uol.com.br, 28.06.2019. Adaptado) 
Assinale a alternativa que está em conformidade com a norma-padrão da língua quanto à pontuação.
Alternativas
Q1057614 Português
Leia o texto para responder à questão.

Vão-livre do Masp vira casa para crianças e adultos.

    Deitado sobre um colchão, Hippierre Freitas, 34, estica o pescoço para ver as horas. Da sua cama improvisada no meio do vão-livre do Masp, ele avista um dos relógios eletrônicos da avenida Paulista e se situa no horário. “É meu relógio particular”, diz ele, enfiado debaixo de uma pilha de cobertores. O mesmo colchão serve de “habitação” para a vira-lata Maloqueira, a única distração capaz de mobilizar a atenção do grupo de dez meninos, que também têm como casa o espaço entre os famosos pilares vermelhos da construção de Lina Bo Bardi.
    Em comum, histórias de agressão, de desestruturação familiar, conflitos na comunidade onde vivem ou ameaças são o que mantém crianças e adultos longe de casa, de acordo com a Secretaria de Assistência Social.
    Viver nas ruas para fugir de conflitos familiares não é exclusividade das crianças. Há 13 anos vivendo nas calçadas da Paulista, Thiago Rodrigo Simões, 29, conta que tem casa e família no extremo da zona leste da capital, mas mantém a rotina de alternar duas semanas dormindo no chão do vão-livre do Masp com uma semana em que volta para casa “para tomar banho e trocar de roupa.” Eles aqui na rua são a minha família de verdade, me sinto mais confortável aqui do que na minha casa. Tenho um estilo aventureiro”, diz ele, que divide o colchão com Hippierre e a cachorra.
    Sobre a escolha do vão-livre para se instalar, Thiago cita a segurança como principal atrativo. “Aqui tem muitas câmeras. Se eu der alguma coisa na sua mão, os policiais ali já ficam ligados”, diz ele apontando uma base da Polícia Militar instalada no outro lado da avenida, em frente ao Parque Trianon.
    Enquanto isso, uma equipe do museu montava um palco a poucos metros do colchão para uma atração musical. “Agora vou ver um show de graça sem nem sair da minha cama”, diz Thiago. “O vão, como o próprio nome diz, é livre, e deve ser ocupado.”
(Folha de S. Paulo, 09.06.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que está correto o emprego das vírgulas, de acordo com a norma-padrão da pontuação.
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Q1056934 Português
Leia o texto para responder à questão.

Cientistas estudam forma de "curar" o envelhecimento

    Um dos mitos da Grécia Antiga, que remonta a 700 a.C., conta a história de amor de Eos, a deusa do amanhecer, e Titono, irmão mais velho do rei de Troia. Eos se apaixonou por Titono e pediu ao deus Zeus que concedesse a ele a imortalidade dos deuses. Mas se esqueceu de pedir eterna juventude. Titono viveu por anos a fio, definhando, esquecido pela própria Eos, que o trancou em um quarto escuro até que, finalmente, ele se transformou em uma cigarra.
    Alguns milênios depois, a longa busca da humanidade pela vida e juventude eternas ganha contornos científicos. O primeiro laboratório biomédico dos Estados Unidos dedicado inteiramente a pesquisar o envelhecimento foi criado em 1999 em São Francisco, a poucos quilômetros do Vale do Silício, com a missão de acabar com as doenças relacionadas à passagem do tempo.
    Mas é a Fundação SENS, criada em 2009 pelo cientista da computação inglês Aubrey de Grey, entre outros nomes, que desperta as maiores polêmicas na comunidade científica. Na visão de Grey, o envelhecimento deve ser tratado como um fenômeno simples, e nosso corpo visto como uma máquina ou uma engenhoca que pode ser consertada. “O motivo de termos carros que ainda rodam após cem anos é o fato de eliminarmos os estragos antes mesmo de as portas caírem. O mesmo vale para o corpo humano”, afirma o britânico.
    Para desenvolver seu modelo de pesquisa, Aubrey de Grey olhou para os principais processos que levam ao envelhecimento conhecidos hoje, como perda e degeneração das células. Para ele. basta tratá-los e pronto: nossos problemas de saúde que surgem com a idade acabariam. “Não haveria limite, assim como não há limite para os carros funcionarem. Morreríamos somente de causas que não têm a ver com quanto tempo atrás nascemos. Impactos de asteroides, acidentes etc.”, diz.
(Marília Marasciulo. Galileu. https://revistagalileu.globo.com , 30.07.2019. Adaptado)
A passagem do 4o parágrafo “Morreríamos somente de causas que não têm a ver com quanto tempo atrás nascemos. Impactos de asteroides, acidentes etc...'' permanecerá com o conteúdo inalterado caso o ponto final seja substituído pela vírgula e o trecho destacado substituído por:
Alternativas
Q1056918 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Troque o modo "ocupado" por "produtivo" e dê resultados, em vez de desculpas 

Foto: D-Keine via Getty Images.

Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/colunas/Futuro-do-trabalho/noticia/2019/05/>. Acesso em: 16 abr. 2019.
Considere o trecho: “O produtivo conhece bem seus picos de energia, valoriza o sono (mesmo que durma menos de 8 horas) e divide seus períodos por tarefas com começo, meio e fim – compreendidos os imprevistos.” (Linhas 20-21) Sobre a pontuação usada nesse trecho, pode-se afirmar que:
Alternativas
Q1056768 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões que a ele se referem.

A ECOLOGIA DA ORELHA



Fonte: SCHLÖGL, Emerli. A ecologia da orelha. Disponível em: <https://ipfer.com.br/gper/wp-content/uploads/sites/2/2018/02/ensino-religioso-5-ano.pdf>. Acesso em: 5 maio 2019. Adaptado.
Analise o trecho: “Puxa, ecologia da orelha? O que é isso? Seria tudo aquilo que nasce, cresce e morre em nossas orelhas? De certa forma sim, desde que não pensemos em coisas materiais e palpáveis.” (Linhas 1-3). Considerando os sinais de interrogação e afirmação utilizados pelo autor no trecho, é possível afirmar que:
Alternativas
Q1056767 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões que a ele se referem.

A ECOLOGIA DA ORELHA



Fonte: SCHLÖGL, Emerli. A ecologia da orelha. Disponível em: <https://ipfer.com.br/gper/wp-content/uploads/sites/2/2018/02/ensino-religioso-5-ano.pdf>. Acesso em: 5 maio 2019. Adaptado.
As reticências, no trecho “Ele disse que...” (linha 12), foram empregadas para indicar
Alternativas
Q1056706 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Memória das coisas 

Fonte: VILELA, Daniel. Memória das coisas. Disponível em: <https://vidasimples.com/conviver/memoria-das-coisas/ >. Acesso em: 20 jun. 2019.
Considere o trecho: “É instintivo: em todas as vezes que meus cotovelos são passíveis de causar qualquer desastre, eu – que sou amplamente conhecido pela falta de jeito – enfio as mãos nos bolsos para minimizar a área de contato entre a minha pouca noção de espaço e a possível ruína completa de uma licoreira equilibrada em um móvel antigo.” (Linhas 3-5) Sobre a pontuação usada nesse trecho, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q1056132 Português
Considere o trecho: “É instintivo: em todas as vezes que meus cotovelos são passíveis de causar qualquer desastre, eu – que sou amplamente conhecido pela falta de jeito – enfio as mãos nos bolsos para minimizar a área de contato entre a minha pouca noção de espaço e a possível ruína completa de uma licoreira equilibrada em um móvel antigo.” (Linhas 3-5)
Sobre a pontuação usada nesse trecho, é CORRETO afirmar que:
Alternativas
Q1055643 Português

                               

Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o iten.


O emprego da vírgula após “pesquisadores” (linha 19) justifica‐se por separar complementos nominais coordenados em uma enumeração.

Alternativas
Q1054748 Português

Texto: Tempo de lembrar, tempo de esquecer

        No começo era só uma fratura resultante de uma queda de bicicleta. Mas ao contrário do que os médicos esperavam, e ao contrário do que suas boas condições de saúde faziam supor – aos vinte e três anos era forte, robusto, não tinha doença alguma –, a situação foi se complicando, e lá pelas tantas ele precisou baixar no hospital para uma cirurgia. O que foi feito através do SUS; ajudante de pedreiro, ele não tinha condições para se internar de outra maneira.

         O hospital ficava num bairro da periferia. Era pequeno, mas razoavelmente aparelhado. Colocaram-no num quarto, junto com outros cinco pacientes, todos idosos. O paciente da cama ao lado da sua estava em coma – e, pelo jeito, há muito tempo. Ele ficou olhando para o homem. Que, por alguma razão, o perturbava. Quem identificou a causa de sua perturbação foi a atendente que estava de plantão naquela noite. Você é parecidíssimo com este velho, comentou ela. A expressão “este velho” não era depreciativa; como a própria atendente explicou, ninguém sabia quem era o homem. Ele tinha sido abandonado na porta do hospital anos antes. Não sabia dizer quem era, de onde viera; “Desconhecido número 31” era a identidade que figurava no prontuário. Por causa de suas precárias condições, fora ficando, e agora estava em fase terminal.

         A história impressionou profundamente o rapaz. Sobretudo por causa de uma lembrança que, desde criança, o intrigava. Ele sabia que tinha um avô vivo (o outro avô, e as avós, haviam falecido). Mas nunca vira esse homem, não sabia nem que jeito tinha. Cada vez que perguntava aos pais, eles desconversavam. Lá pelas tantas fora morar sozinho; os contatos com a família agora eram esporádicos, e o misterioso paradeiro do avô já não era assunto das conversas.

         E se aquele homem fosse seu avô? Não era impossível. Os pais, pobres, mal conseguiam sustentar os filhos; arcar com a responsabilidade de cuidar do velho teria sido para eles carga pesada.

        Com auxílio das muletas, aproximou-se da cama do ancião. “Vovô”, murmurou baixinho, e deu-se conta de que pela primeira vez estava usando aquela palavra. Esperou uns minutos, chamou de novo: “Vovô”. Teve a impressão de que o homem havia se mexido, de que um tênue sorriso se esboçara em seu rosto. Ia tentar mais uma vez, mas neste momento a atendente entrou, dizendo que estava na hora de dormir. Ele voltou para a cama. No dia seguinte os pais viriam visitá-lo e o mistério se esclareceria. O que fariam se tal acontecesse? Para isso, ele tinha uma resposta: se ofereceria para cuidar do recém-achado avô. Coisa difícil, mas daria um jeito. E, pensando nisso, adormeceu.

        Quando acordou eram sete da manhã. A cama do lado estava vazia. O velho morreu, disse outro paciente, já levaram o corpo. Pouco depois chegaram os pais. Traziam laranjas, traziam até uma barrinha de chocolate. Expressaram a certeza de que, naquele hospital, o filho iria melhorar.

         O rapaz não disse nada. Não havia o que dizer. Como diz o Eclesiastes, há um tempo para lembrar, e um tempo para esquecer. Durante muito tempo ele lembrara o avô. Agora chegara o tempo de esquecer.

Moacyr Scliar

Histórias que os jornais não contam - crônicas. Rio de Janeiro: Agir, 200

No primeiro parágrafo, o travessão introduz expressão com valor de:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: CRF-RO Prova: IADES - 2019 - CRF-RO - Contador |
Q1054695 Português
Texto 1 para responder à questão.


Disponível em: <http://www.crf-ro.org.br>. Acesso em: 5 jul. 2019.
Assinale a alternativa que, de acordo com as regras de pontuação e de ortografia vigentes, reproduz uma mensagem compatível com a do período “Dúvidas sobre medicamentos não têm hora, mas têm solução.”
Alternativas
Q1054389 Português

Texto III: O que é uma língua?

     A padronização, a gramatização, a ortografização de uma língua têm constituído, em todos os momentos históricos, um processo de seleção e, como todo processo de seleção, um processo simultâneo de exclusão. A centralização dos Estados nacionais a partir do Renascimento em torno da figura do rei, símbolo da nacionalidade, acarretou a construção política de uma língua nacional, de uma língua oficial.

     Ora, que critérios poderiam ser empregados para definir essa língua oficial, essa língua que, de materna, se transformará em língua paterna, língua pátria, língua oficial? Em meio à diversidade linguística que sempre caracterizou todos os países da Europa, que língua ou que variedade de língua será arrancada de sua dinâmica social para se transformar em monumento, em símbolo da identidade nacional?

      Os critérios serão, sempre, de ordem política e nunca-jamais de ordem “linguística”, no sentido de não haver possibilidade alguma de uma variedade ser escolhida por algum conjunto de características “inerentes” (beleza, elegância, riqueza, concisão etc.) que a tornem “naturalmente” mais apta a ser eleita para o processo de hipostasiação. A língua escolhida será sempre, nos casos das nações unificadas, a língua ou dialeto falado na região onde se situa o poder, a Corte, a aristocracia, o rei.

      A famosa Ordonnance de Villers-Cotterêts assinada em 6 de setembro de 1539 pelo rei Francisco I, decreta que todo e qualquer documento legal, contratos, sentenças, testamentos etc., “sejam pronunciados, registrados e entregues às partes em linguagem materna francesa, e não outramente”. Ora, essa “linguagem materna francesa” é de uso extremamente minoritário no século XVI, e mesmo no final do XVIII, como veremos adiante, era desconhecida por três quartos da população da França. Sua escolha como língua oficial se deve ao mero fato de ser a língua materna do rei, o que é razão suficiente para decretar sua oficialidade, apesar de sua reduzida difusão entre os súditos. Com isso, o que poderia parecer um ato de democratização das relações entre o poder e os cidadãos – a substituição do latim pelo francês nos atos oficiais – era, na verdade, uma reafirmação do caráter aristocrático daquele regime político e se prendia ao simples fato de, àquela altura da história francesa, o latim já ser uma língua desconhecida para a maioria dos membros da elite política e cultural.

     A língua ou variedade de língua eleita para ser oficial será objeto de um trabalho de codificação, de padronização, trabalho empreendido pelos gramáticos, e também de criação de um léxico novo, amplo, que permita à língua ser instrumento da alta literatura, da ciência, da religião e do direito.

    Por conseguinte, e ao contrário do que comumente (e lamentavelmente) se lê em textos assinados por (socio)linguistas – num discurso que se repete também nos livros didáticos de português, supostamente “atualizados” com os avanços da ciência linguística –, a norma-padrão definitivamente não é uma das muitas variedades linguísticas que existem na sociedade. Não existe uma variedadepadrão (aliás, uma contradição em termos, pois se é padrão, isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), nem um dialeto-padrão, nem uma língua padrão, embora esses termos pululem na bibliografia dedicada ao tema. O que existe é uma norma-padrão, língua materna de ninguém, língua paterna por excelência, língua da Lei, uma norma no sentido mais jurídico do termo.

Marcos Bagno

“O que é uma língua? Imaginário, ciência e hipóstase” In: LAGARES, X. C.; BAGNO, M.

Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011

A função do uso dos parênteses, no último parágrafo, é:
Alternativas
Q1054387 Português

Texto III: O que é uma língua?

     A padronização, a gramatização, a ortografização de uma língua têm constituído, em todos os momentos históricos, um processo de seleção e, como todo processo de seleção, um processo simultâneo de exclusão. A centralização dos Estados nacionais a partir do Renascimento em torno da figura do rei, símbolo da nacionalidade, acarretou a construção política de uma língua nacional, de uma língua oficial.

     Ora, que critérios poderiam ser empregados para definir essa língua oficial, essa língua que, de materna, se transformará em língua paterna, língua pátria, língua oficial? Em meio à diversidade linguística que sempre caracterizou todos os países da Europa, que língua ou que variedade de língua será arrancada de sua dinâmica social para se transformar em monumento, em símbolo da identidade nacional?

      Os critérios serão, sempre, de ordem política e nunca-jamais de ordem “linguística”, no sentido de não haver possibilidade alguma de uma variedade ser escolhida por algum conjunto de características “inerentes” (beleza, elegância, riqueza, concisão etc.) que a tornem “naturalmente” mais apta a ser eleita para o processo de hipostasiação. A língua escolhida será sempre, nos casos das nações unificadas, a língua ou dialeto falado na região onde se situa o poder, a Corte, a aristocracia, o rei.

      A famosa Ordonnance de Villers-Cotterêts assinada em 6 de setembro de 1539 pelo rei Francisco I, decreta que todo e qualquer documento legal, contratos, sentenças, testamentos etc., “sejam pronunciados, registrados e entregues às partes em linguagem materna francesa, e não outramente”. Ora, essa “linguagem materna francesa” é de uso extremamente minoritário no século XVI, e mesmo no final do XVIII, como veremos adiante, era desconhecida por três quartos da população da França. Sua escolha como língua oficial se deve ao mero fato de ser a língua materna do rei, o que é razão suficiente para decretar sua oficialidade, apesar de sua reduzida difusão entre os súditos. Com isso, o que poderia parecer um ato de democratização das relações entre o poder e os cidadãos – a substituição do latim pelo francês nos atos oficiais – era, na verdade, uma reafirmação do caráter aristocrático daquele regime político e se prendia ao simples fato de, àquela altura da história francesa, o latim já ser uma língua desconhecida para a maioria dos membros da elite política e cultural.

     A língua ou variedade de língua eleita para ser oficial será objeto de um trabalho de codificação, de padronização, trabalho empreendido pelos gramáticos, e também de criação de um léxico novo, amplo, que permita à língua ser instrumento da alta literatura, da ciência, da religião e do direito.

    Por conseguinte, e ao contrário do que comumente (e lamentavelmente) se lê em textos assinados por (socio)linguistas – num discurso que se repete também nos livros didáticos de português, supostamente “atualizados” com os avanços da ciência linguística –, a norma-padrão definitivamente não é uma das muitas variedades linguísticas que existem na sociedade. Não existe uma variedadepadrão (aliás, uma contradição em termos, pois se é padrão, isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), nem um dialeto-padrão, nem uma língua padrão, embora esses termos pululem na bibliografia dedicada ao tema. O que existe é uma norma-padrão, língua materna de ninguém, língua paterna por excelência, língua da Lei, uma norma no sentido mais jurídico do termo.

Marcos Bagno

“O que é uma língua? Imaginário, ciência e hipóstase” In: LAGARES, X. C.; BAGNO, M.

Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011

No quarto parágrafo, o emprego das aspas produz o efeito de:
Alternativas
Q1053840 Português
Observe a tirinha.
Imagem associada para resolução da questão

(Peanuts. Felicidade é…Charles M. Schulz. Adaptado)
Assinale a alternativa corretamente pontuada para preencher a fala do personagem do quadrinho.
Alternativas
Respostas
5581: E
5582: D
5583: E
5584: A
5585: A
5586: B
5587: A
5588: B
5589: D
5590: C
5591: C
5592: C
5593: C
5594: C
5595: C
5596: D
5597: C
5598: D
5599: D
5600: D