Questões de Vestibular
Sobre notícia em jornalismo
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Disponível em: http://datajournalismhandbook.org/pt/introducao_2.html. Acesso em: 22 jun. 2018 (adaptado).
Considerando esse contexto, avalie as afirmações a seguir.
I. O jornalismo de dados vem ganhando destaque atualmente, visto que reforça o papel do jornalismo como um dos instrumentos importantes da sociedade para a manutenção da democracia.
II. O jornalismo de dados originou-se da necessidade de adaptação que o trabalho de apuração das informações exige, em face da expansão das novas tecnologias.
III. O jornalismo de dados, focado na apuração e na coleta de dados, surgiu e foi incorporado ao trabalho jornalístico com o advento dos computadores.
É correto o que se afirma em
Suponha que um repórter desenvolva uma matéria sobre denúncia de maus-tratos a uma pessoa com deficiência em uma escola particular. Até o fechamento da edição que vai veicular a matéria, o repórter entrevista o denunciante, mas não consegue entrar em contato com o dono da escola denunciada, que não foi localizado. Faltando poucos minutos para o telejornal ir ao ar, o dono da escola liga para a emissora e relata sua versão por telefone ao editor.
Considerando-se os critérios de edição em telejornalismo e a pressão do deadline para o fechamento de telejornal, é recomendado que o editor
MARTINO, L. M. S. Teoria da Comunicação. Petrópolis: Vozes, 2009 (adaptado).
Considerando que o texto apresentado remete a estudos de newsmaking, avalie as afirmações a seguir.
I. Em um texto jornalístico, dar espaço ao contraditório é uma estratégia utilizada pelo repórter para se proteger de críticas a possível distorção da notícia.
II. As notícias são o resultado de várias escolhas e seleções feitas por jornalistas, editores e empresas de comunicação a respeito de como um fato pode ser transformado em texto.
III. Existe simetria entre o número de eventos reais e o espaço de um jornal ou programa de televisão.
IV. As escolhas feitas pelo jornalista ao escrever uma notícia vão mudar, em algum grau, o modo como os leitores vão entendê-la.
É correto apenas o que se afirma em
TRAQUINA, N. As Teorias do Jornalismo: porque as notícias são como são. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2005 (adaptado).
O jornalista, na sua missão de informar, mantém o controle de como a notícia será construída. Diante dos filtros pelos quais a reportagem passa até chegar à divulgação, qual das teorias mais influencia o processo noticioso nesse caso?
MORAES JUNIOR, E.; ANTONIOLI, M. E. Jornalismo e newsmaking no século XXI: novas formas de produção jornalística no cenário on-line. Revista Alterjor USP , v. 14 (2), p. 43-52, 2016 (adaptado).
Considerando o fragmento de texto apresentado, o poder exercido pelo jornalismo na construção de sentidos e o trabalho de planejamento de coberturas jornalísticas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Ao planejar coberturas jornalísticas de acordo com a abordagem do newsmaking, o jornalista lança mão de critérios de noticiabilidade e de valores-notícia para definir o que será ou não noticiado e como isso será levado ao conhecimento do público.
PORQUE
II. O processo de seleção das notícias é influenciado pela cultura profissional, rotina e organização do trabalho e pelos processos produtivos e pressões externas, que deixam marcas no resultado final de construção da notícia.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Considerando esse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A iniciativa de criação do consórcio brasileiro de imprensa reflete um movimento em curso no jornalismo mundial e sugere que, apesar da concorrência entre veículos, a colaboração entre redações para o alcance de objetivos comuns tem se estabelecido cada vez mais no cotidiano profissional.
PORQUE
II. A demanda por informação de qualidade, a busca por transparência, a tentativa de elucidar a complexidade de determinadostemas e o desejo de revelar fatos de interesse público são desafios que jornalistas podem vencer somando forças e dividindo tarefas, o que também permite reduzir a dependência exclusiva de dados sistematizados por fontes oficiais e fortalecer a credibilidade de suas marcas e do próprio jornalismo.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Como a Lupa faz suas checagens?
A principal matéria-prima no processo de produção de conteúdo jornalístico são as declarações feitas por atores públicos e as informações potencialmente falsas que circulam em plataformas de redes sociais e em aplicativos de mensagens.
Diariamente, os jornalistas da Lupa observam o que é dito por políticos, líderes sociais e celebridades em jornais, revistas, rádios, programas de TV e na internet. A Lupa se esforça para verificar o grau de veracidade de frases que contenham dados históricos, estatísticos, comparações e informações relativas à legalidade ou à constitucionalidade de um fato.
Por princípio, a Lupa não analisa a intenção de atores públicos ao proferirem informações falsas. Porém, desde janeiro de 2021, a Lupa se reserva o direito de “apontar mentiras”, identificando-as em títulos e textos quando vê repetições de falas equivocadas como parte de um comportamento que busca distorcer o debate público.
AGÊNCIA LUPA. Como a Lupa faz suas checagens? Disponível em: https://lupa.uol.com.br/ institucional/como-fazemos-nossas-checagens. Acesso em: 23 jun. 2022.
TEXTO 2
O fantasma das fake news e o surgimento da indústria de fact-checking (checagem de fatos) são movimentos paralelos na disputa pela credibilidade e pela legitimidade. Ambos reforçam o entendimento de que há uma “verdade factual” objetiva a ser desvelada pela imprensa. Ao recorrer a agências especializadas em fact-checking, o jornalismo transfere a terceiros sua pretensão à posição de guardião da veracidade factual. Ao assumir como uma de suas funções primordiais testar a veracidade do discurso de políticos, o fact-checking sinaliza uma autocrítica involuntária a respeito do jornalismo declaratório, que é o pão cotidiano do ofício. Toda essa situação cria um pesadelo epistemológico, já que, a rigor, não resta qualquer instância de realidade indiscutível na qual ancorar as pretensões de veracidade discursiva. Se o jornalismo profissional não desfruta mais da credibilidade que suas práticas conferiam, se uma parte do público acredita que ele participa de uma conspiração para ocultar a realidade, não há motivo para não julgar que as agências de fact-checking estejam igualmente comprometidas. É essa indeterminação sem fim que define a era da “pós-verdade”.
MIGUEL, L. F. Jornalismo, polarização política e a querela das fake news. Estudos em Jornalismo e Mídia, v. 16, n. 2, p. 46-58, 2019 (adaptado).
Considerando os textos apresentados sobre a emergência e as contradições da chamada era da “pós-verdade”, avalie as afirmações a seguir.
I. Na era da desinformação e das fake news, agências de checagem como a Lupa, vinculadas a grupos da mídia hegemônica, buscam construir um discurso de relegitimação do jornalismo.
II. Ao assumirem o lugar de verificação dos discursos em circulação nas mídias jornalísticas, as agências de checagem de fatos reivindicam para si a credibilidade que elas questionam no jornalismo.
III. Agências especializadas em fact-checking constroem uma vigilância sobre o debate público e possibilitam uma leitura crítica e qualificada das mídias por parte dos públicos.
É correto o que se afirma em
Desde o período moderno, as fotografias são alvo de discussão sobre a exposição do sofrimento. Essa reflexão vem sendo desenvolvida em torno de imagens que apresentam diversas situações de catástrofes, guerras, atentados, doenças e acidentes. Se, por um lado, as imagens fotográficas nos meios massivos de comunicação surgem como registros de mazelas e infortúnios cotidianos, por outro, as implicações éticas da prática fotojornalística jogaram luz sobre a criação de uma grande galeria de sofredores transformados em exemplos de diversas temáticas que compõem os sofrimentos ordinários. Isso vem sendo alvo de críticas voltadastanto à exploração das desgraças alheias quanto ao embotamento crítico e afetivo dos espectadores estimulados por essa torrente de imagens do sofrimento. Entretanto, o fotojornalismo ainda assume um papel importante nos modos de perceber as realidades do mundo, configurando-se como um complexo campo de visibilidade no qual atuam os vários pactos de acessos e distribuição de lugares entre corpos e falas.
BIONDI, A. Três figurações do corpo sofredor no fotojornalismo. In: MARTINS, M. L. et al. (Org.). Figurações da morte na mídia e na cultura: entre o estranho e o familiar. Braga: Centro de Estudos Comunicação e Sociedade, p. 226 - 245, 2016 (adaptado).
TEXTO 2
Considerando que o texto e a fotografia apresentados colocam em questão alguns dos dilemas éticos da prática fotojornalística, avalie as afirmações a seguir.
I. Ao explorar com frequência as experiências de sofrimento, o fotojornalismo assume um lugar ético, pois participa da constituição comum de noções como a de justiça, medo, indignação, entre outras disposições afetivas e políticas.
II. Imagens como a do repórter fotográfico Tiago Brandão violam o Código de Ética dos Jornalistas, pois exploram o sofrimento alheio sem apresentar informação relevante e de amplo interesse público.
III. Quando o sofrimento humano é motivo visual do fotojornalismo, além de relatar um fato ocorrido, a imagem também propõe modos de experiência que mobilizam o espectador compassivamente em direção aos corpos precarizados.
É correto o que se afirma em
TEMER, A. C. R. P; TONDATO, M. P.A televisão em busca da interatividade: uma análise dos gêneros não ficcionais. Brasília: Casa das Musas, 2009 (adaptado).
Considerando as ações mencionadas no texto apresentado, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Os boletins ou stand-ups distribuídos na programação integram a transmissão dos jogos mais importantes antes mesmo de eles começarem, inserindo-se na cobertura como formato nas emissoras de televisão.
PORQUE
II. As informações ligadas direta ou indiretamente aos jogos compõem um conjunto de ações cobertas especificamente em programas esportivos pelas equipes de televisão.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Disponível em: https://ijnet.org/pt-br/story. Acesso em: 29 jun. 2022 (adaptado).
Considerando o texto apresentado, é correto afirmar que
Uma das obras de arte mais famosas do mundo, La Gioconda (também conhecida como Monalisa) sofreu um ataque de vandalismo no Museu do Louvre, em Paris. Uma pessoa atirou o que parece ser uma torta no quadro. Ela estava disfarçada com peruca e usava cadeira de rodas. A identidade da pessoa não foi divulgada e ainda não se sabe a motivação do ataque. Diversos visitantes publicaram fotos e vídeos do ocorrido nas redes sociais. A pintura não sofreu danos, pois está protegida por uma placa de cristal.
Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/29/quadro-da-monalisa-e-atacado-por-visitante-no-louvre.ghtml. Acesso em: 27 jun. 2022 (adaptado).
Considerando as imagens e o texto apresentados, avalie as afirmações a seguir.
I. As imagens realizadas de forma espontânea e fortuita por pessoas comuns se tornaram aceitáveis para publicação de veículos jornalísticos on-line devido à instantaneidade da notícia, ainda que não possuam a qualidade daquelas capturadas por câmeras profissionais.
II. O uso de smartphones no fotojornalismo propiciou a geração de imagens antes da apuração das notícias e sua rápida publicação, mesmo em baixa qualidade, deixando informações relevantes para publicação posterior em suítes e matérias derivadas.
III. As imagens realizadas por fotojornalistas se diferenciam daquelas capturadas pelo público em geral devido ao fato de que eles trabalham a partir de conceitos jornalísticos e são motivados por concepções e olhares característicos da profissão.
É correto o que se afirma em
Em 20 de junho de 2022, o site de notícias The Intercept Brasil, em parceria com o portal Catarinas, publicou matéria na qual denunciava que uma menina de 11 anos, grávida após ser vítima de um estupro, estava há mais de um mês sendo mantida pela Justiça de Santa Catarina em um abrigo, com o intuito de evitar que ela realizasse um aborto legal. Segundo a matéria, publicada com a utilização de texto e vídeo, a menina foi levada ao hospital pela mãe, para realizar o procedimento dois dias após a descoberta da gravidez. Apesar do Código Penal permitir o aborto em caso de violência sexual, a equipe médica recusou-se a realizar o procedimento. Em seguida, a menina foi enviada ao abrigo pela justiça, sob a justificativa de haver risco de que a mãe efetuasse algum procedimento para operar a morte do bebê. A reportagem mostra em vídeo trechos dos depoimentos da mãe da vítima (imagem a seguir) e da própria menina. O caso teve ampla repercussão midiática e os mesmos trechos dos depoimentos foram reproduzidos em diversos telejornais.
TEXTO 2
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990) estabelece, entre outras disposições legais, o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade desses sujeitos.
Em seu art. 17, estabelece que “o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”.
Em 2009, o Estatuto foi alterado para incluir a privacidade entre as medidas específicas de proteção a crianças e adolescentes. Em seu art. 100, o documento estabelece que “a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada” (Incluído pela Lei n. 12.010, de 2009).
Considerando os textos apresentados e os limites éticos do jornalismo em seu trabalho de defesa dos direitos humanos, avalie as afirmações a seguir.
I. Em matérias jornalísticas, antes de publicar imagens ou vozes, é importante que o profissional de imprensa avalie o grau de exposição da vítima para evitar submetê-la a novas situações vexatórias.
II. Nas reportagens sobre violências cometidas contra crianças e adolescentes, os jornalistas devem proteger a identidade das vítimas, o que implica a não identificação de imagens e vozes delas e de seus parentes.
III. Na cobertura jornalística de violências contra crianças e adolescentes, a prioridade das matérias deve ser a busca por justiça às vítimas por meio da denúncia e da exposição dos agressores e responsáveis pelos crimes ocorridos.
É correto o que se afirma em
Disponível em: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/. Acesso em: 27 jun. 2022 (adaptado).
Considerando o texto, avalie as afirmações a seguir.
I. Os diferentes sistemas que definem hierarquicamente o lugar das pessoas na sociedade, de forma interseccional, silenciam as que acumulam características inferiorizadas socialmente, deixando-as de fora ou à margem das pautas e do conteúdo produzido pela grande mídia.
II. O preconceito e a discriminação são percebidos pela falta de representatividade ou sub-representação de determinados grupos nas redações e na comunicação corporativa, reproduzindo a desigualdade social nas organizações, com reflexo na produção jornalística.
III. As ações para democratizar a comunicação e dar voz à diversidade social e cultural de um povo passam pelo incentivo à cobertura de temas próximos da realidade das pessoas, da busca por fontes alternativas e do desenvolvimento de formatos, produtos e textos adequados aos públicos.
É correto o que se afirma em
A fronteira entre ficção e realidade pode ser muito porosa ou até mesmo permeável, sobretudo quando coloca-se em questão a verdade sobre relato jornalístico. Apesar da vocação para o real, pode-se dizer que:
I. No rádio, mesmo curta, a matéria jornalística deve responder, imediatamente, às questões clássicas: o que aconteceu? com quem? como? quando? onde? por que?
II. Não há necessidade de lide no radiojornalismo. As notas e matérias obedecem a um estilo próprio de roteirização.
III. É prerrogativa do texto do radio eliminar o supérfluo para melhorar a compreensão por parte do ouvinte porque o rádio precisa selecionar e focar em informações prioritárias.
I - O fotojornalista deve se preparar da forma mais adequada para a realização de seu trabalho, compreendendo o contexto do assunto e suas particularidades, selecionando câmeras e lentes mais condizentes com o objeto da pauta e antecipando-se junto a seus superiores caso haja necessidade de credenciais ou autorização para ter acesso ao local do fato;
II - A pauta fotográfica contém elementos em comum com a pauta noticiosa, como as indicações de data, horário e local e o resumo da matéria, mas terá também elementos específicos como o nome do repórter fotográfico e algumas indicações técnicas voltadas ao campo da fotografia (sugestões de planos fotográficos, perspectivas visuais, personagens de destaque e quantidade de imagens necessárias);
III - Não existe pauta especificamente fotográfica no Fotojornalismo: a pauta da reportagem em si é utilizada como único documento capaz de guiar tanto o repórter como o fotógrafo na cobertura do evento planejado. Na ausência de recomendações técnicas ao fotógrafo, cabe ao repórter a definição de como o fotógrafo deve atuar, assim como a escolha da câmera, das lentes e dos planos fotográficos mais adequados.
Estão corretas:
Diante desta observação, assinale alternativa correta:
PERUZZO, Maria Cicília K. Comunicação nos movimentos populares. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
Ambos tipos de Jornalismo circulam em torno da ideia de:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou, nesta segunda-feira (03/06), com a rainha Elizabeth 2ª, no primeiro compromisso oficial de sua visita de três dias ao Reino Unido. Acompanhado da primeira-dama, Melania, o republicano foi recebido pela rainha e pelo príncipe herdeiro, Charles, no Palácio de Buckingham. (texto adaptado da Folha de São Paulo, 03 de junho de 2019).
Com base no texto acima, analise e responda. Quais afirmativas estão corretas:
I. A matéria responde às cinco perguntas fundamentais do lead.
II. É a introdução de uma notícia sem características opinativas e interpretativas.
III. É uma entrevista, onde predomina a questão da biografia do personagem.
IV. É um texto jornalístico, com informações de interesse público, que se baseiam em acontecimentos recentes.
V. São apenas fatos sem importância por ser uma notícia falsa.