Questões de Vestibular Sobre advérbios em português

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Q2093145 Português
De volta pra casa: decolonização na paleontologia

    A primeira ilustração de um fóssil brasileiro foi publicada no livro Viagem pelo Brasil, dos naturalistas alemães Johann B. von Spix (1781-1826) e Carl F. P. von Martius (1794-1868). Ambos fizeram parte da comitiva da arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina (1797-1826), quando ela veio para o país devido ao seu casamento com D. Pedro I. O material ilustrado em 1823 pode ser identificado como uma arcada de um mastodonte (parente distante extinto dos elefantes) do Pleistoceno (há aproximadamente 12 mil anos) e um peixe dos depósitos cretáceos (110 milhões de anos) da bacia do Araripe, no nordeste brasileiro.

   Mas o mundo mudou e, graças à ação de muitos pesquisadores, o Brasil passou a ter várias instituições para abrigar essas riquezas, que evidenciam a diversificação da vida no tempo profundo. Hoje, a comunidade de paleontólogos, apoiada por pesquisadores e pessoas de diversas partes do mundo, tem procurado despertar a atenção para que fósseis relevantes não deixem mais o país e as principais peças que já não estão mais aqui sejam trazidas de volta. Trata-se de uma espécie de decolonização da paleontologia, um movimento de repatriação de exemplares importantes que tenham sido retirados do Brasil à revelia, impedindo o enriquecimento da cultura e da pesquisa brasileiras.

    Não são poucos os exemplares brasileiros importantes que se encontram depositados no exterior. Dinossauros, pterossauros, insetos, peixes e plantas - a maior parte retirada de forma duvidosa do território nacional e, às vezes, com uma aparente conivência do órgão fiscalizador - foram descritos ao longo de décadas e enriquecem museus estrangeiros, principalmente na Europa e na América do Norte. Os depósitos brasileiros mais afetados são os encontrados na bacia do Araripe, curiosamente, de onde provém um daqueles dois primeiros fósseis brasileiros ilustrados. O motivo principal é a riqueza do material dessa região: numeroso, diversificado e, sobretudo, muito bem preservado, o que encanta pesquisadores e públicos em todo o mundo.

    No entanto, se, em determinado momento histórico, a saída de material paleontológico poderia encontrar alguma justificativa (mesmo que passível de questionamento), o mesmo não ocorre nos dias de hoje. A legislação vigente no Brasil regula o trabalho com fósseis no país e dispõe sobre sua proteção, com destaque para o Decreto-Lei n.º 4.146, publicado em 1942, durante o governo de Getúlio Vargas. De forma simplificada, como, pela Constituição Federal, os bens encontrados no subsolo pertencem à União, todos que queiram fazer extração de fósseis necessitam de uma autorização da Agência Nacional de Mineração, com exceção dos pesquisadores que estejam vinculados a uma instituição de pesquisa e ensino.

    (Texto de Alexander W. A. Kellner, disponível em https://cienciahoje.org.br/artigo/de-volta-pra-casa-decolonizacao-na-paleontologia/. Adaptado.)
(URCA/2022.2) Considerando-se a sentença "Trata-se de uma espécie de decolonização da paleontologia, um movimento de repatriação de exemplares importantes que tenham sido retirados do Brasil à revelia, impedindo o enriquecimento da cultura e da pesquisa brasileiras.", é incorreto afirmar que:
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Ano: 2022 Banca: UEMG Órgão: UEMG Prova: UEMG - 2022 - UEMG - Vestibular |
Q2054660 Português

Texto I




Laerte.

Disponível em: https://www.instagram.com/p/CWtk14SFixR/. Acesso em 19 jan. 2022.


Texto II

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Luiz Vaz de Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.


Continuamente vemos novidades,

Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,

E do bem, se algum houve, as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,

Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.


E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto:

Que não se muda já como soía.


Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/2513/mudam-se-ostempos-mudam-se-as-vontades. Acesso em 17 jan. 2022.


Glossário:

Soía: costumava

Assinale a alternativa correta a respeito de elementos linguísticos presentes no Texto II.
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Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - Indígena |
Q1987169 Português
Texto 1A1-I

      À primeira vista, a palavra pode sugerir névoa, neblina, um véu de água se espalhando pela paisagem. Mas, à medida que os pesquisadores se debruçam sobre documentos como cartas de sesmarias e livros antigos e escutam a tradição oral, mais descobrem sobre o verdadeiro significado do nome das cidades, dos povoados e dos acidentes geográficos de Minas Gerais. Quer dois exemplos? Os distritos coloniais de Brumal, em Santa Bárbara, e Cachoeira do Brumado, em Mariana, ganharam essa denominação não pela bruma à qual remetem, e sim pela broma, que em castelhano quer dizer enrolar, passar para trás. Nascidas no século XVIII e criadas na efervescência da mineração, as localidades teriam sido palco de perdas e enganos na disputa pelo ouro, pois as lavras não eram tão ricas como supunham os colonizadores. Bem a propósito, Cachoeira do Brumado, em seus primórdios, quando o território nem se chamava ainda Capitania de Minas, era conhecida como Bromado.
      Os nomes das cidades apaixonam os pesquisadores e rendem profundos estudos acadêmicos. “Afinal, eles têm grande importância para os moradores, sua história, origem e identidade”, diz a professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Maria Cândida Trindade Costa de Seabra. Coordenadora do Grupo Mineiro de Estudos do Léxico, que trata a palavra no contexto sociocultural e pesquisa neologismos, topônimos (nome próprio de um lugar), antropônimos (nomes de pessoas) e outros, Maria Cândida e sua equipe montaram três bancos de dados, um deles com 85 mil nomes de lugares, entre eles cidades, povoados, fazendas, rios, córregos e morros do estado listados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
        Do total pesquisado, a equipe verificou que há 8,4 mil topônimos de origem indígena, como Buriti e Pindaíba; 1,3 mil de origem africana, caso de Caxambu, no sul de Minas Gerais; 2,8 mil híbridos ou decorrentes da mistura de português com indígena (Buriti Grande); de origem indígena com africano (Capão do Cachimbo) e de africano com português (Quilombo Baixo), além de 1,2 mil não classificados, como Manjonge. Os dados alimentam, desde 2005, o Projeto ATEMIG — Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais, desdobramento do Atlas Toponímico do Brasil desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP). Os outros dois bancos de dados contêm informações e mapas antigos do Centro de Cartografia Histórica da UFMG e relatos orais colhidos em atividades de campo. 

 Internet: <www.em.com.br> (com adaptações). 

Julgue o item a seguir, relativos às propriedades linguísticas do texto 1A1-I. 


No último período do primeiro parágrafo, a oração “quando o território nem se chamava ainda Capitania de Minas” expressa uma circunstância de tempo.  

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Ano: 2021 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2021 - USP - Vestibular - Edital 2022 |
Q1858876 Português

A escrita faz de tal modo parte de nossa civilização que poderia servir de definição dela própria. A história da humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a partir da escrita. Talvez venha o dia de uma terceira era — depois da escrita. Vivemos os séculos da civilização escrita. Todas as nossas sociedades baseiam-se no escrito. A lei escrita substitui a lei oral, o contrato escrito substitui a convenção verbal, a religião escrita se seguiu à tradição lendária. E sobretudo não existe história que não se funde sobre textos.

Charles Higounet. A história da escrita. Adaptado.  

A locução conjuntiva “de tal modo…que” e o advérbio “sobretudo”, respectivamente, expressam noção de: 
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Ano: 2021 Banca: PUC-MINAS Órgão: PUC-MINAS Prova: PUC-MINAS - 2021 - PUC-MINAS - Vestibular Medicina - Caderno 1 |
Q1796689 Português
Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 
Atente para o excerto dado:
Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala.
Se observarmos as prescrições da gramática normativa, é CORRETO afirmar:
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Q1676041 Português

Leia o trecho a seguir e responda o que se pede:


“Negrinha abriu a boca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa então, com uma colher, tirou da água “pulando” o ovo e zás! na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, prática que era D. Inácia nesse castigo, suas mãos amordaçaram-na até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou. Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois:

— Diga nomes feios aos mais velhos outra vez!! Ouviu, peste??”

(LOBATO, Monteiro. Negrinha. Disponível em <https://cs.ufgd.edu.br/download/Negrinha-de-Monteiro- Lobato.pdf>)


Assinale a alternativa que indica a classe gramatical e o processo de formação da palavra destacada:

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Ano: 2019 Banca: UFRGS Órgão: UFRGS Prova: UFRGS - 2019 - UFRGS - Vestibular - UFRGS - Língua Portuguesa |
Q1784038 Português
Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de: VERISSIMO. Erico, Caminhos
Cruzados. 26. ed. Porto Alegre/Rio de Janeiro:
Editora Globo, 1982. p. 57-58.
Assinale a alternativa correta, acerca de palavras do texto.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFRGS Órgão: UFRGS Prova: UFRGS - 2019 - UFRGS - Vestibular - UFRGS - Língua Portuguesa |
Q1784032 Português
Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de DUMONT, Santos. O que eu vi, o que
nós veremos. Rio de Janeiro: Hedra, 2016 ..
Organização de Marcos Villares.
Assinale a alternativa que apresenta palavras de mesma classe gramatical.
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Q1404659 Português

Analise as proposições em relação ao conto Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil), à obra O conto da mulher brasileira / Edla van Steen, ao Texto, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.

( ) No período “Quer saber por quê” (linha 11) o uso do por quê, separado e com acento, justifica-se por estar no final da oração, e se substituído por qual motivo ou por qual razão mantém a coerência e o sentido no texto.

( )As temáticas predominantes nos contos, que compõem a Antologia, são desencanto, desilusão, desesperança, existência vã, bem como a frustração existencial e a decepção amorosa, provocadas pela relação homem/mulher, que é, também, bastante comum na maioria das narrativas.

( ) Na estrutura “Não fui hoje, nem nunca mais” (linha 11) as palavras destacadas, quanto à classe gramatical, são advérbios, na sequência, de negação, de tempo, de dúvida e de afirmação. E, quanto à sintaxe, há duas orações, e os termos destacados constituem adjuntos adverbiais.

( ) A importância do tempo, nesta obra, é fator preponderante, pois apesar de serem contos, observa-se uma grande influência desse no enredo de alguns contos, possibilitando que alguns personagens se desloquem para outros contos, desvelando ao leitor a verdadeira personalidade.

( ) Por ser uma coletânea, ela mostra-se multifacetada. Outra vertente, marcada nesta antologia, diz respeito à abordagem de questões políticas, em especial, àquelas em que a presença feminina tinha papel de destaque, devido à popularidade e participação da mulher no campo político.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

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Ano: 2019 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2019 - IF-PR - Vestibular - Cursos Técnicos |
Q1396904 Português

TEXTO DE REFERÊNCIA PARA A QUESTÃO.


Objetivos dos fios de sustentação


        Os fios de sustentação podem ser colocados em diferentes níveis do rosto e do corpo para tratar a pele flácida. (1)Eles permitem reapertar a pele e, assim, rejuvenescer as características sem cirurgia.

         (2)Esse procedimento tem resultados expressivos, podendo dar uma aparência mais jovem para a pessoa que o realiza.

        Nem todas as pessoas podem realizar o tratamento, como por exemplo, (3)aquelas com a pele fina, muito relaxada ou enrugada. Isso acontece geralmente nas pessoas com a idade muito avançada, (4)onde o procedimento seria muito agressivo.

(Disponível em: https://www.cirurgia.net/fios-desustentacao, acessado em 08/07/2019.)

Os pronomes e advérbios são elementos textuais utilizados para promover a coesão do texto. Entre os elementos numerados e em negrito no texto, assinale aquele que apresenta um uso indevido.
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Ano: 2019 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2019 - UECE - Vestibular - Português 2° Fase |
Q1395997 Português
O poema acima apresenta elementos linguísticos de coesão que contribuem para articulação do sentido entre suas partes. Baseado nesta ideia, é correto dizer que
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Q1395978 Português
Em “não evitará o crime” e “não se mobilizar para protegê-la”, as palavras em destaque funcionam morfologicamente no contexto em questão como:
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Q1340244 Português
    Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia. O romance era um recém-chegado, próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário, uma forma popular que não poderia aspirar às altas vocações da poesia lírica e épica. Mas no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária. As pessoas ainda estudam poesia — muitas vezes isso é exigido — mas os romances e os contos tornaram-se o núcleo do currículo.
    Isso não é apenas um resultado das preferências de um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias mas raramente lê poemas. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa. As histórias, diz o argumento, são a principal maneira pela qual entendemos as coisas, quer ao pensar em nossas vidas como uma progressão que conduz a algum lugar, quer ao dizer a nós mesmos o que está acontecendo no mundo. A explicação científica busca o sentido das coisas colocando-as sob leis — sempre que a e b prevalecerem, ocorrerá c — mas a vida geralmente não é assim. Ela segue não uma lógica científica de causa e efeito mas a lógica da história, em que entender significa conceber como uma coisa leva a outra, como algo poderia ter sucedido: como Maggie acabou vendendo software em Cingapura, como o pai de Jorge veio a lhe dar um carro.

(Teoria literária: uma introdução, 1999.)

Advérbio é uma palavra invariável que pode modificar o sentido de um verbo, de um adjetivo, de outro advérbio ou de uma oração inteira.


Um advérbio que modifica o sentido de um adjetivo ocorre em:

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Ano: 2019 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2019 - CESMAC - Prova de Medicina-2019.2- 1° DIA |
Q1332964 Português
O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
Analisando os nexos que criam e sinalizam a coesão entre os diferentes segmentos do texto 1, merece destaque:

1) a reocorrência de palavras como ‘doença’, ‘diabetes’, ‘médico’, ‘medicação’, ‘morte’ etc. 2) o uso de conjunções e locuções adverbiais entre certos segmentos do texto; por exemplo: ‘mas’, ‘como’, ‘para’, ‘ainda’, ‘mais...do que’; 3) a afinidade semântica entre certas palavras, como ‘doença’, ‘tratamento’, ‘paciente’, criando uma espécie de continuidade temática. 4) a ocorrência de pronomes em contextos de retomada de segmentos anteriores do texto, como em: ‘Claro que há boa notícia em meio a essa história’. 5) a estrita correção, conforme as regras da norma culta, que promove a coesão textual.
Estão corretas as alternativas:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: SEBRAE - SP Prova: FUNDATEC - 2019 - SEBRAE - SP - Vestibular - Graduação em Administração |
Q1321798 Português
Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

Em relação à frase: “A única coisa que eles enxergam é uma esfera tocando a outra e não há um vão sequer entre elas.” (l. 23-24), é possível afirmar que:
I. O uso do vocábulo “única” permite afirmar que não há mais nada que eles enxerguem a não ser a esfera tocando a outra. II. O advérbio “sequer” acrescenta à frase a ideia de uniformidade. III. Observa-se que a conjunção “e” conecta duas ações subordinadas.
Quais estão corretas?
Alternativas
Ano: 2019 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: IF-PE - 2019 - IF-PE - Vestibular |
Q1316476 Português

TEXTO 4

Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma festa

onde o homem não mate

nem bicho nem homem

e deixe em paz

as árvores da floresta.


Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma dança

e mesmo as pessoas mais graves

tenham no rosto um olhar de criança.

MURRAY, Roseana. Disponível em https://www.orelhadelivro.com.br/livros 

Acerca de gêneros textuais, classes de palavras e termos da oração, assinale a alternativa CORRETA em relação ao TEXTO 4.
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Ano: 2019 Banca: UFRGS Órgão: UFRGS Prova: UFRGS - 2019 - UFRGS - Vestibular 2º Dia |
Q1013947 Português

Considere os usos de advérbios no texto e assinale com 1 aqueles em que o advérbio modifica o sentido de apenas uma palavra e com 2 aqueles em que modifica o sentido de segmentos textuais.


( ) Certamente (l. 06)

( ) menos (l. 15)

( ) mais (l. 34)

( ) talvez (l. 35)


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

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Ano: 2019 Banca: UFRGS Órgão: UFRGS Prova: UFRGS - 2019 - UFRGS - Vestibular 2º Dia |
Q1013941 Português

O texto apresenta sentimentos de admiração de Ema por sua amiga Bárbara. Esses sentimentos transparecem na relação entre palavras.

Assinale a alternativa em que a reunião de advérbios e adjetivo expressa esse sentido de admiração de Ema por sua amiga.

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Ano: 2018 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2018 - PUC - RS - Vestibular - Primeiro Dia |
Q1961830 Português
Analise a inserção do “mas” nas frases do texto.

I. Mas antes não houvesse, segundo ela, porque cria um bloqueio nos alunos e impede que se veja sua real beleza. (linhas 05 a 07)
II. Mas, se gramática não é apenas um conjunto de regras tediosas que servem para classificar mecanicamente palavras, locuções e orações, o que é afinal? (linhas 08 a 10)
III. Mas contrastar regra e realidade é uma das principais linhas de trabalho da pesquisadora. (linhas 15 e 16)
IV. Mas esse é o caminho, segundo ela, para reconhecer as características objetivas, persuasivas ou poéticas de um texto, o que é muito mais importante do que saber se o sujeito é composto ou oculto. (linhas 37 a 40)

A inserção do “mas” adversativo causaria PREJUÍZO ao conteúdo do texto nas frases
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Ano: 2018 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2018 - ULBRA - Vestibular |
Q1722657 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto Você anda espalhando mentiras por aí, de Eugênio Bucci, disponível em https://epoca.globo.com/politica/eugenio-bucci/noticia/2017/08/voce-anda-espalhando-mentiras-por-ai.html

2.png (664×697)

Associe as duas colunas, relacionando cada palavra sublinhada com a sua respectiva classificação morfológica.


1. [...] vieram os requintes de cinismo [...]                   ( ) Conjunção.

2. Numa jogada pérfida, [...]                                        ( ) Substantivo.

3. Todos sabemos [...]                                                  ( ) Adjetivo.

4. [...], mas na imprensa.                                              ( ) Advérbio.

5. [...] hoje, nos Estados Unidos, essa reserva [...]      ( ) Pronome indefinido.


A sequência correta dessa associação é:

Alternativas
Respostas
1: E
2: C
3: C
4: B
5: D
6: D
7: E
8: B
9: B
10: D
11: C
12: B
13: E
14: A
15: A
16: A
17: C
18: B
19: C
20: E