Questões de Vestibular de Literatura - Modernismo
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“...sal derramado; padre viajando com a gente no trem; não falar em raio: quando muito, e se o tempo está bom, “faísca”; nem dizer lepra; só o “mal”; passo de entrada com o pé esquerdo; ave do pescoço pelado; risada renga de suindara, cachorro, bode e galo, pretos; e, no principal, mulher feiosa, encontro sobre todos fatídico; – porque, já então, como ia dizendo, eu poderia confessar, num recenseio aproximado: doze tabus de não-uso próprio; oito regrinhas ortodoxas preventivas; vinte péssimos presságios; dezesseis casos de batida obrigatória na madeira; dez outros exigindo a figa digital napolitana, mas da legítima, ocultando bem a cabeça do polegar; e cinco ou seis indicações de rituais mais complicados; total: setenta e dois – nove fora, nada”.
Assinale a alternativa correta.
“Eu queria usar palavras de ave para escrever Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem nomeação Ali a gente brincava de brincar com as palavras Tipo assim: hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! Já vem você com as sua visões! Porque formigas não tem joelhos ajoelháveis E nem há pedras de sacristia por aqui Isto é traquinagem de sua imaginação”.
Assinale a alternativa correta.
Leia o poema transcrito abaixo.
À GARRAFA
Contigo adquiro a astúcia
de conter e de conter-me.
Teu estreito gargalo
é uma lição de angústia.
Por translúcida pões
o dentro fora e o fora dentro
para que a forma se cumpra
e o espaço ressoe.
Até que, farta da constante
prisão da forma, saltes
da mão para o chão
e te estilhaces, suicida,
numa explosão
de diamantes.
PAES, José Paulo. Prosas seguidas de odes mínimas
Em relação ao poema, assinale a alternativa INCORRETA.