Questões de Vestibular de Literatura - Escolas Literárias

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Q1336872 Literatura
Leia o capítulo 119 do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, abaixo transcrito, intitulado “Não faça isso, querida!”, e assinale o que for correto sobre ele e sobre o romance.

“A leitora, que é minha amiga e abriu este livro com o fim de descansar da cavatina de ontem para a valsa de hoje, quer fechá-lo às pressas, ao ver que beiramos um abismo. Não faça isso, querida; eu mudo de rumo.”

Vocabulário
Cavatina: certo tipo de ária ou canção de ópera.
Nesse capítulo, o narrador do romance lança mão do recurso da metanarrativa, uma estratégia que consiste em pôr em discussão, no texto, sua própria construção. Nesse caso, Bento Santiago, o narrador, ao acreditar que pode estar deixando a “leitora” tensa com o teor de suas memórias, afirma que mudará o rumo da narrativa para que ela não desista da leitura.
Alternativas
Q1336871 Literatura
Leia o poema de Gonçalves Dias e responda o que for correto.

Sobre o túmulo de um menino

O invólucro de um anjo aqui descansa,
Alma do céu nascida entre amargores,
Como flor entre espinhos! – tu, que passas,
Não perguntes quem foi. – Nuvem risonha
Que um instante correu no mar da vida;
Romper da aurora que não teve ocaso,
Realidade no céu, na terra um sonho!
Fresca rosa nas ondas da existência,
Levada à plaga eterna do infinito,
Como of´renda de amor ao Deus que o rege;
Não perguntes quem foi, não chores: passa. 
O verso “Romper da aurora que não teve ocaso” contextualiza, no tempo, o horário em que o eu lírico se encontra no cemitério atento ao túmulo do menino. Afetado internamente pela dor da morte do menino, o eu lírico transfere para a natureza (“aurora”, “ocaso”) o próprio sentimento de pesar.
Alternativas
Q1336870 Literatura
Leia o poema de Gonçalves Dias e responda o que for correto.

Sobre o túmulo de um menino

O invólucro de um anjo aqui descansa,
Alma do céu nascida entre amargores,
Como flor entre espinhos! – tu, que passas,
Não perguntes quem foi. – Nuvem risonha
Que um instante correu no mar da vida;
Romper da aurora que não teve ocaso,
Realidade no céu, na terra um sonho!
Fresca rosa nas ondas da existência,
Levada à plaga eterna do infinito,
Como of´renda de amor ao Deus que o rege;
Não perguntes quem foi, não chores: passa. 
Na expressão “plaga eterna do infinito”, as palavras “eterna” e “infinito” evocam a ideia da morte. De fato, quando se pensa a morte como evento biológico, inevitável e irreversível, a única certeza inabalável é a de que a condição de estar morto é eterna e infinita.
Alternativas
Q1336869 Literatura
Leia o poema de Gonçalves Dias e responda o que for correto.

Sobre o túmulo de um menino

O invólucro de um anjo aqui descansa,
Alma do céu nascida entre amargores,
Como flor entre espinhos! – tu, que passas,
Não perguntes quem foi. – Nuvem risonha
Que um instante correu no mar da vida;
Romper da aurora que não teve ocaso,
Realidade no céu, na terra um sonho!
Fresca rosa nas ondas da existência,
Levada à plaga eterna do infinito,
Como of´renda de amor ao Deus que o rege;
Não perguntes quem foi, não chores: passa. 
A estética romântica foi baseada na função utilitária e prática da Literatura, princípio herdado do Classicismo. Embora tivessem fascinação pela morte, os românticos também valorizavam a vida. Por isso, o eu lírico, diante do túmulo, lamenta a morte, mas pede ao interlocutor que não se demore em sua tristeza, como indica o verso “Não perguntes quem foi, não chores: passa.” O conselho ao interlocutor revela a necessidade de dominar a emoção e a subjetividade para aproveitar a vida, pois esta passa rápido. O Racionalismo clássico e a ideia de viver os prazeres da vida (carpe diem) são partes do ideário romântico.
Alternativas
Q1336868 Literatura
Leia o poema de Gonçalves Dias e responda o que for correto.

Sobre o túmulo de um menino

O invólucro de um anjo aqui descansa,
Alma do céu nascida entre amargores,
Como flor entre espinhos! – tu, que passas,
Não perguntes quem foi. – Nuvem risonha
Que um instante correu no mar da vida;
Romper da aurora que não teve ocaso,
Realidade no céu, na terra um sonho!
Fresca rosa nas ondas da existência,
Levada à plaga eterna do infinito,
Como of´renda de amor ao Deus que o rege;
Não perguntes quem foi, não chores: passa. 
As palavras que descrevem o menino se referem à brevidade da existência: “nuvem”, “aurora”, “fresca rosa”, “ondas”. O uso de tais palavras é uma forma de mostrar como foi curta a vida daquele que está enterrado ali.
Alternativas
Respostas
626: C
627: E
628: C
629: E
630: C