Questões de Concurso
Sobre morfologia - pronomes em português
Foram encontradas 12.018 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Observe o enunciado abaixo.
Vou-me embora pra Pasárgada,
lá sou amigo do Rei”.
(M.Bandeira)
Quanto à regra de colocação pronominal
utilizada, assinale a alternativa correta.
Leia com atenção a tira e o trecho a seguir e, depois, de acordo com Gramática Normativa da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preencha, correta e respectivamente, as suas lacunas.
“A tira acima relaciona às questões
pedagógicas _____ questões existenciais _____
problemas são levantados por duas crianças.”
Tomar decisões nem sempre é algo fácil. Tomar boas decisões, então, pode ser ainda mais difícil. Mas, chegar lá não tem muito segredo: ponderar sobre as diversas possibilidades e ter um senso crítico são caminhos que costumam fazer tudo dar certo. Ainda que isso, vez ou outra, envolva ir de encontro com suas próprias opiniões. Agora, imagine você ter uma autoconfiança muito grande e simplesmente não considerar nada disso? Pois é, cientistas da Universidade de Waterloo, no Canadá, constataram que é exatamente o que acontece com pessoas narcisistas.
A origem da palavra “narcisismo” deriva da história de Narciso, o belo jovem da mitologia grega que – spoiler – morre por se apaixonar por sua própria imagem refletida num espelho d’água. Além da crítica óbvia ao culto exagerado à própria imagem, o mito também chama atenção para o individualismo e a autoconfiança. Narcisistas geralmente possuem essas características, o que acaba fazendo com que eles realmente achem que não precisam de nada além de seu próprio ponto de vista para tomar uma decisão acertada.
Pessoas narcisistas não costumam fazer isso por mal: elas têm uma convicção clara de que já nasceram pensadores críticos altamente inteligentes – e, por isso, não precisam colocar nada na balança. O problema é que os altos níveis de confiança que eles têm em suas habilidades intelectuais vira e mexe estão equivocados.
(Fonte: Superinteressante)
De acordo com o texto e com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) No trecho “Ainda que isso, vez ou outra”, a palavra destacada tem função anafórica, já que faz referência a uma ideia já enunciada no texto, retomando-a.
( ) No trecho “Narcisistas geralmente possuem essas características”, a palavra destacada tem função catafórica, já que faz referência a uma expressão ainda não enunciada no texto, antecipando-a.
( ) No trecho “além de seu próprio ponto de vista”, a palavra destacada é, morfologicamente, classificada como um pronome demonstrativo.
( ) No trecho “O problema é que os altos níveis de confiança”, a palavra destacada é classificada, morfologicamente, como um pronome relativo.
Assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta de cima para baixo.
• países desenvolvidos que enfrentam o problema do envelhecimento populacional. (4º parágrafo)
• ... minimizando choques culturais e distribuindo as famílias por regiões e cidades em que podem ser mais úteis. (6º parágrafo)
A substituição das expressões em destaque por pronomes está de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação em:
(Trecho de carta de Jorge Amado, que consta na orelha da capa de seu romance Tereza Batista cansada de guerra.)
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Considere a seguinte passagem do Texto III: “Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos edifícios” (ℓ. 3-4)
A reescritura que obedece à norma-padrão quanto à colocação pronominal é a seguinte:
Considere a seguinte passagem do Texto II: “O líquido resultante é coado com uma peneira de palha e recolocado no aparelho, onde é batido com açúcar e leite condensado” (ℓ. 2-4)
Analisando-se valores contextuais do pronome relativo
onde e do substantivo aparelho, conclui-se que ambos
têm, entre si, o mesmo valor semântico, já que
TEMPOS MODERNOS
Não tendo assistido à inauguração dos bonds elétricos, deixei de falar neles. Nem sequer entrei em algum, mais tarde, para receber as impressões da nova tração e contá-las. Daí o meu silêncio da outra semana. Anteontem, porém, indo pela Praia da Lapa, em um bond comum, encontrei um dos elétricos, que descia. Era o primeiro que estes meus olhos viam andar. (...)
De repente ouvi vozes estranhas, pareceu-me que eram burros que conversavam, inclinei-me (ia no banco da frente); eram eles mesmos. Como eu conheço um pouco a língua dos Houyhnhnms, pelo que dela conta o famoso Gulliver, não me foi difícil apanhar o diálogo. Bem sei que cavalo não é burro, mas reconheci que a língua era a mesma. O burro fala menos, decerto, é talvez o trapista daquela grande divisão animal, mas fala. Fiquei inclinado e escutei:
- Tens e não tens razão, respondia o da direita ao da esquerda.
O da esquerda:
- Desde que a tração elétrica se estenda a todos os bonds, estamos livres, parece claro.
- Claro parece, mas entre parecer e ser, a diferença é grande. (...) O bond elétrico apenas nos fará mudar de senhor.
- De que modo?
- Nós somos bens da companhia. Quando tudo andar por arames, não somos já precisos, vendem-nos. Passamos naturalmente às carroças.
- Pela burra de Balaão! exclamou o burro da esquerda. Nenhuma aposentadoria? Nenhum prêmio? Nenhum sinal de gratificação? Oh, mas onde está a justiça deste mundo?
- Passaremos às carroças – continuou o outro pacificamente – onde a nossa vida será um pouco melhor; não que nos falte pancada, mas o dono de um burro sabe mais o que ele lhe custou. Um dia, a velhice, a lazeira, qualquer cousa que nos torne incapaz restituir-nos-á a liberdade...
- Enfim!
- Ficaremos soltos na rua, por pouco tempo, arrancando alguma erva que aí deixem crescer para recreio da vista. Mas que valem duas dentadas de erva, que nem sempre é viçosa? Enfraqueceremos, a idade ou a lazeira ir-nos-á matando, até que, para usar esta metáfora humana – esticaremos a canela. Então teremos a liberdade de apodrecer. Ao fim de três dias, a vizinhança começa a notar que o burro cheira mal; conversação e queixumes. No quarto dia, um vizinho, mais atrevido, corre aos jornais, conta o fato e pede uma reclamação. No quinto dia sai a reclamação impressa. No sexto dia, aparece um agente, verifica a exatidão da notícia; no sétimo, chega uma carroça, puxada por outro burro, e leva o cadáver.
Seguiu-se uma pausa.
- Tu és lúgubre, disse o burro da esquerda, não conheces a língua da esperança.
- Pode ser, meu colega; mas a esperança é própria das espécies fracas, como o homem e o gafanhoto; o burro distingue-se pela fortaleza sem par. A nossa raça é essencialmente filosófica. Ao homem que anda sobre dois pés, e provavelmente a águia, que voa alto, cabe a ciência da astronomia. Nós nunca seremos astrônomos. Mas a filosofia é nossa. Todas as tentativas humanas a este respeito são perfeitas quimeras.
(Machado de Assis, Crônica de 16 de outubro de 1892)
Trapista: relativo à ordem religiosa da Trapa, ramo beneditino dos cistercienses, fundada em 1140.
TEMPOS MODERNOS
Não tendo assistido à inauguração dos bonds elétricos, deixei de falar neles. Nem sequer entrei em algum, mais tarde, para receber as impressões da nova tração e contá-las. Daí o meu silêncio da outra semana. Anteontem, porém, indo pela Praia da Lapa, em um bond comum, encontrei um dos elétricos, que descia. Era o primeiro que estes meus olhos viam andar. (...)
De repente ouvi vozes estranhas, pareceu-me que eram burros que conversavam, inclinei-me (ia no banco da frente); eram eles mesmos. Como eu conheço um pouco a língua dos Houyhnhnms, pelo que dela conta o famoso Gulliver, não me foi difícil apanhar o diálogo. Bem sei que cavalo não é burro, mas reconheci que a língua era a mesma. O burro fala menos, decerto, é talvez o trapista daquela grande divisão animal, mas fala. Fiquei inclinado e escutei:
- Tens e não tens razão, respondia o da direita ao da esquerda.
O da esquerda:
- Desde que a tração elétrica se estenda a todos os bonds, estamos livres, parece claro.
- Claro parece, mas entre parecer e ser, a diferença é grande. (...) O bond elétrico apenas nos fará mudar de senhor.
- De que modo?
- Nós somos bens da companhia. Quando tudo andar por arames, não somos já precisos, vendem-nos. Passamos naturalmente às carroças.
- Pela burra de Balaão! exclamou o burro da esquerda. Nenhuma aposentadoria? Nenhum prêmio? Nenhum sinal de gratificação? Oh, mas onde está a justiça deste mundo?
- Passaremos às carroças – continuou o outro pacificamente – onde a nossa vida será um pouco melhor; não que nos falte pancada, mas o dono de um burro sabe mais o que ele lhe custou. Um dia, a velhice, a lazeira, qualquer cousa que nos torne incapaz restituir-nos-á a liberdade...
- Enfim!
- Ficaremos soltos na rua, por pouco tempo, arrancando alguma erva que aí deixem crescer para recreio da vista. Mas que valem duas dentadas de erva, que nem sempre é viçosa? Enfraqueceremos, a idade ou a lazeira ir-nos-á matando, até que, para usar esta metáfora humana – esticaremos a canela. Então teremos a liberdade de apodrecer. Ao fim de três dias, a vizinhança começa a notar que o burro cheira mal; conversação e queixumes. No quarto dia, um vizinho, mais atrevido, corre aos jornais, conta o fato e pede uma reclamação. No quinto dia sai a reclamação impressa. No sexto dia, aparece um agente, verifica a exatidão da notícia; no sétimo, chega uma carroça, puxada por outro burro, e leva o cadáver.
Seguiu-se uma pausa.
- Tu és lúgubre, disse o burro da esquerda, não conheces a língua da esperança.
- Pode ser, meu colega; mas a esperança é própria das espécies fracas, como o homem e o gafanhoto; o burro distingue-se pela fortaleza sem par. A nossa raça é essencialmente filosófica. Ao homem que anda sobre dois pés, e provavelmente a águia, que voa alto, cabe a ciência da astronomia. Nós nunca seremos astrônomos. Mas a filosofia é nossa. Todas as tentativas humanas a este respeito são perfeitas quimeras.
(Machado de Assis, Crônica de 16 de outubro de 1892)
Trapista: relativo à ordem religiosa da Trapa, ramo beneditino dos cistercienses, fundada em 1140.
Com base na tirinha a seguir, assinale a resposta correta em relação ao uso dos pronomes: