Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q2155759 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Texto 01



Disponível em: https://vidasimples.com. Acesso em: 28 jan. 2023. Adaptado.  
A expressão “virar a chave” foi usada no sentido de
Alternativas
Q2155723 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto 3 a seguir para responder à questão

Brasil está entre as nações mais digitalizadas do mundo, mostra pesquisa

O imenso desafio agora é levar a tecnologia para todos os segmentos da sociedade

Por Alessandro Giannini

O Brasil, não há dúvida, é palco de imensas e inaceitáveis contradições. Mesmo com renda média mensal per capita de escassos 1376 reais e 11,3 milhões de pessoas desempregadas, é também um dos países mais digitais do mundo. O contraste ficou evidente em uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGVcia), que traz um retrato abrangente do mercado de tecnologia de informação no país. Apurado entre 2650 médias e grandes empresas que atuam em território brasileiro, o levantamento traz números impressionantes. A fotografia mostra que estamos muito bem no atacado, acima da média mundial em alguns recortes. No varejo, contudo, é preciso preencher lacunas, melhorar políticas públicas e levar o acesso à internet para todas as camadas da população.

A pesquisa mostra que há hoje 447 milhões de dispositivos digitais em uso doméstico ou corporativo no país. A categoria engloba computadores de mesa, notebooks, laptops, tablets e smartphones. Em uma conta simples, são mais de dois equipamentos por habitante, incidência semelhante à de nações ricas. No entanto, o resultado ainda está distante do país mais tecnológico do mundo, os Estados Unidos. Segundo um levantamento realizado em 2020, o americano médio tem acesso a pelo menos dez aparelhos desse tipo — misto de obsolescência acelerada e exagero de consumo. Nos rankings de digitalização, uma boa surpresa vem da Estônia, o pequeno país do Leste Europeu. Atualmente, 99% dos serviços públicos locais são acessados de maneira on-line e estudos revelaram que a alta conectividade acelerou o PIB.

Uma análise apressada pode sugerir que os números brasileiros são turbinados pela presença maciça de smartphones. De fato, eles são onipresentes no país. Há 242 milhões de celulares inteligentes em funcionamento, mais do que os 212,2 milhões de habitantes. O Brasil já é o quinto maior mercado do mundo, posição notável considerando que é atualmente apenas a 13ª economia do planeta. Tudo isso é verdade, mas uma espiada em outro indicador mostra que há muitos avanços em diversas áreas. Um exemplo marcante é o total de computadores ativos, subcategoria que inclui apenas os desktops, notebooks e laptops, além dos tablets. São 205 milhões em operação neste exato momento, mas a projeção da FGV estima que o número deverá pular para espetaculares 216 milhões no início do próximo ano, atingindo assim a marca simbólica de um aparelho por habitante. Isso, claro, se não houver nenhuma grande turbulência econômica até o fim do ano, o que não é de se duvidar em se tratando de Brasil — e convém sempre estar atento a freadas bruscas.

A pandemia — sempre ela — teve papel determinante no aumento das vendas de computadores em 2021, muito em decorrência da necessidade de manter o trabalho e o ensino remotos enquanto as regras sanitárias de distanciamento social estavam em vigência. O resultado foi um crescimento de 27%, com 14 milhões de unidades vendidas. Com a manutenção do modelo híbrido nos escritórios e escolas, a tendência é que em 2022 o mercado cresça perto de 10%. ―Comparado com o mundo, nós estamos muito bem, obrigado‖, afirma Fernando Meirelles, professor de TI da FGV, coordenador do levantamento.

Um computador e um celular por habitante são índices notáveis para uma nação que está muito longe de ser considerada desenvolvida (basta dar uma olhada nos indicadores de saneamento para se assombrar com os gargalos brasileiros). A questão é que o Brasil tem uma base digital relevante, mas ela não está bem distribuída. As classes mais baixas usam modelos muito limitados em termos de recursos. Isso traz sérios problemas, como o enfrentado pela Caixa Econômica Federal, que precisou refazer várias vezes seu aplicativo para o pagamento do programa Auxílio Brasil.

[...] O Brasil digitalizado é uma realidade inescapável. A explosão de investimentos em tecnologia da informação e das vendas de aparelhos digitais durante a pandemia, no entanto, não explica sozinha como esse caminho está sendo percorrido. Segundo Felipe Mendes, diretor-geral da empresa de pesquisas GfK, o que vem crescendo mesmo é o acesso — em 2020, 83% dos lares brasileiros tinham banda larga, contra 71% no ano anterior. ―O poder da disponibilidade da internet associada à penetração do celular é de fato o grande elemento de digitalização sobre qualquer outro produto que a gente possa pensar ou discutir‖, afirma Mendes. Deve-se celebrar o Brasil digitalizado, atalho para o aumento de produtividade. Insista-se, contudo: há avanços extraordinários, mas precariedades também. Equilibrar o jogo é um desafio monumental, que não pode jamais ser negligenciado — a sorte é que a tecnologia pode ajudar a diminuir o fosso.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/tecnologia/brasilestaentre-as-nacoes-mais-digitalizadas-do-mundomostrapesquisa/. Acesso em: 3 jun. 2022.
Entre as estratégias de convencimento, não é usada pelo autor, para defender o seu ponto de vista, a:
Alternativas
Q2155721 Português
Texto 2

Nunca se sabe direito a razão de um amor. Contudo, a mais frequente é a beleza. Quero dizer, o costume é os feios amarem os belos e os belos se deixarem amar. Mas acontece que às vezes o bonito ama o bonito e o feio o feio, e tudo parece estar certo e segundo a vontade de Deus, mas é um engano. Pois o que se faz num caso é apurar a feiura e no outro apurar a boniteza, o que não está certo, porque Deus Nosso Senhor não gosta de exageros; se Ele fez tanta variedade de homens e mulheres neste mundo é justamente para haver mistura e dosagem e não se abusar demais em sentido nenhum. Por isso também é pecado apurar muito a raça, branco só querendo branco e gente de cor só querendo os da sua igualha — pois para que Deus os teria feito tão diferentes, se não fora para possibilitar as infinitas variedades das suas combinações?

(QUEIROZ, Rachel de. Os dois bonitos e os dois feios. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007).
Ainda sobre o texto 2, observe as palavras destacadas no texto para responder à próxima questão e marque a alternativa correta:
Alternativas
Q2155224 Português
Para responder à questão, considere o texto abaixo.

            A missão era simples. Ir ao supermercado do Amaro Branco, um bairro popular aqui de Olinda, onde o açougueiro e o responsável pelas verduras ficam discutindo a plenos pulmões sobre a rodada do campeonato estadual ou lamentando as apostas que fizeram pela internet, do campeonato europeu. Eu iria comprar frutas e uma lista pequena de coisas, além da minha indefectível água mineral com gás. Compras estando feitas, botei a mão no bolso, o cartão ficou em casa. Aceitam “pix”? Ainda estamos resolvendo isso, respondeu o gerente, com uma cara de cansado já de manhã. Desci o restante da ladeira sem nada, fui alugar uma bicicleta para ir a um supermercado mais distante, mas só havia uma bicicleta, que não funcionava.

            Já eram 10h20 da manhã e tudo tinha dado errado. O dia começou a mudar quando passei defronte à Maternidade do Tricentenário, a única pública da cidade. É impossível você passar pela frente e não ter imagens de mulheres grávidas, famílias preocupadas com o que está por acontecer. Mas o que me chamou a atenção foi um homem, que estava sentado num banquinho de praça, que fica numa das poucas áreas com árvores no entorno, ao lado de uma farmácia. Era o famoso “galego”, como chamamos aqui em Pernambuco. Branco, meio obeso, uns 35 anos, o rosto estava vermelho e suava como se fosse ter um infarto. Estava sozinho.

         Imediatamente reduzi o passo, andei uns três metros e parei, para ver o que estava acontecendo. Sou de uma curiosidade canina. Poucos segundos depois, sai de dentro do hospital uma mulher, que julgo ser sua irmã. Vem apressada, chorando, e começa a falar bem alto, olhando para o meu amigo: “Mago, acabou de nascer. Ela é a tua cara, Mago, é a tua cara!” Nesse instante, o homem cai num choro convulso. Abraça sua irmã, e chora profundamente. Fui tomado por uma emoção profunda, também comecei a chorar, como se o galego fosse um parente. Fazia tempo que não via um homem chorar. Aliás, o choro parece que ficou uma coisa meio clandestina. É difícil ver gente triste na internet.

(LIMA, Samarone. Nascimentos. Disponível em: www.revistacontinente.com.br. Adaptado)
Eu iria comprar frutas e uma lista pequena de coisas, além da minha indefectível água mineral com gás.
O termo grifado no trecho acima pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por:
Alternativas
Q2155134 Português
Para responder à questão, leia o texto abaixo.

        O escritor Joseph Conrad morreu em 3 de agosto de 1924, em sua casa de campo de Bishopsbourne, próximo a Canterbury. Tinha 66 anos, vinte dos quais passou navegando e outros trinta escrevendo.

         Conrad viveu num período de transição do capitalismo e do colonialismo britânico: a passagem da navegação a vela para a era do vapor. O seu mundo heroico é a civilização dos veleiros dos pequenos armadores, um mundo de clareza racional, de disciplina no trabalho, de coragem e dever contrapostos ao mesquinho espírito de lucro. A nova linguagem do mar, dos navios a vapor das grandes companhias, lhe parece sórdida e vil. Assim, quem ainda sonha com as antigas virtudes torna-se quixotesco ou se rende, arrastado para o outro polo da humanidade: os dejetos humanos, os agentes comerciais sem escrúpulos, os burocratas coloniais”, que Conrad contrapõe aos velhos comerciantes-aventureiros, românticos, como o seu personagem Tom Lingard. Naquele ambiente que frequentemente perpassa as páginas conradianas, a confiança nas forças do homem jamais desaparece.
       
        Mesmo distante de qualquer rigor filosófico, Conrad intuiu o momento crucial do pensamento burguês em que o otimismo racional perdia as últimas ilusões e uma erupção de irracionalismos e misticismos ganhava terreno. Conrad via o universo como algo obscuro e inimigo, mas a ele contrapunha as forças do homem, sua ordem moral e coragem. Perante uma avalanche caótica que lhe vinha em cima, uma concepção do mundo repleta de mistérios e desesperos, o humanismo ateu de Conrad resiste e finca os pés. Foi um reacionário irredutível, mas hoje a sua lição só pode ser captada plenamente por quem reconhece a própria nobreza no trabalho, por quem sabe que aquele princípio de fidelidade que Conrad prezava sobremaneira não pode estar dirigido só para o passado.


(Adaptado de: CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, edição eletrônica)
No 2º parágrafo, o adjetivo “quixotesco”, considerado no contexto em que se insere, traduz-se por
Alternativas
Respostas
2506: E
2507: C
2508: A
2509: E
2510: C