Questões de Vestibular de Português
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Leia o poema a seguir para responder à questão:
Índia Velha
Índia Velha índia velha
se lembra do cheiro verde
na fonte limpa
onde se matava a sede
água boa de beber
índia velha
se lembra
do teu tempo de criança
tinha festa e tinha dança
pra chover.
índia velha
se lembra
do primeiro
do segundo
do terceiro branco
que chegou
se lembra?
se lembra
Quando tu andavas nua
olha a cor de teu vestido
encardido
quando andas pela rua.
se lembra!
se lembra de teus colares
teus amores a lua cheia
lençóis de flores na aldeia
se lembra?
índia velha
se lembra
dos pés pisando no mato
olha a cor de teu sapato
pisando asfalto e areia.
índia velha
se lembra
tantos brancos que
chegaram
tantos
que até perdestes as contas
e as contas de teus colares
hoje andas tonta nos bares
e é tão grande a dor que
sentes e que o amor de tua gente
foi junto ao rio
foi junto ao rio
por onde os brancos chegaram
se lembra?
se lembra?
(MARINHO, Emmanuel. Cantos de terra. Campo Grande: Letra Livre, 2016. A primeira edição foi publicada em 1981 [2]).
Leia o poema a seguir para responder à questão:
Índia Velha
Índia Velha índia velha
se lembra do cheiro verde
na fonte limpa
onde se matava a sede
água boa de beber
índia velha
se lembra
do teu tempo de criança
tinha festa e tinha dança
pra chover.
índia velha
se lembra
do primeiro
do segundo
do terceiro branco
que chegou
se lembra?
se lembra
Quando tu andavas nua
olha a cor de teu vestido
encardido
quando andas pela rua.
se lembra!
se lembra de teus colares
teus amores a lua cheia
lençóis de flores na aldeia
se lembra?
índia velha
se lembra
dos pés pisando no mato
olha a cor de teu sapato
pisando asfalto e areia.
índia velha
se lembra
tantos brancos que
chegaram
tantos
que até perdestes as contas
e as contas de teus colares
hoje andas tonta nos bares
e é tão grande a dor que
sentes e que o amor de tua gente
foi junto ao rio
foi junto ao rio
por onde os brancos chegaram
se lembra?
se lembra?
(MARINHO, Emmanuel. Cantos de terra. Campo Grande: Letra Livre, 2016. A primeira edição foi publicada em 1981 [2]).
A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
A alternativa correta com relação à estrutura sintática e de significação dos enunciados é:
A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
Assinale a alternativa correta sobre as relações de coesão estabelecidas no texto.
A respeito do trecho acima, é correto afirmar que:
Apesar de Machado de Assis construir parte significativa de sua obra ainda em fins do século XIX, é possível já verificar, em seus textos, o emprego de recursos próprios da literatura moderna. A esse propósito, sobre o trecho em questão, pode-se afirmar que:
Poema de Finados
Amanhã que é dia dos mortos
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20 ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993. p. 144-5).
Ao observar a relação entre o conteúdo do Poema de Finados e seus aspectos formais, pode-se afirmar que:
A Via Láctea
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto isso passa
Amanhã é um outro dia, não é?
Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim
(LEGIÃO URBANA. A tempestade ou O livro dos dias (álbum). Rio de Janeiro: EMI Music Ltda, 1996).
Leia atentamente o texto informativo a seguir.
Nosso símbolo
O nome já deixa evidente a origem indígena da bebida consumida diariamente por sulmato-grossenses de todos os cantos. O tereré só se tornou símbolo do Estado porque os índios guaranis aprenderam a domesticar a erva-mate.
Depois da Guerra do Paraguai, Tomás Laranjeira consegue a concessão de aproximadamente 8 milhões de hectares da região sul-fronteira para explorar a planta. Posteriormente, funda a Companhia Mate Laranjeira, que exporta grande volume para Argentina e para o Uruguai. O professor da UFMS Antônio Hilário Urquiza destaca que 70% da mão de obra utilizada nos ervais era guarani, que já tinham prática na lida.
“Os guaranis que domesticaram a erva-mate, que criaram o tereré, o chimarrão. Não qualquer índio. Foram os guaranis que estão aqui no nosso Estado. E hoje [o tereré] é um símbolo da juventude, da gastronomia, um símbolo identitário do nosso Estado. E é indígena”, reforça o professor e antropólogo. [...]
(Correio do Estado. Caderno especial “MS 41 anos”, 11 out. 2018).
A respeito dos sentidos construídos por esse texto, cujo objetivo maior é o de informar os leitores
a respeito do tereré como elemento identitário de Mato Grosso do Sul, é possível afirmar que:
Texto 3
PRATES, Lubi. Um corpo negro. 2.ed.
São Paulo: Nosostros Editorial, 2019. p.53.
Texto 3
PRATES, Lubi. Um corpo negro. 2.ed.
São Paulo: Nosostros Editorial, 2019. p.53.
Texto 3
PRATES, Lubi. Um corpo negro. 2.ed.
São Paulo: Nosostros Editorial, 2019. p.53.
I. a importância de se sentir negro diante de uma história que foi apagada e distorcida. II. a reflexão a partir da perspectiva do corpo negro como ponto central e contador de sua própria história. III. um sentimento atravessado pelas questões de cor presentes na pele negra.
Estão corretas as complementações contidas em