Questões de Concurso
Sobre variação linguística em português
Foram encontradas 1.472 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Texto 03
I- A figura de linguagem hipérbole está presente na expressão “A maior prova”, a qual foi usada como um recurso de argumentação.
II- A referência a uma variação linguística regional é usada para construir a argumentação apresentada no texto.
III- O termo “trem” está presente na fala dos habitantes de Minas Gerais substituindo vários outros nomes, e, no texto, foi usado para se referir à palavra “avião”.
IV- O preconceito linguístico está presente no texto em relação ao uso da palavra “trem” pelos habitantes do Estado de Minas Gerais.
V- A palavra “trem” é característica da linguagem dos mineiros e forma a expressão “trem de pouso”, que substitui o termo “rodas”.
Estão CORRETAS as afirmativas
Leia o texto a seguir.
Toda vez que visito meu pai, é a mesma coisa: fico no meio da revolta dele contra o uso de “a gente”. Ele fica indignado porque os jornalistas da Globonews usam “a gente”, “a gente”, “a gente”, diz que “é um desserviço à educação”, um “empobrecimento da língua”, e fica preocupado com o futuro e o que vai ser do mundo, só por causa desse “a gente”. Aí, depois de todo o textão, de repente ele solta: “A gente precisa pensar no almoço”.
Disponível em:https://www.roseta.org.br/2018/05/16/nem-sempre-as-pessoas-falam-aquilo-que-dizem-que-falam/>Acesso em: 12 jan. 2025.
O texto acima descreve um caso de julgamento de formas linguísticas de acordo com a avaliação social que lhes é conferida. A negação pelo uso da expressão “a gente” no texto está associada
Leia o texto a seguir.
Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva. Há, portanto, certos modos de dizer, locuções novas, que de força entram no domínio do estilo e ganham direito de cidade.
MACHADO DE ASSIS. Apud Luft, Celso Pedro. Vestibular do português. 1996.
A partir do texto, o autor argumenta que
Texto 02
I- “Cheguei no Carnaval!” II- “Mostrei minha carinha linda [...].” III- “Já posso ir embora?” IV- “Tá calor!” V- “Não tem lugar para sentar!”
As frases em que se verifica o uso da linguagem coloquial são
Quando o professor tenta ensinar o que ele próprio não domina
O linguista Sírio Possenti, professor da Unicamp, reproduziu semana passada em seu Facebook a chamada de uma dessas páginas de português que pululam na internet: “16 palavras em português que todo mundo erra o plural”.
Comentário de Possenti, preciso: “Pessoas querem ensinar português ‘correto’ mas não conseguem formular o enunciado segundo as regras que defendem (ou defenderiam)”. Convém explicar.
A língua padrão que as páginas de português buscam ensinar obrigaria o redator a escrever “palavras cujo plural todo mundo erra”. Ou quem sabe, mexendo mais na frase para evitar o já raro cujo, “casos de palavras em que todo mundo erra o plural”.
A forma que usou, com o “que” introduzindo a oração subordinada, chama-se “relativa cortadora” – por cortar a preposição – e é consagrada na linguagem oral: todo mundo diz “o sabor que eu gosto”, mesmo que ao escrever use o padrão “o sabor de que eu gosto”.
O problema com o caso apontado por Possenti não é tanto a gramática, mas a desconexão de forma e conteúdo – a pretensão do instrutor de impor um código que ele próprio demonstra não dominar.
No discurso midiático sobre a língua, isso é mato. Muitas vezes o normativismo mais intransigente é apregoado por quem não consegue nem pagar a taxa de inscrição no clube. “Português é o que nossa página fala sobre!”
Mesmo assim, o episódio de agora me deixou pensativo. E se o problema do conservadorismo que não está à altura de si mesmo for além das páginas de português? Poderia ser essa uma constante cultural em nosso paisão mal letrado, descalço e fascinado por trajes a rigor? Só um levantamento amplo poderia confirmar a tese. Seguem dois casos restritos, mas factuais.
Em abril de 2022, o então presidente do Superior Tribunal Militar (STM), general Luís Carlos Gomes Mattos, submeteu a gramática a sevícias severas ao protestar contra a revelação, pelo historiador Carlos Fico, de áudios em que o STM debatia casos de tortura durante a ditadura de 1964.
“Somos abissolutamente (sic) transparente (sic) nos nossos julgamento (sic)”, disse o general. “Então aquilo aí (sic), a gente já sabe os motivos do porquê (sic) que isso tem acontecendo (sic) agora, nesses últimos dias aí, seguidamente, por várias direções, querendo atingir Forças Armadas...”
Gomes Mattos enfatizou ainda a importância de cuidar “da disciplina, da hierarquia que são nossos pilares (das) nossas Forças Armadas”. Mas disciplina e hierarquia não deveriam ser princípios organizadores da linguagem também? Que conservadorismo é esse?
No início de fevereiro, o reitor da USP publicou uma nota em resposta a uma coluna em que Conrado Hübner Mendes fazia críticas ao STF. Frisando o fato evidente de que a coluna de Mendes expressava a opinião de Mendes, não da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior escreveu que “a liberdade de cátedra se trata de prerrogativa exclusiva dos docentes”.
Sim, é verdade que a expressão impessoal “tratar-se de” tem sido usada por aí com sujeito, como se fosse um “ser” de gravata-borboleta. Trata-se de mais um caso de hipercorreção, fenômeno que nasce do cruzamento da insegurança linguística com nossas velhas bacharelices.
Não é menos verdadeiro que a norma culta do português (ainda?) condena com firmeza esse uso, o que torna digna de nota sua presença num comunicado público emitido pelo mais alto escalão da universidade mais importante do país.
(RODRIGUES, SÉRGIO. Quando o professor tenta ensinar o que ele próprio não domina. Jornal Folha de S. Paulo, 2024.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: janeiro de 2025. Adaptado.)
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.
Disponível em [https://br.pinterest.com/pin/1118089044980297048/visual-search/?x=1 6&y=16&w=532&h=424&surfaceType=flashlight], consultado em 16.12.2024.
I − De acordo com o texto foi a partir da alta do valor do ouro, em 2024, que os preços dos Relógios Rolex se tornaram inacessíveis ao grande público.
II − A "comparação gritante" a que se faz referência no segundo parágrafo do texto é a da alta dos preços de alguns relógios de ouro quando cotejados com seus equivalentes em aço.
III − Em tempos de turbulência econômica e inflação as taxas de juros são cortadas e o ouro deixa de ser visto, por investidores, como um porto seguro.
IV − Antoni Sasso pondera que as flutuações do mercado desestimulam não apenas consumidores comuns, mas também os clientes mais ricos à compra de itens supérfluos, como, por exemplo, relógios de luxo.
Não são inferências possíveis da leitura do texto o afirmado em:
Para responder à questão, analise o texto abaixo.

Disponível em: https://www.propagandashistoricas.com.br. Acesso em: 14 fev. 2025.
Nesse anúncio publicitário, ocorre a variação
Com relação à linguagem formal e informal, e onde são usadas, relacione as colunas abaixo:
Coluna 1:
1. Linguagem Formal
2. Linguagem Informal
Coluna 2:
( ) Conversas com amigos e familiares
( ) Redes sociais e mensagens de texto
( ) Documentos oficiais e jurídicos
( ) Reuniões de negócios
( ) Bate-papos casuais no dia a dia
( ) Notícias e artigos jornalísticos
Assinale a alternativa com a sequência CORRETA:

Leia o texto a seguir para responder à questão
Veio a indolente Maria dos Anjos. Eu disse:
– Eu estava discutindo com a nota, já começou chegar os trocos. Os centavos. Eu não vou na porta de ninguém. É vocês quem vem na minha porta aborrecer-me. Eu nunca chinguei filhos de ninguém, nunca fui na porta de vocês reclamar contra seus filhos. Não pensa que eles são santos. É que eu tolero crianças.
Veio a D. Silvia reclamar contra os meus filhos. Que os meus filhos são mal iducados. Mas eu não encontro defeito nas crianças. Nem nos meus nem nos dela. Sei que criança não nasce com senso. Quando falo com uma criança lhe dirijo palavras agradaveis. O que aborrece-me é elas vir na minha porta para perturbar a minha escassa tranquilidade interior (…) Mesmo elas aborrecendo me, eu escrevo. Sei dominar meus impulsos. Tenho apenas dois anos de grupo escolar, mas procurei formar o meu carater. A unica coisa que não existe na favela é solidariedade.
(Carolina Maria de Jesus,
Quarto de despejo: diário de uma favelada, 1992)
Leia o texto a seguir para responder à questão
Veio a indolente Maria dos Anjos. Eu disse:
– Eu estava discutindo com a nota, já começou chegar os trocos. Os centavos. Eu não vou na porta de ninguém. É vocês quem vem na minha porta aborrecer-me. Eu nunca chinguei filhos de ninguém, nunca fui na porta de vocês reclamar contra seus filhos. Não pensa que eles são santos. É que eu tolero crianças.
Veio a D. Silvia reclamar contra os meus filhos. Que os meus filhos são mal iducados. Mas eu não encontro defeito nas crianças. Nem nos meus nem nos dela. Sei que criança não nasce com senso. Quando falo com uma criança lhe dirijo palavras agradaveis. O que aborrece-me é elas vir na minha porta para perturbar a minha escassa tranquilidade interior (…) Mesmo elas aborrecendo me, eu escrevo. Sei dominar meus impulsos. Tenho apenas dois anos de grupo escolar, mas procurei formar o meu carater. A unica coisa que não existe na favela é solidariedade.
(Carolina Maria de Jesus,
Quarto de despejo: diário de uma favelada, 1992)