Questões de Vestibular UNB 2014 para Prova 1
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Segundo o autor do texto, tanto a obra de Clarice Lispector quanto a de Guimarães Rosa apresentam características pré-modernistas, sobretudo no que se refere à utilização da linguagem literária.
O desenvolvimento das ideias do texto permite concluir que o autor enquadra Clarice Lispector e Guimarães Rosa como autores do período da literatura brasileira entre os séculos XVII e XVIII, no qual o expoente maior foi o padre Antonio Vieira.
O autor do texto, sem descartar as diferenças entre as obras de Clarice Lispector e Guimarães Rosa, elege um ponto de contato entre elas.
O autor do texto elenca características literárias das obras de Guimarães Rosa mais voltadas aos aspectos fônicos e morfológicos e as identifica também nas obras de Clarice Lispector, aproximando a produção literária desses autores.
Com base na análise dos recursos da linguagem poética empregados pelos dois autores mencionados no texto, conclui-se que ambos fazem parte da vanguarda que promoveu a Semana de Arte Moderna.
As ideias desenvolvidas no texto permitem inferir que os neologismos, abundantes nas obras de Guimarães Rosa, estão ausentes nas obras de Clarice Lispector.
Conforme é possível perceber em diversos trechos do fragmento apresentado, a ironia é forte marca da escrita de Clarice Lispector.
Nos trechos “Esse quem será que existe?" (l.16) e “esse oco é o tudo que posso eu jamais ter" (l.22 e 23), Clarice Lispector valeu-se do mesmo processo de formação de palavras nas expressões “Esse quem" e “o tudo".
Nos romances de Clarice Lispector, a linguagem, conforme evidenciado no fragmento acima, é predominantemente objetiva, uma vez que a autora deseja aproximar o jornalismo da literatura.
Uma das funções da linguagem empregada no texto é a função poética, uma vez que o narrador trata, entre as linhas 7 e 10, do próprio ofício de escrever.
Depreende-se do texto que o narrador escolhe contar a história da moça nordestina porque com ela ocorreram fatos extraordinários, totalmente incomuns na vida de pessoas como ela.
No trecho “Estou esquentando o corpo para iniciar, esfregando as mãos uma na outra para ter coragem" (l.17 e 18), a linguagem foi empregada em sentido conotativo.
As duas frases interrogativas ao final do fragmento apresentado indicam que são estranhos para o narrador-personagem os usos e costumes dos demais personagens.
No trecho entre as linhas 1 e 5, Guimarães Rosa emprega palavras de realce.
A sintaxe empregada por Guimarães Rosa em seus textos é incomum, tendo em vista que ele mescla elementos da oralidade com elementos da prosa poética.
Não se pode considerar a obra de Guimarães Rosa regionalista, dado que seus personagens evidenciam tendência ao universal.
O narrador-personagem julga os demais personagens guerreiros bem armados e valorosos.