Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: CGM - RJ Prova: FGV - 2023 - CGM - RJ - Contador |
Q2115739 Português
Texto – O futuro do plástico (fragmento)

Por Bruno Garattoni e Tiago Cordeiro

“[...]
           Em setembro, um estudo publicado por cientistas chineses detectou, pela primeira vez, a presença de microplásticos (partículas com menos de 5 milímetros) na placenta humana. Eles analisaram as placentas de 17 gestantes, e todas continham quantidades ‘muito abundantes’ de microplásticos. [...]

     Estamos expostos ao plástico antes mesmo de nascer. E, ao chegar a este mundo, somos bombardeados por ele. Literalmente. Em 2020, cientistas da Universidade Cornell, nos EUA, coletaram amostras de ar em 11 pontos do país – e descobriram que, nelas, ‘chovem’ mais de 1.000 toneladas de microplásticos por ano, o equivalente a 120 milhões de garrafas PET.
    [...]
           Mas suas principais fontes são a água e a comida. Um estudo da Universidade de Newcastle analisou a quantidade presente em alguns alimentos, como peixes, mariscos, sal, cerveja, água, mel e açúcar – e concluiu que cada adulto ingere em média 20 gramas de microplásticos, o equivalente a uma pecinha de Lego, por mês.

          E o cálculo não considera outros alimentos ou fontes, como os microplásticos presentes em cremes dentais ou liberados por panelas com o revestimento antiaderente danificado – que podem soltar mais de 9.000 pedacinhos a cada uso. Ou seja: não estamos apenas sendo soterrados pelo plástico. Ele já está dentro de nós.
    [...].

A ilha transparente

          Em 1997, o oceanógrafo Charles Moore estava voltando de uma regata entre Los Angeles e Honolulu, no Havaí, quando resolveu testar seu veleiro, o Alguita. Pegou uma rota tranquila, com pouco vento, no Giro do Pacífico Norte [...]. Mas, aí, viu pedaços de plástico boiando a esmo no meio do oceano.
         Era a primeira observação da Grande Ilha de Lixo do Pacífico, um fenômeno que havia sido teorizado em 1988 por cientistas do governo americano. A ilha fica entre a costa oeste dos EUA e o Japão, e é formada por mais de 1,8 trilhão de detritos, que somam mais de 80 mil toneladas de plástico e se estendem por 1,6 milhão de quilômetros quadrados – o tamanho do estado do Amazonas.
         Só que a ilha não é bem como as pessoas imaginam, com uma gigantesca maçaroca flutuante. Em sua maior parte, ela é invisível a olho nu. Isso porque o lixo vai se fragmentando – e 80% dele já está na forma de microplásticos.
           Eles são muito pequenos, e ficam espalhados por uma área gigantesca. Por isso, a ilha é difícil de ver – seja de barco ou por imagens de satélite.
         Mas causa um impacto ambiental enorme: afeta mais de 700 espécies. Os animais marinhos podem ficar presos na ilha de lixo, ou ingerir plástico em quantidades nocivas. Além disso, como os pedacinhos de plástico deixam a água ligeiramente turva, reduzem o acesso das algas marinhas à luz do sol, podendo desregular seriamente a cadeia alimentar.  

A bactéria mutante

          A usina nuclear de Chernobyl é um dos pontos mais contaminados do mundo. Quando seu reator 4 explodiu, em 1986, a radioatividade no local chegou a incríveis 300 sieverts por hora: o equivalente a 3 milhões de exames de raio-X, e suficiente para matar uma pessoa em cerca de 1 minuto. [...]
          Mas foi ali que, em 1991, pesquisadores acharam algo incrível: um fungo radiotrófico, ou seja, capaz de se alimentar de radiação. Ele se chama Cryptococcus neoformans, e a ciência já o conhecia; mas essa sua nova habilidade, não. [...]
        Décadas mais tarde, em 2016, algo parecido aconteceu – só que com o plástico. Um grupo de pesquisadores estava testando amostras do solo perto de uma usina de reciclagem de garrafas PET na cidade de Sakai, no Japão. Eles encontraram uma bactéria capaz de ‘comer’ esse material, transformando-o em energia para sobreviver.
            O micróbio foi batizado de Ideonella sakaiensis, e passou a ser estudado em laboratório. O segredo dessa bactéria está numa enzima que ela produz: a PETase, que decompõe esse tipo de plástico [o plástico produzido a partir do polietileno tereftalato, ou PET, e que pode ser encontrado nas garrafas plásticas que recebem esse nome]. Nos anos seguintes, outras pesquisas descobriram dezenas de PETases, fabricadas por vários microorganismos. Elas decompõem o plástico em poucos dias – acelerando muito a degradação natural, que leva séculos.
           Cientistas da Universidade do Texas criaram uma versão alterada da enzima, que se chama FAST-PETase e funciona incrivelmente bem: basta aplicá-la sobre o plástico, deixar o material numa temperatura de 30 a 50 graus (fácil de atingir e manter num galpão ou tonel levemente aquecido, por exemplo), e a natureza faz todo o resto. Um a sete dias depois, dependendo da temperatura ambiente, você tem plástico novo.
            Sem precisar derreter o material, usar aditivos nem lidar com substâncias tóxicas. E a enzima não só decompõe o plástico, ela o refaz: repolimeriza as moléculas do material, montando novamente as cadeias de átomos que formam o PET (e o tornam tão flexível e resistente).
        Também há testes com novos métodos de reaproveitamento. A empresa holandesa Ioniqa, por exemplo, inventou uma técnica que permite reciclar as garrafas PET infinitas vezes, como é feito com as latinhas de alumínio. (No método tradicional, isso não acontece: o plástico perde qualidade após cada reciclagem, e você precisa adicionar uma porcentagem cada vez maior de material ‘virgem’, ou seja, novo, para fazer as garrafas.)
    [...]
          Em suma: vem aí uma série de inovações que podem aumentar muito a reciclagem. ‘Agora dá para começar a enxergar uma verdadeira economia circular em torno do plástico’, disse o químico Hal Alper, um dos criadores da enzima FAST-PETase, ao anunciá-la.
     [...]”

Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-futuro-doplastico. Acesso em: 04/01/2023
“Estamos expostos ao plástico antes mesmo de nascer. E, ao chegar a este mundo, somos bombardeados por ele. Literalmente.”(2º parágrafo) Nesta passagem, retirada do segundo parágrafo do texto O futuro do plástico, o advérbio “literalmente” não significa “de modo literal”. Em vez disso, ele é empregado para: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: CGM - RJ Prova: FGV - 2023 - CGM - RJ - Contador |
Q2115737 Português
Texto – O futuro do plástico (fragmento)

Por Bruno Garattoni e Tiago Cordeiro

“[...]
           Em setembro, um estudo publicado por cientistas chineses detectou, pela primeira vez, a presença de microplásticos (partículas com menos de 5 milímetros) na placenta humana. Eles analisaram as placentas de 17 gestantes, e todas continham quantidades ‘muito abundantes’ de microplásticos. [...]

     Estamos expostos ao plástico antes mesmo de nascer. E, ao chegar a este mundo, somos bombardeados por ele. Literalmente. Em 2020, cientistas da Universidade Cornell, nos EUA, coletaram amostras de ar em 11 pontos do país – e descobriram que, nelas, ‘chovem’ mais de 1.000 toneladas de microplásticos por ano, o equivalente a 120 milhões de garrafas PET.
    [...]
           Mas suas principais fontes são a água e a comida. Um estudo da Universidade de Newcastle analisou a quantidade presente em alguns alimentos, como peixes, mariscos, sal, cerveja, água, mel e açúcar – e concluiu que cada adulto ingere em média 20 gramas de microplásticos, o equivalente a uma pecinha de Lego, por mês.

          E o cálculo não considera outros alimentos ou fontes, como os microplásticos presentes em cremes dentais ou liberados por panelas com o revestimento antiaderente danificado – que podem soltar mais de 9.000 pedacinhos a cada uso. Ou seja: não estamos apenas sendo soterrados pelo plástico. Ele já está dentro de nós.
    [...].

A ilha transparente

          Em 1997, o oceanógrafo Charles Moore estava voltando de uma regata entre Los Angeles e Honolulu, no Havaí, quando resolveu testar seu veleiro, o Alguita. Pegou uma rota tranquila, com pouco vento, no Giro do Pacífico Norte [...]. Mas, aí, viu pedaços de plástico boiando a esmo no meio do oceano.
         Era a primeira observação da Grande Ilha de Lixo do Pacífico, um fenômeno que havia sido teorizado em 1988 por cientistas do governo americano. A ilha fica entre a costa oeste dos EUA e o Japão, e é formada por mais de 1,8 trilhão de detritos, que somam mais de 80 mil toneladas de plástico e se estendem por 1,6 milhão de quilômetros quadrados – o tamanho do estado do Amazonas.
         Só que a ilha não é bem como as pessoas imaginam, com uma gigantesca maçaroca flutuante. Em sua maior parte, ela é invisível a olho nu. Isso porque o lixo vai se fragmentando – e 80% dele já está na forma de microplásticos.
           Eles são muito pequenos, e ficam espalhados por uma área gigantesca. Por isso, a ilha é difícil de ver – seja de barco ou por imagens de satélite.
         Mas causa um impacto ambiental enorme: afeta mais de 700 espécies. Os animais marinhos podem ficar presos na ilha de lixo, ou ingerir plástico em quantidades nocivas. Além disso, como os pedacinhos de plástico deixam a água ligeiramente turva, reduzem o acesso das algas marinhas à luz do sol, podendo desregular seriamente a cadeia alimentar.  

A bactéria mutante

          A usina nuclear de Chernobyl é um dos pontos mais contaminados do mundo. Quando seu reator 4 explodiu, em 1986, a radioatividade no local chegou a incríveis 300 sieverts por hora: o equivalente a 3 milhões de exames de raio-X, e suficiente para matar uma pessoa em cerca de 1 minuto. [...]
          Mas foi ali que, em 1991, pesquisadores acharam algo incrível: um fungo radiotrófico, ou seja, capaz de se alimentar de radiação. Ele se chama Cryptococcus neoformans, e a ciência já o conhecia; mas essa sua nova habilidade, não. [...]
        Décadas mais tarde, em 2016, algo parecido aconteceu – só que com o plástico. Um grupo de pesquisadores estava testando amostras do solo perto de uma usina de reciclagem de garrafas PET na cidade de Sakai, no Japão. Eles encontraram uma bactéria capaz de ‘comer’ esse material, transformando-o em energia para sobreviver.
            O micróbio foi batizado de Ideonella sakaiensis, e passou a ser estudado em laboratório. O segredo dessa bactéria está numa enzima que ela produz: a PETase, que decompõe esse tipo de plástico [o plástico produzido a partir do polietileno tereftalato, ou PET, e que pode ser encontrado nas garrafas plásticas que recebem esse nome]. Nos anos seguintes, outras pesquisas descobriram dezenas de PETases, fabricadas por vários microorganismos. Elas decompõem o plástico em poucos dias – acelerando muito a degradação natural, que leva séculos.
           Cientistas da Universidade do Texas criaram uma versão alterada da enzima, que se chama FAST-PETase e funciona incrivelmente bem: basta aplicá-la sobre o plástico, deixar o material numa temperatura de 30 a 50 graus (fácil de atingir e manter num galpão ou tonel levemente aquecido, por exemplo), e a natureza faz todo o resto. Um a sete dias depois, dependendo da temperatura ambiente, você tem plástico novo.
            Sem precisar derreter o material, usar aditivos nem lidar com substâncias tóxicas. E a enzima não só decompõe o plástico, ela o refaz: repolimeriza as moléculas do material, montando novamente as cadeias de átomos que formam o PET (e o tornam tão flexível e resistente).
        Também há testes com novos métodos de reaproveitamento. A empresa holandesa Ioniqa, por exemplo, inventou uma técnica que permite reciclar as garrafas PET infinitas vezes, como é feito com as latinhas de alumínio. (No método tradicional, isso não acontece: o plástico perde qualidade após cada reciclagem, e você precisa adicionar uma porcentagem cada vez maior de material ‘virgem’, ou seja, novo, para fazer as garrafas.)
    [...]
          Em suma: vem aí uma série de inovações que podem aumentar muito a reciclagem. ‘Agora dá para começar a enxergar uma verdadeira economia circular em torno do plástico’, disse o químico Hal Alper, um dos criadores da enzima FAST-PETase, ao anunciá-la.
     [...]”

Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-futuro-doplastico. Acesso em: 04/01/2023
Todas as alternativas abaixo apresentam passagens retiradas de O futuro do plástico nas quais foi empregado o sinal gráfico das aspas. A alternativa em que a função desse sinal está INCORRETAMENTE identificada é: 
Alternativas
Q2115274 Português

A saúde mental dos jovens no retorno letivo presencial


    “Que tristeza seria estar enclausurado em casa nessa fase da vida!”. Durante os períodos mais críticos da pandemia, esse pensamento surgiu com frequência em conversas entre amigos de diferentes idades, que puderam viver o início de suas juventudes sem a obrigação do distanciamento social. Aos seus 15, 16 anos, muitos de nós até preferiam ficar sossegados em casa quando podíamos. Mas essa era uma preferência, uma escolha, tinha algo de eventual – não era uma obrigação prolongada durante meses.

     Não há dúvidas que o período de afastamento – necessário epidemiologicamente – dos jovens brasileiros de suas rotinas presenciais nas escolas e nos círculos de amizade produziu severos danos ao desenvolvimento corporal, cognitivo e emocional. Questões emocionais e de saúde mental não são novidade na educação brasileira, mas foram aprofundadas no contexto de carência relacional vivida por milhões de jovens na pandemia. Os números que temos são estarrecedores: 70% dos estudantes da rede estadual de São Paulo relataram sintomas de depressão e ansiedade no retorno letivo presencial. O caso de crise de ansiedade coletiva em uma escola estadual de Pernambuco também é ilustrativo do momento que vivemos.

     Relacionada a esse desafiador quadro de saúde mental, outra estatística chama a atenção: no início de 2022, em relação a 2019, houve um aumento de 48% nos casos de agressão física nas escolas estaduais de São Paulo. No noticiário de todo o país, explodiu a ocorrência de casos de discriminação e bullying, bem como as cenas de violência e brigas entre os alunos – popularizadas e incentivadas nas redes sociais. Como aponta o relatório da Unicef de 2021 sobre o impacto da Covid-19 na saúde mental, a ruptura com as rotinas produziu medo, irritação e insegurança, elementos que catalisam comportamentos violentos em um contexto em que jovens sofrem uma pressão adicional por se provar coletivamente.

    Há pelo menos dois tipos de violência entre jovens que precisamos observar no contexto do retorno letivo presencial. Primeiro, o bullying e a dificuldade de respeitar e conviver com as diferenças. Segundo, uma violência relacionada à dimensão do teste de força e poder no território da escola. Cada tipo de violência demanda respostas diversas em termos de políticas públicas, que vêm sendo estudadas por instituições e pesquisadores especialistas em psicologia juvenil, com propostas sólidas sendo experimentadas em diversos cantos do país – como evidenciou o vasto levantamento produzido pela consultoria Vozes da Educação.

    Um dos caminhos a ser trilhados é um trabalho, no miúdo de cada escola, para canalizar a energia dos jovens não para a agressão ou a violência, mas para criarem e brilharem. Precisamos organizar oportunidades de torná-los protagonistas de feitos transformadores, usando o potencial das redes sociais para ondas de disseminação de exemplos que valorizem positivamente a imagem dos jovens. Vale dizer, nessa linha, que a questão imagética é preponderante: segundo pesquisa organizada pela Fundação SM, a característica que mais identifica os jovens atualmente – segundo eles mesmos – é a de serem “preocupados demais com sua imagem”.

   Certamente há um papel central dos educadores e das educadoras nessa ressignificação das identidades dos jovens, por vezes inseridos em contextos de violência doméstica, que é replicada nas demais relações interpessoais. Isso aparece no filme “Coach Carter”, blockbuster de 2005. Também está presente na série espanhola “Merlí”, que apresenta a força de novas formas de expressão para mudar estereótipos juvenis. E é narrada no documentário brasileiro “Nunca me Sonharam”, que aborda a experiência de um diretor que mudou sua escola a partir de novas oportunidades para os jovens que antes eram tidos como “alunos-problema”. Ainda, vemos essa experiência de ressignificação a partir do trabalho dos educadores na realidade das escolas municipais de São Paulo (SP), onde há uma ação institucionalizada para que os alunos direcionem suas energias para criar soluções em favor das suas comunidades – criações científicas, culturais e nas diversas linguagens que os próprios adolescentes inventam.

    As palavras-chave, sobretudo no contexto do retorno às rotinas escolares presenciais, são acolhimento e oportunidade, ao invés de criminalização e fechamento de portas, transformando situações psicológicas desafiadoras em um salto de pertencimento coletivo. Em Mogi das Cruzes (SP), por exemplo, a rede municipal de ensino criou plantões de acolhimento emocional para seus estudantes desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, a partir do trabalho de escuta sensível por parte de uma equipe de psicólogas escolares. Famílias e mesmo profissionais da educação que nunca tiveram acesso a apoio psicológico passaram a ter essa oportunidade, quebrando barreiras de preconceito sobre a importância da saúde mental desde a infância. Por sua vez, a rede municipal de Londrina (PR) tem promovido formações de professores e círculos de diálogos com os alunos para o exercício da cooperação, da tolerância, da aceitação e respeito ao outro, da noção de limites, do conhecimento de si, do convívio e participação social. São iniciativas que saíram da teoria e foram para a prática, reconhecendo a importância da saúde mental e emocional no contexto da retomada das atividades letivas presenciais.

     Construir respostas de políticas públicas nesse contexto pode ganhar muitos graus de efetividade se bebermos da fonte mais preciosa, acolhendo as ideias de quem vive na pele os danos do distanciamento social. Precisamos chamar os jovens para a solução, de tal maneira que exercitem a criatividade de como melhorar seu próprio bem-estar. Como promover respeito à diversidade entre os jovens senão na linguagem deles? Como transformar a escola em um ambiente agregador e emocionalmente saudável senão pela construção de uma identidade coletiva dos próprios jovens?


(CALLEGARI, Caio; FERNANDES, Malu. A saúde mental dos jovens no retorno

letivo presencial. Nexo Jornal, 2022. Disponível em: https://www.nexojornal.

com.br/ensaio/2022/A-sa%C3%BAde-mental-dos-jovens-no-retorno-letivopresencial. Acesso em: 20/06/2022. Adaptado.)


Observe as palavras destacadas nos seguintes fragmentos do texto.
I. “Mas essa era uma preferência, uma escolha, tinha algo de eventual [...]” (1º§) II. “[...] medo, irritação e insegurança, elementos que catalisam comportamentos violentos [...]” (3º§) III. “Um dos caminhos a ser trilhados é um trabalho (...) para canalizar a energia dos jovens [...]” (5º§) IV. “[...] inseridos em contextos de violência doméstica, que é replicada nas demais relações interpessoais.” (6º§)
Considerando o emprego dos termos eventual, catalisam, canalizar e replicada no texto, a alternativa que apresenta os sinônimos mais adequados, respectivamente, é:
Alternativas
Q2114881 Português

Texto 15A2-I 


    Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos. O relatório Fazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual. Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje paralisadas no Poder Judiciário estadual.


     Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o instituto da conciliação.


    Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno. Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que, segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir demandas judiciárias. 


Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa. Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).

Com relação aos fatores de coesão do texto 15A2-I, julgue o seguinte item. 

No segundo período do último parágrafo, o substantivo “agenda” faz referência ao movimento de ‘permeabilidade às novas referências institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social’. 
Alternativas
Q2114871 Português
Texto 15A1-I 

  Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27 unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura, sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.

     De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram, assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.




    Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si.

     Paulistas lideram o ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.

     Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.

Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).

No que diz respeito aos indícios contextuais, às relações de sentido entre palavras e às relações coesivas no texto 15A1-I, julgue o item subsecutivo. 


No primeiro período do último parágrafo, a palavra “robusta” está empregada com o mesmo sentido de arrojada.

Alternativas
Respostas
2676: D
2677: A
2678: D
2679: C
2680: E