Questões de Vestibular de Literatura - Escolas Literárias
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Capa do Catálogo da Semana de Arte Moderna feita por Di Cavalcanti https://www.preparaenem.com/historia-do-brasil/ ruptura-na-semana-arte-moderna-1922.htm Acesso em 29 abril 2022.
Em relação à Semana de Arte Moderna no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
I. A Semana reuniu representantes de diversas manifestações artísticas, tais como Guiomar Novaes e Heitor Villa-Lobos (música), Victor Brecheret (escultura), Di Cavalcanti e Anita Malfatti (pintura). II. Apesar de Mário de Andrade e Oswald de Andrade terem sido dois dos principais idealizadores da Semana, a conferência de abertura, intitulada “A emoção estética na arte moderna”, foi proferida pelo escritor Graça Aranha, autor de Canaã (1902). III. O poema “Os Sapos”, escrito por Manuel Bandeira especialmente para a Semana e declamado pelo próprio autor, recebeu vaias da plateia presente no Teatro Municipal de São Paulo, configurando um dos momentos mais marcantes do evento. IV. Uma das primeiras reações negativas a aparecer na imprensa escrita veio de Monteiro Lobato, em seu artigo “Paranoia ou mistificação?”, no qual o autor faz uma crítica contundente aos princípios estéticos apresentados durante a Semana.
Estão corretas apenas as afirmativas
1. Memórias de um sargento de milícias, Manuel Antônio de Almeida
2. Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
3. O crime do padre Amaro, Eça de Queirós
( ) “Cresci; e nisso é que a família não interveio; cresci naturalmente, como crescem as magnólias e os gatos. Talvez os gatos são menos matreiros, e, com certeza, as magnólias são menos inquietas do que eu era na minha infância. [...] Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de ‘menino diabo’; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso.”
( ) “Tornou-se muito medroso. Dormia com lamparina, ao pé de uma ama velha. As criadas de resto feminizavam-no; achavam-no bonito, aninhavam-no no meio delas, beijocavam-no, faziam-lhe cócegas, e ele rolava por entre as saias, em contato com os corpos, com gritinhos de contentamento. Às vezes, quando a senhora marquesa saía, vestiam-no de mulher, entre grandes risadas; ele abandonava-se, meio nu, com os seus modos lânguidos, os olhos quebrados, uma roseta escarlate nas faces.”
( ) “Passemos por alto sobre os anos que decorreram desde o nascimento e batizado do nosso memorando, e vamos encontrá-lo já na idade de sete anos. Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a vizinhança com um choro sempre em oitava alta; era colérico; tinha ojeriza particular à madrinha, a quem não podia encarar, e era estranhão até não poder mais.”
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
As poesias de Mario Quintana, não muito raro, trazem imagens que dialogam com a proposta surrealista, como se pode observar no seguinte conjunto de versos, extraído do livro de poemas Esconderijos do tempo:
LENTZ — Até agora não vejo probabilidade da raça negra atingir a civilização dos brancos. Jamais a África ...
MILKAU — O tempo da África chegará. As raças civilizam-se pela fusão; é no encontro das raças adiantadas com as raças virgens, selvagens, que está o repouso conservador, o milagre do rejuvenescimento da civilização. O papel dos povos superiores é o instintivo impulso do desdobramento da cultura, transfundindo de corpo a corpo o produto dessa fusão que, passada a treva da gestação, leva mais longe o capital acumulado nas infinitas gerações. Foi assim que a Gália se tornou França e a Germânia, Alemanha.
LENTZ — Não acredito que da fusão com espécies radicalmente incapazes resulte uma raça sobre que se possa desenvolver a civilização. Será sempre uma cultura inferior, civilização de mulatos, eternos escravos em revoltas e quedas. Enquanto não se eliminar a raça que é o produto de tal fusão, a civilização será sempre um misterioso artifício, todos os minutos rotos pelo sensualismo, pela bestialidade e pelo servilismo inato do negro. O problema social para o progresso de uma região como o Brasil está na substituição de uma raça híbrida, como a dos mulatos, por europeus. A imigração não é simplesmente para o futuro da região do País um caso de simples estética, é antes de tudo uma questão complexa, que interessa o futuro humano.
ARANHA, G. (1868-1931). Canaã. 3 ed. São Paulo: Martins Claret, 2013.
O fragmento de Canaã em que há predomínio de traços característicos do movimento simbolista é