Questões de Vestibular
Sobre produção da notícia em jornalismo
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PINTO, A. E. S. Jornalismo diário: reflexões, recomendações, dicas e exercícios. São Paulo: PubliFolha, 2009 (adaptado).
Considerando a prática da entrevista jornalística, avalie as afirmações a seguir.
I. A condução de uma entrevista jornalística requer o desenvolvimento de um roteiro de perguntas que não deve ser alterado durante a tomada de declarações.
II. A repetição ou insistência em uma mesma pergunta gera incômodo nos entrevistados e, por isso, compromete o bom andamento da entrevista.
III. A gravação da entrevista com o consentimento do entrevistado é um cuidado tanto para o jornalista quanto para a fonte, pois garante a literalidade do que foi dito.
É correto o que se afirma em
Disponível em: http://datajournalismhandbook.org/pt/introducao_2.html. Acesso em: 22 jun. 2018 (adaptado).
Considerando esse contexto, avalie as afirmações a seguir.
I. O jornalismo de dados vem ganhando destaque atualmente, visto que reforça o papel do jornalismo como um dos instrumentos importantes da sociedade para a manutenção da democracia.
II. O jornalismo de dados originou-se da necessidade de adaptação que o trabalho de apuração das informações exige, em face da expansão das novas tecnologias.
III. O jornalismo de dados, focado na apuração e na coleta de dados, surgiu e foi incorporado ao trabalho jornalístico com o advento dos computadores.
É correto o que se afirma em
Considerando esse contexto e a deontologia que rege a profissão de jornalista, avalie as afirmações a seguir.
I. O jornalista, quando recebe uma informação em off, só deve publicá-la depois de verificar sua veracidade por meio de consultas a outras fontes ou documentos.
II. O que permite a publicação de informações obtidas em off em reportagens com uma única fonte é o fato de elas tratarem de denúncia grave e de incontestável interesse público.
III. A fonte de uma informação revelada em off pode ser utilizada como a única em uma reportagem, desde que o leitor fique ciente de que se trata de fonte que não quis ou não pôde identificar-se.
É correto o que se afirma em
TRAVANCAS, I. Fazendo etnografia no mundo da comunicação. In: DUARTE, J.; BARROS, A. (Orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005, p. 98-109 (adaptado).
Considerando a etnografia como uma das metodologias utilizadas na pesquisa das práticas jornalísticas, verifica-se que o objetivo de sua utilização é analisar
Suponha que um repórter desenvolva uma matéria sobre denúncia de maus-tratos a uma pessoa com deficiência em uma escola particular. Até o fechamento da edição que vai veicular a matéria, o repórter entrevista o denunciante, mas não consegue entrar em contato com o dono da escola denunciada, que não foi localizado. Faltando poucos minutos para o telejornal ir ao ar, o dono da escola liga para a emissora e relata sua versão por telefone ao editor.
Considerando-se os critérios de edição em telejornalismo e a pressão do deadline para o fechamento de telejornal, é recomendado que o editor
MORAES JUNIOR, E.; ANTONIOLI, M. E. Jornalismo e newsmaking no século XXI: novas formas de produção jornalística no cenário on-line. Revista Alterjor USP , v. 14 (2), p. 43-52, 2016 (adaptado).
Considerando o fragmento de texto apresentado, o poder exercido pelo jornalismo na construção de sentidos e o trabalho de planejamento de coberturas jornalísticas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. Ao planejar coberturas jornalísticas de acordo com a abordagem do newsmaking, o jornalista lança mão de critérios de noticiabilidade e de valores-notícia para definir o que será ou não noticiado e como isso será levado ao conhecimento do público.
PORQUE
II. O processo de seleção das notícias é influenciado pela cultura profissional, rotina e organização do trabalho e pelos processos produtivos e pressões externas, que deixam marcas no resultado final de construção da notícia.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Considerando esse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A iniciativa de criação do consórcio brasileiro de imprensa reflete um movimento em curso no jornalismo mundial e sugere que, apesar da concorrência entre veículos, a colaboração entre redações para o alcance de objetivos comuns tem se estabelecido cada vez mais no cotidiano profissional.
PORQUE
II. A demanda por informação de qualidade, a busca por transparência, a tentativa de elucidar a complexidade de determinadostemas e o desejo de revelar fatos de interesse público são desafios que jornalistas podem vencer somando forças e dividindo tarefas, o que também permite reduzir a dependência exclusiva de dados sistematizados por fontes oficiais e fortalecer a credibilidade de suas marcas e do próprio jornalismo.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Como a Lupa faz suas checagens?
A principal matéria-prima no processo de produção de conteúdo jornalístico são as declarações feitas por atores públicos e as informações potencialmente falsas que circulam em plataformas de redes sociais e em aplicativos de mensagens.
Diariamente, os jornalistas da Lupa observam o que é dito por políticos, líderes sociais e celebridades em jornais, revistas, rádios, programas de TV e na internet. A Lupa se esforça para verificar o grau de veracidade de frases que contenham dados históricos, estatísticos, comparações e informações relativas à legalidade ou à constitucionalidade de um fato.
Por princípio, a Lupa não analisa a intenção de atores públicos ao proferirem informações falsas. Porém, desde janeiro de 2021, a Lupa se reserva o direito de “apontar mentiras”, identificando-as em títulos e textos quando vê repetições de falas equivocadas como parte de um comportamento que busca distorcer o debate público.
AGÊNCIA LUPA. Como a Lupa faz suas checagens? Disponível em: https://lupa.uol.com.br/ institucional/como-fazemos-nossas-checagens. Acesso em: 23 jun. 2022.
TEXTO 2
O fantasma das fake news e o surgimento da indústria de fact-checking (checagem de fatos) são movimentos paralelos na disputa pela credibilidade e pela legitimidade. Ambos reforçam o entendimento de que há uma “verdade factual” objetiva a ser desvelada pela imprensa. Ao recorrer a agências especializadas em fact-checking, o jornalismo transfere a terceiros sua pretensão à posição de guardião da veracidade factual. Ao assumir como uma de suas funções primordiais testar a veracidade do discurso de políticos, o fact-checking sinaliza uma autocrítica involuntária a respeito do jornalismo declaratório, que é o pão cotidiano do ofício. Toda essa situação cria um pesadelo epistemológico, já que, a rigor, não resta qualquer instância de realidade indiscutível na qual ancorar as pretensões de veracidade discursiva. Se o jornalismo profissional não desfruta mais da credibilidade que suas práticas conferiam, se uma parte do público acredita que ele participa de uma conspiração para ocultar a realidade, não há motivo para não julgar que as agências de fact-checking estejam igualmente comprometidas. É essa indeterminação sem fim que define a era da “pós-verdade”.
MIGUEL, L. F. Jornalismo, polarização política e a querela das fake news. Estudos em Jornalismo e Mídia, v. 16, n. 2, p. 46-58, 2019 (adaptado).
Considerando os textos apresentados sobre a emergência e as contradições da chamada era da “pós-verdade”, avalie as afirmações a seguir.
I. Na era da desinformação e das fake news, agências de checagem como a Lupa, vinculadas a grupos da mídia hegemônica, buscam construir um discurso de relegitimação do jornalismo.
II. Ao assumirem o lugar de verificação dos discursos em circulação nas mídias jornalísticas, as agências de checagem de fatos reivindicam para si a credibilidade que elas questionam no jornalismo.
III. Agências especializadas em fact-checking constroem uma vigilância sobre o debate público e possibilitam uma leitura crítica e qualificada das mídias por parte dos públicos.
É correto o que se afirma em
Disponível em: https://ijnet.org/pt-br/story. Acesso em: 29 jun. 2022 (adaptado).
Considerando o texto apresentado, é correto afirmar que
Disponível em: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/. Acesso em: 27 jun. 2022 (adaptado).
Considerando o texto, avalie as afirmações a seguir.
I. Os diferentes sistemas que definem hierarquicamente o lugar das pessoas na sociedade, de forma interseccional, silenciam as que acumulam características inferiorizadas socialmente, deixando-as de fora ou à margem das pautas e do conteúdo produzido pela grande mídia.
II. O preconceito e a discriminação são percebidos pela falta de representatividade ou sub-representação de determinados grupos nas redações e na comunicação corporativa, reproduzindo a desigualdade social nas organizações, com reflexo na produção jornalística.
III. As ações para democratizar a comunicação e dar voz à diversidade social e cultural de um povo passam pelo incentivo à cobertura de temas próximos da realidade das pessoas, da busca por fontes alternativas e do desenvolvimento de formatos, produtos e textos adequados aos públicos.
É correto o que se afirma em
A fronteira entre ficção e realidade pode ser muito porosa ou até mesmo permeável, sobretudo quando coloca-se em questão a verdade sobre relato jornalístico. Apesar da vocação para o real, pode-se dizer que:
Na citação inicial, o pesquisador Nilson Lage problematiza Teoria e Técnica de Reportagen para a produção da escrita jornalística em relaçã aos títulos. Vamos imaginar o seguinte cenário: Você chegou para mais um dia de trabalho na redação de um jornal de grande circulação. O chefe de reportagem pediu para você suitar a reportagem da página 3 da edição daquele dia. E o mais importante: o retorno dessa suite tem que ser dado antes do almoço. O que o chefe de reportagem quer que você faça?
Escolha a alternativa correta.
I. No rádio, mesmo curta, a matéria jornalística deve responder, imediatamente, às questões clássicas: o que aconteceu? com quem? como? quando? onde? por que?
II. Não há necessidade de lide no radiojornalismo. As notas e matérias obedecem a um estilo próprio de roteirização.
III. É prerrogativa do texto do radio eliminar o supérfluo para melhorar a compreensão por parte do ouvinte porque o rádio precisa selecionar e focar em informações prioritárias.
I - O fotojornalista deve se preparar da forma mais adequada para a realização de seu trabalho, compreendendo o contexto do assunto e suas particularidades, selecionando câmeras e lentes mais condizentes com o objeto da pauta e antecipando-se junto a seus superiores caso haja necessidade de credenciais ou autorização para ter acesso ao local do fato;
II - A pauta fotográfica contém elementos em comum com a pauta noticiosa, como as indicações de data, horário e local e o resumo da matéria, mas terá também elementos específicos como o nome do repórter fotográfico e algumas indicações técnicas voltadas ao campo da fotografia (sugestões de planos fotográficos, perspectivas visuais, personagens de destaque e quantidade de imagens necessárias);
III - Não existe pauta especificamente fotográfica no Fotojornalismo: a pauta da reportagem em si é utilizada como único documento capaz de guiar tanto o repórter como o fotógrafo na cobertura do evento planejado. Na ausência de recomendações técnicas ao fotógrafo, cabe ao repórter a definição de como o fotógrafo deve atuar, assim como a escolha da câmera, das lentes e dos planos fotográficos mais adequados.
Estão corretas:
Diante desta observação, assinale alternativa correta:
É o jornalismo de "precisão" e de fôlego que, através de pesquisa de campo e/ou trabalho de gabinete com dados e documentos, tem como objetivos a) trazer à tona informação de interesse público que alguém ou alguma instituição deliberadamente mantenha em sigilo e/ou b) retirar o véu de ignorância sobre determinado assunto, aprofundando significativamente o entendimento da sociedade sobre ele e trazendo novas interpretações que, principalmente, refutem a percepção corrente. (Disponível em: https://abraji.org.br/noticias/jornalismo-investigativo-definicoes-de-associados-e-seguidores)
Neste sentido, o jornalismo investigativo contempla uma pauta mais complexa e exige profundidade na checagem. Com relação a produção de uma reportagem investigativa, podemos dizer que:
I. Para fazer a denúncia, o repórter deve avaliar se há interesse público.
II. Ainda no planejamento, deve ser avaliado o risco para os jornalistas, se descobertos.
III. Pessoas que não estão envolvidas na denúncia devem ter imagem e voz preservados.
IV. O levantamento de informações que possam revelar um fato grave, de interesse social, conferem ao jornalista uma licença para subverter a lei.
V. Deve-se usar câmera escondida em qualquer situação.
Em relação as afirmativas acima, assinale a alternativa correta:
Ambos tipos de Jornalismo circulam em torno da ideia de:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou, nesta segunda-feira (03/06), com a rainha Elizabeth 2ª, no primeiro compromisso oficial de sua visita de três dias ao Reino Unido. Acompanhado da primeira-dama, Melania, o republicano foi recebido pela rainha e pelo príncipe herdeiro, Charles, no Palácio de Buckingham. (texto adaptado da Folha de São Paulo, 03 de junho de 2019).
Com base no texto acima, analise e responda. Quais afirmativas estão corretas:
I. A matéria responde às cinco perguntas fundamentais do lead.
II. É a introdução de uma notícia sem características opinativas e interpretativas.
III. É uma entrevista, onde predomina a questão da biografia do personagem.
IV. É um texto jornalístico, com informações de interesse público, que se baseiam em acontecimentos recentes.
V. São apenas fatos sem importância por ser uma notícia falsa.
I - O jornalista passou a ser o profissional capacitado para escrever de modo diferente e não comprometido com interesses de qualquer grupo social ou político.
II - Os jornais aumentaram seu tamanho, o que possibilitou ao jornalista aprofundar o estilo literário, com o consequente aumento na credibilidade do texto.
III - A técnica jornalística é baseada no princípio da neutralidade e, portanto, o jornalista deve manter-se neutro diante daquilo que noticia.
I. Ao checarem a veracidade da fala dos entrevistados e dos dados fornecidos por eles, os jornalistas aprimoram a qualidade da informação e evitam o denominado jornalismo declaratório.
PORQUE
II. Contextualizar a fonte e deixar claro, por exemplo, a que entidade ou instituição ela está relacionada são ações importantes que conduzem à transparência e que habilitam o público a compreender e interpretar possíveis interesses do entrevistado ao divulgar certas informações.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: