Questões de Vestibular de Sociologia - Cultura de massa e indústria cultural
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(Disponível em:<https://dicasdeciencias.com/2011/03/28/garfield-saca-tudo-de-fisica/>
Leia o texto a seguir.
ODE XI do LIVRO I
Horácio
não me perguntes–évedado saber –
o fim
que a mim
e a ti darão os deuses Leucônoe
nem babilônios
números consultes antes
o que for recebe
quer te atribua Júpiter muitos invernos
quer o último
que o mar tirreno debilita com abruptas
r o c h a s
bebe o vinho sabe a vida e corta
a longa esperança
enquanto falamos
foge
invejoso
o tempo:
curte o dia
desamando amanhãs
(Adaptado de: Trad. Augusto de Campos. Disponível em:<http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/> . Acesso em: 12 jun. 2016.)
Esse poema de Horácio (65 a.C. – 8 a.C.) revela um valor ou mores romano, que é denominado hedonismo, o fundamento moral do cotidiano romano.
Sobre esse hábito, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) A influência grega sobre a cultura romana construiu o hábito do culto ao corpo e de regras dietéticas.
( ) A locução latina Carpe diem, que significa aproveite o dia, expressa a moral hedonista romana.
( ) O hedonismo implicava uma vida de comedimento e restrições, sobretudo em relação aos hábitos de higiene.
( ) O hedonismo preconizava a valorização do ócio e do prazer em detrimento de outras ocupações do cotidiano.
( ) O prazer dos romanos à mesa, com fartos banquetes e longas comemorações, era uma prática hedonista.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”, de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um dos textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno da cultura de massa e da indústria do entretenimento. É uma das várias contribuições para o pensamento contemporâneo do Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em Frankfurt, na Alemanha. Um ponto decisivo para a compreensão do conceito de “Indústria Cultural” é a questão da autonomia do artista em relação ao mercado.
Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar.
O ALTO CUSTO DA ROUPA BARATA
“O barato que sai caro.” Esse popular clichê fica
nítido no documentário The true cost (“o verdadeiro
custo”), do diretor Andrew Morgan, que investiga
as práticas inconsequentes da indústria da moda
ao inundar o mercado com roupas de baixo preço
e quase descartáveis. O filme denuncia que alguém
paga o preço para uma roupa custar muito barato,
mostrando histórias chocantes, como um vilarejo
em que há uma grande incidência de crianças
nascidas com deficiências mentais e físicas devido
aos resíduos da indústria têxtil que poluem as
águas da região. Mas o documentário também
traz uma contraposição: a ação de pessoas que
estão trabalhando para mudar essa realidade,
como a inglesa Safia Minney, uma das pioneiras do
conceito de “comércio justo” no mundo.
O conceito de “comércio justo”, mencionado no texto, engloba o compromisso de viabilizar que o preço pago por uma mercadoria resulte nas seguintes garantias:
TEXTO I
Há muitos dedos apontados para Anitta, a cantora brasileira mais famosa da atualidade. Alguns dizem que a jovem de 24 anos é só um produto de marketing[...] Muitas vozes contra Anitta, mas há muito mais gente que diz ou pensa bem o contrário. Ou não dizem nada, e se deixam contagiar por seu ritmo – uma mescla de pop, funk, rap –, imitando seus movimentos sensuais que ressaltam seu traseiro[...] Com ou sem a aprovação de parte do público, sua nova música é um claro retrato da cultura pop atual do Brasil. Anitta apresenta também MC Zaac, um dos principais nomes do funk, um ritmo das regiões periféricas do Rio de Janeiro que teve ascensão meteórica no país. Mulheres que se bronzeiam na laje das casas em comunidades pobres, com biquínis de fita isolante para realçar o bronzeado, é o que mais se vê nas favelas do Rio e em outras periferias pelo Brasil. (OLIVEIRA, A. “A revolução de Anitta é feiminista?”.
EL PAÍS, São Paulo, 27 de dezembro de 2017. Disponível em: https:// brasil.elpais.com/brasil/2017/12/26/cultura/4314644_981497.html. Acessado em: 31/08/2018
TEXTO II
A indústria cultural pode se vangloriar de haver atuado com energia e de ter erigido em princípio a transposição - tantas vezes grosseira - da arte para a esfera do consumo, de haver liberado a diversão de sua ingenuidade mais desagradável e de haver melhorado a confecção de mercadorias. Quanto mais total ela se tornou, quanto mais impiedosamente obriga cada marginal à falência ou a entrar na corporação, tanto mais se fez astuciosa e respeitável. Eis sua glória: haver terminado por sintetizar Beethoven com o Cassino Paris. Seu triunfo é duplo: aquilo que expele para fora de si como verdade pode reproduzir a bel-prazer em si como mentira.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
A ascensão da indústria cultural é parte indissociável do desenvolvimento capitalista. Para Adorno e Horkheimer, esta indústria efetiva um novo tipo de dominação que captura a espontaneidade da arte ao transformá-la em matéria-prima de mercadorias culturais. Tendo-se em vista o fenômeno cultural indicado no texto I e as considerações do texto II, observamos que a Indústria Cultural mantém com os marginalizados uma relação de:
Disponível em: <http://igames.ig.com.br/2018-03-23/futebol-copa-do-mundo-2018.html> . Acesso em: 24 mar. 2018.
O futebol tornou-se um espetáculo profissional que atualiza rituais, legitimando e justificando o sacrifício de muitos esportistas para uma possível futura profissionalização dos jogadores, ao lado de uma gama de produtos negociáveis, desde os próprios jogadores, passando por equipamentos esportivos, transmissões televisivas e até álbuns de figurinhas.