Questões de Concurso Sobre funções morfossintáticas da palavra que em português

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Q3117071 Português
Café: mocinho ou vilão?


A cafeína é a droga psicoativa mais popular do mundo.

Os seres humanos tomam café − uma fonte natural de cafeína − há séculos, mas, nas últimas décadas, têm surgido orientações contraditórias sobre os seus efeitos para a saúde humana.

"Tradicionalmente, o café é considerado algo ruim", segundo o professor de epidemiologia do câncer Marc Gunter, do Imperial College de Londres. Ele já chefiou o departamento de nutrição e metabolismo da Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês).

"Pesquisas dos anos 1980 e 1990 concluíram que as pessoas que tomam café apresentam maior risco de doenças cardiovasculares", explica o professor, "mas os estudos evoluíram desde então."

Na última década, foram realizados novos estudos de base populacional, em escala maior. Com isso, Gunter afirma que os cientistas dispõem, agora, de dados de centenas de milhares de consumidores de café. 

O que nos contam essas pesquisas? O consumo de café oferece riscos ou benefícios à saúde? 

O café é associado ao aumento do risco de câncer por conter acrilamida, uma substância carcinogênica encontrada em alimentos como torradas, bolos e batatas fritas. Mas a IARC concluiu, em 2016, que o café não é carcinogênico (que causa câncer), a menos que seja bebido muito quente − acima de 65 °C.

Em um estudo de 2023, pesquisadores defenderam que, embora o café seja uma das principais fontes de acrilamida na nossa alimentação, ainda não existe uma base forte e conclusiva de evidências demonstrando sua relação com o risco de desenvolvimento de câncer. 

Outras pesquisas também concluíram que o café, na verdade, tem efeito protetor. Estudos demonstraram, por exemplo, associação entre o consumo de café e menor risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer entre os pacientes.

Em 2017, Gunter publicou os resultados de um estudo que analisou os hábitos de consumo de café de meio milhão de pessoas em toda a Europa, por um período de 16 anos. As pessoas que bebiam mais café apresentaram menor risco de morrer de doenças cardíacas, AVC e câncer.

Estas conclusões são coerentes com pesquisas realizadas em outras partes do mundo, incluindo os Estados Unidos, e as pesquisas mais recentes conduzidas no Reino Unido.

Gunter explica que existe consenso suficiente entre os estudos observacionais para confirmar que as pessoas que tomam até quatro xícaras de café por dia sofrem de menos doenças que aquelas que não consomem a bebida.

E os possíveis benefícios do café podem ser ainda maiores.

No estudo de Gunter, as pessoas que tomavam café apresentaram maior propensão a fumar e manter alimentação menos saudável do que as demais.

Esta é uma indicação de que, se o café realmente reduzir o risco de doenças cardíacas e câncer, talvez ele seja mais poderoso do que pensamos. Afinal, seus efeitos compensariam os hábitos não saudáveis dos seus consumidores.

Estes mesmos benefícios são observados com o café descafeinado, que contém quantidades de oxidantes similares ao café normal, segundo as pesquisas.

Gunter não encontrou, nos seus estudos, nenhuma diferença entre a saúde das pessoas que consomem café tradicional e descafeinado. Isso o levou a concluir que os benefícios associados ao café se devem a outra substância, não à cafeína.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5ype30g24ro.adaptado.

Gunter explica "que" existe consenso suficiente entre os estudos observacionais para confirmar que as pessoas que tomam até quatro xícaras de café por dia sofrem de menos doenças "que" aquelas que não consomem a bebida.

Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical dos vocábulos destacados, respectivamente.
Alternativas
Q3112191 Português
Salários mais iguais: o papel do envelhecimento e
das decisões de carreira



Na maioria dos países com dados disponíveis, a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu nas últimas duas décadas. Parte dessa redução se deve ao envelhecimento demográfico. Os trabalhadores mais velhos permanecem no mercado por mais tempo, retendo posições de destaque e dificultando a mobilidade ascendente dos homens jovens. Isso resulta em uma redução da disparidade de rendimentos entre os gêneros.


Analisando quatro décadas de dados salariais dos EUA, Reino Unido, Canadá e Itália, Arellano-Bover e seus colegas identificaram que a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu, com os jovens de ambos os gêneros recebendo salários mais semelhantes. As gerações mais antigas, que apresentavam maiores desigualdades, estão se aposentando, o que reduz o gap salarial geral. Entre 1976 e 1995, a probabilidade de homens de 25 anos trabalharem no décimo superior de grupos empresariais diminuiu, em média, 6 pontos percentuais, enquanto a mesma probabilidade para mulheres caiu apenas 2 pontos percentuais.


Ou seja, a diferença entre os rendimentos médios de uma sociedade não nos informa muito sobre questões ligadas à igualdade de gênero. E mesmo com o envelhecimento demográfico contínuo, é improvável que esse mecanismo reduza ainda mais a diferença salarial de gênero. Já que desde 1995 a diferença entre a classificação salarial média de homens e mulheres jovens é mínima.


As decisões individuais também desempenham um papel importante nessa dinâmica, uma vez que a escolha da graduação está fortemente ligada aos ganhos futuros. Homens jovens em média preferem áreas de estudo ligadas a exatas e tecnologia, que proporcionam altos ganhos. Nos EUA, 63% da diferença salarial de recém-formados é devido ao tipo de curso universitário; na Itália, é 51%. Já as mulheres tendem a escolher áreas de trabalho como educação e cuidados, que pagam menos em média.


Além disso, o gap salarial se amplia principalmente após nascimento do primeiro filho, quando as mulheres o sofrem maior pressão social e familiar para priorizar o cuidado com os filhos em detrimento da carreira. Essas expectativas têm outros tipos de custos para os homens: tendência a aceitar horas extras e demonstrar afeto através da provisão, ao custo de quase não ter tempo com familiares. Essa tendência emerge no mundo inteiro, ainda que em graus distintos. Consequentemente, as mulheres estão super-representadas em empregos de baixa remuneração para atender essas responsabilidades, trabalhando com maior flexibilidade e por menos horas. 


Alguns argumentam que as diferenças salariais se devem a fatores biológicos e preferências distintas. Embora homens e mulheres se diferenciem em alguns aspectos psicológicos que podem influenciar o mercado de trabalho, essas diferenças explicam apenas uma ínfima parte da disparidade salarial de gênero. Além disso, não há garantia de que a valorização de certas características traga resultados econômicos positivos para as empresas.


Por isso, para aqueles que almejam alcançar a paridade financeira, o progresso está claramente ligado às escolhas educacionais, de carreira e arranjos familiares. Antes de avaliar uma sociedade apenas pela diferença de rendimentos, é crucial analisar outros indicadores de desigualdade de gênero. Exemplos incluem a taxa de matrícula em diferentes níveis educacionais, acesso a financiamento e capital para negócios, disponibilidade e uso de licenças parentais, direitos de propriedade e herança, mobilidade territorial, taxas de violência de gênero e a força das normas sociais. O salário tende a ser uma consequência de todos esses fatores.


Homens e mulheres devem ter maior liberdade para decidir juntos como equilibrar a vida pessoal e profissional. Isso requer tanto um Estado que garanta igualdade de oportunidades com políticas públicas eficientes quanto menos julgamentos das escolhas alheias por parte de todos nós. 


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ 

E mesmo com o envelhecimento demográfico contínuo, é improvável que esse mecanismo reduza ainda mais a diferença salarial de gênero. Já que desde 1995 a diferença entre a classificação salarial média de homens mulheres jovens é e mínima.

No trecho acima, as duas ocorrências do QUE, destacadas, se classificam, respectivamente, como 
Alternativas
Q3110110 Português
Texto CB1A1-I

  O aforismo “o cliente sempre tem razão” é bastante conhecido e muito citado como argumento econômico. Justifica-se para manter a fidelidade dos consumidores a marcas e a lojas a fim de evitar que a insatisfação individual se torne uma indesejada propaganda negativa.

    Será que, sob a ótica jurídica, a afirmativa corresponde à realidade? Não! O cliente (consumidor) só tem razão quando o direito, a lei, lhe dá amparo.

    Invariavelmente, baseando-se em critério pessoal do que seria justo como solução para problema de consumo, o consumidor realmente acredita que possui o direito que alega e, dentro da sua lógica, passa a exigir determinado comportamento do fornecedor.

    A expressão direito do consumidor tem sentido de conjunto de normas que regulam as relações entre consumidores e fornecedores; não significa necessariamente que o consumidor tem sempre direito de exigir a satisfação dos seus interesses.

  Para ilustrar, cite-se o exemplo, recorrente, de uma pessoa que acredita poder, em qualquer circunstância, trocar um produto que acabou de adquirir simplesmente porque, chegando em casa, percebeu que não era exatamente aquilo que queria, preferia de outra cor ou até haver gastado o dinheiro com algo mais interessante. Para a lei, a troca ou devolução do dinheiro pago só é possível em situações bem concretas: promessa do vendedor de trocar ou devolver o dinheiro (art. 30 do Código de Defesa do Consumidor); vício do produto (art. 18); compra fora do estabelecimento físico (art. 49).

    Daí a importância de que toda pessoa tenha uma noção básica de quais são os seus direitos e de como exigir a sua observância. Como é possível exigir respeito a sua condição de consumidor se não houver uma consciência mínima dos direitos?


Leonardo Bessa. O cliente – nem sempre – tem razão! In: Metrópoles. 20/06/2024. Internet: (com adaptações). 

Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.


No terceiro parágrafo do texto, o vocábulo “que”, presente na oração “que alega”, é utilizado como elemento de coesão referencial e tem como referente o termo “o consumidor”.

Alternativas
Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TSE Provas: CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário - Área: Administrativa - Especialidade: Contabilidade | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Enfermagem | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Engenharia Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Serviço Social | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Medicina (Clínica Médica) | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Medicina (Psiquiatra) | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Medicina do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Odontologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Psicologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Tecnologia da Informação | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Engenharia Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Arquitetura | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Estatística | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Arquivologia | CESPE / CEBRASPE - 2024 - TSE - Analista Judiciário – Área: Apoio Especializado – Especialidade: Biblioteconomia |
Q3109602 Português
Texto CB1A1-I


      O aforismo “o cliente sempre tem razão” é bastante conhecido e muito citado como argumento econômico. Justifica-se para manter a fidelidade dos consumidores a marcas e a lojas a fim de evitar que a insatisfação individual se torne uma indesejada propaganda negativa.

     Será que, sob a ótica jurídica, a afirmativa corresponde à realidade? Não! O cliente (consumidor) só tem razão quando o direito, a lei, lhe dá amparo.

     Invariavelmente, baseando-se em critério pessoal do que seria justo como solução para problema de consumo, o consumidor realmente acredita que possui o direito que alega e, dentro da sua lógica, passa a exigir determinado comportamento do fornecedor.

        A expressão direito do consumidor tem sentido de conjunto de normas que regulam as relações entre consumidores e fornecedores; não significa necessariamente que o consumidor tem sempre direito de exigir a satisfação dos seus interesses.

     Para ilustrar, cite-se o exemplo, recorrente, de uma pessoa que acredita poder, em qualquer circunstância, trocar um produto que acabou de adquirir simplesmente porque, chegando em casa, percebeu que não era exatamente aquilo que queria, preferia de outra cor ou até haver gastado o dinheiro com algo mais interessante. Para a lei, a troca ou devolução do dinheiro pago só é possível em situações bem concretas: promessa do vendedor de trocar ou devolver o dinheiro (art. 30 do Código de Defesa do Consumidor); vício do produto (art. 18); compra fora do estabelecimento físico (art. 49).

       Daí a importância de que toda pessoa tenha uma noção básica de quais são os seus direitos e de como exigir a sua observância. Como é possível exigir respeito a sua condição de consumidor se não houver uma consciência mínima dos direitos?



Leonardo Bessa. O cliente – nem sempre – tem razão! In: Metrópoles. 20/06/2024.
Internet: <www.metropoles.com> (com adaptações).FimDoTexto

Considerando os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue  o item a seguir.

No terceiro parágrafo do texto, o vocábulo “que”, presente na oração “que alega”, é utilizado como elemento de coesão referencial e tem como referente o termo “o consumidor”.
Alternativas
Q3109552 Português
[Questão Inédita] Leia o parágrafo abaixo e julgue as afirmativas:
“É preciso reconhecer as perdas, mas também se comprometer a reconquistar a confiança do trabalhador. Isso exige um resgate do sindicalismo raiz, com foco nas pautas que realmente impactam o dia a dia da classe trabalhadora.” (5º parágrafo)

I – A oração “reconhecer as perdas” é complemento do adjetivo “preciso”.
II – O termo “da classe trabalhadora” ocupa a função de adjunto adnominal.
III – O pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito.

Marque a alternativa correta.
Alternativas
Q3109550 Português
[Questão Inédita] Leia as frases a seguir e entenda que cada período é considerado uma afirmativa:

I – Este é o sindicato de que todos os trabalhadores precisam.
II – A campanha a que o sindicato se dedicou foi bem-sucedida.
III - A conferência a que participamos na semana passada ofereceu várias perspectivas sobre os desafios enfrentados pelos sindicatos modernos
IV – A assembleia que presidi destacou a importância do engajamento dos jovens nas atividades sindicais.

Marque a alternativa correta. 
Alternativas
Q3109330 Português
Texto I

O Etarismo no Brasil


   Infelizmente, o etarismo é uma realidade presente em diversos aspectos da vida das pessoas idosas no Brasil. No mercado de trabalho, muitas vezes, elas são excluídas de oportunidades de emprego devido a preconceitos e estereótipos negativos relacionados à sua idade. Isso ocorre apesar das experiências, habilidades e conhecimentos valiosos que muitos idosos possuem e poderiam compartilhar, lamentavelmente.

    O que é o Etarismo?

  O etarismo, também conhecido como ageísmo ou idadismo, envolve estereótipos e uma visão preconceituosa em relação às pessoas. Ele se refere à discriminação e ao preconceito às pessoas com base em sua idade. O etarismo contribui para a segregação da população e está vinculado a padrões sociais estabelecidos na sociedade, como a valorização da produtividade e da juventude, bem como o acesso desigual às novas tecnologias. É uma forma de discriminação que se baseia na ideia de que a idade avançada é um fator negativo ou inferior, levando a estereótipos negativos, tratamento injusto e exclusão social.

    O etarismo pode se manifestar de várias maneiras, tanto em níveis individuais quanto estruturais. No nível individual, pode ocorrer por meio de comentários depreciativos, ridicularização, marginalização ou tratamento desrespeitoso em relação a pessoas mais velhas. Isso pode acontecer em ambientes pessoais, sociais ou profissionais, incluindo interações cotidianas, no mercado de trabalho, nos serviços de saúde e na mídia.

   Em níveis estruturais, o etarismo se reflete em políticas, práticas e normas sociais que limitam ou negam oportunidades e direitos às pessoas idosas. Isso pode incluir a falta de acessibilidade em espaços públicos, discriminação no mercado de trabalho, estereótipos negativos nas representações midiáticas, falta de cuidados de saúde adequados e restrições nas esferas política e cultural.

   O etarismo é prejudicial não apenas para as pessoas idosas, mas também para a sociedade como um todo. Ele perpetua estereótipos negativos, impede a participação ativa e produtiva das pessoas mais velhas e contribui para a exclusão social e o isolamento. Além disso, o etarismo limita o acesso a valiosas contribuições e experiências que as pessoas idosas podem oferecer em diversas áreas da vida.

   O etarismo pode ser considerado um crime de injúria quando alguém tem sua honra ou dignidade prejudicada, porém, isso é aplicável apenas quando se trata de pessoas idosas com 60 anos ou mais. Recentemente, um caso envolvendo uma estudante de Biomedicina de 45 anos, residente em Bauru, interior de São Paulo, foi alvo de ridicularização por seus colegas de classe devido à sua idade. Em resposta a essa situação, o deputado Fábio Macedo propôs uma medida para ampliar essa proteção contra o etarismo, tornando-a aplicável a qualquer faixa etária.

   Com o envelhecimento da população e o crescente investimento em qualidade de vida, muitos países ao redor do mundo estão lidando com a produtividade, vitalidade e alegria da Terceira Idade em diversos espaços e profissões. Ainda assim, o preconceito social segue crescendo e se disseminando na sociedade.

    Mas é só com pessoas idosas?

    Os preconceitos podem afetar tanto os jovens quanto os mais velhos. De acordo com uma pesquisa, 73% dos profissionais das gerações Y (nascidos entre 1980 e 1989) e Z (nascidos entre 1990 e 2010) sentem que são subestimados devido à sua idade mais jovem. Por outro lado, 66% dos profissionais da geração X (nascidos entre meados da década de 1960 até 1979) sentem que os mais jovens duvidam de seu profissionalismo. Esses dados ilustram como os estereótipos etários podem afetar diferentes faixas etárias no ambiente de trabalho.

    No caso citado, a universitária Patrícia Linares, 45, registrou um boletim de ocorrência por injúria e difamação contra as três jovens que gravaram um vídeo e publicaram em uma rede social em que praticam discriminação etária contra ela. Nestes casos, a vítima deve procurar uma delegacia, prestar queixa e fazer valer seus direitos. Mas lembre-se de que cada situação é única, e as medidas a serem tomadas podem variar de acordo com o contexto e as leis locais. É importante cuidar do seu bem-estar emocional e buscar o suporte necessário para enfrentar o etarismo de maneira adequada. A luta contra o etarismo é dever de todos, já que praticamente ninguém quer morrer jovem.


Disponível em https://www.verifact.com.br/etarismo-e-crime/#:~:text=forma%20de%20discrimina%C3%A7%C3%A3o.- ,O%20Etarismo%20no%20Brasil,negativos%20relacionados%20%C3%A0%20sua%20idade. Com adaptações.
Analise a função da partícula “que” nos períodos a seguir:

I. “Por outro lado, 66% dos profissionais da geração X (nascidos entre meados da década de 1960 até 1979) sentem que os mais jovens duvidam de seu profissionalismo.”
II. “Além disso, o etarismo limita o acesso a valiosas contribuições e experiências que as pessoas idosas podem oferecer em diversas áreas da vida.”

Assinale a alternativa que classifica a partícula “que” corretamente, de acordo com as relações sintáticas que estabelece com os demais termos nos itens acima.
Alternativas
Q3109092 Português
Texto

A ética como valor essencial


   Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa modo de ser. Ela é confundida com frequência com a lei que tem como base princípios éticos. Ela é também relacionada com a moral, mas são diferentes. A moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos, e a ética busca fundamentar o modo de viver e ser.

  A ética é transversal para todas as áreas de conhecimento, como, por exemplo, na Economia. Segundo Charles K. Wilber, a Economia e a ética estão relacionadas pois ambos os economistas (teóricos e os construtores de políticas) e os atores econômicos (produtores, consumidores e trabalhadores) seguem princípios éticos que moldam os seus comportamentos.

    Se só existisse um ser humano no planeta, não existiria a questão ética, porque ela é a regulação da conduta, da vida coletiva. A ética pode e deve ser utilizada como tema na educação formal e informal. Ela deve ser semeada nos primeiros anos de vida e deve permear e se consolidar na educação básica e superior.

   Um dos mais importantes objetivos da educação é a de formar cidadãos utilizando como conteúdos assuntos que estejam relacionados com as questões sociais que marcam cada momento histórico para que os estudantes possam exercer seus direitos e deveres. A falta de ética na sociedade dificulta as relações profissionais e pessoais causando um comportamento social inadequado.

   Dessa forma, a ética e a responsabilidade social são pilares na educação. Ao mesmo tempo ela é a bússola para descobrirmos os caminhos que nos conduzem a uma vida virtuosa. Nessa ótica podemos minimizar ou eliminar problemas como a corrupção, violência, os preconceitos, a segregação social, as práticas contrárias à igualdade, os conflitos entre classes e etnia, as violências contra as mulheres, a gravidez precoce, os suicídios e nossa relação e respeito à natureza.

    A incorporação de princípios éticos é construída por uma forte parceria entre a escola com a família e com os meios de comunicação e deve ser iniciada na primeira infância (0 a 6 anos). Quanto mais cedo o ser humano refletir sobre a ética, mais cedo iniciará o seu amadurecimento e estará mais preparado para enfrentar as questões do convívio social no dia a dia.

    Ouvimos a toda hora que atualmente muitos problemas que o Brasil enfrenta são o resultado de que os representantes da população no governo deveriam cuidar dos interesses do povo, mas em muitos casos aprovam decisões em benefício próprio. No entanto, essa realidade não é exclusividade dos políticos, sendo um comportamento cultural, “levar vantagem em tudo”. Sendo assim, uma das formas de provocar mudanças na formação dos cidadãos é inserir desde cedo noções éticas na rotina escolar das crianças.

    Assistimos perplexos a um distanciamento cada vez maior entre educação e formação. Crianças e adolescentes recebem oceanos de informações prontas, desconexas e, muitas vezes, inúteis, que são incapazes de processar e integrar em um projeto de crescimento em conhecimento e sabedoria. A informação por si só não é formação, a ética é.

   Na grave crise sanitária devido à pandemia, com a necessidade de responder urgentemente às necessidades da sociedade, os riscos de perda de valores éticos, principalmente a corrupção, aumentaram. As insanidades cometidas, literalmente, tiraram oxigênio das pessoas.

    Estamos em uma encruzilhada histórica em que podemos agravar as injustiças sociais ou aproveitar este momento de grandes transformações para atacar os problemas pela raiz. Essas transformações devem ser feitas com total transparência, em nome do bem comum, tendo como pano de fundo, uma ética compatível com um avanço civilizatório e ela considerada como valor essencial.


Por Isaac Roitman, professor emérito da Universidade de Brasília, pesquisador emérito do CNPq e membro da Academia Brasileira de Ciências e do Movimento 2022 – 2030 (O Brasil e o Mundo que Queremos), em 9 de julho de 2021. Disponível em https://monitormercantil.com.br/a-etica-como-valor-essencial/.
Em “Ouvimos a toda hora que¹ atualmente muitos problemas que² o Brasil enfrenta são o resultado...”, as partículas “que” destacadas no período podem ser classificadas, respectivamente, como
Alternativas
Q3107257 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O Drama da Caneta Azul

Primeira aula de Língua Portuguesa do ano. Expectativa de reencontro, novidades e uma pitada de preguiça pós-férias. Mal sabia eu que a professora iria logo de cara nos presentear com um desafio: escrever uma redação sobre as férias. Mas até aí, tudo bem. O que realmente nos pegou de surpresa foi o detalhe anunciado com firmeza: a redação deveria ser feita de caneta. Isso mesmo, caneta!

De repente, o sonho das séries passadas, aquele em que nos libertávamos do lápis, virou realidade. Mas será que era bem isso o que queríamos? Passamos anos achando que lápis era coisa de criança. Aquele apetrecho que nos acompanhava com sua borracha sempre pronta para apagar qualquer erro era, de fato, infantil demais para o nosso novo status de "alunos mais velhos". Só que agora, com a caneta, não havia mais volta atrás. Pensando bem, qualquer erro seria eternizado no papel, e a sensação de liberdade dava lugar a um leve medo.

E então, enquanto a caneta azul começava a deslizar pelo papel e os relatos das férias surgiam meio hesitantes, todos torcíamos para que a professora se desse por satisfeita com essa pequena "tortura". Porque, sinceramente, a última coisa que queríamos era que ela tivesse mais ideias... Vai que a próxima exigência fosse de verdade, e não só uma brincadeira com caneta? Melhor não arriscar.

Autor Desconhecido.


https://www.000dlx.com.br/cronicas-curtas-para-escola-o-drama-da-can eta-azul.PDF
No texto "O Drama da Caneta Azul", o autor utiliza termos e expressões para transmitir as reações dos alunos diante do desafio de escrever com caneta. Considerando os conhecimentos de morfologia, analise as funções das palavras destacadas e assinale a alternativa cuja palavra em destaque seja um PRONOME RELATIVO:
Alternativas
Q3106536 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


A Matemática do Troco no Ônibus


Eu estava no ônibus, a caminho da escola, aproveitando o tempo para revisar os cálculos da prova de Matemática. Afinal, sempre tem aquele probleminha surpresa que pega qualquer aluno desprevenido. Mas, como diz minha avó, "quem procura, acha" — e eu acabei achando um problema de Matemática antes mesmo de chegar à escola.


No meio do percurso, entrou uma mulher de expressão fechada. Ela foi até a cobradora e entregou uma nota de cinco reais para pagar a passagem de quatro e vinte. Simples, pensei eu, um troco de oitenta centavos. A cobradora, cordial, perguntou se ela teria uma moedinha de vinte e cinco centavos para facilitar e devolver um real. "Não", respondeu a mulher, parada na catraca, imóvel. A cobradora insistiu: "Então deixa por cinco reais, pra facilitar...". Mas a mulher exigiu seus oitenta centavos.


"Eu não tenho moedas abaixo de um real agora", explicou a cobradora, já sem paciência. A mulher respondeu: "Problema seu! Quero meus oitenta centavos!". Exasperada, a cobradora sugeriu, misturando humor e cansaço: "Quer que eu pare o ônibus pra descer e procurar troco ou faça um abracadabra pra conseguir as moedas?" A mulher se indignou ainda mais, chamando a cobradora de atrevida.


Antes de descobrir o desfecho, o ônibus chegou ao meu ponto. Desci com a cabeça cheia de números e a sensação de que, de alguma forma, até treinei aritmética com o conflito dos oitenta centavos.


Autor Desconhecido - Texto Adaptado


https://www.000dlx.com.br/cronicas-curtas-para-escola.php

No trecho "Quer QUE eu pare o ônibus pra descer e procurar troco ou faça um abracadabra pra conseguir as moedas?" a palavra "QUE" é classificada, no contexto em que foi empregada, como:
Alternativas
Q3106474 Português
A Matemática do Troco no Ônibus


Eu estava no ônibus, a caminho da escola, aproveitando o tempo para revisar os cálculos da prova de Matemática. Afinal, sempre tem aquele probleminha surpresa que pega qualquer aluno desprevenido. Mas, como diz minha avó, "quem procura, acha" — e eu acabei achando um problema de Matemática antes mesmo de chegar à escola.

No meio do percurso, entrou uma mulher de expressão fechada. Ela foi até a cobradora e entregou uma nota de cinco reais para pagar a passagem de quatro e vinte. Simples, pensei eu, um troco de oitenta centavos. A cobradora, cordial, perguntou se ela teria uma moedinha de vinte e cinco centavos para facilitar e devolver um real. "Não", respondeu a mulher, parada na catraca, imóvel. A cobradora insistiu: "Então deixa por cinco reais, pra facilitar...". Mas a mulher exigiu seus oitenta centavos.

"Eu não tenho moedas abaixo de um real agora", explicou a cobradora, já sem paciência. A mulher respondeu: "Problema seu! Quero meus oitenta centavos!". Exasperada, a cobradora sugeriu, misturando humor e cansaço: "Quer que eu pare o ônibus pra descer e procurar troco ou faça um abracadabra pra conseguir as moedas?" A mulher se indignou ainda mais, chamando a cobradora de atrevida.

Antes de descobrir o desfecho, o ônibus chegou ao meu ponto. Desci com a cabeça cheia de números e a sensação de que, de alguma forma, até treinei aritmética com o conflito dos oitenta centavos.

Autor Desconhecido - Texto Adaptado

https://www.000dlx.com.br/cronicas-curtas-para-escola.php
No trecho "Quer QUE eu pare o ônibus pra descer e procurar troco ou faça um abracadabra pra conseguir as moedas?" a palavra "QUE" é classificada, no contexto em que foi empregada, como:
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Q3103656 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O homem biologicamente incapaz de sonhar

"Sonhar não custa nada". Esta expressão popular soa para a maioria como uma verdade incontestável.

Afinal, quem nunca fechou os olhos deitado sobre o travesseiro, em sua mesa de trabalho ou no ônibus e se viu transportado, como num passe de mágica, para uma praia paradisíaca ou marcando um gol na Copa do Mundo ao lado de um ídolo? Também acontece de se encontrar em situações assustadoras, estranhas ou até incompreensíveis.

Mas há uma porcentagem da população para a qual o mundo dos sonhos, entendido como aquele território em que a mente cria histórias com imagens, sons e até cheiros enquanto dormimos ou até mesmo estamos acordados, é algo desconhecido. O motivo? Eles têm afantasia.

"A afantasia é a ausência de visão mental ou a incapacidade de visualizar". É assim que o neurologista britânico Adam Zeman define a condição, da qual apenas se começou a falar nas últimas duas décadas, em grande parte por causa de suas pesquisas sobre imagens mentais.

"Para a maioria de nós, se nos disserem 'mesa de cozinha' ou 'árvore de maçãs', seremos capazes de reproduzir em nosso cérebro ambas as imagens. Pessoas com afantasia, no entanto, são incapazes de fazer isso", acrescentou o professor da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

O médico venezuelano Guillermo Antonio Acevedo pertence ao grupo ao qual o especialista se refere. "Meu cérebro é como um computador com o monitor desligado ou que só armazena arquivos txt (de texto) e não suporta arquivos jpg, png ou nenhuma imagem", ilustrou.

Foi por acaso que Acevedo descobriu que pertence aos 4% da população que, segundo especialistas, não visualizam imagens mentais.

"Eu trabalhava em um hospital psiquiátrico, comecei a mergulhar mais em temas de neurologia e doenças mentais e me deparei com um artigo de Zeman, que falava sobre a mente cega", contou por telefone, da cidade espanhola de San Sebastián, onde vive e trabalha há seis anos. "Esse artigo descreve como as pessoas que têm afantasia pensam e explica que essas pessoas não conseguem imaginar coisas, ou seja, não veem imagens em sua mente. E foi aí que eu disse a mim mesmo: mas será que as pessoas podem realmente fazer isso?", continuou ele. "O meu choque foi que havia pessoas dizendo que podiam imaginar coisas na sua mente.

Hoje, com trinta e cinco anos, Acevedo passou trinta e um anos de sua vida acreditando que, quando as pessoas diziam ter sonhado, não visualizavam o que contavam. "Até eu descobrir que tinha afantasia, pensava que os desenhos animados colocavam a nuvenzinha nos personagens para que pudéssemos entender a história", explicou ele.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1418120qwqo.adaptado. 
Comecei a mergulhar mais em temas de neurologia e doenças mentais e me deparei com um artigo de Zeman 'que' falava sobre a mente cega.
O termo destacado é um pronome relativo que se refere à:
Alternativas
Q3099433 Português

Uma breve história da expectativa de vida


    No início do século 20, quando a expectativa de vida era de 47 anos nos países industrializados e de 33 no nosso, o que mais matava eram as doenças infecciosas: pneumonia, tuberculose, gastroenterite.
A pandemia, ao tirar 5,5 milhões de vidas nos últimos dois anos, trouxe as infecções de volta aos holofotes. O caminho natural, porém, é a ciência vencer essa luta novamente, como fez antes. O desenvolvimento de vacinas e antibióticos, além de condições mais humanas de saneamento básico, foi diminuindo as doenças infecciosas ao longo do século passado. E em 1960 a expectativa de vida tinha saltado para 52 anos por aqui (e 69 anos nos países ricos).
    Foi aí que as doenças cardiovasculares e os vários tipos de câncer passaram a ser os grandes desafios de longo prazo da medicina. Mas essa é outra guerra que está sendo vencida.
    Nos EUA, que mantêm dados históricos precisos, o número de mortes por doenças cardiovasculares caiu de 800 para cada 100 mil habitantes na década de 1960 para 200 hoje.
    As batalhas contra o câncer são mais complexas, contudo, não faltam vitórias. Uma das principais é o sucesso das imunoterapias no combate ao melanoma (o mais agressivo dos cânceres de pele). Desde o boom na criação de novos medicamentos, a mortalidade por melanoma passou a cair 5% ao ano.
    Tudo isso levou a mais avanços na expectativa de vida. Hoje ela está próxima dos 80 anos, seja no Brasil, seja nos países do topo da pirâmide. Por aqui, sempre vale lembrar, boa parte disso se deve a um fato central: sermos o único país com mais de 200 milhões de habitantes a contar com um sistema universal de assistência médica gratuita, o SUS.
    E hoje há 22 milhões de pessoas com 65 anos ou mais no país. Uma vitória. Mas o aumento na longevidade traz outro desafio para a medicina: as enfermidades mentais que surgem nas fases mais avançadas da vida – principalmente o Alzheimer, que atinge 1,2 milhão de brasileiros.

(Disponível em: uper.abril.com.br/coluna/. Acesso em: 10/07/2024. Adaptado.) 

Assinale a afirmativa correta sobre vocábulo “que” no seguinte contexto: “Mas essa é outra guerra que está sendo vencida.” (3º§) 
Alternativas
Q3098094 Português

Internet: <www.drlucascaseri.com.br> (com adaptações).

Com base na estrutura e no vocabulário empregados no texto, julgue o item a seguir. 


A expressão formada pelas palavras “Foi” (linha 14) e “que” (linha 15) não desempenha papel sintático no texto, de forma que sua omissão não acarretaria prejuízo semântico.

Alternativas
Q3097958 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 e, a seguir, responda à questão, que a ele se refere.

Texto 01
Você lembra quando não existia internet?

Rossandro Klinjey

     Para aqueles que se lembram dos dias em que conversas espontâneas em lojas e sorrisos não solicitados eram a norma, a era pré-smartphone, quando a internet ainda era apenas um sonho, foi mágica. Se o auge da sua infância envolvia ouvir sua mãe gritando na rua: “tá na hora do jantar”, ou inventar aventuras apenas com sua imaginação, você provavelmente nutre uma relação de amor e ódio com seu “telefone inteligente”, esse dispositivo maravilhoso com conexão à internet que nos permite andar em cidades que não conhecemos, pedir comida ou comprar roupa com um clique. Enfim, como sobrevivíamos sem Waze e o delivery?
     E, sim, eles podem encontrar quase tudo para nós, de um novo amor a uma refeição saborosa. Mas, por mais que tentem, ainda não conseguem substituir um abraço caloroso. Muito menos uma conversa olho no olho, ou entender as sutilezas do coração humano. Um brinde à ironia de um mundo onde podemos estar a um clique de tudo, exceto da genuína conexão entre gente de verdade.
     Com a ascensão dos smartphones e das redes sociais, ultrapassamos as barreiras de tempo e espaço, inclusive na internet, reconectando-nos com amigos de infância, colegas de escola e parentes em outros países em tempo real. É uma viagem incrível quebrar as limitações do relógio e da geografia com apenas um toque. Quem poderia resistir a tal fascínio? Em seguida, veio o feed infinito das redes sociais pronto para entregar elevadas doses de dopamina e satisfazer a cada um de nós, fornecendo exatamente o que desejávamos naquele momento. [...]
    E assim ficamos presos, quase acreditando que havíamos perdido a capacidade de retornar à nossa humanidade. Agora, começamos a compreender esse dilema. Na busca por experiências externas, desvalorizamos a convivência íntima, aquela que nos permite crescer e dar sentido à nossa vida.
   Não por acaso, atualmente, observa-se uma busca por reconexão com o mundo real, uma tentativa de compensar o empobrecimento dos nossos relacionamentos, que se tornaram superficiais.
   Que venham esses novos/velhos tempos, e que venham logo, pois é estando presente que a gente vive o melhor de nós.


Disponível em: https://vidasimples.co/colunista/voce-lembra-quando-nao-existia-internet/. Acesso em: 30 set. 2024. Adaptado.
Considere a seguinte passagem do texto: “Agora, começamos a compreender esse dilema. Na busca por experiências externas, desvalorizamos a convivência íntima, aquela que nos permite crescer e dar sentido à nossa vida.”
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura morfológica e sintática dessa passagem.

I- A vírgula depois de “externas” foi usada, de acordo com a norma, para separar a expressão adverbial “Na busca por experiências externas”, que se encontra deslocada.
II- O uso do sinal indicativo de crase em “à nossa vida”, de acordo com a norma, é facultativo, tendo em vista a presença do pronome possessivo feminino “nossa”.
III- Os pronomes “aquela” e “que” são anafóricos uma vez que constroem coesão, pois retomam o termo “a convivência íntima”.
IV- O uso da próclise em “aquela que nos permite” de acordo com a norma, é obrigatório, pois a palavra “que” é atrativa.
V- Os termos “que” e “e” foram usados como conjunções subordinativas, uma vez que ligam orações e constroem a coesão.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3097814 Português
Texto 01


“Engole o choro!”

Mariana Chagas


   Quem nunca escutou, quando criança, que chorar era feio? Ou, durante o crescimento, foi repreendido com frases como “engole o choro” ou “para de chorar”? É comum crescer entendendo que o choro é algo inconveniente e que deve ser escondido ou segurado a todo custo. A aversão que muitos têm sobre o choro existe porque acreditam que a ação está associada a um sinal de fraqueza. É o que explica a psicóloga Lana Ohana. “A gente cresce e escuta muito, dentro da nossa criação, que o choro é ligado a uma questão infantil, e acaba que nos tornamos adultos atravessados por esses estigmas”.

    O choro é uma resposta emocional que pode ser desencadeada por uma variedade de estímulos e situações. Camila Castro, psicóloga especialista em Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental, explica que chorar é considerado uma forma crucial de expressão emocional que serve a diversos propósitos adaptativos.

   A terapeuta comenta que existem diversas teorias que buscam explicar o motivo de sentirmos vontade de chorar. Uma das mais conhecidas é porque o choro atua como um mecanismo de alívio emocional. “O ato de chorar pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade, contribuindo para a restauração do equilíbrio emocional. O choro pode diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no corpo”, explica a especialista.

   Contrariando os estigmas de que chorar seria algo negativo, existem diversos benefícios em expressar as emoções pelo choro. Segundo Camila, nossas emoções são experiências complexas que envolvem diferentes níveis de ativação e sensações de prazer e desprazer. É preciso saber como entrar em contato com elas, e o choro é uma resposta a esse contato. “O choro é uma das formas mais poderosas de expressar essas emoções, proporcionando uma liberação emocional essencial. Por exemplo, o ato de chorar permite que liberemos emoções acumuladas, especialmente aquelas relacionadas à tristeza, à frustração ou à dor”, exemplifica a psicóloga.

    Além disso, Camila explica que expressar nossas emoções pelo choro também pode promover a conexão interpessoal, pois demonstra vulnerabilidade e abre espaço para o apoio e compreensão dos outros. “É uma forma de comunicação não verbal que pode promover a empatia e fortalecer os laços emocionais entre as pessoas”, esclarece a especialista.

    Quando as pessoas são ensinadas a reprimir suas emoções, especialmente através do choro, correm o risco de internalizar essa supressão. A psicóloga explica que isso pode resultar em uma incapacidade de lidar com as emoções, contribuindo para o desenvolvimento de condições como ansiedade, depressão e estresse crônico. “A crença de que chorar é um sinal de fraqueza pode levar as pessoas a se sentirem isoladas em suas emoções, evitando buscar apoio emocional ou compartilhar suas preocupações com os outros”, esclarece. Isso pode aumentar o risco de isolamento social e emocional, prejudicando a saúde mental e o bem-estar geral.

    Além disso, a supressão de chorar pode dificultar a construção de relacionamentos íntimos e saudáveis. Segundo a psicóloga, a comunicação emocional desempenha um papel crucial no estabelecimento de conexões significativas com os outros, e a falta dela pode prejudicar a qualidade dos relacionamentos interpessoais. [...]


Disponível em: https://vidasimples.co/emocoes/chorar-nao-e-ruim. Acesso em: 28 set. 2024. Adaptado.
Considere a seguinte passagem do texto: “O choro é uma resposta emocional que pode ser desencadeada por uma variedade de estímulos e situações. Camila Castro, psicóloga especialista em Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental, explica que chorar é considerado uma forma crucial de expressão emocional que serve a diversos propósitos adaptativos.”
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista o uso do termo “que” nessa passagem.

I- O termo “que”, em “[...] resposta emocional que pode ser [...]”, é um elemento de coesão, já que se refere ao termo “resposta emocional”, usado anteriormente.

II- O termo “que”, em “[...] explica que chorar [...]”, como conjunção e elemento de coesão, insere na passagem o complemento oracional do verbo “explica”.

III- O termo “que”, em “[...] expressão emocional que serve [...]”, foi usado como pronome relativo para fazer a coesão referencial com o termo “expressão emocional”.

IV- O termo “que”, em “[...] resposta emocional que pode ser [...]” e em “[...] expressão emocional que serve [...]”, poderia ser substituído, com igual correção, por “a qual”.

V- O termo “que”, nas três ocorrências, foi usado como elemento de coesão, uma vez que tem a função de retomar substantivos anteriormente expressos.


Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q3095788 Português
Há diferença entre ser feliz e estar feliz?

(Eduardo Gianetti)


Não vou dar uma definição de felicidade, porque ela não existe. Há a felicidade do libertino, do monge, do hedonista; a felicidade aristotélica, a felicidade kantiana, entre outras. Existem muitas concepções de felicidade.

Uma coisa é o estar feliz, que é um estado de ânimo transitório, circunstancial: meu time ganhou o campeonato, eu acabo de me apaixonar ou eu consegui um novo emprego... Isso é o estar feliz, é estado de ânimo, sentimento transitório.

Outra coisa é o ser feliz, avaliando a minha existência como um todo em muitas dimensões: afetiva, profissional, espiritual e criativa. Seja lá o que for, no ciclo de vida, posso dizer que me reconheço na vida que tive e posso declarar, em sã consciência, que eu me realizo, estou me realizando. Isso é o ser feliz.

Nós temos esta dualidade do estar e do ser, que permite falar duas coisas que se confundem o tempo todo. Felicidade não é uma sucessão de picos de euforia, que podem até ser produzidos quimicamente, dado o estágio da nossa tecnologia. É a construção de uma vida, um enredo, uma trajetória.

Uma pessoa pode ser feliz sem nunca ter tido momentos de muita exuberância do estar feliz, e uma vida pode ter picos extraordinários de estar feliz, momentos realmente únicos de exuberância e de plenitude, mas que não constituem um caminho, não dão resultado para o ser feliz.

O jovem, de um modo geral, é muito mais orientado para o estar feliz do que para o ser feliz. É um certo amadurecimento e uma certa perspectiva em relação ao ciclo de vida que nos leva, com a passagem do tempo, a ficarmos mais atentos para o ser feliz – o qual, muitas vezes, implica o sacrifício do estar feliz.

Para conquistar um objetivo remoto, preciso abrir mão de alguns prazeres muito tangíveis, que estão ao meu alcance, para construir uma relação afetiva duradora. Eu não posso, a todo momento, estar aberto e disponível para o que der e vier. Para conquistar uma certa condição de conhecimento, vou ter que, eventualmente, me privar de muitos momentos deleitosos, de felicidade mundana, porque é necessário trabalhar, estudar. Há uma tensão entre o estar feliz e o ser feliz. (in: https://umbrasil.com/, com adaptações)

[Questão Inédita] 

Uma coisa é o estar feliz, que é um estado de ânimo transitório, circunstancial...


Sobre o trecho em destaque, assinale a alternativa com a informação equivocada.

Alternativas
Q3095784 Português
Há diferença entre ser feliz e estar feliz?

(Eduardo Gianetti)


Não vou dar uma definição de felicidade, porque ela não existe. Há a felicidade do libertino, do monge, do hedonista; a felicidade aristotélica, a felicidade kantiana, entre outras. Existem muitas concepções de felicidade.

Uma coisa é o estar feliz, que é um estado de ânimo transitório, circunstancial: meu time ganhou o campeonato, eu acabo de me apaixonar ou eu consegui um novo emprego... Isso é o estar feliz, é estado de ânimo, sentimento transitório.

Outra coisa é o ser feliz, avaliando a minha existência como um todo em muitas dimensões: afetiva, profissional, espiritual e criativa. Seja lá o que for, no ciclo de vida, posso dizer que me reconheço na vida que tive e posso declarar, em sã consciência, que eu me realizo, estou me realizando. Isso é o ser feliz.

Nós temos esta dualidade do estar e do ser, que permite falar duas coisas que se confundem o tempo todo. Felicidade não é uma sucessão de picos de euforia, que podem até ser produzidos quimicamente, dado o estágio da nossa tecnologia. É a construção de uma vida, um enredo, uma trajetória.

Uma pessoa pode ser feliz sem nunca ter tido momentos de muita exuberância do estar feliz, e uma vida pode ter picos extraordinários de estar feliz, momentos realmente únicos de exuberância e de plenitude, mas que não constituem um caminho, não dão resultado para o ser feliz.

O jovem, de um modo geral, é muito mais orientado para o estar feliz do que para o ser feliz. É um certo amadurecimento e uma certa perspectiva em relação ao ciclo de vida que nos leva, com a passagem do tempo, a ficarmos mais atentos para o ser feliz – o qual, muitas vezes, implica o sacrifício do estar feliz.

Para conquistar um objetivo remoto, preciso abrir mão de alguns prazeres muito tangíveis, que estão ao meu alcance, para construir uma relação afetiva duradora. Eu não posso, a todo momento, estar aberto e disponível para o que der e vier. Para conquistar uma certa condição de conhecimento, vou ter que, eventualmente, me privar de muitos momentos deleitosos, de felicidade mundana, porque é necessário trabalhar, estudar. Há uma tensão entre o estar feliz e o ser feliz. (in: https://umbrasil.com/, com adaptações)
[Questão Inédita] Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3094059 Português
A reportagem a seguir se refere à questão.

POR QUE AS VACINAS CONTRA MPOX SÓ ESTÃO CHEGANDO AGORA NA ÁFRICA?

REUTERS

25/08/2024 – 11:03

As primeiras 10 mil vacinas para mpox deverão finalmente chegar na semana que vem na África, onde uma nova e perigosa estirpe do vírus – que afeta as pessoas há décadas – está causando um alarme global.
A lenta chegada das vacinas – que já foram disponibilizadas em mais de 70 países fora de África – mostrou que as lições aprendidas com a pandemia da Covid-19 sobre as desigualdades globais nos cuidados de saúde têm demorado a trazer mudanças, disseram autoridades de saúde pública e cientistas.
Entre os obstáculos está a demora da Organização Mundial da Saúde (OMS) em iniciar oficialmente o processo necessário para dar aos países pobres acesso fácil a grandes quantidades de vacinas através de agências internacionais, o que só aconteceu este mês. Autoridades e cientistas disseram à Reuters que isso poderia ter começado anos atrás.
A mpox é uma infecção potencialmente mortal que causa sintomas semelhantes aos da gripe, além de lesões com pus que se espalham por contato físico. Em 14 de agosto, a OMS declarou a mpox uma emergência de saúde global depois que a nova cepa, conhecida como clado Ib, começou a se proliferar da República Democrática do Congo para os países africanos vizinhos.
Em resposta às perguntas da Reuters sobre os atrasos na distribuição da vacina, a agência de saúde da ONU disse na sexta-feira que iria flexibilizar alguns dos seus procedimentos neste caso, num esforço para acelerar o acesso dos países pobres às vacinas mpox.A compra direta de vacinas caras é inviável para muitos países de baixa renda. Existem duas injeções principais de mpox, feitas pela Bavarian Nordic, da Dinamarca, e pela KM Biologics, do Japão. A Nordic Bavarian custa US$ 100 a dose e o preço da KM Biologics é desconhecido.
A longa espera pela aprovação da OMS para que as agências internacionais comprem e distribuam a vacina forçou os governos africanos individuais e a agência de saúde pública do continente – os Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) – a solicitarem doações de vacinas aos países ricos. Esse processo complicado pode entrar em colapso, como já aconteceu antes, se os doadores sentirem que devem manter a vacina para proteger o seu próprio povo.

[...]

Fonte: REUTERS. Por que as vacinas contra mpox só estão chegando agora na África? Revista IstoÉ, 25 ago. 2024. Disponível em: https://istoe.com.br/por-que-as-vacinas-contra-mpox-so-estao-chegando-agora-na-africa/. Acesso em: 27 ago. 2024. Adaptado.
Considere as seguintes afirmativas sobre o trecho da reportagem.

A lenta chegada das vacinas – que já foram disponibilizadas em mais de 70 países fora de África – mostrou que as lições aprendidas com a pandemia da Covid-19 sobre as desigualdades globais nos cuidados de saúde têm demorado a trazer mudanças, [...].

I- A palavra que exerce a mesma função sintática nas duas ocorrências.
II- Em sua primeira ocorrência, a palavra que se classifica como um pronome relativo.
III- Em sua segunda ocorrência, a palavra que se classifica como uma conjunção integrante.
IV- A oração entre hífens é subordinada adverbial causal.

É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q3091470 Português
Leia o Texto I e responda à questão.

Texto I

Banhos de mar

            Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.
            Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes de o sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda ainda na escuridão?
          De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.
         Saíamos por uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde.Até que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco: e minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde mesmo o tempo começava a clarear e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o mundo.
        Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe um porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras de minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe um porco de verdade.”
          Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer.
       Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária.
        No bonde mesmo começava a amanhecer. Meu coração batia forte ao nos aproximarmos de Olinda. Finalmente saltávamos e íamos andando para as cabinas pisando em terreno já de areia misturada com plantas. Mudávamos de roupa nas cabinas. E nunca um corpo desabrochou como o meu quando eu saía da cabina e sabia o que me esperava.
         O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo.
       O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas, e trazia um pouco do mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele.
        Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo [...].

Fonte: LISPECTOR, Clarice. Banho de mar. In: Todas as crônicas. Rio de Janeiro, Rocco, 2018, p. 193-195. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/12670/banhos-de-mar . Acesso em: 11 ago. 2024, com adaptações.
Analise as assertivas abaixo a respeito do termo “que” na passagem: “Passávamos por cavalos belos que esperavam de pé pelo amanhecer” (6º§).

I- Pode ser substituído por “os quais”.
II- Pode ser substituído por “o qual”.
III- Está sendo empregado para retomar “cavalos”.
IV- Está sendo empregado para retomar “passávamos”.

É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Respostas
121: C
122: E
123: E
124: E
125: D
126: B
127: C
128: D
129: C
130: C
131: A
132: B
133: D
134: C
135: C
136: A
137: C
138: C
139: E
140: A