Questões de Concurso
Sobre flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) em português
Foram encontradas 3.747 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
I – Quando a nossa imaginação ______ todas as barreiras, conquistaremos o prêmio. (Transpor)
II – ______ os clientes e o garçom. (Chegar)
III – Fomos nós que ______ nesse assunto. (Tocar)
IV – Não serei eu quem ______ as assinaturas. (Recolher)
V – Se eu ______ os dados, nunca mais os esquecerei. (Rever)
VI – ______ seis horas da tarde. (Dar)
O instrumento musical
Às 15 horas de segunda-feira, 9 de novembro de 1964, os poemas de Cecília Meireles alcançaram perfeição absoluta. Não há mais um toque de sutileza a acrescentarlhes, nem sequer um acento circunflexo a suprimir-lhes – aquele acento que ela certa vez, em um poema, retirou de outro poema com a leveza de mão de quem opera uma borboleta. Não virão outros versos fazer-lhes sombra ou solombra. O que foi escrito adquiriu segunda consistência, essa infrangibilidade que marca o definitivo, alheio e superior à pessoa que o elaborou.
Vendo-os desligar-se de sua matriz humana, é como se eu os visse pela primeira vez e à luz natural, sem o enleio que me despertava um pouco o ser encantado ou encantador, chamado Cecília Meireles. Falo em encantamento no sentido original da palavra, “de que há muitos exemplos nos Livros de Cavalaria, e Poetas”. Não me parecia criatura inquestionavelmente real; por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos, estava sem estar, para criar uma ilusão fascinante, que nos compensasse de saber incapturável a sua natureza. Distância, exílio e viagem transpareciam no sorriso benevolente com que aceitava participar do jogo de boas maneiras da convivência, e era um sorriso de tamanha beleza, iluminado por um verde tão exemplar de olhos e uma voz de tão pura melodia, que mais confirmava, pela eficácia do sortilégio, a irrealidade do indivíduo.
Por onde erraria a verdadeira Cecília, que, respondendo à indagação de um curioso, admitiu ser seu principal defeito “uma certa ausência do mundo”? Do mundo como teatro em que cada espectador se sente impelido a tomar parte frenética no espetáculo, sim; não, porém, do mundo de essências, em que a vida é mais intensa porque se desenvolve em estado puro, sem atritos, liberta das contradições da existência. Estado em que a sabedoria e beleza se integram e se dissolvem na perfeição da paz.
Para chegar até ele, Cecília caminhou sobre formas selecionadas, que ia interpretando mais do que descrevendo; suas notações de natureza são esboços de quadros metafísicos, com objetos servindo de signos de uma organização espiritual onde se consuma a unidade do ser com o universo. Cristais, pedras, rosicleres, flores, insetos, nuvens, peixes, tapeçarias, paisagens, o escultural cavalo morto, “um trevo solitário pesando a prata do orvalho”, todas essas coisas percebidas pelo sentido são carreadas para a região profunda onde se decantam e sublimam. Nessa viagem incessante, para além da Índia, para além do mistério das religiões e dos sonhos, Cecília Meireles consumiu sua vida. Não é de estranhar que a achássemos diferente do retrato comum dos poetas e das mulheres.
Revisitando agora a imaculada galeria de seus livros desde Viagem até os brincos infantis de Ou Isto ou Aquilo, passando pelas estações já clássicas de Vaga Música, Mar Absoluto e Retrato Natural, penetrando no túnel lampejante de Solombra, é que esta poesia sem paridade no quadro da língua, pela peregrina síntese vocabular e fluidez de atmosfera, nos aparece como a razão maior de haver existido um dia Cecília Meireles. A mulher extraordinária foi apenas uma ocasião, um instrumento, afinadíssimo, a revelar-nos a mais evanescente e precisa das músicas. E esta música hoje não depende de executante. Circula no ar para sempre.
(ANDRADE, C. Drummond. Cadeira de Balanço. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1978, p. 138-139.)
Considere o emprego do verbo “ver” no trecho transcrito, flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo. Das alterações feitas na redação do trecho, o verbo “ver” está flexionado INCORRETAMENTE em:
Qualquer que tivesse sido seu discurso anterior, ele o refutara, mudara de ponto de vista e passara cansativamente a proferir asneiras: era tudo o que verificávamos nele. O orador era alto, esbelto e loquaz, de face ruborizada.
Assinale a alternativa correta, em se tratando de coesão textual.
I. O subjetivismo, a não-racionalidade e o individualismo são características da literatura simbolista no Brasil. II. O século XIV, no Brasil, foi marcado pelo início dos movimentos do modernismo na literatura nacional. Nessa época, a preocupação dos escritores e poetas era consolidar os antigos valores e valorizar a cultura nacional. III. Na frase “meus pensamentos são um grande rio subterrâneo e tortuoso” ocorre uma metáfora. IV. Na língua portuguesa, os verbos formam uma classe rica em possibilidades flexionais, pois as oposições entre tempos e modos referem-se a muitos tempos verbais.
Marque a alternativa CORRETA:
I. O poema épico "Prosopopeia", de Bento Teixeira, introduziu o modelo da poesia camoniana na literatura brasileira. II. Diferentemente dos verbos, os nomes apresentam as categorias gramaticais de modo, tempo, pessoa e número. III. Na frase "Bia está voando para Londres", o substantivo "Londres" designa apenas um ser da espécie cidade. Assim, esse substantivo é próprio. IV. A musicalidade, o misticismo e o uso de figuras de linguagem, como sinestesia e aliteração, são características do Simbolismo no Brasil.
Marque a alternativa CORRETA:
( ) A estrutura “Flávio Lima, coordenador geral do Projeto Cetáceos da Costa Branca da Universidade Estadual de Rio Grande do Norte (UERN)” (linhas 3 a 5), reforçada pela palavra destacada, justifica porque eles se preocupam em salvar apenas os animais que fazem parte da ordem dos mamíferos aquáticos.
( ) No período “há muitos navios cruzando a área onde teria ocorrido o vazamento” (linha 18) o verbo destacado está flexionado no presente do indicativo e sendo usado como sinônimo de existir, logo é classificado como verbo impessoal, portanto só pode ser flexionado na terceira pessoa do singular, seja qual for o tempo e o modo verbal.
( ) Na estrutura “são muito remotas as possibilidades de exsudação de petróleo” (linhas 13 e 14) se as palavras destacadas forem substituídas por longínquas e expunção, sequencialmente, ainda assim, mantém-se o sentido e a coerência no texto.
( ) No período “o que é negado pelo país vizinho” (linha 9) observa-se a construção da voz passiva analítica, com um agente da passiva indeterminado, isso se justifica porque o próprio texto também não determina o responsável pelo derramamento de óleo, assim comprova-se a coerência semântica textual e gramatical.
( ) O sintagma “As investigações sobre a origem do óleo ainda não avançaram” (linha 1) revela que, mesmo apesar de todo o empenho das empresas estatais brasileiras e venezuelanas para as pesquisas, a situação permanece estagnada quanto à grande massa oleosa em toda a costa marítima brasileira.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/10/14/semdetalhes-investigacao-sobre-oleo-no-mar-esbarra-em-limites-tecnicos.htm, acesso em outubro 2019.
Analise as proposições em relação ao Texto , e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) A estrutura “Flávio Lima, coordenador geral do Projeto Cetáceos da Costa Branca da Universidade Estadual de Rio Grande do Norte (UERN)” (linhas 3 a 5), reforçada pela palavra destacada, justifica porque eles se preocupam em salvar apenas os animais que fazem parte da ordem dos mamíferos aquáticos.
( ) No período “há muitos navios cruzando a área onde teria ocorrido o vazamento” (linha 18) o verbo destacado está flexionado no presente do indicativo e sendo usado como sinônimo de existir, logo é classificado como verbo impessoal, portanto só pode ser flexionado na terceira pessoa do singular, seja qual for o tempo e o modo verbal.
( ) Na estrutura “são muito remotas as possibilidades de exsudação de petróleo” (linhas 13 e 14) se as palavras destacadas forem substituídas por longínquas e expunção, sequencialmente, ainda assim, mantém-se o sentido e a coerência no texto.
( ) No período “o que é negado pelo país vizinho” (linha 9) observa-se a construção da voz passiva analítica, com um agente da passiva indeterminado, isso se justifica porque o próprio texto também não determina o responsável pelo derramamento de óleo, assim comprova-se a coerência semântica textual e gramatical.
( ) O sintagma “As investigações sobre a origem do óleo ainda não avançaram” (linha 1) revela que, mesmo apesar de todo o empenho das empresas estatais brasileiras e venezuelanas para as pesquisas, a situação permanece estagnada quanto à grande massa oleosa em toda a costa marítima brasileira.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
( ) “Guiará” denota uma ação simultânea ao momento da escrita do texto. ( ) “Chocou” e “deixou” denotam ações ocorridas durante um período definido.
( ) “Está” poderia ser substituído por “estava”, sem alteração de sentido.
Assinale a alternativa com a ordem CORRETA, de cima para baixo:
Na frase “Quero tanto um sorvete!”, o verbo está no modo subjuntivo (1ª parte). Na frase “Faça isso agora!”, o verbo está no modo imperativo (2ª parte).
A sentença está:
Café pode causar enxaqueca, revela estudo
Especialistas acreditam que a cafeína ajuda a bloquear uma molécula considerada um dos gatilhos da enxaqueca. O novo estudo, porém, mostra o contrário
O café é a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros, depois da água. No entanto, para aqueles que sofrem
com enxaqueca, a bebida pode representar um problema: estudo indica que tomar três xícaras de café por dia pode
desencadear as terríveis dores de cabeça. A pesquisa, publicada no periódico American Journal of Medicine, revela que
outras bebidas cafeinadas, como energéticos, refrigerantes e até mesmo chás, também podem desencadear enxaqueca.
Os pesquisadores ainda descobriram que para aqueles cujo consumo não é frequente, a crise pode ser deflagrada por quantidades ainda menores, como uma ou duas xícaras de café ou de bebidas com cafeína. Outra descoberta aponta que a abstinência da cafeína também é um fator que interfere na enxaqueca, sendo responsável por causar dores de cabeças em indivíduos que consomem muito café ou bebidas cafeinadas e param de ingerir repentinamente.
Os novos resultados podem colocar em dúvida a crença de que o café é uma forma de minimizar os sintomas da doença. Alguns especialistas acreditam que a cafeína ajuda a bloquear a adenosina – molécula considerada um dos gatilhos da enxaqueca. Muitos medicamentos vendidos sem receita também têm cafeína na lista de ingredientes. No entanto, o novo estudo mostra que algumas pessoas podem ter crises no dia seguinte à ingestão do café, por exemplo. Isso sugere que, em alguns casos, a bebida é mais a causa do que o tratamento da doença.
“A complexidade da cafeína reside no fato de que às vezes ela é prejudicial e às vezes é benéfica. Isso está relacionado à dose e frequência diárias”, explicou Elizabeth Mostofsky, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos, à revista americana Time.
O estudo
Para chegar a esses resultados, os pesquisadores analisaram dados de 98 pessoas – em sua maioria mulheres –
que sofriam de duas a 15 crises de enxaqueca por mês. Durante seis semanas, os participantes responderam a dois
questionários por dia sobre consumo de café, além da prática de outras atividades desencadeantes da doença (consumo
de álcool, estado menstrual, clima, exercício físico e humor). Os voluntários ainda descreveram os sintomas da enxaqueca
que sofreram durante o período do estudo e de que forma trataram. Também foram coletados histórico médico e
demográfico.
Ao final do acompanhamento, a equipe analisou os dados, considerando os fatores de risco para enxaqueca. A análise mostrou que o consumo de três xícaras de café – ou outras bebidas cafeinadas – estava associado ao maior risco de dores de cabeça tanto no dia do consumo quanto no dia seguinte. Essa relação não foi encontrada para a ingestão de uma ou duas bebidas com cafeína.
Apesar dos resultados, os cientistas esclarecem que o estudo foi observacional e, portanto, não foi possível estabelecer uma relação de causa e efeito. Eles aconselham, porém, que os indivíduos propensos a crises de enxaqueca fiquem atentos à ingestão de cafeína.
Enxaqueca
A enxaqueca é uma doença neurológica caracterizada por episódios recorrentes de dor de cabeça grave acompanhada de sintomas como náuseas e vômitos, sensibilidade à luz, cheiro e som, formigamento e dormências no corpo e alterações na visão, como pontos luminosos, escuros, linhas em ziguezague que antecedem ou acompanham as crises de dor.
Segundo especialistas, as causas da enxaqueca são diversas, mas estão geralmente vinculadas a alterações nos neurotransmissores, na genética, nos hormônios ou no Peptídeo Relacionado com Gene da Calcitonina (CGRP, na sigla em inglês), uma molécula presente em todo mundo, mas que, em alguns indivíduos, pode ser uma das responsáveis por deflagrar as crises.
A predisposição do indivíduo e fatores externos, como excesso de cafeína, por exemplo, também propiciam o aparecimento da enxaqueca, que pode se manifestar em duas formas: a crônica, caracterizada por quinze ou mais dias com dor durante o mês; e a episódica, em que as dores se manifestam menos de quinze vezes por mês.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a enxaqueca a sexta doença mais incapacitante do mundo; no Brasil, a versão crônica afeta cerca de 31 milhões de brasileiros, a maioria entre os 25 e 45 anos. Já o Ministério da Saúde revela que o índice de ocorrência no sexo feminino atinge os 25%, mais que o dobro da manifestação em homens. No entanto, depois dos 50 anos, a taxa costuma diminuir, especialmente nas mulheres.
(Disponível em: <https://veja.abril.com.br/saude/cafe-pode-causar-enxaqueca-revela-estudo/>. Acesso em: 11 ago. 2019)
Assinale a alternativa CORRETA para modos e tempos verbais.
"Eu estudarei para a avaliação de matemática".
Os verbos sublinhados estão, respectivamente no:
Leia o texto.
Sempre fora invejosa; com a idade aquele sentimento exagerou-se de um modo áspero, invejava tudo na casa: a sobremesas que os amos comiam, a roupa branca que vestiam. As noites de soirée* , de teatro, exasperavam-na. Quando havia passeios projetados, se chovia de repente, que felicidade! O aspecto das senhoras vestidas e de chapéu, olhando por dentro das vidraças com um tédio infeliz, deliciava-a, fazia-a loquaz:
— Ai, minha senhora! É um temporal desfeito! É a cântaros, está para todo o dia! Olha o ferro!
E muito curiosa; era fácil encontrá-la, de repente, cosida por detrás de uma porta com a vassoura a prumo, o olhar aguçado. Qualquer carta que vinha era revirada, cheirada… Remexia sutilmente em todas as gavetas abertas; vasculhava em todos os papéis atirados. Tinha um modo de andar ligeiro e surpreendedor. Examinava as visitas. Andava à busca de um segredo, de um bom segredo! Se lhe caía um nas mãos!
Era muito gulosa. Nutria o desejo insatisfeito de comer bem, de petiscos, de sobremesas. Nas casas em que servia ao jantar, o seu olho avermelhado seguia avidamente as porções cortadas à mesa; e qualquer bom apetite que repetia exasperava-a, como uma diminuição de sua parte. De comer sempre os restos ganhava o ar agudo – o seu cabelo tomara tons secos, cor de rato. Era lambareira: gostava de vinho; em certos dias comprava uma garrafa de oitenta réis, e bebia-a só, fechada, repimpada, com estalos da língua, a orla do vestido um pouco erguida, revendo-se no pé.
Eça de Queirós. O primo Basílio
*espécie de reunião social
Observe a frase retirada do texto:
“Nutria o desejo insatisfeito de comer bem”.
Assinale a alternativa correta.