Questões de Vestibular de Português - Gêneros Textuais

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Q1350048 Português

Leia atentamente o fragmento abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.


Como eu te amo

(...)

Assim eu te amo, assim; mais do que podem

Dizer-te os lábios meus, - mais do que vale

Cantar a voz do trovador cansada:

O que é belo, o que é justo, santo e grande

Amo em ti. - Por tudo quanto sofro,

Por quanto já sofri, por quanto ainda

Me resta de sofrer, por tudo eu te amo.

O que espero, cobiço, almejo, ou temo

De ti, só de ti pende: oh! nunca saibas

Com quanto amor eu te amo, e de que fonte

Tão terna, quanta amarga o vou nutrindo!

Esta oculta paixão, que mal suspeitas,

Que não vês, não supões, nem te eu revelo,

Só pode no silêncio achar consolo,

Na dor aumento, intérprete nas lágrimas.

(DIAS, G.. Poesia e prosa completas. Organização Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006)

O fragmento em questão compõe-se de versos octossílabos graves: “Esta oculta paixão, que mal suspeitas,/ Que não vês, não supões, nem te eu revelo”. As rimas internas são alternadas e emparelhadas: vale/grande; sofro/amo/temo.
Alternativas
Q1349811 Português
Assinale o que for correto em relação ao livro de Rubem Fonseca, O cobrador. (FONSECA, R.. O cobrador. São Paulo: Companhia das Letras, 1989) 
A preferência de Rubem Fonseca pelo gênero “conto”, como se observa em outros contistas contemporâneos, pode ser justificada pelo dinamismo e velocidade dos acontecimentos, relativos ao contexto em que o autor está inserido.
Alternativas
Q1349808 Português
Leia atentamente o fragmento abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

“Estrela da Manhã”
Eu quero a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã

Ela desapareceu ia nua...
Desapareceu com quem?
Procurem por toda parte

Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã.
(...)

(BANDEIRA, M.. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p. 227)
No fragmento em questão, apesar do impulso de liberdade e de criação autônoma do poeta, constata-se um tradicional esquema de rimas na primeira estrofe, que desaparece ao longo do texto: AABA (manhã/ manhã/ inimigos/ manhã), fruto do espírito de formação clássica do poeta.
Alternativas
Q1349806 Português
Leia atentamente o fragmento abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

“Estrela da Manhã”
Eu quero a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã

Ela desapareceu ia nua...
Desapareceu com quem?
Procurem por toda parte

Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã.
(...)

(BANDEIRA, M.. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p. 227)
O poeta Manuel Bandeira é uma das vozes mais representativas da poesia brasileira. Pertencente ao livro Estrela da Manhã, o fragmento acima apresenta uma síntese dos pressupostos poéticos que nortearam a linguagem parnasiano-simbolista, força de resistência no início do modernismo brasileiro, tal como exemplificam os versos, ”Eu quero a estrela da manhã/ Onde está a estrela da manhã?”.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: Universidade Presbiteriana Mackenzie Órgão: MACKENZIE Prova: Universidade Presbiteriana Mackenzie - 2016 - MACKENZIE - vestibular |
Q1349088 Português
Textos para a questão

Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.

05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.

09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira

Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!

05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!

09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais

12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros -
criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro

Pai contra mãe (fragmento)

Machado de Assis
É correto afirmar que em “Versos a um coveiro”:
Alternativas
Respostas
96: E
97: C
98: C
99: E
100: E