Questões de Vestibular
Sobre platão e o mundo das ideias em filosofia
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PRADO JUNIOR, C. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2000, p. 387 (Texto adaptado)
A orientação filosófica dessa interpretação do filósofo e historiador brasileiro Caio Prado Junior (1907-1990) acerca da declaração formal da independência brasileira, em 1822, é
PLATÃO. A República, 598e-599a. – 15ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2017.
Levando em conta a importância tradicional que a poesia tinha na formação/educação do homem grego, é correto dizer que a crítica de Platão à poesia se justifica porque
“Começando por Homero, todos os poetas são imitadores da imagem da virtude e dos restantes assuntos sobre os quais compõem, mas não atingem a verdade. O poeta, por meio de palavras e frases, sabe colorir devidamente cada uma das atividades técnicas, sem entender nada delas, sabendo apenas imitá-las.”
PLATÃO. República, 600e-601a. – 9 ed. Trad. port. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. - Adaptado.
Com base na passagem acima, é correto afirmar que, para Platão,
“A teologia, para mim, é uma grandeza cultural na história da cultura do Ocidente. Creio que é uma grandeza constitutiva da tradição, sobretudo, filosófica: o termo ‘teologia’ nasceu da filosofia, é um termo criado por Platão. [...] Quando a filosofia ultrapassa o domínio daquilo que, de alguma maneira, é diretamente acessível à experiência e controlado por ela, entra neste domínio que Platão chama de ‘suprassensível’, inteligível, ou como quer que seja. Este é, para mim, um domínio no qual o problema teológico se apresenta inevitavelmente, porque se apresenta o problema da ordem das realidades e toda ordem supõe um princípio ordenador, tornando-se então, de alguma maneira, uma teologia.”
VAZ, Henrique Claudio de Lima. Filosofia e forma da ação.
Entrevista a Cadernos de filosofia alemã, 2, p. 77-102, 1997.
Na passagem acima citada, o filósofo brasileiro H. C. de Lima Vaz (1921-2002) apresenta uma interpretação do pensamento filosófico como uma teologia. Recorrendo à filosofia de Platão para explicar essa sua interpretação, ele termina por nos oferecer uma interpretação da própria teoria platônica das ideias, que seria uma espécie de teologia, porque
“Acaso não existem três formas de cama? Uma que é natural, e da qual diremos, segundo entendo, que Deus a confeccionou. Ou que outro Ser poderia fazêlo? [...] Outra, a que executou o marceneiro. [...] Outra, feita pelo pintor. Ou não? [...] Logo, pintor, marceneiro, Deus, esses três seres presidem aos tipos de cama”.
Platão. A República, 597b. Trad. port. Maria Helena da Rocha Pereira. 9ª edição. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001. Adaptado.
Apoiando-se na citação acima, que é ilustrativa da concepção platônica da poíēsis e da mímēsis, bem como de sua crítica da pintura, da poesia trágica, dentre outras, e no conhecimento a respeito do tema, assinale a proposição verdadeira.
Os argumentos expostos por Descartes no intuito de fundamentar sua filosofia têm como ponto basilar a noção do cogito, ergo sum: a partir de um ato de consciência (a dúvida), instaura-se um processo que vai culminar com a certeza não apenas do eu, como também da possibilidade de, a partir dele, deduzir o mundo.
(HANSEN, G. L. Modernidade, Utopia e Trabalho. Londrina: Edições CEFIL, 1999. p.52.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a construção do cogito, conforme elaborado na filosofia cartesiana, considere as afirmativas a seguir.
I. O cogito é uma autoevidência originária revelada pela própria razão. II. O cogito é o ponto de partida da dúvida enquanto recurso metodológico. III. O cogito assegura o fundamento para a certeza do mundo exterior independente de Deus. IV. O cogito é a superação do ceticismo e da demonstração de certeza irrefutável.
Assinale a alternativa correta.
(Friedrich Wilhelm Nietzsche. A origem da tragédia, 2004. Adaptado.)
Pode-se exemplificar o argumento sobre a submissão da filosofia à teologia, com
Ao apresentar uma proposta dualista da realidade, o trecho apresentado acaba por descreditar certo tipo de conhecimento que o autor pensa ser insuficiente para a compreensão da verdade. Com isso, descreve um processo que vai do grau mais inferior ao mais elevado de conhecimento. Quanto ao assunto, analise as afirmativas abaixo.
I. A princípio temos contato com o que é apresentado pelos sentidos, e, por fim, conhecemos as Ideias com auxílio da razão. II. O conhecimento parte do abandono do que propõe a multiplicidade das coisas rumo ao que é idêntico a si mesmo. III. As impressões e as opiniões que delas advêm devem ser deixadas de lado, bem como o conhecimento das Ideias eternas. IV. O conhecimento das Ideias é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente.
Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que indica as afirmativas CORRETAS quanto ao conhecimento, segundo o passo citado a partir d´A República de Platão.
Leia o texto a seguir.
Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua obra, a vista dirigida para o que sempre se conserva igual a si mesmo, e lhe transmite a forma e a virtude desse modelo, é natural que seja belo tudo o que ele realiza. Porém, se ele se fixa no que devém e toma como modelo algo sujeito ao nascimento, nada belo poderá criar. [. . . ] Ora, se este mundo é belo e for bom seu construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a vista no modelo eterno.
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: UFPA, 1977. p. 46-47.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, assinale a alternativa correta.
“SÓCRATES – Quando é que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana radicalmente.
SÍMIAS – Dizes uma verdade.
SÓCRATES – Não é, pois, no ato de raciocinar, e não de outro modo, que a alma apreende, em parte, a realidade de um ser?
SÍMIAS – Sim”.
PLATÃO. Fédon, 65b-c. Tradução de Jorge Paleikat e João da Cruz Costa. São Paulo: Abril Cultural, 1972. Coleção Os Pensadores.
Com base nessa passagem do diálogo, é correto afirmar que
“Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada um dos segmentos a mesma proporção, o da espécie visível e o da inteligível; e obterás, no mundo visível, segundo a sua claridade ou obscuridade relativa, uma secção, a das imagens. [...] Na parte anterior, a alma, servindo-se, como se fossem imagens, dos objectos que então eram imitados, é forçada a investigar a partir de hipóteses, sem poder caminhar para o princípio, mas para a conclusão; ao passo que, na outra parte, a que conduz ao princípio absoluto, parte da hipótese, e, dispensando as imagens que havia no outro, faz caminho só com o auxílio das ideias” Fonte:Platão, A República, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2012, p. 311.
Ao apresentar uma proposta dualista da realidade, o trecho apresentado acaba por descreditar certo tipo de conhecimento que o autor pensa ser insuficiente para a compreensão da verdade. Com isso, descreve um processo que vai do grau mais inferior ao mais elevado de conhecimento. Quanto ao assunto, analise as afirmativas abaixo.
I.A princípio temos contato com o que é apresentado pelos sentidos, e, por fim, conhecemos as Ideias com auxílio da razão.
II.O conhecimento parte do abandono do que propõe a multiplicidade das coisas rumo ao que é idêntico a si mesmo.
III.As impressões e as opiniões que delas advêm devem ser deixadas de lado, bem como o conhecimento das Ideias eternas.
IV.O conhecimento das Ideias é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente.
Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que indica as afirmativas CORRETAS quanto ao conhecimento, segundo o passo citado a partir d ́A República de Platão.
I- Apesar da “distância histórica” da obra de Platão (427-347 a.C), a mesma continua exercendo influência nos dias de hoje devido aos temas que suscita, relacionados à liberdade, alienação, ceticismo, dentre outros.
II- No Mito da Caverna, Platão demonstra, alegoricamente, a dualidade da existência humana, o conflito entre realidade e aparência.
III- O papel do filósofo no Mito da Caverna é desmistificar as diversas construções da “realidade”.
IV- Para Platão, a condição de quem vive nas sombras é digna da compaixão do filósofo.
PLATÃO, Fédon, 100 c. Belém: Ed. UFPA, 2011.
Sobre o excerto acima, considere as seguintes afirmações:
I. A hipótese platônica das Ideias (ou hipótese das Formas) compreende a Ideia como causa do ser das coisas. II. “Participação” é o modo pelo qual a Ideia dá causa às coisas. III. O Belo corresponde à Forma; a coisa bela é a Ideia. IV. A teoria ou hipótese das Ideias distingue entre entidades supratemporais que são em si mesmas, frente a entidades que não são por si mesmas e estão submetidas ao devir. As primeiras são causa do ser das últimas.
Sobre as afirmações acima, assiale a alternativa CORRETA.