Questões de Vestibular
Sobre ocupação de novos territórios: colonialismo em história
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SADER, Emir. A grande revolução negra. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 04 jan. 2004.
Refletindo acerca da Revolução Francesa, da Independência do Haiti e do processo de emancipação das colônias na América, pode-se concluir que:
Texto I
“Na simbologia européia da Idade Média, a cor branca estava associada ao dia, à inocência, a virgindade; já a cor preta representava a noite, osdemônios, a tristeza e a maldição divina. Essa dicotomia entre branco e preto, claro e escuro, foi transferida pelos europeus para os seres humanos quando os portugueses chegaram à África em meados do século XV. [...] Assim, a pigmentação escura da pele foi inicialmente apontada como uma doença ou um desvio da norma. Como os africanos apresentavam ainda traços físicos, crenças religiosas, costumes e hábitos culturais diferentes dos que predominavam na Europa, autores europeus passaram a caracterizá-los como seres situados entre os humanos e os animais. Todas essas visões eurocêntricas fizeram com que os negros fossem considerados culturalmente inferiores e propensos à escravidão [...]”
AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História. São Paulo: Ática, 2008, p.199.
Texto II
“Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de ‘menino diabo’; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce ‘por pirraça’; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, - algumas vezes gemendo, - mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um – ‘ai, nhonhô!’ - ao que eu retorquia: - ‘Cala a boca, besta!’ ”
ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás-Cubas. São Paulo: Globo, 2008, p.62.
I.
Dentre essas Revoluções Atlânticas, denominação adotada por vários historiadores, destaca-se a Revolução Industrial, que, promovida pela burguesia triunfante, representou o momento decisivo da vitória do capitalismo como forma de produção econômica predominante e única em várias sociedades da Europa Ocidental. Isso é o mesmo que dizer que, a partir desse momento, a sobrevivência da maioria das pessoas teria por base um trabalho assalariado. (AQUINO et al., 1993, p. 114).
II.
A própria integração da economia global acentuou-se a partir dos anos 1990, por intermédio da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. A internet, rede mundial de computadores, revelou-se a mais inovadora tecnologia de comunicação e informação do planeta. A troca de informações (dados, voz e imagens) tornou-ser quase instantânea, o que acelerou muito o fechamento de negócios. [...]
Com a expansão do comércio e as facilidades da
rede mundial de computadores, ocorreu a
intensificação do fluxo de capitais entre os países.
A busca de maior lucratividade levou as empresas
a investir cada vez mais no mercado financeiro,
que se tornou o epicentro da economia
globalizada. (A HEGEMONIA..., 2008, p. 152-153).
Relacione essas questões com as áreas indicadas no mapa com 1, 2, 3, 4 e 5.
Na América espanhola (do México ao Prata), o termo “criollo” designava
A ameaça sistemática da Inquisição, contra judeus e cristãos-novos, em Portugal e na Colônia, decorria, no aspecto religioso,
I - Inicialmente a solução mais viável e barata aos olhos dos portugueses foi utilizar a mão-de-obra indígena para a produção açucareira na América portuguesa.
II - Os índios deveriam ser convertidos ao cristianismo, já que era incumbência assumida pelos ibéricos para justificarem, em linhas gerais, a colonização do Novo Mundo.
III - Os princípios da bula papal Sublimis Dei, de 1537, admitiam a escravização de índios apenas nos casos excepcionais de “guerra justa”, quando nativos hostis eram aprisionados durante uma ação de defesa por parte dos colonos.
Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões):
Nunca fizemos mal algum ao homem branco; não queremos isso... Desejamos ser amigos do homem branco... Os búfalos estão diminuindo depressa. Os antílopes, que eram muitos há poucos anos, agora são poucos. Quando morrerem todos, ficaremos famintos; vamos querer algo para comer e seremos obrigados a ir ao forte. Seus jovens não devem atirar em nós; em toda parte onde nos veem, atiram e [por isto] atiramos neles. (Carta do chefe cheyenneTonkahaska (Touro Alto) ao general do exército dos EUA Winfield Scott Hancock, de 1866. In____BROWN, Dee. Enterrem meu coração na curva do rio. SP: Melhoramentos, 1970, p. 113.)
Não só para Cortez, como também para os demais conquistadores cronistas espanhóis, a razão da vitória sobre os mexicas era muito clara: haviam triunfado porque eram cristãos e seguiam o único e verdadeiro Deus. A guerra de conquista foi uma guerra religiosa em que Deus venceu o demônio adorado pelos indígenas. Além disso, os espanhóis atribuíram seu triunfo à superioridade da cultura europeia sobre a mesoamericana. Eles eram pessoas melhores e, por isso, mereciam dominar os mexicas. (MORAIS, Marcus Vinícius de. Hernán Cortez – civilizador ou genocida? SP: Contexto, 2011, p. 126.)
De acordo com o conteúdo dos fragmentos, podemos identificar sua ideia principal na seguinte alternativa:
Texto 1
Run To The Hills White man came across the sea, He brought us pain and misery, He killed our tribes, He killed our creed He took our game For his own need.
We fough thim hard, We fought him well […] But many came, Too much for cree Oh will we ever be set free? […] Run to the hills, Run for your lives. […]
Corram para as colinas O homem branco veio pelo mar, Nos trouxe dor e miséria. Matou nossas tribos, Matou nossas crenças Levaram nossa caça Para sua própria necessidade.
Nós lutamos duramente, Nós lutamos bem […] Mas muitos vieram Demais para crer Oh, sera que algum dia seremos livres? […] Corram para as colinas, Corram por suas vidas. […]
Texto 2
“Quando os missionários chegaram, os africanos tinham a terra e os missionários tinham a Bíblia. Eles nos ensinaram a rezar de olhos fechados. Quando nós os abrimos, eles tinham a terra e nós tínhamos a Bíblia.”
Apesar de separados por séculos, os contextos retratados nos dois textos apontam para uma semelhança, que pode ser encontrada na seguinte alternativa:
I. Surgiu no século XVI, em um contexto de efervescência cultural, de tolerância e pluralismo religiosos nos países europeus. Nesse quadro, serviu como mecanismo propagador da fé católica.
II. Fundada por Inácio de Loyola, surgiu como resultado dos conflitos religiosos do século XVI, na Europa. Tais conflitos giravam em torno de práticas e dogmas até então impostos pela Igreja.
III. Além dos votos tradicionais (pobreza, castidade e obediência), os jesuítas prometiam obediência ao papa, por isso um dos motivos de seu rápido destaque e expansão dentro da Igreja.
IV. Exímios teólogos, os jesuítas transformaram-se no “braço armado” da Igreja, responsáveis pela propagação do catolicismo por meio da evangelização e do ensino em colégios e em universidades espalhados pelo mundo.
V. Teve papel preponderante na evangelização de povos indígenas no Brasil, preservando as culturas ameríndias e servindo como instrumento de controle do Estado português sobre a América.
Estão corretas
De acordo com a abordagem proposta pelo autor, a idolatria ameríndia situa-se num contexto de:
Com relação ao processo de colonização e neo-colonização, analise as afirmativas a seguir:
I. No Brasil, até 1530, não se deu um processo efetivo de colonização por parte de Portugal, já que a exploração de pau-brasil não deu origem ao estabelecimento de povoados, limitando-se à construção de feitorias, que funcionavam como depósito e fortaleza.
II. No período colonial brasileiro, predominou o sistema de plantation, que tinha como uma das suas características a monocultura da cana-de-açúcar, cuja produção, associada ao desenvolvimento das técnicas agrícolas, não permitiu a exploração de outras riquezas naturais.
III. A colonização da África e da Ásia, no século XIX, pelas potências industriais européias, se deu em função da expansão dos mercados consumidores de produtos manufaturados e procura de fornecedores de matérias primas.
IV. A administração neo-colonialista foi organizada nas colônias francesas e inglesas a partir de dois tipos básicos de dominação: as colônias, administradas diretamente pelos colonizadores; e os protetorados, administrados por pessoas da região, supervisionados pelas metrópoles.
Assinale a alternativa correta:
A tabela abaixo apresenta a movimentação do tráfico transatlântico de escravos entre 1501 e 1866, de acordo com a região de desembarque.
Fonte: The Trans-Atlantic Slave Trade Database. Disponível em:< http://www.slavevoyages.org/assessment/estimates>. Acesso em: 24 mar. 2018. (adaptado)
( ) A descoberta do ouro na região das Minas Gerais (1696) explica o significativo incremento no volume de africanos desembarcados nos portos do Brasil a partir do último quarto do século XVII. ( ) A independência do Haiti e a abolição da escravidão na ilha não representou uma redução da participação do Caribe francês nos circuitos do tráfico transatlântico de escravos. ( ) A concorrência das colônias inglesas, francesas e holandesas não retirou do Brasil o monopólio da produção de açúcar a partir da segunda metade do século XVII. Este aspecto fica evidente na participação das respectivas regiões no volume do tráfico atlântico até o final do século XVIII. ( )Em 1831, como resultado da pressão do governo inglês, passou a vigorar no Império do Brasil a chamada “Lei Feijó” que decretou a extinção do tráfico atlântico na região. Contudo, os dados indicam que o comércio negreiro seguiu plenamente ativo até a sua proibição definitiva em 1850 (“Lei Eusébio de Queiroz”).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é