Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q2255337 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considere as seguintes afirmações:
I. A astrologia é uma prática muito popular. II. As colunas de jornal sobre astrologia são bastante consultadas. III. A astronomia não desperta o mesmo interesse que a astrologia.
Essas afirmações articulam-se numa redação clara, correta e coerente no seguinte período:
Alternativas
Q2255334 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
No segundo parágrafo, para dar força ao aspecto pessoal, privado, que vê como causa da atração pelo esoterismo, o autor
Alternativas
Q2255333 Português
Ciência e esoterismo

   A astrologia é muito mais popular do que a astronomia. Sem dúvida, um número muito maior de pessoas abre um jornal ou uma revista para consultar uma coluna astrológica do que para ler uma coluna sobre astronomia. E a astrologia não está sozinha: numerologia, quiromancia, cartas de tarô, búzios etc. também são extremamente populares.
     Como físico, não cabe a mim tentar explicar o porquê dessa irresistível atração pelo que obviamente está além do que chamamos fenômenos naturais. Mas posso ao menos oferecer uma conjectura. O fascínio pelo esotérico vem justamente de seu aspecto pessoal, privado: você paga a um profissional com conhecimento ou “poderes” esotéricos para que ele fale sobre você, sua vida, seus problemas, seu futuro.
     Por trás desse fascínio pelo “saber” esotérico encontramos nosso próprio desejo de nos situarmos melhor emocional ou profissionalmente em nossas vidas. Nesse sentido, a atração pelo esoterismo força as pessoas a uma auto-reflexão que pode até ser muito importante como veículo de autoconhecimento. Segundo esse ponto de vista, é nossa própria psique, talvez catalisada mas não controlada por poderes ocultos ou sobrenaturais, que nos ajuda a melhorar nossa existência.
     Mas como físico cabe a mim fazer o papel do chato e argumentar contra a crença na existência desses fenômenos no mundo natural. E isso não porque sou “bitolado” ou “inflexível”. Muito pelo contrário, qualquer cientista ficaria imediatamente fascinado pela descoberta de um fenômeno novo, por mais estranho que ele seja. Faz parte de nossa profissão justamente manter a cabeça aberta para o inesperado.
      O problema com o esoterismo é que não temos nenhuma prova concreta, científica, de que esses fenômenos realmente ocorrem. As “provas” que foram oferecidas – fotos, depoimentos pessoais, sessões demonstrativas e compilações estatísticas de dados – misteriosamente se recusam a sobreviver quando testadas em laboratório sob o escrutínio do cientista ou após uma análise quantitativa mais detalhada.

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento do texto em: 
Alternativas
Q2255305 Português
Felicidade clandestina

        Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
       Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
       Mas que talento tinha para crueldade. Ela era toda pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia...
        Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou- -me que possuía “As reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
        No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.         

(LISPECTOR, Clarice. Os melhores contos. São Paulo, 1996. Adaptado.)
No trecho “Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo.” (3º§), a expressão “ferocidade” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: 
Alternativas
Q2255196 Português
O texto contextualiza a questão abaixo. Leia-o atentamente.

Notas negras

A minha solidão está ardendo feito pimenta. [...] A humilhação que é acordar depois de uma noite desesperadamente festiva. [...] O mundo inteiro estava embriagado à meia noite, comemorando a angústia universal e chorando de saudade do futuro. Foi nessa hora que ouvi uma mocinha de dezesseis anos pronunciar a palavra compulsório. “Tão bonita”, pensei eu. “Tão jovem”, tão animalzinho gracioso, e, no entanto, já carrega na alma um peso enorme. Nenhum evento espiritual se manifesta impunimente: – é necessária certa dose de sofrimento para aprender o que quer dizer “compulsório.” [...]

(OLIVEIRA, José Carlos. A Revolução das Bonecas. Rio de Janeiro: Sabiá, 1967. P. 12-15.)
De acordo com o narrador, para compreender o significado de algumas palavras, como “compulsório”:
Alternativas
Respostas
1891: A
1892: B
1893: E
1894: D
1895: A