Questões de Vestibular CESMAC 2015 para Prova Medicina- 2016.1- 1° DIA- PROVA TIPO 1
Foram encontradas 48 questões
TEXTO 1
(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.
(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.
(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)
(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”
(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”
(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.
(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.
TEXTO 1
(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.
(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.
(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)
(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”
(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”
(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.
(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.
TEXTO 1
(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.
(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.
(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)
(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”
(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”
(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.
(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.
TEXTO 1
(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.
(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.
(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)
(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”
(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”
(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.
(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.
TEXTO 1
(1) Não é de hoje que as inter-relações entre população, recursos naturais e desenvolvimento têm sido objeto de preocupação social e de estudos científicos. A história mostra que o homem sempre utilizou os recursos naturais para o desenvolvimento da tecnologia e da economia, na pretensão de garantir uma vida com mais qualidade.
(2) Entretanto, é fácil constatar que a equação (exploração de recursos naturais=desenvolvimento econômico e tecnológico=qualidade de vida) não vem se revelando verdadeira. Isso porque os recursos oriundos da natureza estão sendo aproveitados de forma predatória, causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente nas condições de vida e de saúde do homem.
(3) Nesse sentido, há quem admita que: “Tudo se tornou válido em nome do progresso, do bem estar da sociedade e da vida mais confortável”, sem se perceber que, paradoxalmente, a busca do homem por uma vida melhor está lhe trazendo doenças, problemas sociais e comprometendo seu futuro na Terra, já que suas ações são altamente degradantes. (...)
(4) Muitas pessoas não percebem que o homem é parte integrante da natureza e, nesta condição, precisa da boa qualidade do meio ambiente para ter uma vida saudável. É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. “A existência de um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e protegendo a natureza.”
(5) É fácil descobrir inúmeras situações que demonstram a relação entre o meio ambiente e a saúde. O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença. “A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos etc.”
(6) O jornal “A Folha de São Paulo” noticiou, em outubro de 2004, que as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória. Outros dados referem uma pesquisa feita com cinquenta controladores de trânsito da cidade de S. Paulo, não fumantes e sem doenças prévias. A conclusão foi que todos apresentavam elevação de pressão arterial e variação de frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica. Além disso, 33% deles possuíam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.
(7) Ou seja, diariamente, é possível constatar várias situações que nos revelam como a degradação ambiental causa problemas na saúde e nas condições de vida do homem.
Estão corretas:
1) Diariamente, é possível constatar como à degradação ambiental podem ser atribuídos muitos problemas quanto à saúde e às condições de vida do homem.
2) A conclusão à que pudemos chegar é que a maioria dos fumantes começam à apresentar elevação da pressão arterial à partir de muito cedo.
3) Qualquer dano causado à saúde do meio ambiente se estende à diferentes áreas da vida humana.
4) A história mostra que o homem, a serviço do desenvolvimento da tecnologia e da economia, sempre utilizou, uma a uma, todas as riquezas naturais.
5) Um debate sobre A relação entre meio ambiente e saúde será realizado na CESMAC, de 12 à 15 deste mês, de 8h00 às 12h30.
Está correto o uso do acento indicativo da crase, apenas, em:
Após a Semana de Arte Moderna, alguns escritores de diferentes regiões do país começaram a produzir obras em prosa que retratavam criticamente a realidade social e política do Brasil. Passaram a tematizar questões como a desigualdade social, a vida miserável e indigna dos retirantes, os costumes escravagistas e o coronelismo, apoiado na posse das terras. Esses problemas muitas vezes eram desconhecidos do público leitor dos centros urbanos da época.
Em 1926, em Recife, essa proposta estética firmou-se em um congresso, no qual escritores nordestinos tomaram a decisão de criar uma prosa regional comprometida com a participação política e a denúncia social.
Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.
– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)
– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.
Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.
Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:
– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.
Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.
– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)
– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.
Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.
Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:
– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.
Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.
– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)
– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.
Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.
Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:
– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.
1) “Respondo no mesmo tom evasivo”, quer dizer no mesmo tom contundente.
2) “Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam.”, isto é, a lida dos homens que lá trabalham.
3) “o talento daquele escultor de estátuas equestres”, isto é, estátuas em pedra.
4) “rotinas que servem para quebrar o gelo”, isto é, para descontrair.
Estão corretos os comentários feitos em:
TEXTO 4
...
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias,
Lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
Que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
algum roçado da cinza.
1) confirmam o entendimento de que a literatura constitui uma criação artística, mágica e atemporal. 2) atribuem uma certa magia à amizade, cuja compreensão e cujos poderes prescindem de qualquer explicação. 3) enaltecem a interação que a arte literária, pelo seu encantamento, provoca entre as pessoas, superando as barreiras do tempo e da distância. 4) constituem uma espécie de lamento em relação à dificuldade para expressar, com simplicidade, certos sentimentos.
Estão corretas:
Are too many with psychiatric problems behind bars?
Thousands of people with schizophrenia, severe depression, delusional disorders or other mental problems are locked up, often in solitary confinement. While some committed violent crimes and remain a threat to themselves or other inmates and prison staff, many are incarcerated for minor offenses, simply because there is no place to send them for treatment. The number of mentally ill inmates has mushroomed in recent years as states have closed their psychiatric hospitals in favor of outpatient community mental health centers that typically are underfunded and overcrowded. In an attempt to reduce the influx of mentally ill inmates, some 300 specialized mental health courts have diverted them into court-monitored treatment instead of jail. Yet, many participants re-offend, and some experts say psychiatric treatment alone won't prevent criminal behavior. Meanwhile, courts in more than a half-dozen states have declared solitary confinement unconstitutional for those with mental illness. However, some corrections officials say solitary is necessary to separate dangerous prisoners.
Are too many with psychiatric problems behind bars?
Thousands of people with schizophrenia, severe depression, delusional disorders or other mental problems are locked up, often in solitary confinement. While some committed violent crimes and remain a threat to themselves or other inmates and prison staff, many are incarcerated for minor offenses, simply because there is no place to send them for treatment. The number of mentally ill inmates has mushroomed in recent years as states have closed their psychiatric hospitals in favor of outpatient community mental health centers that typically are underfunded and overcrowded. In an attempt to reduce the influx of mentally ill inmates, some 300 specialized mental health courts have diverted them into court-monitored treatment instead of jail. Yet, many participants re-offend, and some experts say psychiatric treatment alone won't prevent criminal behavior. Meanwhile, courts in more than a half-dozen states have declared solitary confinement unconstitutional for those with mental illness. However, some corrections officials say solitary is necessary to separate dangerous prisoners.
Read the text below and answer the following questions based on it.
Is an unstoppable global pandemic possible?
From the deadly Ebola outbreak in West Africa to a mysterious new illness that killed a Kansas farmer last summer, emerging infectious diseases — illnesses never seen before or that reappear in new places or with new severity — threaten people around the world. About five new infections emerge in humans each year, typically three crossing over from animals. Many new kinds of infections also strike wild and domestic animals. Fifty years ago many medical scientists believed widespread use of antibiotics and vaccines would all but eliminate infectious disease. But factors such as environmental change, population growth, poverty and globalization are spurring new, often deadly, infections. Disease scientists urge policymakers to pay much more attention to animal health and to boost funding for public-health agencies here and abroad, but many conservatives say more money is not the answer. Meanwhile, scientists are gaining new insights into the genetic makeup of disease-causing microbes, giving them hope of discovering more ways to prevent or fight infections.
Read the text below and answer the following questions based on it.
Is an unstoppable global pandemic possible?
From the deadly Ebola outbreak in West Africa to a mysterious new illness that killed a Kansas farmer last summer, emerging infectious diseases — illnesses never seen before or that reappear in new places or with new severity — threaten people around the world. About five new infections emerge in humans each year, typically three crossing over from animals. Many new kinds of infections also strike wild and domestic animals. Fifty years ago many medical scientists believed widespread use of antibiotics and vaccines would all but eliminate infectious disease. But factors such as environmental change, population growth, poverty and globalization are spurring new, often deadly, infections. Disease scientists urge policymakers to pay much more attention to animal health and to boost funding for public-health agencies here and abroad, but many conservatives say more money is not the answer. Meanwhile, scientists are gaining new insights into the genetic makeup of disease-causing microbes, giving them hope of discovering more ways to prevent or fight infections.