Questões de Vestibular Sobre interpretação de textos em português

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Ano: 2018 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2018 - ULBRA - Vestibular |
Q1722662 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto adaptado Fake news no Facebook: veja quais foram as mais compartilhadas em 2017, de Jessé Giotti, disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/01/fake-news-no-facebook-vejaquais-foram-as-mais-compartilhadas-em-2017-cjbwcc88q04s001lsf1fr59iy.html.

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A respeito do texto de Jessé Giotti, leia as afirmações que seguem, marque “V” para verdadeiro e “F” para falso nos parênteses e, após, escolha a alternativa correta.


( ) O Facebook é a plataforma virtual americana que mais propaga notícias pérfidas.

( ) O Facebook não poupa esforços para combater as fake news.

( ) Em 2017, em relação à falsidade de informações, a política perdeu espaço para as histórias policiais.

( ) Desde 2000, o site World News Daily Report é o campeão na publicação de notícias falsas.


A sequência correta é:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2018 - ULBRA - Vestibular |
Q1722660 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto Você anda espalhando mentiras por aí, de Eugênio Bucci, disponível em https://epoca.globo.com/politica/eugenio-bucci/noticia/2017/08/voce-anda-espalhando-mentiras-por-ai.html

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Com base no fragmento abaixo, leia as afirmações e marque a alternativa correta.


“Fique de olho. Antes de tudo, fique de olho no seu próprio comportamento nas redes sociais. Não basta checar as origens das mensagens, embora isso ajude. Não basta conferir se elas foram produzidas por órgãos de imprensa conhecidos e responsáveis. Mais do que isso, é preciso verificar os impulsos que levam cada um de nós a propagar histórias que não sabemos de onde vêm.” (l. 35-38)


I – O termo sublinhado “embora” é um articulador de causalidade.

II – A palavra sublinhada “isso” faz referência a checar as origens das mensagens.

III – A palavra sublinhada “elas” faz referência a mensagens.

IV – A palavra sublinhada “que” faz referência a histórias.


Estão corretas:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2018 - ULBRA - Vestibular |
Q1722658 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto Você anda espalhando mentiras por aí, de Eugênio Bucci, disponível em https://epoca.globo.com/politica/eugenio-bucci/noticia/2017/08/voce-anda-espalhando-mentiras-por-ai.html

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Qual das alternativas contém sinônimos das palavras sublinhadas no excerto abaixo?


“Notícias escalafobéticas como ‘O papa Francisco apoia Donald Trump’ bombaram na rede. Na mesma época, pesquisas confiáveis mostraram que as informações fajutas se espalhavam com mais rapidez que os relatos verazes. A mentira, veja que coisa, dá mais ‘ibope’ que a verdade.” (l. 5-8)

Alternativas
Ano: 2018 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2018 - ULBRA - Vestibular |
Q1722655 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto Você anda espalhando mentiras por aí, de Eugênio Bucci, disponível em https://epoca.globo.com/politica/eugenio-bucci/noticia/2017/08/voce-anda-espalhando-mentiras-por-ai.html

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O texto de Eugênio Bucci:


I – é uma crônica.

II – é um miniconto.

III – apresenta função predominantemente fática.


Está (ão) correta (s):

Alternativas
Ano: 2018 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2018 - ULBRA - Vestibular |
Q1722654 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto Você anda espalhando mentiras por aí, de Eugênio Bucci, disponível em https://epoca.globo.com/politica/eugenio-bucci/noticia/2017/08/voce-anda-espalhando-mentiras-por-ai.html

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De acordo com o texto de Eugênio Bucci, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1713574 Português
“Se Cabral tivesse uma vaga noção d’ACAPA de hoje, véspera do 22 de abril de 2020, provavelmente teria desviado o curso de suas caravelas rumo a outras terras.” 

Imagem associada para resolução da questão
(ACAPA. Disponível em https://www.facebook.com/acapabr/. Acessado em 30/ 04/2020.)

ACAPA é um perfil de Facebook, que publica capas possíveis de revista. O efeito humorístico na leitura dessa edição de ACAPA decorre mais precisamente do uso
Alternativas
Q1713573 Português
Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra, incomoda. Começa com des. Des de desalento, des de desespero, des de desesperança. Des, definitivamente, não é um bom prefixo. Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não importa em que dicionário. Doravante ouviremos falar muito nela.  De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está escrita no destino de todos os busões da cidade, sentido centro/subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trindade, no sinal fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome”, somente com esses substantivos. Você ainda não conhece o Solano? Corra, dá tempo. Dá tempo para você entender que vivemos essa desigualdade. Pegue um busão da Avenida Paulista para a Cidade Tiradentes, passe o valetransporte na catraca e simbora – mais de 30 quilômetros. O patrão jardinesco vive 23 anos a mais, em média, do que um humaníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por todas as razões sociais que a gente bem conhece.  Evitei as estatísticas nessa crônica. Podia matar de desesperança os leitores, os números rendem manchete, mas carecem de rostos humanos. Pega a visão, imprensa, só há uma possibilidade de fazer a grande cobertura: mirese na desigualdade, talvez não haja mais jeito de achar que os pontos da bolsa de valores signifiquem a ideia de fazer um país.
(Adaptado de Xico Sá, A vidinha sururu da desigualdade brasileira. Em El País, 28/10/2019. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/28/opinion/1572287747_637859.html?fbclid=IwAR1VPA7qDYs1Q0Ilcdy6UGAJTwBO_snM DUAw4yZpZ3zyA1ExQx_XB9Kq2qU. Acessado em 25/05/2020.)

Assinale a alternativa que identifica corretamente recursos linguísticos explorados pelo autor nessa crônica.
Alternativas
Q1713572 Português
Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra, incomoda. Começa com des. Des de desalento, des de desespero, des de desesperança. Des, definitivamente, não é um bom prefixo. Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não importa em que dicionário. Doravante ouviremos falar muito nela. De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está escrita no destino de todos os busões da cidade, sentido centro/subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trindade, no sinal fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com fome, tem gente com fome, tem gente com fome”, somente com esses substantivos. Você ainda não conhece o Solano? Corra, dá tempo. Dá tempo para você entender que vivemos essa desigualdade. Pegue um busão da Avenida Paulista para a Cidade Tiradentes, passe o valetransporte na catraca e simbora – mais de 30 quilômetros. O patrão jardinesco vive 23 anos a mais, em média, do que um humaníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por todas as razões sociais que a gente bem conhece. Evitei as estatísticas nessa crônica. Podia matar de desesperança os leitores, os números rendem manchete, mas carecem de rostos humanos. Pega a visão, imprensa, só há uma possibilidade de fazer a grande cobertura: mire-se na desigualdade, talvez não haja mais jeito de achar que os pontos da bolsa de valores signifiquem a ideia de fazer um país.  
(Adaptado de Xico Sá, A vidinha sururu da desigualdade brasileira. Em El País, 28/10/2019. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/28/opinion/ 1572287747_637859.html?fbclid=IwAR1VPA7qDYs1Q0Ilcdy6UGAJTwBO_snM DUAw4yZpZ3zyA1ExQx_XB9Kq2qU. Acessado em 25/05/2020.) A crônica instiga o leitor a ficar atento à desigualdade na cidade de São Paulo.
Assinale a alternativa que identifica corretamente os recursos expressivos (estilísticos e literários) de que se vale o autor. 
Alternativas
Q1713571 Português
A Equipe AzMina fez um experimento buscando no Google “frases para o Dia das Mães”. E o resultado foi um festival de frases que romantizam a maternidade. Ativaram, então, “sua caneta desromantizadora” para “corrigir” essas frases que estamos tão acostumados a ouvir, e muitas vezes reproduzir.
Imagem associada para resolução da questão

(Adaptado de Equipe AzMina, Caneta desromantizadora de mensagens de dia das mães. Disponível em https://azmina.com.br/reportagens/caneta-desroman tizadora-de-mensagens-de-dia-das-maes/. Acessado em 09/05/2020.)
As frases são “desromantizadas” porque a Equipe AzMina reconhece 
Alternativas
Q1713570 Português
Entre os versos de Gilberto Gil transcritos a seguir, podemos identificar uma relação paradoxal em:
Alternativas
Q1713569 Português
De acordo com Heloísa Starling, “Sertão é uma palavra carregada de ambiguidade. Sertão pode indicar a formação de um espaço interno, a fronteira aberta, ou um pedaço da geografia brasileira onde a terra se torna mais árida, o clima é seco, a vegetação escassa. Mas a palavra é igualmente utilizada para apontar uma realidade política: a inexistência de limites, o território do vazio, a ausência de leis, a precariedade dos direitos. Sertão é, paradoxalmente, o potencial de liberdade e o risco da barbárie – além de ser também uma paisagem fadada a desaparecer.
(Adaptado de Heloisa Murgel Starling, A palavra “sertão” e uma história pouco edificante sobre o Brasil. Disponível em https://www.suplementopernambuco. com.br/artigos/2243-a-palavra-sert%C3%A3o-e-uma-hist%C3%B3ria-pouco-edifi cante-sobre-o-brasil.html. Acessado em 06/08/2020.)
Assinale o excerto que corresponde à ideia de sertão desenvolvida pela autora.
Alternativas
Q1713568 Português
“Repartimos a vida em idades, em anos, em meses, em dias, em horas, mas todas estas partes são tão duvidosas, e tão incertas, que não há idade tão florente, nem saúde tão robusta, nem vida tão bem regrada, que tenha um só momento seguro.”
(Antonio Vieira, “Sermão de Quarta-feira de Cinza – ano de 1673”, em A arte de morrer. São Paulo: Nova Alexandria, 1994, p. 79.)
Nesta passagem de um sermão proferido em 1673, Antônio Vieira retomou os argumentos da pregação que fizera no ano anterior e acrescentou novas características à morte. Para comover os ouvintes, recorreu ao uso de anáforas.
Assinale a alternativa que corresponde ao efeito produzido pelas repetições no sermão.
Alternativas
Q1713567 Português
“Era Noca, que vinha toda alterada. ─ Nossa Senhora! Quebrou-se o espelho grande do salão! ─ Quem foi que o quebrou? Perguntou Nina, para dizer alguma coisa. ─ Ninguém sabe. Veja só, que desgraça estará para acontecer! Espelho quebrado: morte ou ruína. ─ Morte! Se fosse a minha...” (Júlia Lopes de Almeida, A Falência. Campinas: Editora da Unicamp, 2018, p. 257.)
O diálogo apresenta a reação das personagens femininas ao incidente doméstico com o objeto de decoração no palacete de Botafogo. Assinale a alternativa que justifica a fala final de Nina.
Alternativas
Q1713566 Português
No conto “O espelho”, de Machado de Assis, uma personagem assume a palavra e narra uma história. Assinale a alternativa que explicita sua interlocução com os cavalheiros presentes.
Alternativas
Q1713565 Português
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança: Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía*. (Luís Vaz de Camões)
*soía: terceira pessoa do pretérito imperfeito do indicativo do verbo “soer” (costumar, ser de costume).
(Luís de Camões, 20 sonetos. Campinas: Editora da Unicamp, p.91.)
Indique a afirmação que se aplica ao soneto escrito por Camões.
Alternativas
Q1713564 Português
Certas imagens literárias podem tornar-se nucleares para uma cultura. Assim, por exemplo, a figura do marinheiro em Portugal. Ela adquire significados diferentes em períodos históricos distintos, mas conserva um elemento permanente. A semelhança entre a imagem do marinheiro em Camões e em Fernando Pessoa reside
Alternativas
Q1713563 Português
Esses artifícios de montagem, mixagem e scratching dão ao rap uma variedade de formas de apropriação que parecem tão volúveis e imaginativas quanto as das artes maiores – como, digamos, as exemplificadas na “Mona Lisa de bigode” de Duchamp e nas múltiplas reduplicações de imagens comerciais pré-fabricadas de Andy Warhol. O rap também apresenta uma variedade de conteúdos. Não apenas utiliza trechos de canções populares, como também absorve ecleticamente elementos da música clássica, de apresentações de TV, de jingles de publicidade e da música eletrônica de videogames. Ele se apropria até mesmo de conteúdos não musicais, como reportagens de jornais na TV e fragmentos de discursos de Malcom X e Martin Luther King. (Richard Shusterman, Vivendo a arte. São Paulo: Editora 34, 1998, p.149.)
Imagem associada para resolução da questão (Marcel Duchamp, “Mona Lisa de Bigode”, 1919.)

A emergência e a consolidação do rap como linguagem artística foram cercadas de polêmicas de natureza ética, política e cultural. Com base no excerto acima e no quadro de Marcel Duchamp, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2020 Banca: CEPERJ Órgão: CEDERJ Prova: CEPERJ - 2020 - CEDERJ - Vestibular - Inglês |
Q1712774 Português
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak

     Quando falo de humanidade não estou falando só Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história, os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade - que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar. Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
     É incrível que esse vírus que está aí agora esteja atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos, nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é a declaração da Terra.
     E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter contato com a experiência de estar vivos para além dos aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar que se a economia não estiver funcionando plenamente nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
     Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando os colonos chegaram na América, além de proibirem as línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois, repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é capaz de comer seu dinheiro”.

KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.

Texto II

A história da literatura brasileira é em grande parte a história de uma imposição cultural que foi aos poucos gerando expressão literária diferente, embora em correlação estreita com os centros civilizadores da Europa. Esta imposição atuou também no sentido mais forte da palavra, isto é, como instrumento colonizador, destinado a impor e manter a ordem política e social estabelecida pela Metrópole, através inclusive das classes dominantes locais.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Outro sobre Azul, 2015.
A relação entre os textos I e II pode ser evidenciada no seguinte trecho:

Alternativas
Ano: 2020 Banca: CEPERJ Órgão: CEDERJ Prova: CEPERJ - 2020 - CEDERJ - Vestibular - Inglês |
Q1712773 Português
Texto II

A história da literatura brasileira é em grande parte a história de uma imposição cultural que foi aos poucos gerando expressão literária diferente, embora em correlação estreita com os centros civilizadores da Europa. Esta imposição atuou também no sentido mais forte da palavra, isto é, como instrumento colonizador, destinado a impor e manter a ordem política e social estabelecida pela Metrópole, através inclusive das classes dominantes locais.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Outro sobre Azul, 2015.
Um fator considerado relevante na opinião de Antonio Candido acerca do processo de formação literária do Brasil é:
Alternativas
Ano: 2020 Banca: CEPERJ Órgão: CEDERJ Prova: CEPERJ - 2020 - CEDERJ - Vestibular - Inglês |
Q1712772 Português
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak

     Quando falo de humanidade não estou falando só Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história, os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade - que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar. Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
     É incrível que esse vírus que está aí agora esteja atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos, nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é a declaração da Terra.
     E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter contato com a experiência de estar vivos para além dos aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar que se a economia não estiver funcionando plenamente nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
     Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando os colonos chegaram na América, além de proibirem as línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois, repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é capaz de comer seu dinheiro”.

KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
O texto I apresenta uma estrutura predominantemente:
Alternativas
Respostas
641: B
642: E
643: D
644: A
645: E
646: D
647: C
648: A
649: C
650: D
651: C
652: A
653: A
654: C
655: D
656: B
657: B
658: B
659: C
660: A