Questões de Vestibular de Atualidades
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O artista Belmonte, por meio de seu personagem Juca Pato, retratou episódios importantes da história brasileira e internacional entre as décadas de 1920 e 1940. A charge acima, por exemplo, tematiza de forma irônica a entrada do governo brasileiro em 1942 na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A atitude de Juca Pato, ao decidir ir à guerra, está associada à seguinte conjuntura do governo
varguista:
Considere as seguintes afirmações sobre o crescimento da extrema-direita no Ocidente contemporâneo.
I - Na Alemanha, o movimento político Pegida, fundado em 2014, tem-se caracterizado por sua oposição virulenta à imigração estrangeira e ao que chama de “islamização” do país.
II - Na Hungria, o governo de Viktor Orban tem-se caracterizado pela dura repressão aos movimentos de extrema-direita e pela defesa intransigente da democracia liberal e da participação do país na União Europeia.
III- Nos Estados Unidos, a chamada “alt-right” tem-se caracterizado pela defesa explícita da supremacia branca, da segregação racial, e pela oposição à imigração, especialmente do Oriente Médio e da América Latina, ao país.
Quais estão corretas?
Leia as afirmações abaixo, sobre a história do Oriente Médio contemporâneo.
I - Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), os países árabes infligiram uma dura derrota a Israel e recuperaram os territórios perdidos durante a guerra árabe-israelense de 1948.
II - Em 1990, após três décadas de separação, Iêmen do Norte e Iêmen do Sul foram reunificados, o que não impediu a eclosão de uma guerra civil entre facções rivais em 1994.
III- Nas últimas décadas, Irã e Arábia Saudita têm competido pela liderança religiosa e econômica da região, o que levou a conflitos geopolíticos entre os países, como, por exemplo, seus diferentes papéis na atual guerra civil na Síria.
Quais estão corretas?
Leia as declarações a respeito do incêndio que destruiu o Museu Nacional em setembro de 2018.
O material que estava ali servia de base para pesquisas do nosso povo e de muitos outros povos nativos do Brasil. Era uma forma de ter reconhecida nossa cultura e afirmar nossa existência. Sem eles, é como se fôssemos extintos novamente. [...] É mais uma destruição para a nossa cultura.
Temos a destruição das nossas línguas, dos nossos costumes, das nossas terras e até mesmo dos nossos indivíduos. Então, esse incêndio no Museu Nacional parece parte da mesma agressão. É o que a gente sente (Daniel Tutushamum Puri, historiador e mestre em Educação pela USP).
Isso é a morte da memória dos povos originários, uma negligência com o nosso patrimônio. A memória de todas as línguas da América Latina estava aqui, tínhamos registros sonoros e escritos de povos que já não existem. Estamos vendo a cultura indígena sendo apagada. Uma perda irreparável (Urutau Guajajara, mestre em Linguística e Língua Indígena pela UFRJ).
ZARUR, Camila. É como se fôssemos extintos novamente. Revista Piauí, Disponível em:<https://piaui.folha.uol.com.br/e-como-se-fossemos-extintos-novamente/# . Acesso em: 10 set. 2018.
Com relação à importância do Museu Nacional para a história e memória indígenas no Brasil, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo.
( ) A destruição das coleções que representavam diversas formas culturais de grupos indígenas
significou a primeira forma de extinção desses grupos que habitavam o território americano
desde antes da chegada de europeus.
( ) O Museu abrigava o acervo do Centro de Documentação de Línguas Indígenas (CELIN), onde se encontravam referências linguísticas, cantos e materiais sonoros de diversos grupos indígenas, muitos deles caracterizados pelo predomínio da cultura oral em relação à escrita.
( ) A preservação da documentação, dos objetos e dos diversos registros fotográficos ali existentes era voltada exclusivamente para a visitação pública, como forma de mostrar o caráter pacífico e harmonioso das relações entre indígenas e não indígenas desde o século XVI.
( ) O resguardo do patrimônio material e da memória dos povos originários da América, feito pela instituição, servia como forma de reconhecimento da relevância social das culturas indígenas e como afirmação de grupos que foram sendo marginalizados ao longo da história brasileira.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ENTRA NO JOGO DA POLÍTICA
O uso de tecnologias para influenciar o debate político não é novidade. Na eleição presidencial brasileira de 2014, 10% das interações no Twitter foram feitas por máquinas. Desde então, os cientistas encontraram evidências da influência de robôs em todos os grandes debates. Uma pesquisa da USP, com participantes de um protesto em São Paulo contra o governo Dilma, em 2015, mostrou que 64% acreditavam que o PT queria implantar um regime comunista, 71% que o filho de Lula é um dos sócios da Friboi e 53% que o PCC é um braço armado do PT. Já em manifestação contra o impeachment, no ano seguinte, 56,7% afirmavam que os protestos contra a corrupção foram articulados pelos E.U.A. e 55,7% diziam que o juiz Sergio Moro é filiado ao PSDB. Nenhum dos pontos mencionados nas enquetes é fato.
FELIPE FLORESTI
Adaptado de revistagalileu.globo.com, 27/02/2018
A influência da inteligência artificial no debate político tornou-se eficaz após a ocorrência do seguinte processo social:
Analise o texto a seguir:
A crise vivida pelos venezuelanos é noticiada pelos principais jornais do mundo, que apontam os problemas políticos e econômicos enfrentados pelo governo da Venezuela. O país é governado atualmente pelo presidente Nicolás Maduro, que enfrenta um forte descontentamento da população em relação a sua gestão desde 2013. Com uma inflação que ultrapassava 800% ao ano e barris de petróleo apresentando altas em seu preço, o país viu-se imerso em um colapso econômico, que resultou em uma dramática crise humanitária. Faltavam no país insumos básicos para a sobrevivência. Por causa dessa triste realidade, milhares de venezuelanos decidiram migrar para outros países à procura de trabalho e de melhores condições de vida.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/imigracao-venezuelana-para-brasil.htm. Acesso em: 05 maio 2019.
Devido à crise mencionada, o país latino-americano que mais recebe imigrantes venezuelanos é a
Analise a figura a seguir.
Com base nas características da obra Zero Dollar e na trajetória de Cildo Meirelles, considere as afirmativas a seguir.
I. A obra apropria-se da produção artística para expressar e contestar a política então vigente, propiciando a circulação de informações e opiniões críticas.
II. O artista abandona a figuração expressionista em sua produção, dedicando-se à intervenção de caráter político expresso em objetos banais.
III. Cildo Meirelles, representante do ready-made, apropria-se de objetos do cotidiano para expressar sua criticidade e subversão à política vigente.
IV. A obra de Cildo tem o poder de copiar a realidade e resgatar a força expressiva da natureza e da representação, retomando princípios do movimento realista do século XIX.
Assinale a alternativa correta.
A corrupção é, sem dúvida, um dos temas mais recorrentes na imprensa brasileira dos últimos anos. Partidos e políticos são denunciados por desvios de verba, no uso ilegítimo do poder público, com o intento de privilegiar uma empresa ou instituição privada.
No caso brasileiro, a corrupção é um (a)
Observe a imagem e leia os textos a seguir.
(Fotografia de Armínio Kaiser. Museu Histórico de Londrina)
Quaisquer que sejam os conteúdos das imagens devemos considerá-las sempre como fontes históricas de abrangência multidisciplinar. As fotografias são pistas para tentarmos desvendar o passado. Elas nos mostram um fragmento selecionado da aparência das coisas, das pessoas e dos fatos, tal como foram (estética e ideologicamente) congelados num dado momento de sua existência / ocorrência.
(Adaptado de KOSSOY, B. Realidades e Ficções na Trama Fotográfica. São Paulo: Ateliê editorial, 2010. p. 21.)
Até meados da década de 1970, o café era o principal produto da economia paranaense, que correspondia à metade da produção nacional e à terça parte da produção mundial. O processo de modernização da agricultura no Paraná ocorreu entre fins da década de 1960 e início dos anos de 1970. [...] Esse processo alterou a estrutura fundiária do Estado principalmente em função da concentração de terras, desemprego no campo e êxodo rural. Contribuíram ainda para a queda da produção as pragas e alterações climáticas, como a ferrugem e as geadas, sendo a geada negra de 1975 um marco importante nesse processo.
(Adaptado de PRIORI, A., et al. História do Paraná: séculos XIX e XX [online]. Maringá: Eduem, 2012. A modernização do campo e o êxodo rural. p. 115-127.)
Com base na imagem, nos textos e nos conhecimentos sobre fotografia, modernização do campo e êxodo rural, considere as afirmativas a seguir.
I. O interesse pelos processos que envolvem a manufatura foi a base para o aumento da produção nacional cafeeira na segunda metade do século XX, sobretudo, no Estado do Paraná, culminando no processo de modernização do campo com o qual foi possível resistir a grandes intempéries.
II. O sentido da imagem fotográfica documental, do ponto de vista da interpretação estética, é fixo e, quando ele é atribuído pela história oficial, esta imagem se torna um testemunho cuja realidade fica expressa.
III. O desemprego no campo, o êxodo rural e os problemas sociais influenciaram também a ampliação de zonas periféricas nas cidades, representando um desafio para o poder público na constituição de suas políticas.
IV. O potencial da imagem fotográfica poderá ser alcançado na medida em que ela for contextualizada na trama histórica e em seus múltiplos desdobramentos que a circunscreveram no tempo e no espaço, no ato do registro.
Assinale a alternativa correta.
Veja a charge de Angeli, publicada em 2011 na Folha de São Paulo e assinale a alternativa que traz informações incorretas:
A imagem a seguir é uma foto de parte da região central da cidade de Kigali, capital de Ruanda (África), premiada com o “Habitat Scroll of Honor Award”, em reconhecimento de sua limpeza, segurança e conservação do modelo urbano em 2008.
A gravura foge aos estereótipos que enfatizam uma África vista apenas sob a ótica da pobreza, da fome, das guerras intertribais e dos safáris. Esses estereótipos nos remetem à ideia, equivocada, de um continente selvagem “congelado” no tempo, habitado por povos toscos incapazes de conviver entre si e de se organizar para a construção de sociedades modernas.
Uma das guerras em África ocorreu em Ruanda nos anos 1990, inspirando o roteiro do filme
“Hotel Ruanda”. Assinale a alternativa que identifica, SEM ERRO, aspectos da história deste
país africano:
Leia o texto a seguir.
"A fome por terra, preocupação que dominou as atenções da primeira frente de ocupação da planície pantaneira na década de 1830, também estava presente entre os novos colonizadores. A exemplo dos primeiros, os que vieram na segunda onda se apossaram de grandes extensões, reproduzindo processos que faziam lembrar as primeiras divisões de terras no Brasil Colônia. O limite de suas ambições não eram modestos.
Essa disposição dos adventícios era apontada pelas autoridades provinciais como um entrave ao desenvolvimento de Mato Grosso porque, além de desestimular a imigração, eles também não recolhiam impostos sobre a terra à Fazenda Pública e não desenvolviam qualquer atividade produtiva."
ESSELIM, Paulo Marcos. A pecuária bovina no processo de ocupação e desenvolvimento econômico do pantanal sul-matogrossense (1830 – 1910). Dourados:Ed. UFGD, 2011. p. 303.
A constituição dos limites nacionais dependeram, especialmente nas regiões fronteiras, de ações
efetivas para sua ocupação em nome do Estado. Entretanto, mesmo apresentando pontos que
não eram totalmente acertados pelo poder político constituído a capitania, e depois província, de
Mato Grosso foi ocupada e teve como elemento de fixação do homem à terra a exploração dos
recursos ambientais. Assinale entre as opções a seguir a alternativa correta que está associada
ao texto do historiador Paulo Esselim:
A integração da União Europeia começou oficialmente em 1957 e durante décadas houve um movimento contínuo de ampliação das liberdades de circulação de riquezas. A imagem abaixo aponta um fato importante desse período: a entrada em vigor do Acordo Schengen. Nos últimos anos, no entanto, o bloco vem enfrentando dificuldades que sinalizam a possibilidade de retrocessos.
2016
A Alemanha e outros países da União Europeia estenderam por mais três meses o controle em suas fronteiras. Além da Alemanha, também Áustria, Dinamarca, Suécia e Noruega (que não faz parte da UE) vão continuar com o controle temporário de suas fronteiras, após o aval do Conselho Europeu. Todos esses países fazem parte da zona de livre-circulação prevista no Acordo Schengen.
Adaptado de g1.globo.com
Considerando os eventos ocorridos nesse continente nos últimos cinco anos, a explicação para
a mudança exposta na notícia é a necessidade de controle dos fluxos de:
Texto 1
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de juiz do Rio de Janeiro que reivindica que a Justiça obrigue os funcionários do prédio onde esse juiz mora a chamá-lo de “senhor” ou de “doutor”, sob pena de multa diária. Na ação judicial, o juiz argumenta que foi chamado pelo porteiro do condomínio de “você” e de “cara” e que ouviu a expressão “fala sério!” após ter feito uma reclamação.
(Mariana Oliveira. “Ministro do STF nega pedido de juiz que quer ser chamado de ‘doutor’”. http://g1.globo.com, 22.04.2014. Adaptado.)
Texto 2
O “Você sabe com quem está falando?” não parece ser uma expressão nova, mas velha, tradicional, entre nós. Na medida em que as marcas de posição e hierarquização tradicional, como a bengala, as roupas de linho branco, o anel de grau e a caneta-tinteiro no bolso de fora do paletó se dissolvem, incrementa-se imediatamente o uso da expressão separadora de posições sociais para que o igualitarismo formal e legal, mas cambaleante na prática social, possa ficar submetido a outras formas de hierarquização social.
(Roberto da Matta. Carnavais, malandros e heróis, 1983. Adaptado.)
Considerando a análise do antropólogo Roberto da Matta, o fato descrito no texto 1 pode ser corretamente interpretado como resultante
Depois de autorizar a expansão dos assentamentos em Jerusalém Oriental, Israel aprovou a construção de 2500 casas na Cisjordânia.
(www.brasil.elpais.com, 24.01.2017. Adaptado.)
O Conselho de Segurança da ONU exigiu que Israel parasse de construir casas na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. O argumento é que os assentamentos “colocam em risco a viabilidade da solução de dois Estados”.
(www.cartacapital.com.br, 02.02.2017. Adaptado.)
O atrito entre Israel e o Conselho de Segurança da ONU deve-se ao fato de
Dado que o Presidente eleito Donald Trump articulou uma visão coerente dos assuntos externos, parece que os Estados Unidos devem rejeitar a maioria das políticas do período pós-1945. Para Trump, a OTAN é um mau negócio, a corrida nuclear é algo bom, o presidente russo Vladimir Putin é um colega admirável, os grandes negócios vantajosos apenas para nós, norte-americanos, devem substituir o livre-comércio.
Com seu estilo peculiar, Trump está forçando uma pergunta que, provavelmente, deveria ter sido levantada há 25 anos: os Estados Unidos devem ser uma potência global, que mantenha a ordem mundial – inclusive com o uso de armas, o que Theodore Roosevelt chamou, como todos sabem, de Big Stick?
Curiosamente, a morte da União Soviética e o fim da Guerra Fria não provocaram imediatamente esse debate. Na década de 1990, manter um papel de liderança global para os Estados Unidos parecia barato – afinal, outras nações pagaram pela Guerra do Golfo Pérsico de 1991. Nesse conflito e nas sucessivas intervenções norte-americanas na antiga Iugoslávia, os custos e as perdas foram baixos. Então, no início dos anos 2000, os americanos foram compreensivelmente absorvidos pelas consequências do 11 de setembro e pelas guerras e ataques terroristas que se seguiram. Agora, para melhor ou para pior, o debate está nas nossas mãos.
(Eliot Cohen. “Should the U.S. still carry a ‘big stick’?”. www.latimes.com, 18.01.2017. Adaptado.)
A imagem a seguir, divulgada no site do jornal O Estado de São Paulo, retrata o movimento social de grupos que pedem o impeachment do governo de Dilma Roussef na manifestação de 16 de agosto de 2015.
Tendo em vista a experiência democrática brasileira, assinale a alternativa CORRETA.