Questões de Vestibular
Sobre análise sintática em português
Foram encontradas 485 questões
BITTENCOURT, Renato Nunes. O advento do homem-massa. Disponível
em: < http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/52/o-adventodo-homem-massa-na-decadente-conjuntura-da-degradacao-cultural187560-1.asp>. Acesso em: nov. 2010. Adaptado.
“É importante destacar que a configuração valorativa do ‘homem-massa’ não segue parâmetros sociais ou econômicos específicos, mas a análise da existência ou não de uma nobreza de espírito interior.” (l. 21-24)
Sobre o fragmento em evidência, é verdadeiro o que se afirma em
I - Ambiguidade, tendo em vista o uso de duplo sentido das palavras “carola” e “corola”.
II - Que no verso cinco as palavras “corola” e “flor” são consideradas cognatas.
III - Paralelismo sintático, no verso oito, em razão da reiteração das estruturas lexicais em ritmo cadenciado.
IV - Que nos versos onze e doze, não se leva em conta o fenômeno da variação linguística e suas implicações no uso da língua.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
As mãos, a despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor; não cheiravam a sabões finos nem águas de toucador, mas com água do poço e sabão comum trazia-as sem mácula.
Sobre os recursos lingüísticos, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Atualmente, a palavra toucador, no sentido de penteadeira, caiu em desuso, constituindo exemplo de variedade histórica. ( ) As palavras cheiravam e águas possuem, respectivamente, os dígrafos ch e gu, pois são agrupamentos de letras que simbolizam um som. ( ) O verbo cheirar está usado como transitivo indireto, no sentido de exalar determinado cheiro. ( ) No trecho trazia-as sem mácula, o sujeito está elíptico e a expressão adjetiva funciona como predicativo do objeto.
Marque a seqüência correta.
( ) A expressão “um espaço tratado com carinho especial” (linha 1) funciona como sujeito da oração.
( ) A palavra “muitos” (linha 3) é parte de um sintagma de base pronominal, por isso é variável.
( ) O termo “que” (linha 1) é um relativo que tem como antecedente a construção sintática “carinho especial”.
Marque a alternativa correta.
Texto para a questão
Evanildo Bechara, Na ponta da língua. Adaptado.
texto para a questão.
J. Mattoso Câmara Jr., A língua literária. In: A. Coutinho (org.), A literatura no Brasil, 1968.
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▪️ As lágrimas do Chuck Norris curam o câncer. O problema é que ele é tão macho que não chora nunca. Nunca!
▪️ Quando o Bicho Papão vai dormir, ele deixa a luz acesa com medo de Chuck Norris.
▪️ Duas coisas contribuíram para a explosão demográfica humana: a revolução industrial e o nascimento do Zé Mayer.
▪️ O Criança Esperança é uma ação da Globo para pagar pensão para todos os filhos de Zé Mayer.
Frases veiculadas na internet.
A oração “... para pagar pensão para todos os filhos de Zé Mayer.” (Quadro com frases sobre José Mayer e Chuck Norris) estabelece relação de consequência com a oração “O Criança Esperança é uma ação da Globo ...” (Quadro com frases sobre José Mayer e Chuck Norris).
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▪️ As lágrimas do Chuck Norris curam o câncer. O problema é que ele é tão macho que não chora nunca. Nunca!
▪️ Quando o Bicho Papão vai dormir, ele deixa a luz acesa com medo de Chuck Norris.
▪️ Duas coisas contribuíram para a explosão demográfica humana: a revolução industrial e o nascimento do Zé Mayer.
▪️ O Criança Esperança é uma ação da Globo para pagar pensão para todos os filhos de Zé Mayer.
Frases veiculadas na internet.
A expressão “Ao contrário.” (linha 49) é utilizada para contrapor eventos opostos: a fama de “pegador” de Zé Mayer se esvanecer e o fato de o personagem de Zé Mayer já estar envolvido com três mulheres logo no início da novela Viver a vida.
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▪️ As lágrimas do Chuck Norris curam o câncer. O problema é que ele é tão macho que não chora nunca. Nunca!
▪️ Quando o Bicho Papão vai dormir, ele deixa a luz acesa com medo de Chuck Norris.
▪️ Duas coisas contribuíram para a explosão demográfica humana: a revolução industrial e o nascimento do Zé Mayer.
▪️ O Criança Esperança é uma ação da Globo para pagar pensão para todos os filhos de Zé Mayer.
Frases veiculadas na internet.
No período “... ele é tão macho que não chora nunca.” (Quadro com frases sobre José Mayer e Chuck Norris), estabelece-se uma relação fato-consequência.
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Disponível em <http://veja.abril.com.br/especiais/homem_2004/p_010.html>.
No texto, podem ser encontradas várias construções comparativas, como, por exemplo, “... já se mostram mais à vontade ...” (linha 14), “... estão mais atentos aos movimentos internos de suas companheiras ...” (linhas 19-20), “... a maioria dos homens (...) sente-se mais viril.” (linhas 36-37). Esse recurso linguístico é utilizado para contrapor o comportamento do novo homem ao do homem tradicional.
Texto
Choque entre contextos é da natureza de todas as pilhérias
Hélio Schawartsman
Articulista da Folha de S.Paulo.
(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 1.°/5/2011.
Ilustrada. E4)
Em “À medida que crescem, vão – espera-se – buscando formas mais sofisticadas e cerebrais” (linhas 55-57), a expressão destacada em negrito estabelece uma relação de proporção entre as ações expressas nas duas orações.
Texto para a questão
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Texto para a questão.
No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.
Os outros carregadores mais idosos meio que tinham caçoado do bobo, viesse trabalhar que era melhor, trabalho deles não tinha feriado. Mas o 35 retrucava com altivez que não carregava mala de ninguém, havia de celebrar o dia deles. E agora tinha o grande dia pela frente.
[...]
Abriu o jornal. Havia logo um artigo muito bonito, bem pequeno, falando na nobreza do trabalho, nos operários que eram também os “operários da nação”, é isso mesmo. O 35 se orgulhou todo comovido. Se pedissem pra ele matar, ele matava roubava, trabalhava grátis, tomado dum sublime desejo de fraternidade, todos os seres juntos, todos bons... Depois vinham as notícias. Se esperavam “grandes motins” em Paris, deu uma raiva tal no 35. E ele ficou todo fremente, quase sem respirar, desejando “motins” (devia ser turumbamba) na sua desmesurada força física, ah, as ruças de algum... polícia? polícia. Pelo menos os safados dos polícias.
Pois estava escrito em cima do jornal: em São Paulo a Polícia proibira comícios na rua e passeatas, embora se falasse vagamente em motins de tarde no Largo da Sé. Mas a polícia já tomara todas as providências, até metralhadoras, estavam em cima do jornal, nos arranha-céus, escondidas, o 35 sentiu um frio. O sol brilhante queimava, banco na sombra? Mas não tinha, que a Prefeitura, pra evitar safadez dos namorados, punha os bancos só bem no sol. E ainda por cima era aquela imensidade de guardas e polícias vigiando que nem bem a gente punha a mão no pescocinho dela, trilo. Mas a Polícia permitiria a grande reunião proletária, com discurso do ilustre Secretário do Trabalho, no magnífico pátio interno do Palácio das Indústrias, lugar fechado! A sensação foi claramente péssima. Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! é! E pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão), socos, uma visão tumultuaria, rolando no chão, se machucava mas não fazia mal, saíam todos enfurecidos do Palácio das Indústrias, pegavam fogo no Palácio das Indústrias, não! a indústria é a gente, “operários da nação” pegavam fogo na igreja de São Bento mais próxima que era tão linda por “drento”, mas pra que pegar fogo em nada!
(Mário de Andrade. “Primeiro de Maio” in Contos novos)
Leia o poema de Manuel Bandeira para responder à questão.
A estrada
Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.
Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho manhoso.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,
Que a vida passa! que a vida passa!
E que a mocidade vai acabar.
(Estrela da vida inteira, 2009.)
“Estes cães da roça parecem homens de negócios”.
A função sintática do termo destacado no excerto é a mesma
do termo destacado em:
Em 2010, cientistas realizaram um experimento especialmente tocante com ratos. Eles trancaram um rato numa gaiola minúscula, colocaram-na dentro de um compartimento maior e deixaram que outro rato vagasse livremente por esse compartimento. O rato engaiolado demonstrou sinais de estresse, o que fez com que o rato solto também demonstrasse sinais de ansiedade e estresse. Na maioria dos casos, o rato solto tentava ajudar seu companheiro aprisionado e, depois de várias tentativas, conseguia abrir a gaiola e libertar o prisioneiro. Os pesquisadores repetiram o experimento, dessa vez pondo um chocolate no compartimento. O rato livre tinha de escolher entre libertar o prisioneiro e ficar com o chocolate só para ele. Muitos ratos preferiram primeiro soltar o companheiro e dividir o chocolate (embora uns poucos tenham mostrado mais egoísmo, provando com isso que alguns ratos são mais maldosos que outros).
Os céticos descartaram essas conclusões, alegando que o rato livre liberta o prisioneiro não por ser movido por empatia, mas simplesmente para parar com os incomodativos sinais de estresse apresentados pelo companheiro. Os ratos seriam motivados pelas sensações desagradáveis que sentem e não buscam nada além de exterminá-las. Pode ser. Mas poderíamos dizer o mesmo sobre nós, humanos. Quando dou dinheiro a um mendigo, estou reagindo às sensações desagradáveis que sua visão provoca em mim? Realmente me importo com ele, ou só quero me sentir melhor?
Na essência, nós humanos não somos diferentes de ratos, golfinhos ou chimpanzés. Como eles, tampouco temos
alma. Como nós, eles também têm consciência e um complexo mundo de sensações e emoções. É claro que todo animal tem traços e talentos exclusivos. Os humanos têm suas
aptidões especiais. Não deveríamos humanizar os animais
desnecessariamente, imaginando que são apenas uma versão mais peluda de nós mesmos. Isso não só configura uma
ciência ruim, como igualmente nos impede de compreender e
valorizar outros animais em seus próprios termos.
(Homo Deus, 2016.)