Questões de Vestibular
Sobre filosofia e a grécia antiga em filosofia
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“Mas, se as mulheres devem ser excluídas, sem voz, da participação dos direitos naturais da humanidade, prove antes, para afastar a acusação de injustiça e inconsistência, que elas são desprovidas de razão; de outro modo, essa falha em sua NOVA CONSTITUIÇÃO sempre mostrará que o homem deve de alguma forma agir como um tirano, e a tirania, quando mostra sua face despudorada em qualquer parte da sociedade, sempre solapa a moralidade”.
(WOLLSTONECRAFT, M. Reivindicações dos direitos da mulher. São Paulo: Boitempo Editorial, p. 20, 2016.)
Assinale a opção que melhor sintetiza a crítica de Wollstonecraft apresentada no excerto.
Glauco: – Concordo também, até onde sou capaz de seguir a tua imagem.
(Adaptado de PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 517b6-c5.)
O diálogo anterior aparece em uma passagem da obra A República, de Platão, trecho que ficou conhecido como “o mito da caverna”. Sobre esse diálogo, assinale a alternativa correta.
Quase todos estão de acordo que a felicidade é o maior de todos os bens que se pode alcançar pela ação; diferem, porém, quanto ao que seja a felicidade. A julgar pela vida que os homens levam em geral, a maioria deles, e os homens de tipo mais vulgar, parecem identificar o bem ou a felicidade com o prazer, e por isso amam a vida dos gozos.
(Adaptado de: Aristóteles. Ética a Nicomaco, Livro I, seções 4 e 5.)
Excerto 2
O conhecimento seguro dos desejos leva a direcionar toda a escolha e toda recusa para a saúde do corpo e para a serenidade do espírito, visto que essa é a finalidade da vida feliz. O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Embora o prazer seja nosso primeiro bem inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer.
(Adaptado de: Epicuro. Carta sobre a felicidade. São Paulo: Editora UNESP, p. 35-37, 2002.)
Considerando os excertos dos filósofos gregos Aristóteles e Epicuro, ambos do século IV a.C., é possível afirmar que
Vejamos exemplo de um silogismo.
• Todo brasileiro é sul-americano. • Todo nordestino é brasileiro. • Logo, todo nordestino é sul-americano.
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Como é classificado esse tipo de silogismo?
O que é cultura? Cultura tem vários significados, como cultura da terra ou cultura de uma pessoa letrada, “culta”. Em antropologia, cultura significa tudo o que o ser humano produz ao construir sua existência: as práticas, as teorias, as instituições, os valores materiais e espirituais. Se o contato com o mundo é intermediado pelo símbolo, a cultura é o conjunto de símbolos elaborados por um povo.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2013, p. 37
Considerando a definição de cultura da perspectiva antropológica, não se pode naturalizá-la porque a cultura é
ARISTÓTELES. Metafísica, 981a25. Tradução do italiano por Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002.
Em diálogo com a citação acima, é correto afirmar que
VERNANT, J.-P. A formação do pensamento positivo na Grécia arcaica. In: Mito e pensamento entre os gregos. Tradução de Haiganuch Sarian. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 462-263. (Texto adaptado)
Com base na citação anterior, é correto afirmar que a filosofia grega nasceu
PRADO JUNIOR, C. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2000, p. 387 (Texto adaptado)
A orientação filosófica dessa interpretação do filósofo e historiador brasileiro Caio Prado Junior (1907-1990) acerca da declaração formal da independência brasileira, em 1822, é
PLATÃO. A República, 598e-599a. – 15ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2017.
Levando em conta a importância tradicional que a poesia tinha na formação/educação do homem grego, é correto dizer que a crítica de Platão à poesia se justifica porque
ARISTÓTELES. Poética, 1448b5-20. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.
Com base na passagem anterior, marque a alternativa correta sobre a teoria aristotélica da mímesis (imitação).
“São apresentados aqui os resultados das investigações de Heródoto de Halicarnassos, para que a memória dos acontecimentos não se apague entre os homens com o passar do tempo; e para que os feitos maravilhosos e admiráveis dos gregos e dos bárbaros não deixem de ser lembrados, inclusive as razões pelas quais eles guerrearam uns contra os outros”.
HERÓDOTO. História, I, 1. – 3ª ed. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1988, p. 20 (Texto adaptado).
Assim como a Filosofia, a narrativa de Heródoto testemunha a transição do mito ao logos porque
(SÓLON, fr. 9, in: RAGUSA, Giuliana; BRUNHARA, Rafael. Elegia grega arcaica. Araçoiaba da Serra: Editora Mnema, 2021).
Com base no texto, analise as assertivas a seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) A pólis se sustenta na ignorância do povo. ( ) O poder de um só produz a ignorância. ( ) A ignorância causa a escravidão do povo. ( ) A pólis não pode apoiar-se na ignorância.
A sequência correta, de cima para baixo, é
“É que, realmente, jovem feliz, nos vemos frente a uma questão extremamente difícil. Afinal, mostrar e parecer sem ser, dizer algo, entretanto, sem dizer com verdade, são maneiras que trazem grande dificuldades... Que modo encontrar, na realidade, para dizer ou pensar que o falso é real sem que, já ao dizer isso, nos encontramos enredados numa contradição? [...] A audácia dessa afirmação é supor o não ser como ser; e, na realidade, nada pode ser dito falso sem esta condição”.
PLATÃO. Sofista, 236e-237-a. São Paulo: Abril Cultural, 1972. Coleção Os Pensadores (Texto adaptado).
Segundo o Estrangeiro, a dificuldade dessa afirmação, sua contradição inicial, a ser elucidada na continuidade do diálogo, estaria em que
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de filosofia. – 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 109.
Sobre a dedução, é correto afirmar que parte de
“[...] não te pedi para demonstrar-me uma ou duas dessas coisas que são piedosas, mas que me explicasses a natureza de todas as coisas piedosas. Porque disseste que existe algo característico que faz com que todas as coisas ímpias sejam ímpias, e todas as coisas piedosas, piedosas. Pois bem, esse caráter distintivo é o que desejo que me esclareças, a fim de que, analisando-o com atenção e servindo-me dele como parâmetro, possa afirmar que tudo o que fazes, ou um outro, de igual maneira é piedoso, enquanto aquilo que se distingue disso não o é”.
(PLATÃO. Eutífron, 6 d-e. Lisboa: Casa da Moeda, 2007 (Texto adaptado).
O que Sócrates solicita a Eutífron é que este
“Como as pessoas que infringem as leis parecem injustas e as cumpridoras da lei parecem justas, evidentemente todos os atos conforme à lei são justos no sentido de as leis visarem ao interesse comum a todas as pessoas, de tal forma que chamamos justos os atos que tendem a produzir e preservar a felicidade para a comunidade política; e a lei determina igualmente que ajamos como homens corajosos, como homens moderados, como homens amáveis e assim por diante em relação às outras formas de virtudes, impondo a prática de certos atos e proibindo outros.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, 1129b. Trad. bras. Mario da Gama Kury. – 4 ed. Brasília: Editora da UnB, 2001 – Adaptado.
Segundo a citação acima, é correto concluir que
“Começando por Homero, todos os poetas são imitadores da imagem da virtude e dos restantes assuntos sobre os quais compõem, mas não atingem a verdade. O poeta, por meio de palavras e frases, sabe colorir devidamente cada uma das atividades técnicas, sem entender nada delas, sabendo apenas imitá-las.”
PLATÃO. República, 600e-601a. – 9 ed. Trad. port. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. - Adaptado.
Com base na passagem acima, é correto afirmar que, para Platão,
“Como se sabe , a palavra mŷthos raramente foi empregada por Heródoto. Caracterizar um lógos (narrativa) como mŷthos era para ele um meio claro de rejeitá-lo como duvidoso e inconvicente. [...] Situado em algum lugar além do que é visível, um mýthos não pode ser provado. [...] Não obstante, Heródoto sempre se refere à sua própria narrativa como lógos ou lógoi. [...] Parte de um lógos podia ser circunscrito como mŷthos e, ao mesmo tempo, o autor podia ser designado como logopoiós, ou seja, como alguém que expõe uma forma de conhecimento sem fundamento apropriado ou de impossível verificação.”
HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Trad. bras.
Sonia Lacerda et all. Brasília,Editora da UnB, 2003, p. 37-38.
Com base no que diz François Hartog, é correto afirmar que
“É impossível que o mesmo atributo, ao mesmo tempo, pertença e não pertença à mesma coisa segundo o mesmo aspecto.”
ARISTÓTELES. Metafísica, IV, 105a15. São Paulo: Loyola, 2002 – Adaptado.
Sobre a citação acima, é correto afirmar que