Questões de Vestibular de Português - Funções morfossintáticas da palavra SE
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Maurício de Sousa. Disponível em aliteranda.files.w ordpress.com.
Acesso em: nov. 2015.
Considere o seguinte trecho: “[...] e então, adicionam-se duas colheres de açúcar mascavo e mexe-se a calda por dois minutos [...]”.
A partir das palavras em destaque e das noções de variação linguística, assinale a alternativa correta.
Leia o poema “Sou um evadido”, do escritor português Fernando Pessoa, para responder à questão.
Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.
Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?
Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte1,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.
Ser um é cadeia
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.
(Obra poética, 1997.)
1 “andar a monte”: andar fugido das autoridades.
“Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?” (2ª estrofe)
Os termos sublinhados constituem
I. Se você não chegar cedo, teremos de improvisar um apresentador para o recital. II. Com tantos problemas, vive-se um dia de cada vez. III. Os irmãos, João e Luísa, deram-se as mãos. IV. Naquele condomínio, vendem-se casas.
( ) O se, no exemplo, indica que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. ( ) O se, nesse caso, é chamado de índice de indeterminação do sujeito. É utilizado em frases cujo sujeito é indeterminado. ( ) O se, no exemplo, é pronome pessoal. Nesse caso, a ação envolve dois sujeitos, sendo que um pratica a ação sobre o outro e, portanto, ambos sofrem a consequência da ação praticada. ( ) O se, nesse caso, indica uma condição para a oração principal.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do poeta português Luís de Camões (1525?-1580), para responder à questão.
Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
alguma coisa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,
roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.
(Sonetos, 2001.)
“Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,” (2ª estrofe)
Os termos destacados constituem
“Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta crepúsculo espiritual, ponto de apoio na inteligência”