Questões de Vestibular
Sobre pronomes demonstrativos em português
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Texto para a questão
CHEGANDO AO RECIFE, O RETIRANTE SENTA-SE PARA DESCANSAR AO PÉ DE UM MURO ALTO E CAIADO E
OUVE, SEM SER NOTADO, A CONVERSA DE DOIS COVEIROS
— O dia hoje está difícil;
não sei onde vamos parar.
Deviam dar um aumento,
ao menos aos deste setor de cá.
As avenidas do centro são melhores,
mas são para os protegidos:
há sempre menos trabalho
e gorjetas pelo serviço;
e é mais numeroso o pessoal
(toma mais tempo enterrar os ricos).
— pois eu me daria por contente
se me mandassem para cá.
Se trabalhasses no de Casa Amarela
não estarias a reclamar.
De trabalhar no de Santo Amaro
deve alegrar-se o colega
porque parece que a gente
que se enterra no de Casa Amarela
está decidida a mudar-se
toda para debaixo da terra.
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina.
Texto para a questão

Texto para a questão
02 Ah! Se soubessem o que eu sei
03 Não amavam...
04 Não passavam aquilo que eu já passei
05 Por meus olhos
06 Por meus sonhos
07 Por meu sangue, tudo enfim
08 É que eu peço a esses moços
09 Que acreditem em mim
10 Se eles julgam
11 Que há um lindo futuro
12 Só o amor nesta vida conduz
13 Saibam que deixam o céu por ser escuro
14 E vão ao inferno
15 À procura de luz
16 Eu também tive nos meus belos dias
17 Essa mania que muito me custou
18 E só as mágoas eu trago hoje em dia
19 E essas rugas o amor me deixou!
Capítulo LXXIII / O contrarregra

Obs.: dandy (dândi): homem elegante, que se traja com apuro
II- Por anteceder a um verbo, o vocábulo a apresenta equivalência morfológica nas três situações seguintes: a evitem (L.18), a competirem (L.26), a cobiçar (L.31).
III- Em ...pinta aquele incômodo persistente...(L.30/31), o vocábulo em destaque é marca predominante da linguagem informal.
IV- Em Essa simples história retrata com clareza um sentimento conhecido por todos nós: a inveja. (L.13/14), os termos em negrito designam uma expressão que faz menção à palavra história.
Para o espanto geral, a proposta pitoresca convenceu famílias e se alastrou. Além da matriz, três outras unidades da Escola de Princesas funcionam no Brasil hoje; duas outras em Minas Gerais, nas cidades de Uberaba e Belo Horizonte, e a terceira em São Paulo, inaugurada por Silvia Abravanel, filha de Sílvio Santos.
Desde que caiu na mídia, a existência das escolas é alvo de uma avalanche de críticas. “Como se já não bastasse todas as novelas, revistas e filmes, ainda temos que nos deparar com a institucionalização do que é o ideário de mulher em uma escola”, indigna-se a antropóloga Michele Escoura. (…)
“É uma visão excludente de felicidade porque nem todas se encaixam nesse padrão ou querem segui-lo. E quando o negam, sofrem repreensões sociais. Basta olhar para os comentários que fazem das mulheres que não são vaidosas ou que não querem casar”. Em sua pesquisa, Michele analisou como as princesas da Disney influenciavam a visão de feminilidade de meninos e meninas da pré-escola e concluiu que, para as crianças, a mulher feliz, ideal, era aquela casada, com dinheiro e dentro de determinado padrão de beleza – jovem, branca, cabelos lisos e longos. “Fiz parte da pesquisa em uma escola pública de periferia onde a maioria das meninas era negra e, quando brincavam de salão, falavam sempre em fazer chapinha e luzes. Isso é o mais nocivo, pois leva uma série de meninas a rejeitar o próprio corpo, a desenvolver uma baixa autoestima”, diz.
Para Hélio Deliberador, professor do departamento de Psicologia Social da PUC-SP, o fascínio que as princesas exercem sobre as crianças explica-se também pelo ângulo da fantasia, da imaginação, de sonhar com um mundo imaginário. “Essas histórias são recorrentes porque se renovam sempre. A indústria do entretenimento se aproveita desses símbolos para trazer sempre algo novo”. (…)
Leia o texto para responder à questão
Dicas para evitar a disseminação de boatos e notícias falsas
1. Saiba quando uma mensagem é encaminhada
Mensagens com a etiqueta “Encaminhada” ajudam a determinar se seu amigo ou parente escreveu aquela mensagem
ou se ela veio originalmente de outra pessoa.
2. Verifique fotos e mídia com cuidado
Fotos, áudios e vídeos podem ser editados para enganar
você. Procure por fontes de notícias confiáveis para ver se
a história está sendo reportada também em outros veículos.
Quando uma notícia é reportada em vários canais confiáveis,
é mais provável que ela seja verdadeira.
3. Fique atento a mensagens que parecem estranhas
Muitas mensagens ou links para sites que contêm boatos ou
notícias falsas apresentam erros de português. Procure por
esses sinais para verificar se a informação é confiável.
4. Esteja atento a preconceitos e influências
Histórias que parecem difíceis de acreditar são, em sua maioria, realmente falsas.
5. Notícias falsas frequentemente viralizam
Não encaminhe uma mensagem só porque o remetente está
lhe pedindo para fazer isso.
6. Verifique outras fontes
Se você ainda não tem certeza de que uma mensagem é
verdadeira, faça uma busca online por fatos e verifique em
sites de notícias confiáveis para ver de onde a história veio.
7. Ajude a parar a disseminação
Não compartilhe uma mensagem só porque alguém lhe pediu.
Se algum contato ou grupo está enviando notícias falsas constantemente, denuncie-os.
Importante: Se você sentir que você ou alguém está em
perigo emocional ou físico, por favor, contate as autoridades
locais de cumprimento da lei. Essas autoridades são preparadas e equipadas para oferecer assistência nesses casos.
(https://faq.whatsapp.com/pt. Adaptado)
• Procure por fontes de notícias confiáveis para ver se a história está sendo reportada também em outros veículos. Quando uma notícia é reportada em vários canais confiáveis, é mais provável que ela seja verdadeira. • Muitas mensagens ou links para sites que contêm boatos ou notícias falsas apresentam erros de português. Procure por esses sinais para verificar se a informação é confiável. • Se você sentir que você ou alguém está em perigo emocional ou físico, por favor, contate as autoridades locais de cumprimento da lei. Essas autoridades são preparadas e equipadas para oferecer assistência nesses casos.
No contexto em que estão empregadas, as expressões destacadas referem-se, correta e respectivamente, às seguintes informações:
A esse respeito, identifica-se no texto que
TEXTO 1
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA
(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.
(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.
(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.
(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.
(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.
[...]
LIMA, Victor. Disponível em:

I. Eles são construídos sobre duas metáforas hiperbólicas, isto é, metáforas que contêm um exagero.
II. O pronome isso em “ah, isso não”, aponta para um referente na cena enunciativa.
III. O pronome isso, no poema, aponta para o que é dito nos dois primeiros versos, sintetizando-os.
Está correto o que se diz em
( ) Em “Onde já se viu favelado com estas finezas?” (linha 7) as palavras destacadas são, na morfologia, sequencialmente, pronome interrogativo, advérbio, conjunção subordinada integrante, preposição e pronome demonstrativo.
( ) A obra retrata que Carolina era uma mulher forte, com planos e objetivos determinados e que em momento algum, durante o período em que viveu na favela, deixou-se abater pela pobreza e pelas dificuldades encontradas.
( ) Da estrutura “ A unica coisa que eles querem saber são os nomes e os endereços dos pobres” (linhas 22 e 23) percebe-se a crítica de Carolina em relação à assistência social aos necessitados, uma crítica aos órgãos governamentais assistencialistas para quem deles precisa.
( ) Da leitura do período “vende eu para a Dona Julita, porque lá tem comida” (linha 16), infere-se que a maior necessidade da família de Carolina é a sobrevivência, e que a maior mazela da classe social, a que Carolina pertence, é a fome.
( ) Em “Eu hoje estou triste” e “Estou nervosa” (linha 1) as duas orações, quanto à sintaxe, têm predicado nominal, e as palavras destacadas são predicativo do sujeito.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
Leia os versos de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Procura da Poesia
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso1 à efusão2
lírica.
[...]
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Nova Reunião. Rio de Janeiro: BestBolso, 2012, p. 28 e 141.
Glossário
1. Infenso: em oposição a, inimigo de; contrário, hostil, oponente.
2. Efusão: manifestação expansiva de sentimentos amistosos, de afetos, de alegria.


( ) O enunciado que vai da linha 2 (a partir da expressão “No dia”) à linha 5 (até “milênio”) constitui, na narrativa, uma digressão cuja função discursiva é comprovar o que se afirma nas linhas 1 e 2.
( ) A expressão “esses engraxates” (linha 8) justifica-se, no texto, pela relação indireta com o verbo “engraxar”: o ato de engraxar pressupõe um agente, no caso, um profissional — um engraxate — “esses engraxates”.
( ) Nas expressões “(n)aquela espécie de cadeira canônica [...]” (linhas 10-11) e “Pegou aquele paninho que dá brilho [...]” (linhas 22-23), ao usar o pronome aquele(a), o enunciador não aponta para nenhum elemento da superfície textual, mas aposta no conhecimento de mundo do enunciatário; em algo que acredita estar na memória dele.
( ) Nas palavras do cronista, “Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.” (linhas 17-19), o pronome o(lo) substitui a expressão o meu sapato, na linha 16, funcionando como elemento de coesão entre o enunciado em pauta e o enunciado anterior.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
Luís Nassif. Coluna Econômica.07/09/2013.
Considere os dois enunciados do último parágrafo e atente ao que se diz sobre eles.
I. O pronome “esse”, pelos ensinamentos da gramática normativa, aponta para o que vem antes dele (enquanto o “este” aponta para o que vem depois). No primeiro enunciado do último parágrafo – “Esse é o desafio atual da internet”, no entanto, o que deveria ter sido dito antes não foi explicitado linguisticamente.
II. Por inferência o leitor fica sabendo qual é o desafio da Internet: conservar-se como um território livre e neutro.
III. “em breve o grande sonho libertário da Internet terá o mesmo destino do telefone e do rádio.” Esse destino consiste em ser a Internet dominada por cartéis (acordos comerciais entre empresas com a finalidade de determinar os preços e limitar a concorrência) e, portanto, passar a ser um espaço privilegiado de liberdade.
Está correto o que se diz apenas em
LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.



I. Indica uma referência ao passado distante, feita pela personagem. II. Sugere que o narrador acredita que aquela informação faz parte do conhecimento de mundo do leitor. III. Aponta para alguma coisa que já foi dita no texto ou ainda vai ser dita.
É correto o que se diz



Considerando o excerto acima, marque (V) ou (F), conforme seja VERDADEIRO ou FALSO o que se declara.
( ) O emprego de esta (mensagem) e esta (promessa) é uma marca da intromissão da voz do narrador (de terceira pessoa).
( ) O pronome esta é próprio do discurso direto – a fala da personagem –, por isso não deveria, em tese, aparecer no contexto em destaque.
( ) As duas últimas frases do excerto são exemplos clássicos de discurso indireto livre – confunde-se a fala do narrador com a fala da personagem.
( ) O pronome esta, pelas perspectivas da gramática tradicional, deveria ser substituído por aquela: Aquela mensagem e aquela promessa jamais tinham chegado a seu destino.
A sequência correta, de cima para baixo, é