Questões de Vestibular Sobre vontade divina e liberdade humana em filosofia

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Q2064855 Filosofia
O filósofo, teólogo e padre cearense Manfredo Ramos, um grande estudioso do pensamento de Agostinho de Hipona (354-450), afirma o seguinte sobre a relação entre liberdade humana e graça divina.
“Deus não salva ninguém obrigado. Ele nos criou sem pedir licença, mas não nos salva sem a nossa vontade. [...] Ele nos fez à sua imagem e semelhança, dotados de inteligência, por isso nos dá a liberdade. Toda a natureza criada é determinada para Deus. [...] Deus criador põe, em tudo o que faz, a sua marca, que é uma marca de bondade. Tudo é dirigido para o bem, porque Deus é bom. Mas o homem é chamado por Deus de uma maneira diferente, com liberdade. [...] o pobre do homem, ferido pelo pecado, ele quer o bem, quer fazer aquilo que está na marca dele, e não consegue. Por isso que essa perspectiva de salvação deve ser abraçada, deve ser querida, mas não sem a graça de Deus. Aqui é que está o mistério.”
RAMOS, Manfredo. A ressurreição de Cristo e a perspectiva da Salvação. Entrevista ao site da Paróquia Nossa Senhora da Glória em 04-04-2018. Disponível em https://www.paroquiagloria.org.br/confira-entrevista-com-monsenhor-manfredo-ramos-a-ressurreicao-de-cristo-e-a-perspectiva-da-salvacao/. Acessado em 05-11-2022.
Com base na passagem anterior, é correto afirmar, sobre a teoria agostiniana da liberdade e da graça, que
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Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021222 Filosofia
       Na tradição canônica do Ocidente, o corpo foi encarado como uma materialidade desvinculada da mente e inferior a esta. Conhecer é visto como um ato superior a operar; contemplar e compreender o mundo é superior a agir sobre ele. Nas reflexões platônicas, a perfeição não pode ser atingida em virtude do corpo. A matéria imprime um grau de imperfeição que impossibilita a existência de um universo absolutamente perfeito.

       A estruturação do cristianismo, especialmente com Paulo de Tarso, desenvolve-se a partir de certa tradição judaica em que a busca da salvação impõe o exercício cotidiano de uma austeridade expressa no controle do corpo. Já Descartes, no século XVII, elabora a mais radical reflexão sobre o dualismo entre mente e matéria, compreendendo a natureza a partir de uma divisão entre reinos independentes: o da mente (res cogitans) e o da matéria (res extensa). O corpo é matéria incapaz de compreender o mundo, tarefa só realizável pelo intelecto.

      Ao contrário disso, as tradições afroindígenas não percebem o ser humano como cindido, e sim como resultado da interdependência entre todas as coisas. A corporeidade, para esses saberes, não engloba só a motricidade (entendida como corpo e movimento), mas também envolve dimensões afetivas, intelectuais, sociais e espirituais do ser humano.


Luiz Antonio Simas. Umbandas: uma história do Brasil. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2022, p.42-3 (com adaptações). 

Considerando os múltiplos aspectos históricos relacionados ao texto anterior, julgue o item  e faça o que se pede no item .

De acordo com o texto,


a multiplicidade da experiência humana passa pela diversidade no que diz respeito às práticas religiosas, sem que haja uma única correta. 



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Ano: 2019 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2019 - UECE - Vestibular - Filosofia e Sociologia 2° Fase |
Q1399659 Filosofia

Em diálogo com Evódio, Santo Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o livre-arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, visto que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu opunha à tua opinião que não podemos agir com retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava que Deus no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me respondeste que a vontade livre devia nos ter sido dada do mesmo modo como nos foi dada a justiça, da qual ninguém pode se servir a não ser com retidão”.

                                                                       AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47.

Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da vontade, em Agostinhoé correto afirmar que

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Respostas
1: D
2: C
3: B