Questões de Vestibular de Português - Crase
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I. Embora a autora se enquadre no período pós-moderno ou contemporâneo, o conto possui uma linguagem simbólica, que comprova a exuberância da narrativa pela fusão de imagens (descrições) auditivas, olfativas e visuais, constituindo uma característica da escola simbolista - sinestesia.
II. A descrição caricata da dona da pensão, a presença do animal de estimação - um gato, o codinome que ela recebe - bruxa, são elementos que causam estranheza e cotizam-se para a atmosfera do fantástico, do sobrenatural.
III. No período “e olhou pelo buraco tão reduzido como o aro de um anel” (linha 22) a palavra destacada, e que estabelece a relação de comparação, pode ser substituída por tal qual, sem comprometer a classificação morfológica, o sentido e a coerência, no texto.
IV. Nas estruturas “é raro à beça” (linhas 3 e 4) e “Café das sete às nove” (linha 9) o sinal gráfico da crase somente é obrigatório na segunda estrutura, por se tratar de hora determinada, e na primeira estrutura o emprego é optativo.
V. Na oração “Não deixem a porta aberta senão meu gato foge” (linhas 11 e 12) a palavra em destaque pode ser substituída por se não, pois ambas têm a mesma acepção que contrário, logo não há alteração semântica.
Assinale a alternativa correta.
Para responder às questões, considere o texto abaixo.
MIDANI, André. Do vinil ao download. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2015. Adaptado.
NSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Disponível em: <http://www.meusdicionarios.com.br/humildade>.
Acesso em: 09 ago. 2016.
Observe atentamente as afirmações.
I - O verbo “passou” (l. 04) tem como sujeito “o significado de humildade” (l. 02-03).
II - A expressão “que possui” (l. 07) poderia ser substituída por “de”, sem que houvesse mudança de sentido no texto.
III - A passagem “ao português” (l. 05) poderia ser substituída por “à Língua Portuguesa”, desde que indicada a crase.
Quais estão corretas?
• Analisando os indicadores de desempenho do produto interno bruto e o último balanço do mercado de trabalho, muitos chegam ____________ conclusão _____________ pioramos.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas nas frases devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Disponível em: http://errarparaacertar.blogspot.com.br. Acesso em: 10 dez. 2013.
Texto para a questão.
Disponível em: <http://colmeia.eng.br/zum-zum/preservacao-do-solo/>
____ que se ter paciência com ele. Não____ nada que se possa fazer ____ respeito. Saber o______, ______ vezes é até pior. ___________ você não tomou providências e se reportou _____secretária?
Leia atentamente o texto abaixo, publicado na coluna “Dicas de Português” do G1 online, em 27 de junho de 2012.
Saiba quando podemos usar crase antes de palavras masculinas
Publicamos outro dia nesta coluna: “Não há crase antes de palavra masculina”. Entre os comentários recebidos estava uma crítica de um leitor. Veja: “Acredito que há exceção a esta regra, tanto no que se refere a expressões que denotam modo/moda (Filé à Osvaldo Aranha) quanto no uso do pronome demonstrativo “aquele” com verbo que peçam a preposição “a” (Dedicou-se àquele amor por toda a vida).”
Diante da publicação e da ressalva do leitor, analise as orações abaixo quanto ao uso ou à ausência do sinal grave, indicador de crase, e assinale a alternativa INCORRETA.
I. No trecho: “(...) e da sua ama de leite (a mãe preta), cujo leite afro acalentava seu filho branco.” (2º parágrafo), a substituição da forma verbal ‘acalentava’ por ‘nutria’ acarretará a seguinte alteração na regência: ‘(...) e da sua ama de leite (a mãe preta), em cujo leite afro nutria seu filho branco.’. II. No trecho: “Quem mais morre nas periferias das cidades brasileiras são negros.” (3º parágrafo), a forma verbal destacada está no plural em concordância com o predicativo plural ‘negros’. III. No trecho: “Ouvimos muitos comentários (...) de que o grande mal do Brasil é o ‘jeitinho brasileiro’, que é atrelado à corrupção.” (1º parágrafo), o sinal indicativo de crase é opcional, já que o verbo ‘atrelar’, no contexto em que se insere, pode também ser transitivo direto. IV. O segmento destacado no trecho: “Ruralistas e posseiros o fazem à luz do dia no Norte e Centro-Oeste do país.” (6º parágrafo) exemplifica um caso de próclise; a forma enclítica correspondente é ‘fazem-no’.
Estão CORRETAS:
TEXTO 2
“O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E MANIPULAÇÃO
(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando vê o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.
(2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o direito de retirar do outro o direito de ser quem ele é. Quer recíproca, similaridade, espelhamento de atitudes. Vê injustiça na troca, acha que faz mais e recebe menos. “Trouxa, agora está aí cultivando mágoas. Da próxima vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se passou.
(3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral, emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por uma debilidade de caráter: a vida se mantém a partir de trocas, tudo só existe em relação.
(4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente, inconscientemente esperamos alguma contrapartida: reconhecimento, carinho, atenção, prestígio, escuta, aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos e validados naquilo que somos, mas não cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com os problemas dos que estão próximos – a quem poderão cobrar pela generosidade?
(5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que encontram equivalência entre dois valores tão díspares, mas deixam as intenções às claras. Só nos sentimos enganados quando não deixamos às claras o preço das nossas atitudes.
(6) A generosidade é uma das formas mais primitivas de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará submetido à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que povoam nossa alma.
(7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo desestrutural, seja para o abusador ou para o abusado. Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma atitude abusiva.
(8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância. Mas a partilha saudável é aquela que se dá em acordo, de forma pura. Se não consegue, melhor não ser generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior: emitir faturas para guardá-las na gaveta, à espera da melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que lotam o inferno.
TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”: generosidade e manipulação. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o-bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).
Diversas regras definem o emprego do acento grave indicativo da crase. A esse respeito, analise as expressões destacadas nas proposições a seguir e assinale a alternativa CORRETA.
I. Em: “sabem dar preço às coisas mais impalpáveis” e “deixam as intenções às claras” (5º parágrafo), o acento grave foi aplicado pela mesma razão.
II. Em: “Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos” (4º parágrafo), houve o emprego do acento grave por se tratar de uma locução adverbal feminina.
III. No trecho: “submetido à oferta que provém dessa fonte” (6º parágrafo), a crase ocorreu pela presença de termo que exige a preposição “a” e palavra feminina determinada pelo artigo “a”.
IV. No trecho: “à espera da melhor oportunidade” (8º parágrafo), o acento grave foi utilizado por se tratar de uma locução prepositiva.
V. Em: “uma ode ao egoísmo ou à ganância”, (8º parágrafo) houve a ocorrência de crase, porém, nesse caso, o uso do acento grave é facultativo.
Estão CORRETAS, apenas, as proposições
Briga à toa – Jorge de Altinho
Briga à toa – Jorge de Altinho Se você quer voltar pra mim
Tem que me dizer agora
Meu amor, vamos embora
Pois quem ama, não demora
A gente perde tempo à toa
Não tem briga boa, bom mesmo é amar
Você sofrendo, me querendo
E eu aqui roendo, doido pra voltar
Não adianta mais fingir
Que não dá mais pra ir na mesma direção
É bom a gente se entender
Pra depois não sofrer com a separação
Disponível: < https://www.letras.mus.br/jorge-de-altinho/briga-a-toa/>. Acesso em: 10 maio. 2017.
Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Na oração “Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana”, a presença da preposição a deve-se à exigência feita pelo verbo.
II. Em “O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta”, não se emprega a crase porque o a é uma mera preposição.
III. Em “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante”, o conectivo “mas” estabelece uma relação de oposição com a ideia expressa anteriormente.
IV. Em “Então, os avós e pais construíam os brinquedos de forma artesanal” a partícula “então” estabelece uma relação de alternância.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.
Mais que farinha, água e sal
De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.
“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.
O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.
Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.
Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.
(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.)
Assinale a alternativa correta.
I - “(...) Ester ficou com os avós que lhe faziam todas as vontades, que a mimavam”. A flexão do verbo “fazer” está perfeita, concordando com o sujeito “os avós”;
II - “escapou da justa condenação devido à chacina de advogados que desmoralizavam a profissão, mas não escapou da condenação pública”. O uso da crase na expressão “à chacina” está de acordo com a norma culta; bem como a ausência da crase na expressão “a profissão” também está correta em função da transitividade do verbo “desmoralizar”;
III - “O vestido é meu, foi o senhor quem me deu”, a colocação do pronome “me” não está de acordo com a norma culta. O correto seria “... o senhor quem deu-me”, não há nenhum elemento atrativo para a posição proclítica, ou seja, o pronome antes do verbo;
IV - “Passo a passo até alcançar o caminho mais largo, onde são menos numerosos os espinhos e os atoleiros.” A crase é obrigatória na expressão “passo à passo”;
V - “O menino que assistia ao júri, saíra pela mão do pai, mas já estava na porta da sala quando o meirinho badalou a grande sineta chamando os advogados e os escrivães.” A regência do verbo “assistir” está de acordo com a norma culta, ou seja, assistir com sentido de “presenciar” é transitivo indireto e exige o emprego da preposição “a”, portanto, a expressão “ao júri” está corretíssima.
Considerando a análise feita em cada proposição, é CORRETO afirmar que:
Texto 4
Leia a charge a seguir e responda à próxima questão.
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=charge+sobre+atividade+f%C3%ADsica&tbm=isch&imgil=WFt
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Acesso em: 26 abr 2017.
A presença do acento grave pode alterar ou não o sentido de um enunciado.
Marque a alternativa na qual a presença de tal acento traz alteração semântica para a frase.
I. Na obra, as personagens Renê e Copi têm em comum o sentimento de solidão, ambos tentam o suicídio, mas apenas Copi consegue por fim à amargurada vida que ela levava.
II. No período “que ligam o continente à ilha de Florianópolis” (linha 3) ainda que retirada as palavras ilha de, a crase permanece: que ligam o continente à Florianópolis.
III. Em “Dizem os locais que Cruz e Sousa” (linha 6) há referência ao escritor catarinense, representante máximo da estética Simbolista, cuja poesia ficou marcada pela transcendência espiritual e pelo eterno conflito entre a matéria e o espírito.
IV. Em “observa todos os dias a massagem que os carros, caminhões, ônibus e motos fazem” (linhas 2 e 3) ocorre a figura de linguagem personificação.
V. A leitura da parte da obra Poesia completa de Copi revela a personagem Copi uma poetisa nos moldes parnasianos, com uma poesia metrificada que tem como objetivo maior “A arte pela arte”.
Assinale a alternativa correta.