Questões de Concurso
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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• Isso nos trouxe inúmeras vantagens (…). Mas foram igualmente relevantes as perdas…
No contexto em que são empregados, a mesma relação de sentido existente entre os termos destacados na passagem também está presente entre os termos destacados nas seguintes frases:
(1) Iminente (2) Eminente (3) Espectador (4) Expectador (5) Despercebido (6) Desapercebido
( ) Prestes a ocorrer. ( ) Desprovido; que não está preparado. ( ) Que não se percebeu; não observado. ( ) Aquele que espera a ocorrência de algo. ( ) Muito acima do que está em volta; elevado. ( ) Aquele que presencia um fato; testemunha.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
TEXTO 1
( ) As palavras bem-estar (linha 07), americano (linha 09) e reage (linha 44) são formadas, respectivamente, por justaposição, sufixação e prefixação. ( ) A forma verbal da frase Felicidade é um truque (linha 01) está no presente. Se ela fosse escrita nas três formas do pretérito, ficaria: foi, era, fora. ( ) Os vocábulos engajamento (linha 40) e banais (linha 44) podem ser substituídos, sem alterar o sentido contextual, por capacitação e formais, respectivamente. ( ) Em: “Para terminar, há uma regra […]” (linha 38) e em “[...] trazem, ao mesmo tempo, prazer […]” (linha 40), o uso das vírgulas é obrigatório. Na primeira porque a oração adverbial antecipa a oração principal e, na segunda ocorrência, porque o adjunto adverbial está deslocado e intercalado na oração subordinada, respectivamente.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Saneamento nada básico
Parametrização centralizada no âmbito federal não necessariamente tornaria o processo mais eficiente
Desde a antiguidade, existe preocupação com o saneamento básico [...]. No Brasil, as primeiras iniciativas remontam a 1561.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), dados de 2017, 83,5% da população brasileira tinham acesso a água tratada, 52,4% tinham acesso a coleta de esgoto, e apenas 46% dos esgotos do país são tratados. O volume médio de perdas ainda se encontra em 38,3%.
As condições que não permitiram o desenvolvimento pleno do saneamento básico no país continuam presentes: volume incipiente de investimentos, ausência de planejamento adequado, experiências malsucedidas de gestão e dificuldade para obter financiamentos e licenças para obras. Destas, somente a última apresentou alguma evolução desde o Plano Nacional de Saneamento de 1971.
Dentre as dificuldades de planejamento, destaca-se o fato de que a titularidade dos serviços, conforme lei 11.445/07, é dos municípios. Logo, criar arcabouço regulatório, planos de saneamento e licitar concessões é uma tarefa hercúlea para a gama de 5.570 municípios existentes. O problema é grande; o diagnóstico, antigo. Mas pouco se avançou desde a criação do marco regulatório. Apresento possíveis soluções para contribuir com o debate.
Em primeiro lugar, é preciso que a reflexão sobre o marco regulatório ocorra previamente. As duas medidas provisórias de 2018 e 2019 (844 e 868) tiveram vício de origem, pois não foram fruto de uma discussão prévia com os principais agentes setoriais. Se empresas dos estados de SP, MG e PR foram responsáveis por 45% dos investimentos em saneamento no país em 2017, e 65% ao somarmos as privadas, uma reflexão deveria partir delas, juntamente com a sociedade civil e associações.
A experiência do setor elétrico quando da criação do Novo Modelo é um exemplo a ser lembrado. Houve praticamente um ano de discussões prévias com ampla adesão que culminaram com as MPs 144 e 145, de outubro de 2003. De exemplo negativo, temos a MP 579/12, cuja discussão prévia foi curta e circunscrita a agentes de mercado, em sua maioria eletrointensivos, e, portanto, interessados em redução de tarifas. O barato saiu caro, e a redução de 18% em 2013 foi sucedida por aumentos tarifários 41% acima da inflação de 2014 a 2018.
A solução proposta é a simplificação dos processos e a não concentração de responsabilidade na Agência Nacional de Águas (ANA) ou a criação de arcabouço regulatório e plano de saneamento federais.
[...].
Em segundo lugar, deve-se repensar a proposta de se criar um plano de saneamento nacional como norte para planos municipais. Essa abordagem centralizada pode desconsiderar aspectos locais como características socioeconômicas do consumidor, estrutura dos ativos, distância a fontes de captação de água, topografia, restrições ambientais, entre outros. Enfim, não necessariamente uma parametrização centralizada no âmbito federal tornaria o processo mais eficiente ou atinente às características locais.
Em terceiro lugar, por que não permitir que cada município baseie seu arcabouço regulatório em melhores práticas existentes e regras simplificadas de atualização de tarifas, qualidade e metas de cobertura dos serviços, além de penalidades claras e objetivas pelo não cumprimento destas?
Em quarto lugar, a criação de uma cartilha de regras de licitação para auxiliar municípios seria um começo. Os dois outros pilares, regulação e plano de saneamento, poderiam ser disponibilizados por instituições independentes. Dessa forma, o processo seria parametrizado de maneira simples, descentralizada e com custo baixo.
Investir em saneamento é processo civilizatório. Não há necessidade de se trazer complexidades, quando regras e melhores práticas já existem e podem nortear prefeituras a melhorar a condição de vida de seus habitantes sem uma mão visível da União.
PIRES, Adriano. Saneamento nada básico. Aesbe.
Associação Brasileira das Empresas Estaduais de
Saneamento. Disponível em: https://aesbe.org.br/novo/opiniaoartigo-saneamento-nada-basico/.
Acesso em: 27 ago. 2022.
Releia a passagem a seguir:
“Logo, criar arcabouço regulatório, planos de saneamento e licitar concessões é uma tarefa hercúlea para a gama de 5.570 municípios existentes.”
A palavra destacada poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por