Questões de Concurso
Sobre concordância verbal, concordância nominal em português
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Servidores públicos no Brasil sem carteira assinada: crescimento expressivo
Outro dado relevante no levantamento é o crescimento de servidores públicos sem carteira assinada, especialmente em estados e municípios. Esse tipo de contratação aumentou 41,3% nos estados e impressionantes 74,4% nos municípios. Por outro lado, no governo federal, essa modalidade de vínculo diminuiu, refletindo uma abordagem mais conservadora nesse âmbito.
Para Renata Vilhena, especialista em gestão pública da Fundação Dom Cabral, as contratações sem vínculo permanente são uma alternativa para aliviar o orçamento público, principalmente devido às restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, essa prática apresenta fragilidades, como a falta de regulamentação clara e planejamento estratégico.
Desafios e implicações desse modelo de contratação
Embora o modelo de contratação temporária tenha vantagens, como flexibilidade e menor impacto no orçamento de longo prazo, ele também apresenta problemas. A ausência de um sistema regulamentado e estruturado pode comprometer a qualidade dos serviços prestados.
Renata Vilhena destaca que é essencial discutir estratégias mais robustas para esse tipo de vínculo. "Há serviços que realmente demandam vínculos temporários, mas isso precisa ser trabalhado de forma planejada e regulamentada", afirma. Além disso, a instabilidade desse tipo de contrato pode desmotivar os profissionais, impactando negativamente a eficiência do serviço público.
https://mercadohoje.uai.com.br/2024/11/27/servidores-publicos-no-brasi l-batem-recorde-veja-a-quantidade/
"...as contratações sem vínculo permanente são uma alternativa para aliviar o orçamento público."
A concordância do verbo 'ser' geralmente segue a relação sintática entre o sujeito e o verbo da oração concordando em número. Contudo, em alguns casos, ele se acomoda com o predicativo. Nos enunciados a seguir, o verbo 'ser' está empregado de acordo com as normas gramaticais de concordância, EXCETO em:
Boa Postura
A boa postura é uma questão que vai muito além da estética, estando diretamente relacionada com a nossa saúde. O alinhamento correto do nosso corpo permite que tenhamos movimentos mais precisos e mais eficientes, além de proporcionar bem−estar, uma vez que a postura correta não sobrecarrega nossos músculos e ossos. Uma má postura pode ser responsável por desencadear alterações na coluna, como é o caso da escoliose.
Podemos definir a boa postura como aquela em que nosso corpo adquire uma posição específica à realização de uma atividade. Essa posição é conseguida com o mínimo de esforço muscular, estando todos os ossos, músculos e articulações alinhados. Em uma postura adequada, nosso corpo consegue distribuir as cargas de maneira equilibrada e conservar energia. Quando temos uma má postura, sobrecarregamos o nosso corpo, desencadeando dores e alterações na coluna, por exemplo.
Uma má postura pode ser responsável por provocar desvios na coluna vertebral, estrutura do corpo formada por uma série de ossos (vértebras) e que funciona como principal eixo de sustentação do corpo humano. Esses desvios são perigosos, pois, com o passar do tempo, podem ser responsáveis por problemas como desgaste das articulações e pinçamentos de nervos que partem da coluna.
Devemos cuidar da nossa postura em todas as atividades que vamos realizar, até mesmo nos momentos de lazer, como ao assistir à televisão.
Fonte: Brasil Escola. Adaptado.
( ) É nas horas difíceis que conhecemos nossos amigos. ( ) Até a cidade de Porto Alegre são 3 mil quilômetros. ( ) Vinte reais serão pouco para a poupança.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Medo da eternidade
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
– Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
– Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa.
– Não acaba nunca, e pronto.
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta.
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
– E agora que é que eu faço? – Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
– Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
Perder a eternidade? Nunca.
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
– Acabou-se o docinho. E agora?
– Agora mastigue para sempre.
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
– Olha só o que me aconteceu! – Disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
– Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.
LISPECTOR, C. Medo da eternidade. In: LISPECTOR, C.
A descoberta do mundo. 1984, p. 446-448. Disponível em
<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/5889/medo-daeternidade>.