Questões de Vestibular Sobre flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva) em português

Foram encontradas 54 questões

Ano: 2022 Banca: UEMG Órgão: UEMG Prova: UEMG - 2022 - UEMG - Vestibular |
Q2054661 Português

Texto I




Laerte.

Disponível em: https://www.instagram.com/p/CWtk14SFixR/. Acesso em 19 jan. 2022.


Texto II

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Luiz Vaz de Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.


Continuamente vemos novidades,

Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,

E do bem, se algum houve, as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,

Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.


E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto:

Que não se muda já como soía.


Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/2513/mudam-se-ostempos-mudam-se-as-vontades. Acesso em 17 jan. 2022.


Glossário:

Soía: costumava

Analise o excerto a seguir, extraído do Texto II, e assinale a alternativa INCORRETA.

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Muda-se o ser, muda-se a confiança;”.

Alternativas
Q1682906 Português

    A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
    
    O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

    A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.

    E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)
Pode ser reescrito na voz passiva o seguinte trecho do texto:
Alternativas
Q1675401 Português
Leia o texto extraído da primeira parte, intitulada “A terra”, da obra Os sertões, de Euclides da Cunha. A obra resultou da cobertura jornalística da Guerra de Canudos, realizada por Euclides da Cunha para o jornal O Estado de S.Paulo de agosto a outubro de 1897, e foi publicada apenas em 1902.


    Percorrendo certa vez, nos fins de setembro [de 1897], as cercanias de Canudos, fugindo à monotonia de um canhoneio1 frouxo de tiros espaçados e soturnos, encontramos, no descer de uma encosta, anfiteatro irregular, onde as colinas se dispunham circulando um vale único. Pequenos arbustos, icozeiros2 virentes viçando em tufos intermeados de palmatórias3 de flores rutilantes, davam ao lugar a aparência exata de algum velho jardim em abandono. Ao lado uma árvore única, uma quixabeira alta, sobranceando a vegetação franzina.
     O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus — um soldado descansava.
    Descansava... havia três meses.
    Morrera no assalto de 18 de julho [de 1897]. A coronha da Mannlicher 4 estrondada, o cinturão e o boné jogados a uma banda, e a farda em tiras, diziam que sucumbira em luta corpo a corpo com adversário possante. Caíra, certo, derreando- -se à violenta pancada que lhe sulcara a fronte, manchada de uma escara preta. E ao enterrarem-se, dias depois, os mortos, não fora percebido. Não compartira, por isto, a vala comum de menos de um côvado de fundo em que eram jogados, formando pela última vez juntos, os companheiros abatidos na batalha. O destino que o removera do lar desprotegido fizera-lhe afinal uma concessão: livrara-o da promiscuidade lúgubre de um fosso repugnante; e deixara-o ali há três meses – braços largamente abertos, rosto voltado para os céus, para os sóis ardentes, para os luares claros, para as estrelas fulgurantes...
    E estava intacto. Murchara apenas. Mumificara conservando os traços fisionômicos, de modo a incutir a ilusão exata de um lutador cansado, retemperando-se em tranquilo sono, à sombra daquela árvore benfazeja. Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos. Volvia ao turbilhão da vida sem decomposição repugnante, numa exaustão imperceptível. Era um aparelho revelando de modo absoluto, mas sugestivo, a secura extrema dos ares.

(Os sertões, 2016.)

1 canhoneio: descarga de canhões.

2 icozeiro: arbusto de folhas coriáceas, flores de tom verde-pálido e frutos bacáceos.

3 palmatória: planta da família das cactáceas, de flores amarelo-esverdeadas, com a parte inferior vermelha, ou róseas, e bagas vermelhas.

4 Mannlicher: rifle projetado por Ferdinand Ritter von Mannlicher.
Observa-se o emprego de voz passiva no trecho
Alternativas
Q1796195 Português
Leia o texto de Teresinha Costa para responder à questão.

     Em História social da criança e da família, Philippe Ariès faz um estudo na Europa, no período compreendido entre a Idade Média e o século XX, para demonstrar como a definição de criança se modificou no decorrer do tempo de acordo com parâmetros ideológicos. Pela análise de pinturas, diários, esculturas e vitrais produzidos na Europa no período anterior aos ideais da Revolução Francesa, Ariès forja a expressão "sentimento da infância" para designar "a consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto". Esse sentimento vai aparecer a partir apenas do século XVII.
Na Idade Média, a criança era vista como um pequeno adulto, sem características que a diferenciassem, e desconsiderada como alguém merecedor de cuidados especiais. Isso não significava que as crianças fossem até então desprezadas ou negligenciadas, mas sim que não se tinha consciência de uma série de particularidades intelectuais, comportamentais e emocionais que passaram, então, a ser consideradas como inerentes ou até mesmo naturais às crianças. Ariès comenta, inclusive, que os pintores ocidentais reproduziam crianças vestidas como pequenos adultos, e que somente percebemos se tratar de uma criança devido ao seu tamanho reduzido. Nas sociedades agrárias, a infância era um período rapidamente superado e, tão logo a criança adquiria alguma independência, passava a participar da vida dos adultos e de seus trabalhos, jogos e festas.

(Psicanálise com crianças, 2010.)
"Isso não significava que as crianças fossem até então desprezadas" (2° parágrafo)
Se esta frase for transposta para a voz ativa, a locução verbal sublinhada muda para:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFRGS Órgão: UFRGS Prova: UFRGS - 2019 - UFRGS - Vestibular - UFRGS - Língua Portuguesa |
Q1784030 Português
Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de DUMONT, Santos. O que eu vi, o que
nós veremos. Rio de Janeiro: Hedra, 2016 ..
Organização de Marcos Villares.
Assinale a alternativa que apresenta uma oração na voz passiva.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2019 - UNICENTRO - Vestibular - Língua Portuguesa |
Q1404000 Português
O termo transcrito está corretamente explicado na alternativa
Alternativas
Ano: 2019 Banca: Inatel Órgão: Inatel Prova: Inatel - 2019 - Inatel - Vestibular - Julho |
Q1386874 Português
Texto I

Maio Amarelo: 5 Pilares da ONU que Explicam a Importância da Busca Pela Segurança no Trânsito

Quando chega o mês de maio, os olhos do mundo se voltam para o Maio Amarelo, movimento que busca chamar a atenção para o alto índice de mortos e feridos no trânsito.
Neste ano, o tema do movimento é “No trânsito, o sentido é a vida”, buscando estimular condutores, ciclistas e pedestres a optarem por um trânsito mais seguro.
Além disso, apresenta o lema “Me ouça”, proposta que tem por fim incentivar os adultos a ouvirem os conselhos dados pelas crianças e, assim, absorverem, sem filtros, o que é certo ou errado.
De acordo com o site do movimento, que é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil, ao todo, 27 países apoiam a campanha atualmente, incluindo, é claro, o Brasil.
Ainda sobre o Maio Amarelo, sua criação esta atrelada à campanha Década de Ação para a Segurança no Trânsito, decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 11 de maio de 2011.
O amarelo foi a cor escolhida para representar o movimento porque, na sinalização de trânsito, serve para chamar a atenção dos condutores para o que acontece a sua volta.
Este ano, o Maio Amarelo chega a sua sexta edição, desejando que a sociedade se envolva mais nas ações educativas realizadas pelo mundo e, assim, reflita sobre a mobilidade urbana.
No Brasil, o movimento tem o apoio da Associação Nacional de DETRANS (AND) e do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), sendo mais uma tentativa para que o número de infrações de trânsito, que ocasionam ferimentos graves e muitas vezes levam à morte, diminua em nosso país.
(doutormultas.com.br) 


Texto II


Plano de Ação Global da ONU e a Busca Pela Segurança no Trânsito


Em 2011, a ONU propôs uma união mundial pela busca de um trânsito mais seguro. O movimento Maio Amarelo busca juntar forças à ONU que, há oito anos, propôs ao mundo uma tarefa bastante difícil: diminuir o número de vidas perdidas em decorrência de acidentes de trânsito.
A Global Plan for the decade of action for Road Safety (Década de Ação para Segurança Viária), Plano de Ação Global da ONU, propôs que, até o ano de 2020, os governos de todo o mundo desenvolvam planos nacionais para a Década, como um complemento das demais ações educativas para o trânsito que acontecem pelo mundo.
De acordo com a ONU, acidentes de trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano, sendo que a maior parte desses acidentes acontece em países populosos, como o Brasil, a China e a Índia.
Além disso, esses países estão entre os que mais têm vítimas no trânsito porque os serviços de emergência disponíveis não são capazes de atender de forma adequada os feridos, já que as condições oferecidas não são capazes de proporcionar bons atendimentos.
Ao propor a Década, a ONU informou que o problema da acidentalidade no trânsito é grande demais para ser solucionado de forma isolada por apenas uma entidade, órgão ou autoridade.
Com isso, a organização reforça, a cada ano, o convite, para que o número de acidentes continue a diminuir e, ao final do prazo (2020), o trânsito seja um lugar mais seguro em todos os cantos do mundo.
A meta, que é reduzir em 50% o número de mortes no trânsito, é orientada a partir de cinco pilares básicos, propostos pela Organização.
Veja abaixo quais são e como eles são capazes de reduzir esses números.
1. Gestão da segurança no trânsito
Com este pilar, a ONU visa incentivar, nos países, a criação de parcerias para que o desenvolvimento e a elaboração de estratégias nacionais de segurança no trânsito sejam realizados, assim como planos de ações.
O órgão acredita que, ao coletar dados referentes ao trânsito em seus territórios, os países conseguirão desenvolver também estudos para que a avaliação e as concepções de medidas que consigam reduzir o número de acidentes de trânsito tenham sua eficácia.
A ONU também indicou que os países estabelecessem uma agência nacional, na qual grupos de coordenação e desenvolvimento de trabalhos devem ser desenvolvidos.
Ainda neste pilar, a ONU recomenda, aos países definidos, objetivos realistas a longo prazo, instalando e mantendo os sistemas de dados necessários para que possam ser obtidos os resultados da supervisão, avaliação e demais medidas em processo. 
Todas essas instruções, de acordo com a ONU, devem acontecer aliadas à verificação dos financiamentos necessários, tendo como base operações já realizadas e que obtiveram bons resultados em outros países.
2. Infraestrutura viária adequada
Aumentar a segurança das redes viárias, proporcionando um ambiente seguro a todos, principalmente aos usuários mais vulneráveis, como os pedestres, ciclistas e motociclistas, é um dos objetivos da ONU com o Plano de Ação.
Aliás, este pilar propõe algo muito importante: a responsabilidade de todas as partes envolvidas na busca pela segurança no trânsito.
A ONU indicou, em 2011, quando propôs a Década de Ação para a Segurança Viária, que os governos e órgãos gestores de vias tivessem como objetivo banir vias de alto risco até o ano de 2020.
É também solicitado aos governos repassar as melhorias da segurança no trânsito para os órgãos gestores de vias, que devem apresentar relatórios anuais sobre a situação da segurança e sobre as melhorias realizadas.
No Brasil, esse serviço é realizado pelas concessionárias de rodovias, que têm seus serviços regulamentados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A ONU também solicita que os países levem em conta, ao realizarem novas obras, as necessidades de cada tipo de usuário do trânsito, assim como as condições de segurança das novas construções.
Ainda dentro deste pilar, a ONU indica aos Estados que promovam a segurança na operação, manutenção e melhoramentos da infraestrutura, realizando avaliações para que sejam identificadas as vítimas e os fatores ligados à infraestrutura que ocasionam os acidentes de trânsito.
3. Segurança veicular
A ONU chama a atenção para a importância dos dispositivos de segurança
Este pilar é muito importante, pois ele visa incentivar o uso de tecnologias comprovadas para que a segurança dos veículos possa estar assegurada aos condutores.
Para este pilar, a ONU estabeleceu que haja incentivo por parte dos Estados-Membros em relação aos programas de avaliação de automóveis em todas as regiões do mundo para que os consumidores tenham acesso às informações referentes à segurança dos veículos motorizados.
A solicitação da ONU também aponta que, até 2020, todos os veículos estejam equipados com dispositivos de segurança de qualidade, como o cinto de segurança.
Para isso, a Organização também indica que empresas que sigam esses parâmetros de segurança recebam incentivos fiscais, para que importações e exportações de automóveis de segunda mão, com padrões de segurança reduzidos, sejam combatidas.
A ONU também solicita, neste período que vai até 2020, que haja incentivo para a aplicação de regulamentações cujo objetivo é obter a segurança de pedestres, para que sejam reduzidos os riscos aos usuários mais vulneráveis.
4. Usuários mais seguros
Este pilar tem como objetivo promover, aos usuários do trânsito, programas completos para que o mau comportamento seja evitado, estabelecendo medidas que combinem educação e sensibilização do público, como é o caso de muitas campanhas que acontecem no mundo e no Brasil.
Programas que incentivem, por exemplo, o uso dos acessórios de segurança, promovam o combate ao excesso de velocidade e ao uso de substância psicoativa ao dirigir são de grande valia, pois abordam comportamentos que devem ser combatidos pelas campanhas educativas.
Para isso, a ONU sugere que os países aumentem o conhecimento em relação a esses fatores, assim como às medidas preventivas, realizando campanhas de marketing social, a fim de ajudar a influenciar as atitudes e opiniões dos condutores.
No Brasil, de acordo com a legislação, essas campanhas também devem ser financiadas com o dinheiro arrecadado com as multas de trânsito, como está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 320.
Este pilar também prevê a criação de leis que alertem os motoristas a respeito do uso do capacete, do cinto de segurança e do consumo de álcool, como acontece aqui no Brasil com a Lei Seca.
A ONU também recomenda que sejam estabelecidas leis profissionais de saúde e de segurança relativas ao transporte, assim como normas e regras para a operação segura dos veículos utilitários, como fretes, transportes rodoviários e frotas de veículos, para que sejam reduzidos os números de acidentes.
Por fim, de acordo com o documento disponibilizado pela ONU, para que os países membros possam melhorar as estatísticas de segurança no trânsito em seus territórios, é preciso desenvolver pesquisas e políticas públicas para que os prejuízos causados por acidentes de trânsito ligados ao trabalho nos setores públicos sejam evitados.
5. Resposta pós-acidente 
Priorizar o atendimento às vitimas de trânsito, de acordo com a ONU, ajudaria na diminuição de vidas perdidas no trânsito
Por fim, o último pilar que serve como base para que os países melhorem os índices de acidentes e mortes no trânsito é a questão da assistência às emergências decorrentes das tragédias no trânsito.
A ONU acredita que, até 2020, é preciso melhorar a capacidade do sistema de saúde e dos demais sistemas envolvidos neste processo para que seja fornecido tratamento emergencial adequado e urgente às vítimas, assim como oportunidade de reabilitação.
No Brasil, de acordo com a Seguradora Líder, responsável pelo pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), somente em 2017, foram pagas 383.993 indenizações relativas a acidentes, sendo que mais de 41 mil pessoas morreram em decorrência do trânsito. Todos esses casos significam perdas de vidas, pessoas que deixam um vazio na vida daqueles que os amam. Além disso, representam, aos órgãos públicos de saúde, números com os quais, muitas vezes, não estão preparados para lidar, principalmente em países de terceiro mundo, onde está a maior incidência dos acidentes de trânsito.
A ONU reforça neste pilar a importância de que sejam incentivadas iniciativas que visam analisar quem são essas pessoas e quais os prejuízos do trânsito, podendo, assim, procurar acertos equitativos para as famílias dos mortos e feridos.
Portanto, a Organização acredita que é preciso melhorar a assistência às vítimas de acidentes para que os reflexos dessas perdas não signifiquem prejuízos para a sociedade como um todo.
(doutormultas.com.br)



Texto III 




Instruções:

Fuja das generalizações, clichês, lugares-comuns e frases feitas.
Seu texto deve obrigatoriamente conter um título.
O texto deve ter, no máximo, 25 linhas.
Utilize a última folha da prova como rascunho. É permitido destacá-la.


Coletânea:

Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta. Articule os elementos selecionados com sua história de leituras e suas reflexões.


Tema: “Como melhorar a situação do trânsito no Brasil?” 

A plantação de feijão foi atacada pela praga.


Sobre a oração, está correto o que se afirma em:

Alternativas
Q1340210 Português

Leia o trecho de Galvez, Imperador do Acre, de Márcio Souza, para responder à questão:

Juno e Flora e outras divindades mitológicas


    O cabaré não primava pela decoração, mas o ambiente era simples e acolhedor. Era bem conceituado pelos anos de serviços prestados. Uma sala pequena cheia de sofás, algumas mesas redondas de mármore encardido. Meia penumbra. Fomos sentar numa mesa perto da orquestra. A casa começava a esvaziar e estavam apenas os clientes mais renitentes. Duas meninas dançavam um can-can desajeitado e deviam ser paraenses. As duas meninas suavam sem parar. Fomos atendidos por Dona Flora, gorda e oxigenada proprietária que bem poderia ser a deusa Juno. Recebemos as vênias de sempre e Trucco pediu uísque. A música já estava com o andamento de fim de festa e o garçom veio servir nossas bebidas. Trucco perguntou se Lili ainda iria apresentar-se e o garçom respondeu que o número dela era sempre à meia-noite. Havia um ar de familiaridade, e duas polacas vieram sentar em nossa mesa. Afastei a cadeira para elas sentarem e notei que eram bem velhas e machucadas. Decidi dar uma observada no ambiente enquanto Trucco trocava gentilezas com as duas cocottes1 .


(Galvez, Imperador do Acre, 1977.)

1cocotte: mulher jovem e atraente.

A oração “Fomos atendidos por Dona Flora” está na voz passiva. A oração correspondente na voz ativa, que mantém o sentido original, contém a forma verbal
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: SEBRAE - SP Prova: FUNDATEC - 2019 - SEBRAE - SP - Vestibular - Graduação em Administração |
Q1321801 Português
Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

Assinale a alternativa em que ocorre a correta conversão para a voz passiva analítica da frase “Num determinado momento, já grande o suficiente, a esfera da startup finalmente toca a esfera da corporação.” (l. 36-37).
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: SEBRAE - SP Prova: FUNDATEC - 2019 - SEBRAE - SP - Vestibular - Graduação em Administração |
Q1321794 Português
Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

Em relação à frase: “As empresas que estão montando são, por enquanto, pequenas bolas de gude, soltas no chão dessa sala.” (l. 30-31), avalie as afirmações que seguem:
I. O sujeito da primeira oração classifica-se como simples. II. Há duas orações no período. III. A locução verbal destacada está na voz reflexiva.
Quais estão corretas? 
Alternativas
Ano: 2019 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: IF-PE - 2019 - IF-PE - Vestibular |
Q1316476 Português

TEXTO 4

Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma festa

onde o homem não mate

nem bicho nem homem

e deixe em paz

as árvores da floresta.


Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma dança

e mesmo as pessoas mais graves

tenham no rosto um olhar de criança.

MURRAY, Roseana. Disponível em https://www.orelhadelivro.com.br/livros 

Acerca de gêneros textuais, classes de palavras e termos da oração, assinale a alternativa CORRETA em relação ao TEXTO 4.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2019 - USP - Vestibular |
Q1169899 Português
Leia o trecho extraído de uma notícia veiculada na internet:
“O carro furou o pneu e bateu no meio fio, então eles foram obrigados a parar. O refém conseguiu acionar a população, que depois pegou dois dos três indivíduos e tentaram linchar eles. O outro conseguiu fugir, mas foi preso momentos depois por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major. Disponível em https://www.gp1.com.br/.
No português do Brasil, a função sintática do sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de agente, ainda que o verbo esteja na voz ativa, tal como encontrado em:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFRGS Órgão: UFRGS Prova: UFRGS - 2019 - UFRGS - Vestibular 2º Dia |
Q1013949 Português
Assinale a alternativa que apresenta uma oração na voz passiva.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788947 Português
    Aborto, porte de armas e o presidente Donald Trump foram alguns dos assuntos que dominaram a primeira audiência de confirmação do juiz conservador Brett Kavanaugh  para a Suprema Corte dos Estados Unidos, realizada em meio a protestos de ativistas e tentativas de adiamento do processo por parte de democratas.
    Kavanaugh passará por mais dois dias de sabatina, na quarta e na quinta, e testemunhas contra e a favor do juiz devem ser ouvidas na sexta.

(Folha de S.Paulo, 04/09/2018)
Assinale a afirmação correta sobre o trecho: “... testemunhas contra e a favor do juiz devem ser ouvidas na sexta...” A frase está:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: UNIVESP Prova: VUNESP - 2018 - UNIVESP - Vestibular |
Q1686589 Português
Leia o texto para responder a questão.

   Tentativa e erro, experimentar o novo, entender que algumas questões têm respostas complexas ou podem mesmo não ter uma resposta, cultivar a noção de que o fracasso é essencial para o progresso, aceitar que erros são o que nos faz eventualmente acertar, saber persistir quando as dificuldades parecem não acabar nunca.
   Esses são alguns dos componentes da pesquisa científica, uma espécie de sabedoria acumulada através dos tempos que, acredito, é também muito útil em vários aspectos da vida – de como enfrentar desafios individualmente até como reger empresas.
   Quem poderia adivinhar que a eletricidade e o magnetismo são manifestações de um campo eletromagnético que se propaga através do espaço com a velocidade da luz? Quem poderia adivinhar que as espécies animais evoluem devido a mutações genéticas aliadas ao processo de seleção natural? Esse conhecimento todo não veio do nada; exigiu muita coragem intelectual, disciplina de trabalho e tolerância ao erro.
    Se as coisas não funcionam, precisamos deixar o orgulho para trás e aceitar que falhamos. Todo cientista sabe muito bem que a maioria das suas ideias não vai funcionar. Resolutos, vamos em frente; mas devemos também estar abertos a críticas.
    Na ciência, e em qualquer outra área de trabalho, é bom ouvir as sábias palavras de Isaac Newton – mesmo se o próprio, durante a vida, não tenha sido o que chamaria de um modelo de humildade profissional: “Não sei o que possa parecer aos olhos do mundo, mas aos meus pareço apenas ter sido como um menino brincando à beira-mar, divertindo-me com o fato de encontrar de vez em quando um seixo mais liso ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente por descobrir à minha frente”.

(Marcelo Gleiser. www.folha.uol.com.br. 10.12.2017. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o trecho – … é bom ouvir as sábias palavras de Isaac Newton… (5º parágrafo) – está reescrito com o verbo em destaque na voz passiva e de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399845 Português
Texto para a questão 

A Velhice 
    A velhice é uma idade sagrada. Foi venerada em todos os tempos. Na antiguidade teve obséquios e cultos oficiais. Pode apreciar-se o grau de cada civilização histórica pelo respeito e pelo carinho dispensados a estes seres de energia quebrada e de esperanças desfeitas, que trazem nos olhos tristes o reflexo, cada vez maior, da morte pavorosa que se aproxima.
    A velhice é a quadra sem prazer de toda a vida humana. A infância sabe só que vive, e ri; a mocidade tem o sonho que a embala e canta; a vida adulta conta com o futuro, ambiciona e trabalha; a velhice é um sonambulismo trêmulo e quase sempre atormentado, de que só se acorda na agonia extrema... para morrer.

OSTA, Antonio Cândido. A Velhice.Disponível em http://rascunhorasgado.blogspot.com/2015/10/a-velhice.html. Acesso em 10 de ago. 2018.
Considerando os verbos que foram empregados no texto e as relações sintáticas que estabelecem, analise as afirmativas abaixo.
I. A expressão verbal se acorda está empregada na forma pronominal, portanto o pronome se é classificado como objeto indireto. II. A oração “Foi venerada em todos os tempos” foi formada com a voz passiva do verbo venerar e seu sujeito paciente é retomado da oração anterior.
III. O verbo trazer que aparece no primeiro parágrafo é um verbo irregular e está empregado no tempo presente do modo subjuntivo.
IV. Os verbos ambicionar e trabalhar que foram usados no segundo parágrafo, no tempo presente do modo indicativo, se empregados no pretérito mais que perfeito do mesmo modo verbal, apresentariam as seguintes formas: ambicionara e trabalhara.
V. A forma verbal se aproxima é pronominal, o se é um pronome oblíquo reflexivo e exerce a função sintática de objeto direto reflexivo.
É correto apenas o que se afirma na alternativa
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Esamc Órgão: Esamc Prova: Esamc - 2018 - Esamc - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1390422 Português

A asfixia da Ciência e Tecnologia brasileira


    Nos últimos dois anos o sistema brasileiro de ciência e tecnologia (C&T) tem sofrido ataques constantes. Um dos mais fortes foi, sem dúvida, a aprovação do projeto de emenda constitucional (PEC 241/55) que limita os gastos do governo para os próximos anos. Segundo economistas mais críticos, tal medida não trata de uma agenda de crescimento, mas de um projeto de longo prazo de desmonte do Estado de bem-estar social brasileiro. 

    As reduções orçamentárias para atuação tanto do Ministério da Educação (MEC) como do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC) podem ter efeitos de longo prazo desastrosos, ajudando a ampliar o hiato entre a nossa produção científica e a fronteira mundial. Justamente o contrário do que tem sido feito na China nos últimos anos. Enquanto em Terra Brasilis há cortes em C&T, a China investe pesadamente em atividades científicas e consegue dar saltos fantásticos, obviamente com ativa atuação do governo central.

    O sistema de C&T brasileiro foi forjado lentamente durante décadas com forte presença do Estado. Nos anos 1950 foram criados o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e na década seguinte a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), cada qual com sua missão. Tais órgãos ajudaram a dar as disposições institucionais do sistema brasileiro de C&T contemporâneo. Sistema este que apresenta sim muitas lacunas que dificultam a geração de sinergias e a ampliação das oportunidades inovativas domésticas, porém nenhum especialista em sã consciência recomendaria seu desmonte [...].

    No bojo das ações referentes aos cortes gigantescos no orçamento de C&T, no início de agosto, o comunicado da Capes sobre a possível interrupção do pagamento das bolsas de pesquisa, a partir de 2019, causou estremecimento na comunidade científica brasileira. Apesar disso, o que presenciamos tem sido pouco ou nenhum posicionamento da mídia tradicional, a qual, pelo contrário, tem atacado sobremaneira a comunidade científica brasileira.

    [...] Sabemos que não há “receita” para a superação do subdesenvolvimento, porém, a experiência histórica das estratégias desenvolvimentistas de muitas nações desde a primeira revolução industrial mostra que a C&T importa. Aliás, não só importa, mas é essencial para a ruptura do atraso. As conquistas científicas empurram a fronteira do conhecimento e ajudam a prover respostas e soluções para os desafios impostos pela sociedade, sejam estes econômicos, relacionados à saúde, bem-estar da população e ao meio-ambiente. A superação do subdesenvolvimento de diferentes nações demandou, portanto, investimentos pesados, sobretudos públicos, em pesquisa científica e tecnológica. Infelizmente, em Terra Brasilis, fala-se de C&T como algo secundário…

    Algo que pode ser facilmente substituído pela aquisição de máquinas, equipamentos e conhecimentos produzidos e enlatados no exterior.

(VIEIRA, Karina Pereira e CHIARINI, Tulio. A asfixia da Ciência e Tecnologia brasileira.

Publicado em 10 ago. 2018. Disponível em: https://diplomatique.org.br/ a-asfixia-da-ciencia-e-tecnologia-brasileira/. Acesso em: 19 ago. 2018.)

Em “O sistema de C&T brasileiro foi forjado lentamente durante décadas com forte presença do Estado”, a palavra sublinhada:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: UNIVESP Prova: VUNESP - 2018 - UNIVESP - Vestibular 2 semestre |
Q1280695 Português
Leia o trecho de São Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder às questão.

   Conforme declarei, Madalena possuía um excelente coração. Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram. E, como sabem, não sou homem de sensibilidades. É certo que tenho experimentado mudanças nestes dois últimos anos. Mas isto passa.
(S. Bernardo. 93. ed. Rio de Janeiro, Record, 2012)
“Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram.”
Está escrito em consonância com o conteúdo dessa frase e com uma forma verbal na voz passiva o que se encontra em:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2018 - UNIFESP - Vestibular |
Q976390 Português

Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.


       Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.

      Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”

      Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.

                         (In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)

Ao se transpor a frase “Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos.” (1° parágrafo) para a voz passiva analítica, o termo sublinhado assume a seguinte forma:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2017 - UNICENTRO - Vestibular - Língua Portuguesa |
Q1400248 Português
O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
Passando a frase: “Ela havia feito muitos doces de leite para a festa” para a voz passiva, obtém-se:
Alternativas
Respostas
1: A
2: A
3: E
4: E
5: A
6: D
7: A
8: C
9: E
10: C
11: A
12: A
13: E
14: A
15: C
16: C
17: B
18: B
19: D
20: B