Com Os Sertões, Euclides da Cunha (1866-1909) se
consagra, entre os cientistas sociais da sua geração,
como um dos maiores intérpretes da realidade
brasileira. Sua obra não apenas retrata e interpreta a
Guerra de Canudos, ocorrida no Sertão da Bahia,
como revela para os brasileiros do litoral o Brasil
profundo, um Brasil onde as ideias de “civilização e
progresso” ainda caminhavam à margem da sua
realidade sócio-econômico-política. Nada obstante
essa realidade, como Euclides da Cunha define o
sertanejo: