Questões de Vestibular
Sobre modernismo: tendências contemporâneas em literatura
Foram encontradas 156 questões
Cantoria Meti o peito em Goiás e canto como ninguém. Canto as pedras, canto as águas, as lavadeiras, também.
Cantei um velho quintal com murada de pedra. Cantei um portão alto com escada caída.
Cantei a casinha velha de velha pobrezinha. Cantei colcha furada estendida no lajedo; muito sentida, pedi remendos pra ela. (...)
Fonte: CORALINA, Cora. Meu livro de Cordel. São Paulo: Global, 2013, p. 9.
A partir da leitura do excerto de Cantoria, é INCORRETO afirmar que
Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte. (...)
COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 9.
Observando a passagem do romance, é CORRETO afirmar que
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
Um recurso literário usado pela autora no poema é a atribuição de características humanas a figuras não humanas.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
O eu lírico se apresenta como uma pessoa alheia ao movimento de degradação da natureza.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
Graça Graúna emprega uma linguagem predominantemente denotativa ao falar dos quatro elementos da natureza.
O poema expresso o sentimento lírico de preocupação com a devastação da natureza em prol do lucro.
Leia o fragmento a seguir da obra O filho eterno, de Cristovão Tezza.
A manhã mais brutal da vida dele começou com o sono que se interrompe — chegavam os parentes. Ele está feliz, é visível, uma alegria meio dopada pela madrugada insone, mais as doses de uísque, a intensidade do acontecimento, a sucessão de pequenas estranhezas naquele espaço oficial que não é o seu, mais uma vez ele não está em casa, e há agora um alheamento em tudo, como se fosse ele mesmo, e não a mulher, que tivesse o filho de suas entranhas — a sensação boa, mas irremediável ao mesmo tempo, vai se transformando numa aflição invisível que parece respirar com ele. Talvez ele, como algumas mulheres no choque do parto, não queira o filho que tem, mas a ideia é apenas uma sombra. Afinal, ele é só um homem desempregado e agora tem um filho. Ponto final.
TEZZA, Cristovão. O filho eterno. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 06.
Assinale a opção CORRETA, em relação a esse texto.