Questões de Vestibular CÁSPER LÍBERO 2013 para Vestibular

Foram encontradas 11 questões

Ano: 2013 Banca: CÁSPER LÍBERO Órgão: CÁSPER LÍBERO Prova: CÁSPER LÍBERO - 2013 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1383503 Português
A Política da Boa Vizinhança foi uma estratégia norte-americana desenvolvida entre as duas grandes guerras mundiais. Essa política tinha por objetivo ampliar a influência dos EUA na América Latina, por meio de estratégias de imperialismo cultural. Considerando esse contexto e a análise da charge concluiu-se que

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Fonte: http://www.cartoonmovement.com/ cartoon/351?fq=theme.culture_n_identity Acessado em 14-09-2013
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Q1383504 Português
“É claro que a juventude de classe média brasileira não acordou sozinha. E não acordou de repente. A internet tornou o despertar mais rápido, sem dúvida. Mas existe uma esquerda resistente, que está representada nos pequenos partidos, que empunha a bandeira da ética e da transparência e que há muito tempo vem conquistando a juventude, usando a mesma linguagem e os mesmos meios que ela: a internet. Dar asas à sociedade civil para que ela assuma seu papel transformador, a partir do ressurgimento do sentimento de brasilidade, da certeza de que os verdadeiros donos do país somos nós. Utópico, porém alcançável, principalmente em tempos de internet.” FONTE: Observatório da Imprensa. RIBEIRO, Mehane Albuquerque. Publicado em 25-06-2013. Adaptado. http:// www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed752_sobre_os_recentes_movimentos_sociais_urbanos_no_ brasil Acessado em 16-09-2013

A respeito do texto é possível afirmar que:
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Q1383505 Português
“A batalha das autoridades paulistanas contra a poluição visual está entrelaçada a um conflito social profundo cuja forma de expressão não é vista em outras cidades – a pichação. O jornal americano, ‘New York Times’ diz que, mesmo com o reconhecimento do grafite paulistano em galerias internacionais, a pichação permanece como uma expressão marginal, com sua grafia muitas vezes incompreensível para quem não é do meio. Os integrantes das gangues de pichadores inclusive não se consideram grafiteiros, e veem o grafite como uma arte frequentemente cooptada comercialmente”, afirma o texto. Fonte: Folha de SP, publicado em29-01-2012. Adaptado. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1041022-sp-viveconflito-entre-cidade-limpa-e-pichacao-protesto-diz-nyt.shtml Acessado em 15-09-2013

O conflito explicitado pela matéria jornalística pode ser assim compreendido:
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Ano: 2013 Banca: CÁSPER LÍBERO Órgão: CÁSPER LÍBERO Prova: CÁSPER LÍBERO - 2013 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1383506 Português
De um lado, ocorre que, hoje, cada vez mais intensamente, cresce o número de pessoas que, embora procurando trabalhar, não conseguem colocação e não contam com qualquer outra forma de sobrevivência. Assim, ainda que, objetivamente, haja condições para que disponham de mais tempo livre e possam preenchê-lo de forma mais independente, aumenta o número daqueles que, ao invés de tempo livre, vivem um tempo sem ocupação, sentem-se pressionados pela condição de nãotrabalho e, portanto, impedidos de crescerem enquanto indivíduos.” Fonte: Oliva-Augusto, Maria Helena. Tempo, indivíduo e vida social. Cienc. Cult. Out/dez 2002, vol 54, nº2, p.30-33.

As ideias do texto se mostram coerentes com a
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Q1383507 Português
Mia Couto, escritor moçambicano, em entrevista ao Jornal Folha de SPaulo declarou: “O Brasil tem uma ideia muito mistificada da África. A gente imagina que, por ser negro, um brasileiro teria mais intimidade com a África, mas isso é uma bobagem. Essa visão reducionista e simplificada também é uma coisa que os próprios africanos adotaram. Muitos deles traduziram uma África que os próprios europeus criaram. Não houve a África do bom selvagem, em que todos viviam em harmonia até a chegada dos colonizadores. Houve uma mão de dentro até na escravatura, cumplicidades entre africanos e europeus”. Fonte: Folha Ilustrada. Publicado em 27-08-2013. Acessado em 21-09-2013

Segundo as ideias de Mia Couto,
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Q1383508 Português
“A recusa de grandes empresas globais do setor de petróleo e gás de participar do primeiro leilão do pré-sal segue uma lógica de mercado, na qual o modelo oferecido pelo governo brasileiro atende mais aos interesses de grandes petroleiras estatais. Pelo modelo de partilha adotado no País, todo campo do pré-sal deve ter a Petrobras como operadora. Além disso, a estatal fica com 30% de cada consórcio explorador.” Fonte: NEDER, Vinicius. Estadão. Publicado em 19-09-2013. http://br.noticias.yahoo.com/partilha-tupiniquim-afasta-grandes-pr%C3%A9-sal-diz-pires-190400492--finance.html Acessado 21-09-2013

O modelo adotado pelo governo brasileiro para a exploração do pré-sal
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Q1383509 Português
“O Brasil Império foi marcado por forte influência europeia, em boa parte causada pela vinda de ingleses, franceses e alemães. A publicidade produzida na época refletia, sobretudo, a presença francesa. Eram comuns os anúncios – e até mesmo jornais inteiros, como a Gazeta Francesa e o Le Messager – escritos em francês. Por outro lado, os anúncios do início do século XIX refletiam, de certo modo, a busca de sofisticação e requinte, inspirando-se em países como a França. No entanto, eram bem ‘pouco sofisticadas’ as mensagens veiculadas pelos anúncios de venda e compra de negros (...)” Fonte: Sequência Didática Anúncio Publicitário, de autoria de Artigo de Opinião. PEIXOTO BARBOSA, Jacqueline e outros. Material didático para o Projeto Ensino Médio em Rede – SEE/SP. Adaptado.

O texto (a respeito da propaganda no Brasil do século XIX) permite compreender que a sociedade da época
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Q1383510 Português
“Há 30 anos, surgia o tabloide que iria influenciar o imaginário político-cultural das décadas de 1970 e 1980 — O Pasquim. Chegou às bancas em 26 de junho de 1969. A frase que constava do cabeçalho equivalia a uma declaração de princípios: ‘Aos amigos, tudo; aos inimigos, a Justiça.’ O Pasquim impôs-se pela imaginação incontrolável e pela quebra de formalidades. Com alvos claros: a ditadura, a classe média moralista, a grande imprensa, os coniventes de plantão“. Fonte: MORAES, Denis. Humor de combate. Henfil e os 30 anos do Pasquim. Adaptado. http://www.uff.br/ciberlegenda/ojs/index.php/revista/ article/view/244/136 Acessado em 25-09-2013

A publicação de O Pasquim foi um marco editorial brasileiro, em uma época de progressiva redução da liberdade de expressão. Sobre o impacto provocado por sua publicação, conclui-se que O Pasquim
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Q1383511 Português
A imagem a seguir, de autoria do pintor italiano Raphael, integra o período denominado de Alto Renascimento e possibilita identificar características estéticas desse período artístico, como Fonte: https://images.nga.gov/en/set/show_content_page.html?category=16&set=11 Acessado em 14-09-2013
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Ano: 2013 Banca: CÁSPER LÍBERO Órgão: CÁSPER LÍBERO Prova: CÁSPER LÍBERO - 2013 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1383512 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão:


Muitas regras, poucos direitos

Há um princípio político que nos leva a acreditar que as lutas políticas caminham necessariamente para a institucionalização de direitos adquiridos. Assim, lutamos para ter direitos reconhecidos pelo ordenamento jurídico. Como resultado desse princípio, cada vez mais a vida social fica institucionalizada e regulada por cláusulas que visam dar voz ao direito dos grupos, até então, profundamente vulneráveis.
Esse princípio funcionou para a ampliação de direitos em relação às minorias étnicas, religiosas e sexuais. Ou seja, nestes casos, eram demandas direcionadas ao Estado como ator capaz de garantir a universalização real das condições de liberdade exigidas por seus cidadãos. É inegável que tal processo foi e ainda é importante, mas ele poderia ser radicalizado. No entanto, tal radicalização não passa por um aprofundamento dos mecanismos de institucionalização. Ela passa, ao contrário, por uma profunda desinstitucionalização.
Quando alguém levanta tal ideia, alguns acabam por ver nela uma forma insidiosa de liberalismo. Ou seja, tudo se passa como se estivéssemos diante de uma aplicação do velho mantra: quanto menos Estado melhor. Nesse sentido, desinstitucionalizar significaria deixar a sociedade livre para criar formas de vida, fechando os olhos para experiências de opressão e de vulnerabilidade. Dessa forma, liberais radicais defendem, por exemplo, o direito de uma mulher alugar seu útero, procedimento conhecido como “barriga de aluguel”. Eles afirmam que o Estado não deveria intervir no conteúdo do que sujeitos decidem colocar em relações de contrato, especialmente se ele passa pelo corpo próprio.
Um contraargumento lembraria que a experiência concreta de alugar o útero é feita, normalmente, por mulheres em extrema pobreza e que praticamente ninguém passa por tal experiência se não estiver em grande vulnerabilidade econômica. Desinstitucionalizar tal “possibilidade de escolha” seria permitir e legitimar a pior de todas as espoliações econômicas.
O argumento é válido. Por isso, poderíamos pensar uma versão de políticas de desinstitucionalização distinta de sua versão liberal. Ela passa pelo retraimento das legislações sobre costumes, família e autodeterminação, e pelo fortalecimento da sensibilidade jurídica contra processos de espoliação. Em outras ocasiões, sugeri dois exemplos. Um ligado à desinstitucionalização do casamento.
Processo no interior do qual o Estado deixa de legislar sobre a forma do matrimônio, guardando-se para legislar única e exclusivamente sobre as relações econômicas entre casais ou outras formas de “agrupamentos afetivos”. Esta seria uma maneira de radicalizar o princípio de abertura do casamento a modelos não ligados à família heterossexual burguesa. Em vez de ampliar a lei para casos que ela não contemplava (como os homossexuais), deveríamos simplesmente eliminar a lei, conservando apenas os dispositivos ligados a problemas econômicos (pensão, obrigações financeiras) e guarda de filhos.
Outro exemplo concerne às legislações sobre porte de signos religiosos, como burcas e véus. Em vez de entrar no guarda-roupa de seus cidadãos e decidir o que eles não devem vestir, o Estado deveria simplesmente garantir a liberdade de ninguém, a partir de certa idade, portar o que não quer (o que leva em conta até mesmo uniformes escolares impostos a adolescentes). Ou seja, no lugar de institucionalizar hábitos, como as vestimentas, por meio do discurso de que há roupas mais opressivas que outras, o Estado simplesmente sai, por exemplo, das discussões surreais sobre o significado de uma burca e contenta-se em garantir um quadro formal de liberdade.
Esses processos de desinstitucionalização permitem às sociedades caminharem paulatinamente para um estado de indiferença em relação a questões culturais e de costumes. Pois questões culturais sempre serão espaços de afirmação da multiplicidade de identidades. Mas a política deve, no horizonte, se descolar dessa afirmação. Por mais que isso possa parecer contraintuitivo, a verdadeira política está sempre para além da afirmação das identidades. O que pode soar estranho para alguns, mas parece-me uma proposição necessária. (Vladimir Safatle, Carta Capital n. 768, ano XIX, 2/10/2013, p. 39).  
Assinale a opção que identifica corretamente o argumento central do texto:
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Ano: 2013 Banca: CÁSPER LÍBERO Órgão: CÁSPER LÍBERO Prova: CÁSPER LÍBERO - 2013 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1383513 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão:


Muitas regras, poucos direitos

Há um princípio político que nos leva a acreditar que as lutas políticas caminham necessariamente para a institucionalização de direitos adquiridos. Assim, lutamos para ter direitos reconhecidos pelo ordenamento jurídico. Como resultado desse princípio, cada vez mais a vida social fica institucionalizada e regulada por cláusulas que visam dar voz ao direito dos grupos, até então, profundamente vulneráveis.
Esse princípio funcionou para a ampliação de direitos em relação às minorias étnicas, religiosas e sexuais. Ou seja, nestes casos, eram demandas direcionadas ao Estado como ator capaz de garantir a universalização real das condições de liberdade exigidas por seus cidadãos. É inegável que tal processo foi e ainda é importante, mas ele poderia ser radicalizado. No entanto, tal radicalização não passa por um aprofundamento dos mecanismos de institucionalização. Ela passa, ao contrário, por uma profunda desinstitucionalização.
Quando alguém levanta tal ideia, alguns acabam por ver nela uma forma insidiosa de liberalismo. Ou seja, tudo se passa como se estivéssemos diante de uma aplicação do velho mantra: quanto menos Estado melhor. Nesse sentido, desinstitucionalizar significaria deixar a sociedade livre para criar formas de vida, fechando os olhos para experiências de opressão e de vulnerabilidade. Dessa forma, liberais radicais defendem, por exemplo, o direito de uma mulher alugar seu útero, procedimento conhecido como “barriga de aluguel”. Eles afirmam que o Estado não deveria intervir no conteúdo do que sujeitos decidem colocar em relações de contrato, especialmente se ele passa pelo corpo próprio.
Um contraargumento lembraria que a experiência concreta de alugar o útero é feita, normalmente, por mulheres em extrema pobreza e que praticamente ninguém passa por tal experiência se não estiver em grande vulnerabilidade econômica. Desinstitucionalizar tal “possibilidade de escolha” seria permitir e legitimar a pior de todas as espoliações econômicas.
O argumento é válido. Por isso, poderíamos pensar uma versão de políticas de desinstitucionalização distinta de sua versão liberal. Ela passa pelo retraimento das legislações sobre costumes, família e autodeterminação, e pelo fortalecimento da sensibilidade jurídica contra processos de espoliação. Em outras ocasiões, sugeri dois exemplos. Um ligado à desinstitucionalização do casamento.
Processo no interior do qual o Estado deixa de legislar sobre a forma do matrimônio, guardando-se para legislar única e exclusivamente sobre as relações econômicas entre casais ou outras formas de “agrupamentos afetivos”. Esta seria uma maneira de radicalizar o princípio de abertura do casamento a modelos não ligados à família heterossexual burguesa. Em vez de ampliar a lei para casos que ela não contemplava (como os homossexuais), deveríamos simplesmente eliminar a lei, conservando apenas os dispositivos ligados a problemas econômicos (pensão, obrigações financeiras) e guarda de filhos.
Outro exemplo concerne às legislações sobre porte de signos religiosos, como burcas e véus. Em vez de entrar no guarda-roupa de seus cidadãos e decidir o que eles não devem vestir, o Estado deveria simplesmente garantir a liberdade de ninguém, a partir de certa idade, portar o que não quer (o que leva em conta até mesmo uniformes escolares impostos a adolescentes). Ou seja, no lugar de institucionalizar hábitos, como as vestimentas, por meio do discurso de que há roupas mais opressivas que outras, o Estado simplesmente sai, por exemplo, das discussões surreais sobre o significado de uma burca e contenta-se em garantir um quadro formal de liberdade.
Esses processos de desinstitucionalização permitem às sociedades caminharem paulatinamente para um estado de indiferença em relação a questões culturais e de costumes. Pois questões culturais sempre serão espaços de afirmação da multiplicidade de identidades. Mas a política deve, no horizonte, se descolar dessa afirmação. Por mais que isso possa parecer contraintuitivo, a verdadeira política está sempre para além da afirmação das identidades. O que pode soar estranho para alguns, mas parece-me uma proposição necessária. (Vladimir Safatle, Carta Capital n. 768, ano XIX, 2/10/2013, p. 39).  
Assinale a opção que identifica corretamente a ideia central do texto presente já no título:
Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: D
4: D
5: B
6: B
7: A
8: C
9: E
10: B
11: D