Questões de Vestibular de Português - Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas...
Foram encontradas 24 questões
Julgue o item a seguir, relativos às propriedades linguísticas do texto 1A1-I.
O trecho “à medida que os pesquisadores se debruçam sobre
documentos como cartas de sesmarias e livros antigos e
escutam a tradição oral” (segundo período do primeiro
parágrafo) apresenta duas orações coordenadas entre si.
“Ele era daqueles que sempre querem dormir mais cinco minutos; só que esses cinco minutos
facilmente transformavam-se em uma hora” (l. 2-3)
A relação estabelecida entre as duas partes da frase assume o valor de:
Cada pessoa/ que chegava/ se impressionava com o nacionalismo exagerado, /embora não o compreendesse.
Há no fragmento acima, três orações, assim distribuídas: 1. Cada pessoa se impressionava com o nacionalismo exagerado; 2. Que chegava; 3. Embora não o compreendesse. A primeira oração é:
Texto I
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo que amava
Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
Carlos Drummond de Andrade.
De acordo com a opção sintática considerada pelo
poeta ao criar o poema, é correto afirmar que
Leia trecho da crônica O moleque e a bola, de F. B. de Hollanda, e responda à questão.
Em relação aos recursos expressivos, analise as afirmativas.
I - Os conectores Daí (linha 06), E quando (linha 07), Por isso mesmo (linha 10), além de cumprir sua função de estabelecer relação de sentido, contribuem para imprimir informalidade ao texto.
II - Períodos como O que conta mesmo é a bola e o moleque, o moleque e a bola, e por bola pode-se entender um coco, uma laranja ou um ovo, pois já vi fazerem embaixada com ovo., essencialmente coordenados, ao contrário dos subordinados, conferem às idéias um plano não hierárquico.
III - Em É a bola e o moleque, o moleque e a bola., elementos fônicos e sintáticos, como ritmo, sonoridade e frase curta, recriam o toque de bola e o movimento do jogo.
IV - A expressão como se sabe (linha 02) é usada no texto para recuperar uma informação que o leitor não detém, mas o produtor espera que seja tomada como verdadeira.
Estão corretas as afirmativas
“O sol brilha, as casas estão encharcadas de luz, o vento bole nas árvores úmidas, a manhã cheira a sereno e a flor...” (linhas 20-23)
Assinale a alternativa que analisa corretamente a função dessa sequência de orações no texto.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
Com base no trecho “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, considere as afirmativas a seguir.
I. No primeiro período, há uma oração coordenada explicativa.
II. A oração subordinada adjetiva “desconhecido” é reduzida de particípio.
III. As duas ocorrências da palavra “que” apontam para classes diferentes.
IV. O conectivo “como se” equivale semanticamente a “assim como”.
Assinale a alternativa correta.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
Acerca de trechos do texto, considere os exemplos a seguir, quanto à presença de oração coordenada.
I. “os germânicos dividiram as cidades”.
II. “e luta contra o domínio do espanhol”.
III. “os índios perderam sua língua e cultura”.
IV. “em cuidar de seus idiomas”.
Assinale a alternativa correta.
À margem de Memórias de um sargento de milícias
É difícil associar à impressão deixada por essa obra divertida e leve a ideia de um destino trágico. Foi, entretanto, o que coube a Manuel Antônio de Almeida, nascido em 1831 e morto em 1861. A simples justaposição dessas duas datas é bastante reveladora: mais alguns dados, os poucos de que dispomos, apenas servem para carregar nas cores, para tornar a atmosfera do quadro mais deprimente. Que é que cabe num prazo tão curto?
Uma vida toda em movimento, uma série tumultuosa de lutas, malogros e reerguimentos, as reações de uma vontade forte contra os golpes da fatalidade, os heroicos esforços de ascensão de um self-made man esmagado pelas circunstâncias. Ignoramos quase totalmente seus começos de menino pobre, mas talvez seja possível reconstruí-los em parte pelas cenas tão vivas em que apresenta o garoto Leonardo lançado de chofre nas ruas pitorescas da indolente cidadezinha que era o Rio daquela época. Basta enumerar todas as profissões que o escritor exerceu em seguida para adivinhar o ambiente. Estudante na Escola de Belas-Artes e na Faculdade de Medicina, jornalista e tradutor, membro fundador da Sociedade das Belas-Artes, administrador da Tipografia Nacional, diretor da Academia Imperial da Ópera Nacional, Manuel Antônio provavelmente não se teria candidatado ainda a uma cadeira da Assembleia Provincial se suas ocupações sucessivas lhe garantissem uma renda proporcional ao brilho de seus títulos. Achava-se justamente a caminho da “sua” circunscrição, quando, depois de tantos naufrágios no sentido figurado, pereceu num naufrágio concreto, deixando saudades a um reduzido círculo de amigos, um medíocre libreto de ópera e algumas traduções, do francês, de romances de cordel, aos pesquisadores de curiosidade, e as Memórias de um sargento de milícias ao seu país.
Paulo Rónai, Encontros com o Brasil. Rio de Janeiro:
Edições de Janeiro, 2014.
A gente Honório Cota
Quando o coronel João Capistrano Honório Cota mandou erguer o sobrado, tinha pouco mais de trinta anos. Mas já era homem sério de velho, reservado, cumpridor. Cuidava muito dos trajes, da sua aparência medida. O jaquetão de casimira inglesa, o colete de linho atravessado pela grossa corrente de ouro do relógio; a calça é que era como a de todos na cidade - de brim, a não ser em certas ocasiões (batizado, morte, casamento - então era parelho mesmo, por igual), mas sempre muito bem passada, o vinco perfeito. Dava gosto ver:
O passo vagaroso de quem não tem pressa - o mundo podia esperar por ele, o peito magro estufado, os gestos lentos, a voz pausada e grave, descia a rua da Igreja cumprimentando cerimoniosamente, nobremente, os que por ele passavam ou os que chegavam na janela muitas vezes só para vê-lo passar.
Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, descarnado, como uma ave pernalta de grande porte. Sendo assim tão descomunal, podia ser desajeitado: não era, dava sempre a impressão de uma grande e ponderada figura. Não jogava as pernas para os lados nem as trazia abertas, esticava-as feito medisse os passos, quebrando os joelhos em reto.
Quando montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Menina, no cavalo branco ajaezado de couro trabalhado e prata, aí então sim era a grande, imponente figura, que enchia as vistas. Parecia um daqueles cavaleiros antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Palmeirim, quando iam para a guerra armados cavaleiros.
(Ópera dos mortos, 1970.)
WOOD JR, Thomaz. Analfabetismo funcional.
(fragmento adaptado) In: http://www.cartacapital.com.br/
revista/758/analfabetismo-funcional-6202.html,
publicado em 24/7/2013.
A relação estabelecida no texto pelo nexo indicado NÃO está correta em