Atualmente, o perdão laico pressupõe uma transformação moral tanto do agressor quanto de quem foi agredido. Para haver perdão, é preciso, de um lado, arrependimento sincero e, do outro, disposição para apagar os ressentimentos. A ideia de que perdoar exige um processo de mão dupla é empregada com naturalidade nas mais diversas instâncias da vida contemporânea — entre marido e mulher, entre colegas de trabalho, entre nações, entre empresas e consumidores. De fato, o moderno conceito ocidental de perdão, com o reconhecimento de culpa, arrependimento e disposição do ofendido para absolver o ofensor, se teria materializado nas reflexões éticas do filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), que transferiu do plano divino para o humano a virtude do perdão. O diagrama abaixo mostra as variações da relação perdão e culpa em diversos culturas.
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