Questões de Vestibular de Literatura - Modernismo
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“Não posso com esta cruz Acho muito pesada João Você vem me desgostando A ponto de me por no hospício Uma vez conseguiu Mas duas não” (...)
Os versos acima, se referem ao conto:
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!
Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano. Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima:
JOHNSON. R. Cinema e literatura. Macunaíma: do modernismo na literatura ao cinema novo. São Paulo: T.A.Queiroz, 1987 (adaptado).
Com base no fragmento acima do crítico de cinema Randal Johnson sobre o filme Macunaíma, NÃO é verdadeiro afirmar:
BRITO. J.B. Literatura no cinema. São Paulo: Unimarco, 2006.
Os diálogos entre literatura e cinema, frutos da reflexão de diversos pensadores, como o crítico de cinema paraibano João Batista de Brito, e da prática artística de inúmeros escritores e diretores, NÃO permitem concluir que
BOSI. A. Situação de Macunaíma. In: ANDRADE. M. Macunaíma. São Paulo: Scipione Cultural, 1997 (adaptado).
Com base no fragmento acima do crítico literário Alfredo Bosi é possível inferir que o Macunaíma de Mário de Andrade