Questões de Vestibular
Sobre emprego do hífen em português
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FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998. p. 18 a 31
Com base no texto 01 da Língua Portuguesa I, responda à questão.
Adaptado de: ARIAS, Juan. O mundo das mulheres tem que fazer a revolução da linguagem. El país.
Disponível em:
Com base no texto 02, responda à questão.
I. deveria ter sido grafado com hífen, como em anti-higiênico e anti-inflacionário. II. está adequadamente grafado, obedecendo à regra em que prefixo terminado em vogal se junta com a palavra iniciada por consoante. III. está adequadamente grafado, assim como em antiaéreo e antiprofissional. IV. tem como facultativo o emprego do hífen, visto que o Novo Acordo Ortográfico ainda é recente. V. obedece à mesma regra que palavras formadas por prefixos como super-, ultra- e sub-
Estão CORRETAS as proposições
TEXTO 2
“O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E MANIPULAÇÃO
(1) Você tenta levar sua vida direitinho. Busca ser cordial e ter empatia com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compartilha. Quando vê o erro, o instinto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente.
(2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o direito de retirar do outro o direito de ser quem ele é. Quer recíproca, similaridade, espelhamento de atitudes. Vê injustiça na troca, acha que faz mais e recebe menos. “Trouxa, agora está aí cultivando mágoas. Da próxima vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se passou.
(3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral, emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por uma debilidade de caráter: a vida se mantém a partir de trocas, tudo só existe em relação.
(4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente, inconscientemente esperamos alguma contrapartida: reconhecimento, carinho, atenção, prestígio, escuta, aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos e validados naquilo que somos, mas não cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com os problemas dos que estão próximos – a quem poderão cobrar pela generosidade?
(5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que encontram equivalência entre dois valores tão díspares, mas deixam as intenções às claras. Só nos sentimos enganados quando não deixamos às claras o preço das nossas atitudes.
(6) A generosidade é uma das formas mais primitivas de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará submetido à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que povoam nossa alma.
(7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo desestrutural, seja para o abusador ou para o abusado. Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma atitude abusiva.
(8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância. Mas a partilha saudável é aquela que se dá em acordo, de forma pura. Se não consegue, melhor não ser generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior: emitir faturas para guardá-las na gaveta, à espera da melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que lotam o inferno.
TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”: generosidade e manipulação. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o-bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao. Acesso: 08 out. 2017(adaptado).
Leia o TEXTO 1 para responder à questão.
TEXTO 1
Ciência explica____________.
Testes mostram que ____________
de Leonardo da Vinci está sumindo
(www.uol.com.br, 05.06.2014. Adaptado.)
A ortografia da língua portuguesa sofreu algumas alterações, a fim de unificar a escrita do português brasileiro e do português europeu. Entre as alterações estão as seguintes:
1 - Eliminação do acento agudo nos ditongos abertos -ei, -oi e -eu das palavras paroxítonas.
2 - Inclusão do hífen em vocábulos derivados por prefixação cujo prefixo terminar por vogal igual à vogal inicial do segundo elemento.
3 - Eliminação do hífen em vocábulos derivados por prefixação, cujo prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com consoante.
Levando-se em conta as regras acima, analise as asserções e, em seguida, marque a alternativa CORRETA:
I. Em geleia, heroico e Coreia, o acento agudo foi eliminado atendendo ao acordo.
II. As palavras anéis, herói e chapéu se enquadram na regra 1, portanto aqui estão indevidamente grafadas com acento.
III. Contrarregra e microssistema passaram a ser escritos sem hífen, atendendo ao que está explicitado na regra 3.
IV. Co-operar e co-ordenar passaram a ser
grafadas com hífen, atendendo à regra 2.