Questões de Vestibular
Sobre fundamentos da história : tempo, memória e cultura em história
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(Adaptado de: CRIADO, M.l Á. “Uma pequena ‘idade do gelo’ pode ter mudado a história da Antiguidade (...)”. El País, fev, 2016.)
Com base em seus conhecimentos sobre a Antiguidade e tendo em vista o excerto anterior, é correto afirmar que
Estudos contemporâneos sobre o racismo delineiam uma conexão genealógica entre escravidão grega e o racismo, conforme a charge.
A relação entre os dois conceitos está contemplada na seguinte afirmativa:
Na atual historiografia produzida no Brasil, já se nota a tendência a dar voz a grupos sociais historicamente marginalizados na história brasileira, a exemplo das nações indígenas e dos africanos escravizados e seus descendentes.
A história está em constante reconstrução. E não é diferente com o processo da Independência do Brasil no contexto de seu bicentenário. O que os holofotes dos historiadores trazem à luz é que, ao contrário do que diziam os antigos livros didáticos, o processo de separação do Brasil de Portugal foi múltiplo, extenso e repleto de violências. “Foi um processo muito mais complexo do que simplesmente D. Pedro I gritar ‘Independência ou Morte’, com muitas camadas e todas as guerras acontecendo naquele momento”, explica a historiadora Lucia Maria Bastos das Neves. Entre 1821 e 1824, foram inúmeros os levantes em lugares como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Cisplatina.
O Estado de S. Paulo, 16/8/2022, p. C6 (com adaptações).
Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item.
Da afirmativa “a história está em constante reconstrução”
entende-se que o conhecimento histórico é suscitado pelo
presente, de modo que cada presente levanta novas e
diferentes indagações que podem propiciar interpretações
distintas sobre os fatos passados.
“Os humanistas, num gesto ousado, tendiam a considerar como mais perfeita e mais expressiva a cultura que havia surgido e se desenvolvido no seio do paganismo, antes do advento de Cristo. A Igreja, portanto, para quem a história humana só atingira a culminância na Era Cristã, não poderia ver com bons olhos essa atitude.”
(SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Unicamp, 1988. p.14)
Quanto aos humanistas, podemos dizer que
Leia a charge (figura 2) e o texto I a seguir e responda à questão.
Texto I
Assim como [...] [Mário de Andrade] reconhece e afirma que há uma gota de sangue em cada poema, assim também, parafraseando o poeta, queremos reconhecer e sustentar que há uma gota de sangue em cada museu. [...] Admitir a presença de sangue no museu significa também aceitá- -lo como arena, como espaço de conflito, como campo de tradição e contradição. Toda a instituição museal apresenta um determinado discurso sobre a realidade. Este discurso, como é natural, não é natural e compõe-se de som e de silêncio, de cheio e de vazio, de presença e de ausência, de lembrança e de esquecimento.
CHAGAS, Mario Souza. Há uma gota de sangue em cada museu: a ótica
museológica de Mario de Andrade. 2. ed. Chapecó: Argos, 2015. v. 1.
p.19.
I. Os museus são instituições com dimensões políticas, pois a preservação, a organização e a disposição de documentos implicam a criação e a manutenção de uma memória em detrimento de narrativas silenciadas. II. Os museus são instituições importantes por preservarem o patrimônio do passado remoto de uma cultura em detrimento da sociedade contemporânea. III. A criação e a preservação da memória coletiva realizada pelos museus são inclusivas em relação a outras narrativas, permitindo abordar a história de forma objetiva. IV. O incêndio do Museu Nacional destruiu parte do patrimônio material brasileiro, acarretando implicações sobre o patrimônio imaterial, a memória e as identidades públicas.
Assinale a alternativa correta.
No mundo da modernização, parece que o historiador perdeu seu ofício e o passado, seu significado. Tudo muda muito rápido, e as invenções modernas agitam a sociedade. As dificuldades para que a sociedade humana se estabelecesse e conseguisse construir uma cultura sofisticada foram imensas. Busca-se o novo, não se valoriza, como antes, mais a experiência.
O texto apresentado
Maragogipinho, na Bahia, produz peças de barro e argila que encantam turistas. Os oleiros, como são chamados os artesãos que fabricam as peças, aprendem o ofício desde cedo, numa arte que é passada de pai para filho.
Disponível em: http://viagem.uol.com.br. Acesso em: 22 jul. 2015 (adaptado).
(Henri-Irénée Marrou. De la connaissance historique, 1975. Adaptado.)
Depreende-se do texto que as condições essenciais para a pesquisa histórica são
BRUNI, Leonardo. “Correspondência”. In: FREITAS, Gustavo. 900 Textos e documentos de História. Lisboa: Bertrand, 1976. p. 143.
Com qual dos movimentos intelectuais do período moderno o texto se relaciona?
O fragmento acima refere-se a:
O texto refere-se
Disponível <http://historiabruno.blogspot.com/p/linhashistoriograficas.html#ixzz5NKFB73S7>. Acesso em: 4 ago. 2018.
Sobre a divisão da história expressa no texto, é possível afirmar que
Com base nos dois depoimentos e na imagem a seguir, considerando o que pode ser relacionado a essas fontes históricas, assinale a alternativa INCORRETA.
• “Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança estava trabalhando a lã, isto é, preparando a lã para a máquina, mas a alça a prendeu, como ela foi pega de surpresa, acabou sendo levada para dentro do mecanismo; e nós encontramos seus membros em um lugar, outro acolá, e ela foi cortada em pedaços; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi totalmente mutilado”. (John Allett começou a trabalhar em uma fábrica de têxteis quando tinha quatorze anos. Allett tinha cinquenta e três anos quando foi entrevistado por Michael Sadler e seu Comitê da Câmara dos Comuns, em 21 de maio de 1832.).
• “Os primeiros dias de setembro foram muito quentes. Os jornais noticiavam que homens e cavalos caiam mortos nos campos de produção agrícola. Ainda assim, a temperatura nunca passava de 29°C durante a parte mais quente do dia. Qual era então a situação das pobres crianças que estavam condenadas a trabalhar quatorze horas por dia, em uma temperatura média de 28°C? Pode algum homem, com um coração em seu peito e uma língua em sua boca, não se habilitar a amaldiçoar um sistema que produz tamanha escravidão e crueldade?” (William Cobbett fez um artigo sobre uma visita a uma fábrica de tecidos que aconteceu em setembro de 1824).