Questões de Vestibular de Literatura - Escolas Literárias

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Ano: 2016 Banca: PUC-PR Órgão: PUC - PR Prova: PUC-PR - 2016 - PUC - PR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q748120 Literatura

Leia atentamente o trecho do conto Felicidade Clandestina de Clarice Lispector, e assinale a alternativa CORRETA.

“Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e puder em mim. Eu era uma rainha delicada. ”

Alternativas
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: FGV Prova: FGV - 2016 - FGV - Vestibular - Administração Pública |
Q747280 Literatura

Nova canção do exílio


Um sabiá

na palmeira, longe.

Estas aves cantam

um outro canto.


O céu cintila

sobre flores úmidas.

Vozes na mata,

e o maior amor.


Só, na noite,

seria feliz:

um sabiá,

na palmeira, longe.


Onde é tudo belo

e fantástico,

só, na noite,

seria feliz.

(Um sabiá,

na palmeira, longe.)


Ainda um grito de vida e

voltar

para onde é tudo belo

e fantástico:

palmeira, o sabiá,

o longe. 


Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.

Da “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, o poema de Drummond conserva, sobretudo,
Alternativas
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: FGV Prova: FGV - 2016 - FGV - Vestibular - Administração Pública |
Q747279 Literatura

Nova canção do exílio


Um sabiá

na palmeira, longe.

Estas aves cantam

um outro canto.


O céu cintila

sobre flores úmidas.

Vozes na mata,

e o maior amor.


Só, na noite,

seria feliz:

um sabiá,

na palmeira, longe.


Onde é tudo belo

e fantástico,

só, na noite,

seria feliz.

(Um sabiá,

na palmeira, longe.)


Ainda um grito de vida e

voltar

para onde é tudo belo

e fantástico:

palmeira, o sabiá,

o longe. 


Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.

O sentido do poema depende, em boa medida, do reconhecimento de que, em sua composição, o autor se vale de uma relação intertextual com a “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias. O que viabiliza a escolha do poema gonçalvino como referência intertextual é, em primeiro lugar, o fato de ele ser
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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: FGV Prova: FGV - 2016 - FGV - Vestibular - Administração Pública |
Q747278 Literatura

  Em uma outra casinha do cortiço acabava de estalar uma nova sobremesa, engrossando o barulho geral: era o jantar de um grupo de italianos mascates, onde o Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andrea representavam as principais figuras. Todos eles cantavam em coro, mais afinados que nas outras duas casas; quase, porém, que se lhes não podia ouvir as vozes, tantas e tão estrondosas eram as pragas que soltavam ao mesmo tempo. De quando em quando, de entre o grosso e macho vozear dos homens, esguichava um falsete feminino, tão estridente que provocava réplica aos papagaios e aos perus da vizinhança. E, daqui e dali, iam rebentando novas algazarras em grupos formados cá e lá pela estalagem. Havia nos operários e nos trabalhadores decidida disposição para pandegar, para aproveitar bem, até ao fim, aquele dia de folga. A casa de pasto fermentava revolucionada, como um estômago de bêbado depois de grande bródio, e arrotava sobre o pátio uma baforada quente e ruidosa que entontecia. 

Aluísio Azevedo, O cortiço.

Para dar ideia, de maneira mais precisa, da agitação da cena descrita, o narrador se vale do uso reiterado de verbos que expressam ______________________ da ação e de adjetivos de significação ____________________.

As lacunas dessa frase podem ser corretamente preenchidas pelas palavras

Alternativas
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: FGV Prova: FGV - 2016 - FGV - Vestibular - Administração Pública |
Q747277 Literatura

  Em uma outra casinha do cortiço acabava de estalar uma nova sobremesa, engrossando o barulho geral: era o jantar de um grupo de italianos mascates, onde o Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andrea representavam as principais figuras. Todos eles cantavam em coro, mais afinados que nas outras duas casas; quase, porém, que se lhes não podia ouvir as vozes, tantas e tão estrondosas eram as pragas que soltavam ao mesmo tempo. De quando em quando, de entre o grosso e macho vozear dos homens, esguichava um falsete feminino, tão estridente que provocava réplica aos papagaios e aos perus da vizinhança. E, daqui e dali, iam rebentando novas algazarras em grupos formados cá e lá pela estalagem. Havia nos operários e nos trabalhadores decidida disposição para pandegar, para aproveitar bem, até ao fim, aquele dia de folga. A casa de pasto fermentava revolucionada, como um estômago de bêbado depois de grande bródio, e arrotava sobre o pátio uma baforada quente e ruidosa que entontecia. 

Aluísio Azevedo, O cortiço.

A crítica literária costuma observar que, em O cortiço, considerado como um todo, ocorre uma espécie de ampla personificação, na medida em que, convertido em um único ente, o próprio cortiço figurado na obra seria sua personagem principal. Esse mesmo processo de personificação ocorre, em escala menor, no seguinte trecho do texto: 

Alternativas
Respostas
1121: E
1122: E
1123: B
1124: A
1125: E