Questões de Concurso Sobre crase em português

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Ano: 2016 Banca: IESES Órgão: CRA-SC Prova: IESES - 2016 - CRA-SC - Recepcionista |
Q2741929 Português

Dadas as seguintes construções linguísticas:


I. O curso foi feito a distância.

II. A participante, não foi informada a nova data do curso.

III. Encontrava-se muito próximo a parede.


Assinale a alternativa que completa corretamente o raciocínio a seguir: Verifica-se que o uso do sinal indicativo de crase em “a” é obrigatório:

Alternativas
Q2741685 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace(palavra que quer dizer tanto o gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa. Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num potlatch indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.

(RIBEIRO, Renato J. )

Preserva-se o esquema de oposições observado em: “...oponha à casa a rua, e não a praça.” (§ 2) com a seguinte distribuição de acentos graves:

Alternativas
Q2741094 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Sentimentos Femininos


  1. Se estou conversando com uma mulher e os olhos dela se enchem de lágrimas – isso acontece
  2. frequentemente com amigas, colegas de trabalho e namoradas – tenho a sensação, tristíssima, de ser um
  3. humano defeituoso. É como se faltasse alguma coisa em mim que me impedisse de expressar meus
  4. sentimentos e emoções da mesma forma. Enquanto elas choram, abraçam, suspiram, tremem, riem, gritam
  5. e coram, eu tenho apenas o silêncio constrangido ou a racionalidade. Diante da algaravia exuberante dos
  6. sentimentos femininos, quase nada.
  7. A sensação não é minha apenas. A perplexidade dos homens frente ao repertório de emoções das
  8. mulheres é antiga e disseminada. Meu sentimento mais comum é de inveja – como elas conseguem ir tão
  9. fundo e tão rápido dentro de si mesmas, enquanto eu me sinto preso numa espécie de insensibilidade? –
  10. mas é possível também ter medo e raiva. É fácil ser frustrado ou afogado por essa aluvião de emoções. É
  11. comum que, por causa de sentimentos ou da ausência deles, a conversa entre homens e mulheres
  12. descambe para a mútua incompreensão.
  13. Houve um tempo, que terminou recentemente, em que era possível passar a vida no universo
  14. seguro das emoções masculinas. Nós ditávamos o mundo e estabelecíamos as regras de acordo com a
  15. nossa objetividade. Fora da intimidade do casal ou da família, não havia espaço para o vasto vocabulário
  16. das sensações femininas. Agora, isso mudou. As emoções das mulheres transbordaram para fora do
  17. ambiente doméstico e exigem ser levadas a sério. Isso criou, para todos nós, um mundo mais justo, mas
  18. muito mais complicado.
  19. Antes, uma mulher chorando no trabalho era motivo de escárnio e piada. Agora, é pelo menos tão
  20. sério quanto um cara esbravejando. Chefes perplexos passam horas administrando mágoas, inseguranças e
  21. ressentimentos que não são capazes de entender. É um mundo novo de sutilezas e sensibilidades que se
  22. impôs, a despeito da resistência dos homens. Se pudessem, eles diriam ___ mulheres que parassem de mimi-
  23. mi e voltassem ao trabalho, mas não podem. Elas conquistaram o direito de ser elas mesmas durante o
  24. expediente. Portanto, há que sentar, ouvir, conversar e acomodar sentimentos que aos homens,
  25. frequentemente, parecem exagerados e injustos, mas que se tornaram parte da realidade. Os homens - ao
  26. menos esta geração de homens - não compreendem, apenas aceitam. Este é outro motivo pelo qual as
  27. mulheres tendem ___ prosperar nas organizações modernas. Elas compreendem, e compreensão tornou-se
  28. essencial a qualquer projeto.
  29. Fora do trabalho, quando as pessoas não têm obrigação de se entender, as coisas se tornaram
  30. ainda mais difíceis. As mulheres querem colocar seus sentimentos na mesa e nós, homens, reagimos. Não é
  31. apenas o fiu-fiu que incomoda as moças nas calçadas e que os homens terão de aprender a suprimir. Há
  32. coisas mais sutis que emperram o convívio.
  33. É óbvio que um mundo que responda aos sentimentos de metade da população é um mundo mais
  34. justo. É evidente, até para o mais xucro dos homens, que não se pode construir uma sociedade, uma
  35. família ou uma relação de casal harmônicas ignorando a sensibilidade feminina. As mulheres oferecem ao
  36. planeta um olhar sutil, capaz de distinguir matizes de sentimentos e sensações que a cultura masculina não
  37. percebe. Com esse olhar ganha-se inteligência, amplitude e profundidade, mas não só. Há confusão
  38. também.
  39. A cultura em preto e branco do universo masculino funciona como proteção. A objetividade é um
  40. escudo contra o caos dos sentimentos. A cultura feminina permite a expressão de um leque maior de
  41. emoções e a percepção de um mundo mais complexo em seus detalhes, mas tem um lado B. Como se
  42. desliga a sensibilidade quando ela começa a se tornar autodestrutiva? Como se faz para lidar de forma
  43. organizada com o mundo exterior quando uma multidão de vozes contraditórias grita dentro de nós,
  44. exigindo expressão?
  45. O silêncio interior dos homens é uma coisa triste – como as lágrimas das mulheres frequentemente
  46. me fazem notar - mas ele permite ouvir o mundo com mais clareza. É um mundo mais simples esse que os
  47. homens habitam e enxergam, mas ele vem funcionando há milênios. Agora, as mulheres nos propõem o
  48. desafio de fazer funcionar um mundo mais parecido com elas – com mais cores, mais dimensões, mais
  49. detalhes e muitos mais sentimentos. Não vai ser fácil, mas não há alternativa. O mundo que os homens
  50. construíram ___ sua imagem e semelhança está ruindo. É necessário começar um mundo novo.


(Ivan Martins – Revista Época, 9 de março de 2016 – disponível em http://www.epoca.globo.com - adaptação)

Considerando o acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 22, 27 e 50.

Alternativas
Q2740596 Português

Para responder às questões de 6 a 10, leia os quadrinhos a seguir.


(http://unasp-ec.com/fisica/index.php/questoes-de-vestibular-fisica/ufabc-fisica/)

Em “Embora esta condição vá facilitar diagnósticos médicos futuros, ela torna a presença de Calvin à mesa uma provação nojenta”:

Alternativas
Respostas
306: D
307: A
308: C
309: B
310: E